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Curso de Enfermagem
CAMPO GRANDE, MS
2017
ANDRESSA MANOELLA CASTRO KING
CAMPO GRANDE, MS
2017
AGRADECIMENTOS
À Deus, por ter me proporcionado tamanha realização pessoal, por ter me ajudado até
aqui e tornado tudo isso possível.
Aos meus familiares, que lutaram do meu lado, que me ajudaram nessa caminhada e
que tornaram esse sonho possível.
À Banca Avaliadora, por ter aceitado o convite e por participarem do momento mais
importante da minha vida. Gratidão a todos.
Aos Amigos (irmãos), que tive o prazer de conhecer nesse período, que me ajudaram
nessa caminhada e que foram de extrema importância no meu desenvolvimento pessoal.
Obrigada, vou levá-los sempre comigo.
DEDICATÓRIA
À Deus por nunca ter me abandonado, e por ter me abençoado com a finalização desse
projeto.
Aos meus pais pela dedicação, pelo amor, e por toda ajuda para realização desse
sonho.
À minha avó Beatriz, por ser exemplo de muita garra e perseverança, que me
motivaram a seguir em frente e lutar pelos meus sonhos.
“Tudo é possível àquele que crer”
Marcos 9:23
CONDIÇÕES DE SAÚDE DAS MULHERES ENCARCERADA EM
DIFERENTES REGIÕES DO BRASIL: REVISÃO INTEGRATIVA
RESUMO
ABSTRACT
Introduction: Women deprived of liberty present needs that need to be analyzed and
discussed to be fully assisted in all their needs. Objective: To know, through the
integrative review, the health conditions of women in situations of deprivation of liberty
in Brazil, in the last 5 years. Methodology: This is an exploratory and descriptive study,
of the type integrative review. Results: The texts were grouped and categorized as
"Prevalent Diseases, Health and Reproduction, and Social Aspects and Mental Health".
The data indicate the existence of scientific production about the populations under
deprivation of liberty, presenting a predominance of the quantitative approach, with a
focus on the identification of the sociodemographic profile and the health conditions of
prisoners. The profiles of inmates include the age of young adult (average of 30 years),
most single, low schooling, white or brown, with income less than a minimum wage. As
the prevalent disease calls attention to Sexually Transmitted Infections and
Tuberculosis; Maternity, drug use and mental health were discussed as important factors
in the context of women's health. Conclusions: Ensuring the rights of motherhood,
individuality, and access to exclusive health services for women's health are important
for maintaining quality of life and preventing harm to this population.
TB – Tuberculose.
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 10
2. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................ 11
3. OBJETIVO GERAL ......................................................................................................... 14
4. METODOLOGIA ...................................................................Erro! Indicador não definido.
5. CRONOGRAMA ....................................................................Erro! Indicador não definido.
6. RESULTADOS ESPERADOS ...............................................Erro! Indicador não definido.
7. REFERENCIAS ......................................................................Erro! Indicador não definido.
8. APÊNDICE E ANEXO.........................................................................................................13
1. INTRODUÇÃO
Análise realizada pelo Conselho Nacional de Justiça entre 2004 e 2014 detectou
um crescimento de 111% da população prisional no Brasil, atingindo um índice de mais
de 710.000 pessoas incluindo as prisões domiciliares. Dados socioeconômicos dessa
população nos mostram que a maioria é negra, jovem, com ensino fundamental
incompleto e que vem de famílias de baixa renda. (LERMEN; et.al, 2015).
A partir desses dados trazidos pelo autor citado a cima, podemos rever um breve
contexto histórico que nos leva as políticas sociais que são conceituadas como um
modelo que determina a proteção social realizada pelo Estado, tendo como função
auxiliar na redistribuição dos benefícios sociais buscando principalmente diminuir as
desigualdades sociais.
Essas políticas surgiram no século XIX com a luta das classes trabalhadoras e a
partir delas que conquistamos direitos como educação, previdência social e habitação.
No Brasil essas políticas ganharam voz em 1980. As relações entre políticas sociais e
prisionais foram cercadas de varias divergências, ocorrendo um distanciamento entre as
propostas da política social e da política prisional, levando o Estado a tomar atitudes
repressivas, não educativas e que não integravam as pessoas em conflitos com a Lei.
Foi a partir dai que em 1984 surgiu a Lei de Execução Penal que visou
regularizar os direitos e deveres da população prisional para com o Estado e sociedade,
visando a reintegração dos presos à sociedade, prevenção do crime e a preparação do
privado de liberdade à sociedade. Somente em 2003 foi implantada a Política Nacional
de Saúde no Sistema Penitenciário (IBDEM, 2015).
Brasil (2005), por meio da portaria interministerial nº 1.777 de 9 de setembro de
2003, prevê a inclusão da população penitenciária no SUS, garantindo o direito à
cidadania efetivado na perspectiva dos direitos humanos. Essa política é regida pelos
princípios e diretrizes do SUS garantindo ações e os serviços de atenção básica em
unidades prisionais.
Porém, foi observado que havia restrições na política referente as suas ações não
abordarem as delegacias, distritos policiais, colônias agrícolas ou industriais e tão pouco
as penitenciárias federais e foi a partir disso que foi criada a Politica Nacional de
Atenção Integral à Saúde das pessoas Privadas de Liberdade regida pela portaria
interministerial nº1 de 2 de janeiro de 2014, com o objetivo de ampliar as ações de
saúde do SUS para essa população (BRASIL, 2012).
França (2014) descreve que criminalidade feminina ainda não foi pesquisada
suficientemente, pois não existe uma diferenciação da criminalidade masculina. Isso se
dá pelo fato de que a criminalidade feminina passa despercebidamente comparada com
a masculina, uma vez que a feminina representa apenas 6% do total de presos. Mesmo
essa porcentagem sendo inferior à masculina, a mulher é vista por duas vertentes entre
os estudiosos: a vertente psico-orgânica da mulher produz comportamento impróprios
dentro de determinadas sociedades, podendo levá-las a prostituição a fim de compensar
uma provável tendência agressiva. A segunda baseia-se na influência externa.
De acordo Conselho Nacional de Justiça (2011) com a mulher privada de
liberdade tem o direito de ter um tratamento digno, livre de preconceitos e
discriminação; o direito a não sofrer qualquer tipo de violência, coação, moral, ou
psíquica; cabe a autoridade ou servidor penitenciário utilizar da força apenas em casos
onde necessite reestabelecer a normalidade da situação, agindo sempre de acordo com a
constituição do Estado em que encontra-se a presa. A mulher possui o direito a
liberdade de consciência e de sua crença e exercer culto a qualquer religião. Direito à
assistência material (roupas, cobertas, alimentação, higiene e limpeza, produtos de uso
pessoal), direito a saúde integral. Direito a guarda dos seus filhos mesmo estando
presas, ao aleitamento materno, e ter seu filho perto durante esse período. Ao auxílio
família, aposentadoria, auxílio reclusão, direito de desenvolver atividades intelectuais e
artísticas.
De acordo Leivas et. al (2011) as mulheres privadas de liberdade possuem
direito a visita de familiares e amigos assegurados pela LEP (art. 41, inciso X), direito a
visita íntima pelo menos uma vez ao mês (art. 41, inciso X da LEP e Resoluçãonº1/1999
do Concelho Nacional de Política Criminal e Penitenciária -CNPCP); ao pré-natal com
o acompanhamento de uma equipe médica e estrutura para o acompanhamento dos 9
meses de gestação, parto realizado em unidade hospitalar do sistema penitenciário ou
da rede de saúde pública (Sistema Único de saúde e conveniados), e estabelecimentos
prisionais com berçário e creche para que os filhos possam ficar junto das mães.
O Conselho Nacional de Justiça citado anteriormente ainda enfatiza que as
mulheres privadas de liberdade também possuem o dever de obedecer aos servidores da
unidade prisional, e respeitar qualquer pessoa, e relacionar-se bem com todas as pessoas
inclusive com as outras reclusas, trabalhar e submeter-se à sanção disciplinar que lhe for
legítima e legalmente imposta.
3. OBJETIVO GERAL
De acordo com Souza et al., (2010), a revisão integrativa permeia por etapas
importantes, entre elas: 1) Formulação e identificação do problema de pesquisa; 2)
busca ou amostragem na literatura; 3) coleta de dados; 4) análise crítica dos estudos
incluídos; 5) discussão dos resultados; 6) apresentação da revisão integrativa.
A formulação e identificação do problema de pesquisa se deram por meio da
indagação dos pesquisadores, tendo como partida identificar sobre: Qual a condição de
saúde e o perfil sociodemográfica das mulheres em situação de privação de liberdade no
Brasil?
Com relação à busca e amostragem na literatura, foram primeiramente
identificados os descritores, junto a base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde
(Descritores de Ciências da Saude – DeCs), a saber: Prisões, saúde da mulher e doenças.
Foram estabelecidos critérios de inclusão e exclusão, a saber: do critérios de
inclusão serão incluídas as pesquisas publicadas em periódicos nacionais e
internacionais, disponíveis na íntegra, com descritores no vernáculo português/inglês e
que abordassem a temática “Condições de saúde da mulher privada de liberdade”, assim
como pesquisas publicadas entre janeiro de 2012 a dezembro de 2016. Foram
selecionados artigos. E excluídos da amostra, os artigos publicados no período anterior
ao estabelecido, os com fuga de tema e os resumos de congressos.
Para a realização das coletas de dados, foi estabelecido o período de dois meses,
entre junho a julho de 2017, e por meio de busca ativa nas bases dados eletrônicos da
Scielo (Scientific Eletronic Library Online) e PUbmed. Após as coletas, será realizada a
sistematização dos textos, estabelecendo os critérios de inclusão e exclusão, tornando a
pesquisa refinada.
Foi elaborado um instrumento de coleta de dados, para pesquisa com revisão
integrativa, baseado em instrumento validado por Ursi (2006). Este instrumento, foi
transcrito para programa Excel, e ao coletar os dados, os artigos foram sistematizados,
traduzidos para língua portuguesa e por meio da leitura crítica, os dados foram
analisados o que permitiu a construção do “corpus do estudo” e categorização da
amostra, proporcionando a discussão dos resultados.
5. RESULTADOS
Doenças Prevalentes(1)
Identificação
Título do Artigo
Base de dados
ISSN
Autores
Título do Periódico
País
Idioma
Ano de Publicação
Instituição sede do estudo
Instituição
Centro de Pesquisa
P. Multicêntrica
Características Metodológicas
Tipo de publicação
Objetivo de
investigação
Amostra
Tamanho
Sexo
Local de pesquisa
Tipo de Análise
Adaptado de Ursi, 2006.
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