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Humanização na

assistência ao
parto

Geane Sales Bezerra


Enf. Obstetra
Objetivos:
Compreender o conceito de humanização do parto
e sua importância para a saúde materna e neonatal;

Identificar os principais aspectos da violência obstétrica


e suas consequências para as gestantes;

Promover reflexões sobre práticas obstétricas humanizadas


e a importância do respeito aos direitos das gestantes durante
o parto.
A humanização do parto visa garantir o respeito
aos direitos das gestantes e proporcionar
uma experiência mais positiva durante o
nascimento do bebê.
A humanização do parto deve ser
entendida como um processo:

O parto humanizado não é um tipo de parto,


mas está relacionado, na verdade,
à assistência prestada à mulher e ao bebê.
Conjunto de práticas e atitudes que
buscam respeitar os desejos da gestante,
proporcionando-lhe autonomia e
participação ativa no processo do parto.
PORTARIA Nº 569, DE 1º DE JUNHO DE 2000
Institui o Programa de Humanização no Pré-natal e
Nascimento, no âmbito do Sistema Único de Saúde

Lei n. 11.108/2005
Lei do acompanhante

PORTARIA Nº 1.459, DE 24 DE JUNHO DE 2011


Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS
a Rede Cegonha
PRÁTICAS BASEADAS EM EVIDÊNCIAS
Evidência científica:

Reunião de uma série de estudos desenvolvidos


ao longo do tempo para comprovar a efetividade
da adoção de uma prática
Benefícios da Humanização do Parto

Redução dos casos de depressão pós-parto;


Redução do trauma para o bebê;
Criação de um laço afetivo mais forte;
Redução da ansiedade e do estresse.
Práticas humanizadas mais comuns:
Os métodos de alívio da dor podem ser classificados em:

Evidências científicas de que promovem alívio efetivo da dor:


analgesia farmacológica regional ou inalatória;

Evidências científicas que podem promover alívio efetivo da


dor: imersão em água, relaxamento, acupuntura, massagem;

Sem evidência suficiente de que promovam alívio efetivo da


dor: hipnose, biofeedback, aromaterapia e TENS.
Recomendações essenciais às enfermeiras obstetras
e obstetrizes:

Questione tudo o que aprende: nem sempre as práticas realizadas possuem


evidências;

Acompanhe e siga os protocolos da Organização Mundial de Saúde (OMS)


e do Ministério da Saúde;

Sempre reveja seus atos durante a assistência obstétrica;

Participe de grupos de discussão com outros profissionais que seguem práticas


baseadas em evidência científica;

Participe de simpósios e congressos de atualização;

Busque se manter em constante atualização.


Violência
Obstétrica

Geane Sales Bezerra


Enf. Obstetra
É o desrespeito à mulher, à sua autonomia, ao seu
corpo e aos seus processos reprodutivos, podendo
manifestar-se por meio de violência verbal, física
ou sexual e pela adoção de intervenções e
procedimentos desnecessários e/ou sem
evidências científicas
Quanto ao conceito de violência obstétrica, no Brasil,
não há legislação vigente que a preconize, existindo tão
somente o Projeto de Lei n. 7.633/2014, que dispõe sobre
a humanização da atenção à mulher e ao recém-nascido
durante o ciclo gravídico-puerperal.
QUEM PODE PRATICAR A VIOLÊNCIA
OBSTÉTRICA CONTRA A MULHER?

Médicos(as), enfermeiros(as), técnicos(as)


em enfermagem, obstetrizes ou qualquer
outro profissional que preste em algum
momento esse tipo de assistência pode
ser autor da mencionada violência.
EXEMPLOS DE VIOLÊNCIA
OBSTÉTRICA:
Xingamentos, humilhações, comentários constrangedores;
Episiotomia sem necessidade, sem anestesia ou sem
informar à mulher;

Manobra de Kristeller;
Lavagem intestinal durante o trabalho de parto;

Não permitir que a mulher escolha sua posição para parir;

Impedir a mulher de se alimentar e beber água


durante o trabalho de parto;

Proibir o acompanhante que é de escolha livre da mulher...


Como identificar um caso de
violência obstétrica?
Procedimentalização do parto

Patologização dos processos naturais


"...O poder exercido pelo médico encontra
fundamento na autoridade cultural e
moral que a profissão médica atingiu em nossa
sociedade."
(AGUIAR; D’OLIVEIRA, 2010)
Como a sociedade e os profissionais de saúde
podem promover mudanças para garantir uma
assistência ao parto mais humanizada e
respeitosa?
Referências:
Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal: versão resumida
[recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência,
Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Gestão e
Incorporação de Tecnologias em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde,
2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Humanização do parto e do nascimento.


Universidade Estadual do Ceará. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 465 p:
il. – (Cadernos Humaniza SUS; v. 4)

OLIVEIRA, Luaralica Gomes Souto Maior de. Violência obstétrica e direitos


humanos dos pacientes. 2018.
Obrigada!
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