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Muriaé - MG
2019
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Muriaé-MG
2019
MONALISA POGIANELI PIMENTEL
COMISSÃO EXAMINADORA
______________________________________
Juliana Camargo de Melo Pena
Centro Universitário UNIFAMINAS
______________________________________
Prof. Nome do Membro da Banca
Centro Universitário UNIFAMINAS
______________________________________
Prof. Nome do Membro da Banca
Centro Universitário UNIFAMINAS
RESUMO
A Humanização do parto é um assunto muito debatido na atualidade. Esta
humanização visa promover assistência integral, respeitando e atendendo a
parturiente nas dimensões espiritual, psicológica, biológica, e tornando o parto mais
fisiológico, através da diminuição de intervenções desnecessárias e na inserção de
práticas que reduzem o desconforto emocional e físico. O presente trabalho teve
como objetivo geral conhecer sobre as práticas do enfermeiro no que se refere ao
processo de parto humanizado, e evidenciar a importância deste profissional na
assistência tanto as parturientes quanto aos familiares durante este momento,
ofertando um trabalho de qualidade associado aos cuidados humanizados. Para a
realização do estudo utilizou-se a pesquisa bibliográfica, através de artigos
científicos e livros de temas relacionados ao assunto proposto. O enfermeiro é o
contato que a parturiente tem neste momento tão importante em sua vida que é o
parto e ela espera, mesmo que de forma inconsciente que o enfermeiro lhe conceda
uma atitude humana como uma palavra de apoio. A atuação do enfermeiro para
uma assistência humana e de qualidade, aliado ao apoio familiar durante a
parturição, geram o alcance de resultados positivos, fazendo com que todos os
envolvidos possam ser beneficiados sendo necessário a qualificação destes
profissionais, com comprometimento pessoal e profissional, recebendo a mulher
com respeito, ética e dignidade.
ABSTRACT
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 7
2 OBJETIVOS................................................................................................... 10
2.1 Objetivo geral.............................................................................................. 10
2.2 Objetivos específicos.................................................................................. 10
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.......................................................................... 11
3.1 Humanização em saúde............................................................................... 11
3.2 O Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar
(PNHAH)............................................................................................................. 13
3.3 Humanização no parto................................................................................. 17
3.4 Enfermagem no Parto................................................................................ 20
4 METODOLOGIA............................................................................................ 22
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO -------------------------------------------------------- 22
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................... 26
7 REFERÊNCIAS...............................................................................................
28
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LISTA DE SIGLAS
BVS Biblioteca Virtual de Saúde do Ministério da Saúde
CPN Centros de parto Normal
Et al. E outros
OMS Organização Mundial de Saúde
PHAS Política de Humanização da Assistência à Saúde
PNHAH Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar
Scielo Scientific Electronic Library Online
SUS Sistema Único de Saúde
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1 INTRODUÇÃO
A discussão sobre humanização nos serviços de saúde brasileiros tem
fomentado mudanças nas práticas profissionais, aliadas aos princípios do Sistema
Único de Saúde (SUS), que visam à integralidade da assistência e à equidade no
acesso e na participação social do usuário, possibilitando modificações no ambiente
de trabalho que valorizem as relações entre usuários e profissionais (DINIZ, 2010).
A Humanização do parto é um assunto muito debatido na atualidade. Esta
humanização visa promover assistência integral, respeitando e atendendo a
parturiente nas dimensões espiritual, psicológica, biológica, e tornando o parto mais
fisiológico, através da diminuição de intervenções desnecessárias e na inserção de
práticas que reduzem o desconforto emocional e físico (GONÇALVES et al., 2011).
O modelo de parto normal se modificou através do tempo, passando de um
parto domiciliar atendido por mulheres para um parto hospitalar e medicalizado.
Entretanto, na atualidade, políticas públicas surgem para dar conta de um novo
desafio, o resgate de uma atenção ao parto mais humanizada e que atenda as
expectativas da parturiente independentemente do local onde ocorre o parto –
domicílio, Centro de Parto Normal extra, peri ou intra-hospitalar e maternidade
(SILVA et al., 2018).
O Ministério da Saúde (MS) tem instituído diretrizes para o apoio ao parto
normal fisiológico através da Rede Cegonha que no art. 1° da Lei que a institui, a
define como uma rede de cuidados que visa assegurar à mulher o direito ao
planejamento reprodutivo e à atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao
puerpério, bem como à criança o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e
ao desenvolvimento saudáveis (BRASIL, 2011).
Nesse contexto, entende-se por humanização da saúde as competências
técnicas e científicas de acordo com os princípios éticos, as quais são somadas e
reconhecidas para a melhoria do atendimento e do planejamento do cuidado
individualizado (SILVA et al., 2013).
A humanização do parto não tem o enfoque somente técnico, mas também
deve ser associado ao respeito dos direitos da paciente, o que incitou os hospitais
da rede pública a adotarem medidas humanizadas, que envolvia a participação da
mulher ativamente nas decisões, como escolher a posição para parir, utilizar água
morna como mecanismo não farmacológico de alívio à dor, ter liberdade para
8
2 OBJETIVOS
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Humanização significa uma gama de processos que tem como intuito mudar a
cultura da instituição através da construção conjunta das práticas de saúde e gestão
dos serviços, pautados na procura de soluções compartilhadas por todos os que
fazem parte dessas ações. É preciso que os valores humanísticos no trabalho em
saúde sejam fortalecidos (RIOS, BATTISTELLA, 2013).
Conceituar humanização significa ato ou efeito de humanizar-se, conforme
está descrito no Dicionário Aurélio (FERREIRA, 2009). Ou seja, é ver cada um que
agrega o ambiente hospitalar (pacientes, profissionais da saúde e todos os demais
trabalhadores), como um ser singular, com muitas qualidades e defeitos, capaz de
sentir, de amar e sofrer. Humanização significa, portanto, ver no outro, um ser
humano, merecedor de respeito e consideração, de compaixão e amor independente
de suas características particulares (GOULART, CHIARI, 2010).
Humanizar, para Fortes, Martins (2000, p.1) significa:
como uma das principais condições de trabalho que geravam insatisfação nos
profissionais, uma vez que impossibilitava o atendimento adequado dos usuários e
dificultava o trabalho desenvolvido (DODOU et al., 2017).
É fundamental que a equipe de enfermagem desenvolva, amparada por
instrumentos pertinentes e educação permanente, um modo de cuidar próprio,
caracterizando-o como uma prática autônoma e consciente do seu papel como
agente de mudança (FERREIRA, 2015).
A assistência prestada no parto e puerpério está condicionada a mudança de
atitudes de todos os envolvidos. Neste processo, o caminho para garantir o alcance
de qualidade consiste em trabalhar a humanização do atendimento as parturiente e
familiares (MILFONT, 2011).
Para realizar uma assistência humanizada ao parto e reduzir a prática de
métodos invasivos, considera-se necessário a formação continuada dos
profissionais envolvidos na maternidade da instituição a respeito do parto
humanizado; acolhimento da parturiente com comportamento dialógico; adequação
da estrutura física, de modo que favoreça a privacidade da mulher e aquisição de
materiais que melhorem o momento do parto. A autonomia da parturiente agrega
grande valor para efetivação do parto humanizado tornando necessário que os
profissionais da saúde reconheçam-na como sujeitos ativos (CASSIANO, 2015).
O MS a partir das novas diretrizes de parto normal dispõe de práticas e
métodos não farmacológicos que auxiliam no trabalho de parto para o alivio da dor,
dentre eles: massagens, técnicas de relaxamento; acupuntura, hipnose, assim
como aromo terapia, musicoterapia e áudio analgesia atuam como suporte à mulher
durante o trabalho de parto; essas técnicas vêm demonstrando benefícios
significativos no alivio da dor (CONITEC, 2012).
As práticas realizadas na assistência à parturiente envolvem a bola suíça,
deambulação, banho de aspersão, massagem, musicoterapia, sendo estes
benéficos para a progressão do parto. A bola suíça promove a participação ativa da
mulher e o relaxamento. Quanto ao banho de aspersão, há um alívio da sensação
dolorosa e a massagem diminui a intensidade da dor presente no trabalho de parto,
sendo realizada mais na região lombar. A deambulação possibilita a melhora da
contratilidade uterina e conforto. A musicoterapia proporciona tranquilidade e calma
a mulher. Percebe-se a preocupação quanto ao respeito pelas escolhas na
realização ou não das boas práticas e os profissionais enfermeiros tem como papel
17
ainda com cuidados humanizados, pois de nada adianta haver apenas um desses
itens e o outro ficar a desejar, é no todo que se alcança o atendimento eficaz com
resultados positivos. Conforme Tuesta (2003, p.1426), a atenção humanizada ao
parto faz referencia à necessidade de um novo olhar, que precisa ser compreendido
como uma experiência verdadeiramente humana, o acolhimento, o ato de ouvir e de
orientar como sendo aspectos fundamentais no cuidado às mulheres.
Desta colocação, faz-se fundamental um especial destaque ao ato de ouvir,
pois no momento do trabalho de parto e do parto, a parturiente precisa gritar,
desabafar seus medos e expectativas de forma a se sentir ouvida, sendo que, sem
dúvidas, depois de algum tempo, irá lembrar com detalhes e com gratidão sobre
tudo o que passou e sobre quem esteve com ela (DINIZ, 2005).
Por outro lado, necessário se faz destacar que para o bom desenvolvimento
do trabalho de parto, assim como o parto normal, é necessário o bem estar físico e
emocional da parturiente, o que favorece a redução dos riscos e complicações,
cabe a equipe médica esta decisão (MOURA et al., 2007).
O apoio emocional está intimamente relacionado à capacidade necessária de
a mulher conseguir suportar a dor e a tensão. Neste sentido, é importante que os
profissionais de saúde estejam sensibilizados e estejam conscientes quanto à
relevância da presença do acompanhante para a parturiente no decorrer do trabalho
de parto, através de atitudes simples, mas extremamente eficazes e que podem
influenciar de forma positiva a realidade da assistência da mãe e seu concepto
(MOURA et al., 2007).
É importante enfatizar que a enfermagem tem participado das principais
discussões acerca da saúde da mulher, de forma conjunta com movimentos sociais
feministas. Diante disto, o MS tem criado portarias que favorecem a atuação do
enfermeiro na atenção integral a saúde da mulher, privilegiando o período gravídico
puerperal, devido ao fato de entender que estas medidas são indispensáveis para a
diminuição de intervenções, riscos e consequentemente humanização da
assistência, tanto em maternidades, como ainda em casas de parto (MOURA et al.,
2007).
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3 METODOLOGIA
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Quadro 1 - Relação dos estudos incluídos na revisão segundo titulo e resultados encontrados.
ARTIGOS RESULTADOS ENCONTRADOS
Após leitura e seleção dos artigos, foram elaborados tres categorias para
facilitar o entendimento do assunto. Categoria 1: importância do enfermeiro no parto.
Categoria 2 capacitação da equipe. Categoria 3: benefícios da assistência da
enfermeira obstetra a gestantes.
Categoria 1: Importância do enfermeiro no parto
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Podemos evidenciar que através dos estudos realizados nos 20 artigos acima
citados que 100% deles asseguram a importância do enfermeiro na assistência as
mulheres em trabalho de parto, tanto no período pré e pós parto, com seu
conhecimento cientifico, e sua assistência humanizada.
Categoria 2: Capacitação da equipe.
Foi observado dentre os estudos , que em 50% deles, afirmam a importância
de forma direta da capacitação da equipe, de forma que possam contribuir de
maneira humana, oferecendo a parturiente e seus familiares uma assistência de
qualidade e desenvolvendo um relacionamento amigável durante todo o processo
pré-parto, durante o parto e pós-parto, sem deixar de oferecer uma assistência
técnica científica eficaz.
Categoria 3 : benefícios da assistência da enfermeira obstetra a
gestantes.
Dos artigos selecionados, 40% trazem informações sobre os benefícios da
assistência da enfermeira obstetra a gestantes, onde eles facilitam o contato mãe e
filho, favorece o aleitamento materno, estimulam o vínculo do filho com a família,
recuperação rápida da mãe no pós parto, menos índices de infecções. Partos
acompanhados por enfermeiros obstetras reduzem a ocorrência de intervenções
desnecessárias, menos propensas a necessitar de hospitais, menos analgésicos
durante a gravidez.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
7 REFERÊNCIAS
BRASIL. Número de cesarianas cai pela primeira vez desde 2010. Disponível em
<http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2017/03/numero-de-cesarianas-cai-pela-
primeira-vez-desde-2010>. Acesso em: 15 de fevereiro 2019.
residência obstétrica sob o olhar da humanização. Rev enferm UFPE on line, v. 11,
n. 5, p. 1882-90, 2017.
POSSATI, A. B.; PRATES, L. A.; CREMONESE, L.; SCARTON, J.; ALVES, C. N.;
RESSEL, L. B. Humanização do parto: significados e percepções de enfermeiras.
Esc Anna Nery v. 21, n. 4: e20160366, 2017.
SILVA, A. A.; PEREIRA, B. B.; PEREIRA, J. S. C.; AZEVEDO, M. B.; DIAS, R. L.;
GOMES, S. K. C. Violência obstétrica: perspectiva da enfermagem. Revista de
cuidados em saúde, v. 9, n. 015, 2015.