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CURSO DE ENFERMAGEM
Guarujá
2016
Mayara de Freitas da Silva Albuquerque de Oliveira
Guarujá
2016
ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO JUNTO A GESTANTE NO PARTO NORMAL
HUMANIZADO
Mayara de Freitas da Silva Albuquerque de Oliveira*
Mara Rúbia Ignácio de Freitas**
RESUMO
ABSTRACT
The scientific work in question aims to highlight the assistance in the realization of humanized
childbirth, being directly related to the labor expended by the nurse practitioner who internalizes
and living this experience with the patient. It is argued, therefore, issues related to humanization of
health from the humanization design as a professional practice, such as; how will the delivery?
How does the nurse's assistance to the pregnant woman in humanized normal delivery? This is a
literature review and descriptive research on virtual database, this research was conducted
electronically, through consultation papers, served in the database Lilacs and Scielo. According to
the literature studied humanized normal delivery aims to rescue the physiological character in the
process of being born, giving the woman a positive experience without trauma and without invasive
procedures at birth causing the woman to give birth, can achieve the highest degree of satisfaction.
The World Health Organization (WHO) recommends some actions by professionals and also
highlights women's rights to a humanized birth. It is understood that humanized delivery care
favors the respect, dignity and autonomy of women, to rescue the active role of women in the birth
process.
*
Acadêmica de Enfermagem da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) – Campus Guarujá.
**
Docente Titular do Curso de Enfermagem da UNAERP, Doutora em Enfermagem Médico-Cirúrgica pelo
Departamento Geral e Especializado da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo.
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INTRODUÇÃO
O Sistema Único de Saúde (SUS), dispõe de recursos para a ampliação dos exames de
pré-natal, de teste rápido de gravidez e de detecção da sífilis e HIV, para a ampliação e
qualificação de leitos de UTI adulto, UCI e UTI neonatal, leitos de gestação de alto risco
assim como para a adequação da ambiência das maternidades e a construção e custeio de
Centros de Parto Normal e Casas de Gestantes, Bebês e Puérperas. (BRASIL, Ministério da
Saúde,2012). No que tange ao aspecto profissional, observando-se uma preocupação com a
saúde da mulher destacando a assistência de qualidade e respeito, onde os aspectos
individuais priorizaram o gosto pela obstetrícia, e também o lidar com o nascimento, um fator
que justifica satisfações no trabalho, seguidos pelo cuidar da mulher nesta fase da sua vida
(NETO 2012).
METODOLOGIA
Após a leitura dos resumos de 25 artigos relacionados ao tema deste trabalho foram
selecionados 15 artigos e 4 cartilhas educativas do governo no período de 2001 a 2016, que
foram de suma importância para a pesquisa, em seguida realizou-se uma leitura mais
minuciosa, a fim de não serem perdidos aspectos importantes para o enriquecimento do
estudo e confecção da redação final da pesquisa.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
essas ações, os enfermeiros envolvidos), a base desde é que o conforto físico pode ser
aumentado pelo uso de técnicas de relaxamento, musicoterapia, métodos de respiração e
práticas alternativas, que favorecem o bom desenvolvimento do trabalho de parto e forneça
conforto e segurança a mulher e seu bebê. (VARGAS,2014).
Medidas foram implementadas pelo setor saúde essas se classificam como o incentivo
à participação do enfermeiro obstetra no acompanhamento do período gravídico-puerperal
baixo risco. Essas iniciativas se devem ao reconhecimento do profissional enfermeiro que
assiste a mulher com qualidade e de forma mais humanizada. Desde 1998, o Ministério de
Saúde (MS) vem qualificando enfermeiros obstetras para sua inserção na assistência ao parto
normal, através de cursos de especialização em enfermagem obstétrica e portarias ministeriais
para inclusão do parto normal assistido por enfermeiro obstetra. Os profissionais de
enfermagem que são caracterizados como “não médicos” e que podem realizar parto normal
são; enfermeiro, /enfermeiro obstetra, assim como a parteira titulada no Brasil até 1959
(GOMES,2014).
Mas existem aquelas práticas que são consideradas adequadas e auxiliam a parturiente
no momento de dor, tais como, a presença do acompanhante, o incentivo a deambulação, a
restrição do uso rotineiro de ocitocina e episiotomia e o estimulo ao parto vertical, além destes
existe também os métodos não invasivos e não farmacológicos de alívio da dor, como
massagens e técnicas de relaxamento, tais como, o banho de imersão que proporciona à
mulher a retomada de sua autonomia no processo de parturição, pois a mesma poderá
mobilizar seus próprios recursos na busca de seu bem-estar durante este momento, durante o
trabalho de parto que além de aliviar a dor essas práticas propiciam uma ligação maior entre
o enfermeiro-paciente (FUSTINONI , PRATA, PROGIANTI, 2013).
parturiente nos momentos mais difíceis, sendo capaz de transmitir conforto, encorajamento,
escuta e segurança. Permite ainda a redução da necessidade de medicação para alívio da dor
bem como a redução na duração do trabalho de parto e parto, bem como a diminuição dos
casos de depressão pós-parto. Trata-se de uma prática útil que deve ser estimulada
(VERSIANI, et al, 2015).
Outras dificuldades apontadas são as mesmas que podem ser vivenciadas no cotidiano
dos serviços públicos e alguns filantrópicos, que em geral recusam parturientes por absoluta
falta de vagas, não conseguindo responder à demanda que extrapola o número de leitos
(ALMEIDA, SILVEIRA, 2009).
Ainda segundo Almeida, Silveira, 2009, esta é uma realidade comum em muitos
serviços de assistência hospitalar, mas entende-se que a atitude humanizada dos profissionais
que assistem à parturiente não está ligada exclusivamente ao tempo e ao material disponível,
mas sim em tornar o momento dos contatos diretos e indiretos com a população uma
expressão de interação de humanos, que promovam momentos saudáveis com a mulher, seu
recém-nascido e acompanhante e, naturalmente, com os próprios integrantes da equipe de
saúde. Pode-se compreender, assim, que o conceito de humanização da assistência ao parto
inclui vários aspectos, ausência de regulamentos, normas e rotinas, deficiência de instalações
e equipamentos, além de falhas na estrutura física, demanda elevada acompanhada da falta de
privacidade, bem como a ausência de preparo emocional e psicológico são algumas das
situações consideradas “desumanizantes”.
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É importante que a enfermagem não se limite as rotinas impostas, mas que agregue
conhecimento e uma postura reflexiva para agir da melhor forma frente às situações. Dessa
maneira, consolida a profissão e gera assim maior emancipação. Com as crescentes mudanças
que vem sendo ocorridas diante da enfermagem e as diversas politicas inseridas para garantir
assistência qualificada com base na humanização, a enfermagem ainda vem ganhando seu
espaço dentro da obstetrícia, pois esse profissional ainda não possui total autonomia,
prevalecendo ainda às práticas dos médicos. Apesar da implementação de portarias pelo
Ministério da Saúde que permite assistência da enfermagem ao parto de baixo risco, ainda
assim são poucos os enfermeiros obstétricos que atuam no parto (ALMEIDA, GAMA,
BAHIANA, 2015).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De fato, em qualquer área é necessário buscar atualizações para estar preparado para
qualquer intercorrência que possa vir a ocorrer, mas quando falamos em gestantes e puérperas
é necessário mais que isso; um profissional que trabalha nessa área deve buscar se atualizar
profissionalmente e também buscar humanizar seu atendimento, e assim melhorar a qualidade
de assistência profissional prestada. Visto que o parto natural é menos invasivo, cabe ao
profissional que acompanha o pré-natal estimular a realização do mesmo, e para isso ele deve
esclarecer as dúvidas da gestante a respeito dos mitos e verdades do parto natural.
O enfermeiro obstétrico ainda precisa embasar -se na educação em saúde com isso a
parturiente sente-se mais acolhidas e seguras durante o parto. É necessário refletir nas atitudes
a serem tomadas e na melhor maneira de inserir as práticas humanizadas, pois para mudar a
vida é preciso primeiro mudar a forma de nascer. O enfermeiro exerce seu papel
fundamentado no ato de cuidar e proporcionar conforto e segurança para parturiente
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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PRATA, Juliana Amaral, and Jane Márcia PROGIANT." A influência da prática das
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VARGAS, Pricilla Braga et al. A assistência humanizada no trabalho de parto: percepção das
adolescentes. Revista de Pesquisa: Cuidado e Fundamental, v. 6, n. 3, 2014.