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Centro de Ciências Biológicas e da Saúde

Curso de Enfermagem

ANDRESSA MANOLELLA CASTRO KING

CONDIÇÕES DE SAÚDE DAS MULHERES ENCARCERADA EM DIFERENTES


REGIÕES DO BRASIL: REVISÃO INTEGRATIVA

WOMEN'S HEALTH CONDITIONS IN PRISONS OF DIFFERENT REGIONS OF


BRAZIL: INTEGRATIVE REVIEW

CAMPO GRANDE, MS

2017
ANDRESSA MANOELLA CASTRO KING

CONDIÇÕES DE SAÚDE DAS MULHERES ENCARCERADA EM DIFERENTES


REGIÕES DO BRASIL: REVISÃO INTEGRATIVA

WOMEN'S HEALTH CONDITIONS IN PRISONS OF DIFFERENT REGIONS OF


BRAZIL: INTEGRATIVE REVIEW

Trabalho apresentado como trabalho


de conclusão de curso do Curso de
Graduação em Enfermagem da
Fundação Universidade Federal do
Mato Grosso do Sul.

Orientador (a): Profº Me. Everton


Ferreira Lemos

CAMPO GRANDE, MS

2017
AGRADECIMENTOS

À Deus, por ter me proporcionado tamanha realização pessoal, por ter me ajudado até
aqui e tornado tudo isso possível.

Ao meu orientador Everton Lemos, por total apoio, compreensão e companheirismo.


Por ter me ajudado a realizar esse grande sonho, sem o mesmo não seria possível.
Obrigada pela paciência e dedicação, serei eternamente grata.

Aos meus familiares, que lutaram do meu lado, que me ajudaram nessa caminhada e
que tornaram esse sonho possível.

À Banca Avaliadora, por ter aceitado o convite e por participarem do momento mais
importante da minha vida. Gratidão a todos.

Á Coordenação de Curso, por me proporcionar um estudo de qualidade, com


professores qualificados, que me tornaram essa profissional que sou hoje.

Aos Amigos (irmãos), que tive o prazer de conhecer nesse período, que me ajudaram
nessa caminhada e que foram de extrema importância no meu desenvolvimento pessoal.
Obrigada, vou levá-los sempre comigo.
DEDICATÓRIA

À Deus por nunca ter me abandonado, e por ter me abençoado com a finalização desse
projeto.

Aos meus pais pela dedicação, pelo amor, e por toda ajuda para realização desse
sonho.

À minha avó Beatriz, por ser exemplo de muita garra e perseverança, que me
motivaram a seguir em frente e lutar pelos meus sonhos.
“Tudo é possível àquele que crer”

Marcos 9:23
CONDIÇÕES DE SAÚDE DAS MULHERES ENCARCERADA EM
DIFERENTES REGIÕES DO BRASIL: REVISÃO INTEGRATIVA

RESUMO

Introdução: As mulheres privadas de liberdade apresentam necessidades que precisam


ser analisadas e discutidas afim de que ela seja assistida de forma integral em todas as
suas necessidades. Objetivo: Conhecer, por meio da revisão integrativa, as condições de
saúde da mulher em situação de privação de liberdade no Brasil, nos últimos 5 anos.
Metodologia Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, do tipo revisão
integrativa. Resultados: Os textos foram agrupados e categorizados como “Doenças
prevalentes, Saúde e Reprodução, e Aspectos sociais e de saúde mental”. Os dados
apontam existência de produção científica sobre a temática das populações sob
privação de liberdade, apresentando predominância da abordagem quantitativa, com
foco na identificação do perfil sociodemográfico e das condições de saúde dos
encarcerados. Os perfis das internas incluem a idade de adulto jovem (média de 30
anos), maioria solteira, de baixa escolaridade, cor branca ou parda, com renda menor
que um salário mínimo. Quanto a doença prevalente chama atenção para Infecções
Sexualmente Transmissíveis e a tuberculose; A maternidade, o uso de drogas e a saúde
mental foram elementos discutidos como fatores importante no contexto da saúde da
mulher. Conclusões: Garantir os direitos da maternidade, a individualidade, e acesso
aos serviços de saúde exclusivos para a saúde feminina, são importantes para a
manutenção da qualidade de vida e prevenção de agravos a essa população.

Palavras chaves: Mulheres, prisão, saúde.


WOMEN'S HEALTH CONDITIONS IN PRISONS OF DIFFERENT REGIONS
OF BRAZIL: INTEGRATIVE REVIEW

ABSTRACT

Introduction: Women deprived of liberty present needs that need to be analyzed and
discussed to be fully assisted in all their needs. Objective: To know, through the
integrative review, the health conditions of women in situations of deprivation of liberty
in Brazil, in the last 5 years. Methodology: This is an exploratory and descriptive study,
of the type integrative review. Results: The texts were grouped and categorized as
"Prevalent Diseases, Health and Reproduction, and Social Aspects and Mental Health".
The data indicate the existence of scientific production about the populations under
deprivation of liberty, presenting a predominance of the quantitative approach, with a
focus on the identification of the sociodemographic profile and the health conditions of
prisoners. The profiles of inmates include the age of young adult (average of 30 years),
most single, low schooling, white or brown, with income less than a minimum wage. As
the prevalent disease calls attention to Sexually Transmitted Infections and
Tuberculosis; Maternity, drug use and mental health were discussed as important factors
in the context of women's health. Conclusions: Ensuring the rights of motherhood,
individuality, and access to exclusive health services for women's health are important
for maintaining quality of life and preventing harm to this population.

Keywords: Women, prison, health.


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

PPL – População Privada de Liberdade.

LEP – Lei de Execução Penal.

IST– Infecções Sexualmente Transmissíveis.

TB – Tuberculose.

ILTB- Infecção Latente de Tuberculose


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 10
2. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................ 11
3. OBJETIVO GERAL ......................................................................................................... 14
4. METODOLOGIA ...................................................................Erro! Indicador não definido.
5. CRONOGRAMA ....................................................................Erro! Indicador não definido.
6. RESULTADOS ESPERADOS ...............................................Erro! Indicador não definido.
7. REFERENCIAS ......................................................................Erro! Indicador não definido.
8. APÊNDICE E ANEXO.........................................................................................................13
1. INTRODUÇÃO

A População Privada de Liberdade (PPL) tem apresentado crescimento em todo


o mundo, estima-se de 10,2 milhões de pessoas. O Brasil apresenta a quarta maior
população carcerária do mundo, com 548.003 pessoas (0,2% do total da população
brasileira) alocadas em instituições penais, perdendo apenas para os Estados Unidos
(2,2 milhões), China (1,6 milhão) e Rússia (740 mil) (LANER, 2015). A maioria dessas
pessoas, em bases socioeconômicas, vem de famílias de baixa renda, são jovens (em
idade fértil), e tem ensino fundamental incompleto (LERMEN et.al, 2015; SILVA,
RIBEIRO, 2013).
A população carcerária de homens é maior do que a das mulheres, embora se
tem observado um crescimento nos últimos anos, se tornando um grande desafio para as
instituições governamentais. O grande motivo desse aumento são os tráficos de drogas
representado por 72% das prisões (PIMENTEL, 2015).
No Brasil existem poucos dados sobre as condições de saúde da população de
presídio, que levantem o cenário epidemiológico relacionados as doenças em situação
de confinamento, em particular, no efetivo feminino (LOPES et al., 2001).
Sabe-se que o ambiente prisional aumenta os riscos à saúde, pelos fatores
individuais e ainda pela situação de confinamento, tornando-os mais expostos a
transmissão de doenças, principalmente as infectocontagiosas (NICOLAU et al., 2011;
2012).
Para garantir o acesso a Saúde da população privada de liberdade, foi instituído
o Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário (PNSSP) em 2005, que garante o
direito o acesso dessa população a ações e serviços de saúde legalmente definidos pela
Constituição Federal de 1988 (OLIVEIRA et al., 2011) .
Em 2014, foi criada a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das pessoas
Privadas de Liberdade, regida pela portaria interministerial nº1 de 2 de janeiro de 2014,
que organiza as ações de saúde para que essa população possa ter acesso, e ser
acompanhada de forma integral em todo sem âmbito de saúde (BRASIL, 2012).
Tratando-se da saúde da mulher privada de liberdade, analisar as condições de
saúde é fundamental, pois existem fatores individuais e ambientais que podem elevar a
chance da ocorrência de determinada doença. Desta forma, o presente estudo justifica-se
pela necessidade de conhecer a condição de saúde da mulher em situação de privação
de liberdade em diferentes regiões do Brasil.
2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Saúde da mulher privada de liberdade e as doenças mais prevalentes no


cenário de presídio.

De acordo com Silva e Ribeiro (2013), a saúde da mulher em situação prisional


vem sendo pouco abordada nas práticas de saúde e em pesquisas científicas, mesmo
sendo desde o principio tema abordado dentro da Política Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Mulher.
Considerando que a saúde é um direito de todos, acredita-se que as ações de
prevenção á saúde dessa população são pouco divulgadas e exercidas pelas redes
profissionais e qualificadas que apoiam essa população. No estudo de Silva e Ribeiro
(2015) os resultados mostraram que a maioria das mulheres que cumprem pena
possuem baixa escolaridade, exercem atividades de baixa remuneração e estão em idade
reprodutiva.
O estado de vulnerabilidade está fortemente relacionado ás desigualdades
sociais, influenciando no processo de adoecer e morrer das populações nesse estado.
Pessoas que vivem sem as condições básicas de vida adoecem mais e vivem menos. As
mulheres nos presídios precisam ser informadas sobre como proteger-se e como
mobilizar-se afim de que elas consigam reagir às possíveis situações que lhes possam
causar adoecimento, tornando fundamental que as equipes de saúde elaborem
estratégias que reduzam o impacto da vulnerabilidade (DELZIOVO et.al., 2015).
Para o mesmo autor citado acima umas das vulnerabilidades que podem ser
citadas são as dificuldades de acesso aos cuidados de higiene adequada, atenção
ginecológica e obstétrica, prevenção e diagnóstico precoce de câncer de colo uterino e
mama, doenças sexualmente transmissíveis, sem esquecer-se das doenças e agravos
mais comuns e atenção á saúde psicossociais.
Não podemos esquecer da parte emocional e psíquica dessas mulheres. Lima et.
al. (2013) mostram que a condição de isolamento leva ao afastamento da mulher de seus
familiares, amigos, da sua vida social em geral, levando ao aparecimento do sofrimento,
o qual explica que o sofrimento se manifesta e leva ao indivíduo gerar uma demanda
que acabam sendo exigidas de outras pessoas, para que esse sofrimento possa ser
suprido.
2.1.1 Políticas Públicas saúde da mulher e prisional

Na década de 1950 governo norte-americano apresentou para os países da


América Latina discursões sobre o controle demográfico como solução ao crescimento
demográfico. A partir disso o Brasil começou a implantar políticas voltadas a saúde da
mulher como o Programa de Saúde Materno-Infantil em 1974 e o Programa de
Prevenção à gravidez de alto Risco em 1977. Porém nessa época houve muita recusa
pelos novos sujeitos sociais, e o movimento feminista no Brasil publicitou a questão da
saúde da mulher como demanda política estatal. Onde essas políticas visavam apenas a
saúde da criança, e a mulher como reprodutora. (RAMALHO et.al, 2012).
O termo Integralidade só passou a fazer parte do cenário político brasileiro em
1980, quando surgiram nos contextos sociais movimentos que reivindicaram a saúde da
população, e o movimento feminista que pedia a integralidade das ações fornecidas pelo
Programa de assistência Integral à Saúde da mulher. A PAISM foi criada para que a
mulher fosse vista de maneira integral não somente no seu estado gravídico ou só a
criança. (IBIDEM, 2012).
A PAISM teve como diretrizes promover a melhoria das condições de vida e
saúde das mulheres brasileiras, contribuir para diminuição de morbidade e mortalidade
feminina, qualificar, e humanizar a saúde a essa mulher e desenvolver ações que
garantam atenção humanizada à mulheres em casos de violência, saúde de mulheres
adolescentes, mulher no climatério/ menopausa, doenças crônico-degenerativas e câncer
ginecológico, saúde de mulheres residentes e trabalhadoras rurais e mulheres em
situações de prisão.(BRASIL, 2004)

Análise realizada pelo Conselho Nacional de Justiça entre 2004 e 2014 detectou
um crescimento de 111% da população prisional no Brasil, atingindo um índice de mais
de 710.000 pessoas incluindo as prisões domiciliares. Dados socioeconômicos dessa
população nos mostram que a maioria é negra, jovem, com ensino fundamental
incompleto e que vem de famílias de baixa renda. (LERMEN; et.al, 2015).
A partir desses dados trazidos pelo autor citado a cima, podemos rever um breve
contexto histórico que nos leva as políticas sociais que são conceituadas como um
modelo que determina a proteção social realizada pelo Estado, tendo como função
auxiliar na redistribuição dos benefícios sociais buscando principalmente diminuir as
desigualdades sociais.
Essas políticas surgiram no século XIX com a luta das classes trabalhadoras e a
partir delas que conquistamos direitos como educação, previdência social e habitação.
No Brasil essas políticas ganharam voz em 1980. As relações entre políticas sociais e
prisionais foram cercadas de varias divergências, ocorrendo um distanciamento entre as
propostas da política social e da política prisional, levando o Estado a tomar atitudes
repressivas, não educativas e que não integravam as pessoas em conflitos com a Lei.
Foi a partir dai que em 1984 surgiu a Lei de Execução Penal que visou
regularizar os direitos e deveres da população prisional para com o Estado e sociedade,
visando a reintegração dos presos à sociedade, prevenção do crime e a preparação do
privado de liberdade à sociedade. Somente em 2003 foi implantada a Política Nacional
de Saúde no Sistema Penitenciário (IBDEM, 2015).
Brasil (2005), por meio da portaria interministerial nº 1.777 de 9 de setembro de
2003, prevê a inclusão da população penitenciária no SUS, garantindo o direito à
cidadania efetivado na perspectiva dos direitos humanos. Essa política é regida pelos
princípios e diretrizes do SUS garantindo ações e os serviços de atenção básica em
unidades prisionais.
Porém, foi observado que havia restrições na política referente as suas ações não
abordarem as delegacias, distritos policiais, colônias agrícolas ou industriais e tão pouco
as penitenciárias federais e foi a partir disso que foi criada a Politica Nacional de
Atenção Integral à Saúde das pessoas Privadas de Liberdade regida pela portaria
interministerial nº1 de 2 de janeiro de 2014, com o objetivo de ampliar as ações de
saúde do SUS para essa população (BRASIL, 2012).

2.2 Perfil jurídico das mulheres privadas de liberdade no Brasil.

França (2014) descreve que criminalidade feminina ainda não foi pesquisada
suficientemente, pois não existe uma diferenciação da criminalidade masculina. Isso se
dá pelo fato de que a criminalidade feminina passa despercebidamente comparada com
a masculina, uma vez que a feminina representa apenas 6% do total de presos. Mesmo
essa porcentagem sendo inferior à masculina, a mulher é vista por duas vertentes entre
os estudiosos: a vertente psico-orgânica da mulher produz comportamento impróprios
dentro de determinadas sociedades, podendo levá-las a prostituição a fim de compensar
uma provável tendência agressiva. A segunda baseia-se na influência externa.
De acordo Conselho Nacional de Justiça (2011) com a mulher privada de
liberdade tem o direito de ter um tratamento digno, livre de preconceitos e
discriminação; o direito a não sofrer qualquer tipo de violência, coação, moral, ou
psíquica; cabe a autoridade ou servidor penitenciário utilizar da força apenas em casos
onde necessite reestabelecer a normalidade da situação, agindo sempre de acordo com a
constituição do Estado em que encontra-se a presa. A mulher possui o direito a
liberdade de consciência e de sua crença e exercer culto a qualquer religião. Direito à
assistência material (roupas, cobertas, alimentação, higiene e limpeza, produtos de uso
pessoal), direito a saúde integral. Direito a guarda dos seus filhos mesmo estando
presas, ao aleitamento materno, e ter seu filho perto durante esse período. Ao auxílio
família, aposentadoria, auxílio reclusão, direito de desenvolver atividades intelectuais e
artísticas.
De acordo Leivas et. al (2011) as mulheres privadas de liberdade possuem
direito a visita de familiares e amigos assegurados pela LEP (art. 41, inciso X), direito a
visita íntima pelo menos uma vez ao mês (art. 41, inciso X da LEP e Resoluçãonº1/1999
do Concelho Nacional de Política Criminal e Penitenciária -CNPCP); ao pré-natal com
o acompanhamento de uma equipe médica e estrutura para o acompanhamento dos 9
meses de gestação, parto realizado em unidade hospitalar do sistema penitenciário ou
da rede de saúde pública (Sistema Único de saúde e conveniados), e estabelecimentos
prisionais com berçário e creche para que os filhos possam ficar junto das mães.
O Conselho Nacional de Justiça citado anteriormente ainda enfatiza que as
mulheres privadas de liberdade também possuem o dever de obedecer aos servidores da
unidade prisional, e respeitar qualquer pessoa, e relacionar-se bem com todas as pessoas
inclusive com as outras reclusas, trabalhar e submeter-se à sanção disciplinar que lhe for
legítima e legalmente imposta.

3. OBJETIVO GERAL

Conhecer, por meio da revisão integrativa, a condição de saúde e o perfil


sociodemográfico da mulher em situação de privação de liberdade no Brasil, nos
últimos cinco anos.
4. MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, do tipo revisão integrativa. Optou-


se por essa metodologia, tendo em vista ser uma ferramenta capaz de realizar um
levantamento sistemático da literatura, demonstrando o estado da arte das publicações
científicas.

De acordo com Souza et al., (2010), a revisão integrativa permeia por etapas
importantes, entre elas: 1) Formulação e identificação do problema de pesquisa; 2)
busca ou amostragem na literatura; 3) coleta de dados; 4) análise crítica dos estudos
incluídos; 5) discussão dos resultados; 6) apresentação da revisão integrativa.
A formulação e identificação do problema de pesquisa se deram por meio da
indagação dos pesquisadores, tendo como partida identificar sobre: Qual a condição de
saúde e o perfil sociodemográfica das mulheres em situação de privação de liberdade no
Brasil?
Com relação à busca e amostragem na literatura, foram primeiramente
identificados os descritores, junto a base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde
(Descritores de Ciências da Saude – DeCs), a saber: Prisões, saúde da mulher e doenças.
Foram estabelecidos critérios de inclusão e exclusão, a saber: do critérios de
inclusão serão incluídas as pesquisas publicadas em periódicos nacionais e
internacionais, disponíveis na íntegra, com descritores no vernáculo português/inglês e
que abordassem a temática “Condições de saúde da mulher privada de liberdade”, assim
como pesquisas publicadas entre janeiro de 2012 a dezembro de 2016. Foram
selecionados artigos. E excluídos da amostra, os artigos publicados no período anterior
ao estabelecido, os com fuga de tema e os resumos de congressos.
Para a realização das coletas de dados, foi estabelecido o período de dois meses,
entre junho a julho de 2017, e por meio de busca ativa nas bases dados eletrônicos da
Scielo (Scientific Eletronic Library Online) e PUbmed. Após as coletas, será realizada a
sistematização dos textos, estabelecendo os critérios de inclusão e exclusão, tornando a
pesquisa refinada.
Foi elaborado um instrumento de coleta de dados, para pesquisa com revisão
integrativa, baseado em instrumento validado por Ursi (2006). Este instrumento, foi
transcrito para programa Excel, e ao coletar os dados, os artigos foram sistematizados,
traduzidos para língua portuguesa e por meio da leitura crítica, os dados foram
analisados o que permitiu a construção do “corpus do estudo” e categorização da
amostra, proporcionando a discussão dos resultados.
5. RESULTADOS

Foram encontrados 32 artigos sobre o tema Condições de saúde de mulheres


privadas de liberdade do Brasil. Por meio dos critérios de inclusão e exclusão, foram
selecionados para esta análise 16 artigos, que estiveram dentro do proposto.
Os textos foram agrupados de acordo com a similaridade, e categorizados de
acordo com “Doenças prevalentes, Saúde e Reprodução, e Aspectos sociais e de saúde
mental”, conforme a Tabela I.

Tabela I. Corpus de análise da revisão integrativa, segundo base de dados e ano de


publicação (n= 16).

Variáveis Artigo Ano Base Autores


1. Conhecimento, atitudes e práticas sobre tuberculose em 2013 Scielo Junior –
prisões e no serviço público de saúde. Ferreira et al
2. Estudo transversal de testagem de HIV e prevalência em 2015 Pubmed Sgarbi et al.
12 presídios brasileiros(tradução).
3. O perfil das detentas HIV positivo de uma penitenciária do 2012 Scielo Camargo et al
Paraná, Brasil
Doenças 4. Prevalência de tuberculose nas prisões: fatores de risco e 2015 Scielo Valença et al,
Prevalentes(1) epidemiologia molecular(tradução).
5. Impacto da triagem em massa na incidência de tuberculose 2016 Pubmed Paiao e
em uma coorte prospectiva de prisioneiros brasileiros Lemos et al.,
(tradução)
6. Tuberculose ativa e latente nas instituições correcionais 2015 Pubmed Carbone et al.
brasileiras: estudo transversal (tradução)
7. Doenças Sexualmente Transmissíveis: Sentimentos das 2015 Scielo Fernandes et
presidiarias al.
8. Condicionantes sociodemográficos e sexuais do 2012 Scielo Nicolau e
Conhecimento, atitude e prática de presidiárias quanto o Pinheiro
uso de preservativos
9. Conhecimento, atitude e prática do uso de preservativos 2012 Scielo Nicolau et al.
Condições Sexual por presidiárias: prevenção das DST/HIV no cenário
e de Reprodução prisional
(2)
10. Maternidade atrás das grades: em busca da cidadania e da 2015 Scielo Ventura et al.
saúde. Um estudo sobre a Legislação brasileira.Caderno de
Saúde Publica
11. Caminhos psicossociais para a disfunção sexual entre 2013 Pubmed Baltiere, DM
mulheres internas (tradução).
12. Família de mulheres presas, promoção da saúde e acesso ás 2016 Scielo Pereira
políticas no Distrito Federal, Brasil.
13. Para além das grades e punições uma revisão sistemática 2012 Scielo Gois et al
sobre a saúde penitenciária.
14. Retrato da realidade socioeconômica e sexual de mulheres 2012 Scielo Nicolau et al.
Aspectos sociais
presidiárias.
e de saúde (³)
15. Prevalência de Distúrbios Mentais entre Presos no Estado 2014 Pubmed Andreolli et al
de São Paulo, Brasil (tradução).
16. Transtornos relacionados a drogas e os antecedentes 2014 Pubmed Dos Santos et
criminais e clínicos da população prisional do Estado de al
São Paulo, Brasil (tradução).
6. DISCUSSÃO

Doenças Prevalentes(1)

Dada a prevalência global, estudos encontrados nesta revisão integrativa


apresentaram taxas de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e doenças
respiratórias como a TB superiores as encontradas na população em geral.
A prevalência de HIV/AIDS encontrada no grupo de estudos analisados variou
entre 0,90 a 1,93% (IC 95%), mostrando que a prevalência global do HIV na população
carcerária chega a 4 vezes maior do que na população em geral.
Estudo publicado por Sgarbi et al. (2015), realizado em doze prisões do Estado
de Mato Grosso Do Sul, atingindo uma população de 3.365 participantes, foram
encontrados uma prevalência global de 1,63% (55) de casos de HIV, sendo 45 do sexo
masculino (1,58%) e 10 do sexo feminino (1,93%). Nas variáveis associadas ao HIV no
sexo masculino destacam-se a homossexualidade, história de doença mental, história de
ISTs e sorologia positiva para sífilis e no sexo feminino destacou-se a história de ISTs.
Para Camargo et al. (2012) no Paraná, concluiu que a maior causa de infecção
de HIV/AIDS em privadas de liberdade está na relação sexual sem o uso de
preservativos, o que reforça os achados por Sgarbi et al (2015), sobre a história de IST
prévia e a vulnerabilidade na aquisição de doenças que são transmitidas por via sexual.
No Nordeste, no município de Aquiraz-CE, a realidade encontrada por Nicolau
et al., (2012) em uma amostra de 155 presidiárias entrevistadas, apresentaram
comportamentos de risco de 34,2% com histórico de prostituição e a maioria delas não
apresentavam acompanhamento ginecológico na instituição (NICOLAU et al., 2012).
É importante ressaltar que a atividade sexual dentro das penitenciárias não é
proibida, porém, é realizada uma pesquisa social para confirmar o vínculo. Desta forma,
a estratégia de enfrentamento para minimizar o risco de infecções sexualmente nas
prisões é a promoção e prevenção da saúde, com oferta de preservativos e educação em
saúde.
Nos achados de Camargo et al. (2012), a baixa escolaridade e a falta de
perspectiva futura fazem com que as mulheres sob cárcere privado tenham
comportamentos por vezes relapsos com relação à sua saúde. Isso foi percebido não só
na questão de prevenção, mais também, na opção em desenvolver corretamente o
tratamento, o que pode impactar diretamente na história natural das doenças
infectocontagiosas.
Em relação à Tuberculose, as populações mais susceptíveis ao desenvolvimento
da tuberculose, encontram-se a População Privada de Liberdade (PPL). Estudos tem
demostrado que a tuberculose na PPL pode chegar a 23 vezes maior que na população
em geral (BAUSSANO et al., 2010).
Os achados desta revisão mostrou alta prevalência (variando entre 0,9 a 5,7%),
indicando a necessidade urgente de estratégias para reduzir a carga de tuberculose nas
prisões (CARBONE et al., 2015; PAIAO et al., 2016; COSTA-JUNIOR et al., 2016;
MACEDO et al, 2016). Esta população é considerada como tendo elevado risco para
aquisição de infecções relacionadas às condições de encarceramento. Os indivíduos
acometidos pela tuberculose estão associados a forte carga da tuberculose, ao baixo
desenvolvimento econômico e situações de vulnerabilidade social (CARBONE et al.,
2015).
Chama atenção nestes estudos, que embora nos presídios existam altas taxas de
TB, a população masculina tem sido mais acometida do que a população feminina.
No estudo multicêntrico, realizado em 12 prisões com 3.360 presos de ambos os
sexos no Mato Grosso do Sul, revelou uma prevalência comparativamente baixa de
infecção latente (ILTB) que variou de 15 a 33% nas prisões masculinas e de 3 a 16%
nas prisões femininas. Em particular, durante o primeiro mês de encarceramento, a
prevalência de infecção latente foi muito baixa (7,9% nos homens e 8,3% nas
mulheres), o que indica que um grande número de indivíduos que entram na prisão é
suscetíveis à infecção por TB (CARBONE et al., 2015).
Achados de Paião et al. (2016), destaca que as prisões são ambientes ideais para
a transmissão da TB, uma vez que reúnem indivíduos com altas taxas de tabagismo,
álcool e uso de drogas e acesso limitado aos diagnósticos de saúde e TB, em celas
lotadas e mal ventiladas de 16 a 20 dias. Quando compara os achados em prisões
femininas com as masculinas, destaca superlotação nos presídios masculinos,
justificando as baixas taxas entre as mulheres, onde a incidência de tuberculose ativa
entre homens chega a ser quase três vezes maior do que as encontradas nas mulheres,
respectivamente (1,39 % [IC 0,81 – 2,22 %]; 0,53% [0,01 -2,98%]).
E nessa perspectiva, devem concentrar medidas de prevenção e contenção, com
o conhecimento de exposições específicas passíveis de intervenção, no intuito de
garantir um melhor controle da doença. As características específicas das prisões e
encarcerados exigem abordagens direcionadas para a implementação de uma estratégia
capaz de realizar diagnóstico mais rápido, como exemplo a avaliação contínuo de
sintomático respiratório e investigação de TB latente.

Condições Sexual e de Reprodução (2)

Ao analisar a vida sexual de mulheres presidiárias, Nicolau et al. (2011)


destacou que a maioria delas começaram a vida sexual muito cedo, apresentando uma
média de 14,6 anos de idade, o que pode contribuir ainda para a falta de informações
sobre a importância do uso de preservativos e a infecção do HIV/AIDS.
No estudo realizado por Baltieri et al., (2014), ao avaliar o funcionamento sexual
entre mulheres encarceradas e determinar as características psicométricas e
sociodemográficas possivelmente relacionadas ao risco de disfunção sexual de
presidiárias de São Paulo, condenadas por roubo ou homicídio, identificou um total de
76 (24,13%) detentos tinham história de violência sexual na infância.
Das 315 participantes, apenas 110 (34,92%) relataram ter relações sexuais
consensuais dentro da prisão no seis meses antes do estudo. Nenhuma presa relatou ser
m virgem ou ter tido relações sexuais não consensuais ou relacionamentos durante a
prisão. Em relação a disfunção sexual, o estudo mostrou que a idade mais velha, o
tempo total de prisão e os sintomas depressivos estavam relacionados a um risco
maior para disfunção, enquanto o status de ser casada, cor preta, ter relações sexuais
com outros internos e receber visitas conjugais estava associado a um menor risco
(BALTIERI, 2013).
No que tange a reprodução, estudo conduzido por Ventura, Simas e Larouzé
(2015), sobre a Maternidade atrás das grades: em busca da cidadania e da saúde, destaca
que a maternidade em cenário de cárcere também é considerada um direito das
mulheres. Elas devem estar amparadas por leis que garantem seus direitos reprodutivos
e de família. Este estudo analisou conexões entre saúde, direitos, legislação e políticas
públicas a partir da pesquisa documental realizada no âmbito federal e nos estados do
Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Paraná e São Paulo, acerca das garantias legais das
mulheres e seus filhos que vivem no cárcere.
Os achados dos autores supracitados, pontuaram a existência da garantia legal
constitucional do direito à amamentação, entretanto, constatam-se ausências de outros
aspectos relativos à maternidade na prisão, que se traduzem em dupla penalidade às
mulheres, arbitrariamente estendida aos seus filhos. Desta forma, sugere a necessidade
de ampliação e efetivação da regulamentação existente para prevenir e coibir as
violações de direitos apontadas (VENTURA;SIMAS;LAROUZÉ, 2015).

Aspectos Sociais e de Saúde mental (3)

Ao traçar o perfil das mulheres privadas de liberdade de diferentes regiões do


Brasil, os estudos mostraram: idade de adulto jovem (média de 30 anos), maioria
solteira, baixa escolaridade, cor branca ou parda, com renda menor que um salário
mínimo (BALTIERI, 2013; NICOLAU et al., 2012; GOIS et al., 2012).
Sobre a saúde mental, as taxas de transtornos mentais são duas vezes maiores em
populações privadas de liberdade em relação à população em geral. A taxa de
transtornos mentais em mulheres são de 68,9%, e estão relativamente maior do que nos
homens que são 21,5% (ANDREOLI et al. 2014)
A prevalência do uso de drogas, entre mulheres também são menores, quando
observadas ao sexo masculino. Santos et al., (2014), destaca que o uso de drogas entre
as mulheres funcionam como auto-medicação para bloquear sentimentos e memórias
traumáticas e proporcionar alívio de sofrimento psicológico ou físico.
Não somete estes fatores contribuem ao adoecimento das mulheres presas, mas
de acordo com Góis et al. (2012) condições de higiene, baixa qualidade na alimentação
e o estresse são fatores importantes nesse processo.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foi possível evidenciar a existência de produção científica sobre a temática das


população privada de liberdade, apresentando predominância da abordagem
quantitativa, com foco na identificação do perfil sociodemográfico e das condições de
saúde das encarceradas.
Destaca-se neste estudo, um perfil de idade de adulto jovem (média de 30 anos),
maioria solteira, de baixa escolaridade, cor branca ou parda, com renda menor que um
salário mínimo.
Há uma predominância de estudos realizados com detentos do sexo masculino,
em comparação ao sexo feminino.
Entre os assuntos identificados, chamou a atenção para as taxas de tuberculose,
de infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, condições sexual, reprodutiva e de
saúde mental.
Altas taxas de prevalência da tuberculose ativa e latente foram encontradas nas
prisões brasileiras. As características específicas das prisões e encarcerados exigem
abordagens direcionadas para a implementação de uma estratégia capaz de realizar
diagnóstico mais rápido, como exemplo a avaliação contínuo de sintomático respiratório
e investigação de TB latente. A magnitude do HIV/AIDS nas prisões brasileiras
representa um sério problema, visto que as taxas de prevalência somam quatro vezes
maiores do que na população em geral.
Sobre a saúde mental, as taxas de transtornos mentais são duas vezes maiores em
populações privadas de liberdade em relação à população em geral, sendo que em
mulheres é superior do que as encontradas em homens privados de liberdade (68,9% e
21,5%, respectivamente).
Garantir os direitos a maternidade, a individualidade, e acesso aos serviços de
saúde exclusivos para a saúde feminina, são importantes para a manutenção da
qualidade de vida e prevenção de agravos a essa população.
8. APENDICE

INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS (Integrativa)

Identificação
Título do Artigo
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Título do Periódico
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Instituição sede do estudo
Instituição
Centro de Pesquisa
P. Multicêntrica
Características Metodológicas
Tipo de publicação
Objetivo de
investigação
Amostra
Tamanho
Sexo
Local de pesquisa
Tipo de Análise
Adaptado de Ursi, 2006.
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