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CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM


TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO ACERCA DO


TRABALHO DE PARTO E DE SUAS PERCEPÇÕES
SOBRE A HUMANIZAÇÃO EM OBSTETRÍCIA

Monalisa Pogianeli Pimentel


2

Muriaé - MG
2019
2

MONALISA POGIANELI PIMENTEL

O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO ACERCA DO


TRABALHO DE PARTO E DE SUAS PERCEPÇÕES
SOBRE A HUMANIZAÇÃO EM OBSTETRÍCIA

Trabalho apresentado como requisito


parcial para a Conclusão do Curso de
Bacharelado em Enfermagem do Centro
Universitário UNIFAMINAS.

Profª.: Juliana Camargo de Melo Pena

Muriaé-MG
2019
MONALISA POGIANELI PIMENTEL

O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO A CERCA DO


TRABALHO DE PARTO E DE SUAS PERCEPÇÕES
SOBRE A HUMANIZAÇÃO EM OBSTETRÍCIA

Trabalho apresentado como requisito


parcial para a Conclusão do Curso de
Bacharelado em Enfermagem do Centro
Universitário UNIFAMINAS.

COMISSÃO EXAMINADORA

______________________________________
Juliana Camargo de Melo Pena
Centro Universitário UNIFAMINAS

______________________________________
Prof. Nome do Membro da Banca
Centro Universitário UNIFAMINAS

______________________________________
Prof. Nome do Membro da Banca
Centro Universitário UNIFAMINAS

Muriaé, ___ de _____________ de 20___


ii

RESUMO
A Humanização do parto é um assunto muito debatido na atualidade. Esta
humanização visa promover assistência integral, respeitando e atendendo a
parturiente nas dimensões espiritual, psicológica, biológica, e tornando o parto mais
fisiológico, através da diminuição de intervenções desnecessárias e na inserção de
práticas que reduzem o desconforto emocional e físico. O presente trabalho teve
como objetivo geral conhecer sobre as práticas do enfermeiro no que se refere ao
processo de parto humanizado, e evidenciar a importância deste profissional na
assistência tanto as parturientes quanto aos familiares durante este momento,
ofertando um trabalho de qualidade associado aos cuidados humanizados. Para a
realização do estudo utilizou-se a pesquisa bibliográfica, através de artigos
científicos e livros de temas relacionados ao assunto proposto. O enfermeiro é o
contato que a parturiente tem neste momento tão importante em sua vida que é o
parto e ela espera, mesmo que de forma inconsciente que o enfermeiro lhe conceda
uma atitude humana como uma palavra de apoio. A atuação do enfermeiro para
uma assistência humana e de qualidade, aliado ao apoio familiar durante a
parturição, geram o alcance de resultados positivos, fazendo com que todos os
envolvidos possam ser beneficiados sendo necessário a qualificação destes
profissionais, com comprometimento pessoal e profissional, recebendo a mulher
com respeito, ética e dignidade.

Palavras-chave: Humanização, parto normal, enfermagem.


iii

ABSTRACT

The humanization of childbirth is a hotly debated subject today. This humanization


aims to promote comprehensive care, respecting and attending to the parturient in
the spiritual, psychological, biological dimensions, and making childbirth more
physiological, through the reduction of unnecessary interventions and the insertion of
practices that reduce emotional and physical discomfort. The present work had as
general objective to know about the practices of the nurse regarding the process of
humanized childbirth, and to highlight the importance of this professional in the
assistance to both the parturient and the family during this moment, offering a quality
work associated with the humanized care. . For the accomplishment of the study it
was used the bibliographical research, through scientific articles and books of
subjects related to the proposed subject. The nurse is the contact that the parturient
has at this moment so important in her life that is childbirth and she expects, even if
unconsciously that the nurse gives her a human attitude as a word of support. The
performance of nurses for humane and quality care, allied to family support during
childbirth, generates the achievement of positive results, so that all involved can be
benefited and these professionals need qualification, with personal and professional
commitment, receiving the woman with respect, ethics and dignity.

Key words: Humanization, normal birth, nursing.


iv

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 7
2 OBJETIVOS................................................................................................... 10
2.1 Objetivo geral.............................................................................................. 10
2.2 Objetivos específicos.................................................................................. 10
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.......................................................................... 11
3.1 Humanização em saúde............................................................................... 11
3.2 O Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar
(PNHAH)............................................................................................................. 13
3.3 Humanização no parto................................................................................. 17
3.4 Enfermagem no Parto................................................................................ 20
4 METODOLOGIA............................................................................................ 22
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO -------------------------------------------------------- 22
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................... 26
7 REFERÊNCIAS...............................................................................................
28
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LISTA DE SIGLAS
BVS Biblioteca Virtual de Saúde do Ministério da Saúde
CPN Centros de parto Normal
Et al. E outros
OMS Organização Mundial de Saúde
PHAS Política de Humanização da Assistência à Saúde
PNHAH Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar
Scielo Scientific Electronic Library Online
SUS Sistema Único de Saúde
7

1 INTRODUÇÃO
A discussão sobre humanização nos serviços de saúde brasileiros tem
fomentado mudanças nas práticas profissionais, aliadas aos princípios do Sistema
Único de Saúde (SUS), que visam à integralidade da assistência e à equidade no
acesso e na participação social do usuário, possibilitando modificações no ambiente
de trabalho que valorizem as relações entre usuários e profissionais (DINIZ, 2010).
A Humanização do parto é um assunto muito debatido na atualidade. Esta
humanização visa promover assistência integral, respeitando e atendendo a
parturiente nas dimensões espiritual, psicológica, biológica, e tornando o parto mais
fisiológico, através da diminuição de intervenções desnecessárias e na inserção de
práticas que reduzem o desconforto emocional e físico (GONÇALVES et al., 2011).
O modelo de parto normal se modificou através do tempo, passando de um
parto domiciliar atendido por mulheres para um parto hospitalar e medicalizado.
Entretanto, na atualidade, políticas públicas surgem para dar conta de um novo
desafio, o resgate de uma atenção ao parto mais humanizada e que atenda as
expectativas da parturiente independentemente do local onde ocorre o parto –
domicílio, Centro de Parto Normal extra, peri ou intra-hospitalar e maternidade
(SILVA et al., 2018).
O Ministério da Saúde (MS) tem instituído diretrizes para o apoio ao parto
normal fisiológico através da Rede Cegonha que no art. 1° da Lei que a institui, a
define como uma rede de cuidados que visa assegurar à mulher o direito ao
planejamento reprodutivo e à atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao
puerpério, bem como à criança o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e
ao desenvolvimento saudáveis (BRASIL, 2011).
Nesse contexto, entende-se por humanização da saúde as competências
técnicas e científicas de acordo com os princípios éticos, as quais são somadas e
reconhecidas para a melhoria do atendimento e do planejamento do cuidado
individualizado (SILVA et al., 2013).
A humanização do parto não tem o enfoque somente técnico, mas também
deve ser associado ao respeito dos direitos da paciente, o que incitou os hospitais
da rede pública a adotarem medidas humanizadas, que envolvia a participação da
mulher ativamente nas decisões, como escolher a posição para parir, utilizar água
morna como mecanismo não farmacológico de alívio à dor, ter liberdade para
8

movimentar-se, fazer exercícios e ser assistida por alguns profissionais de saúde


treinados para oferecer as orientações que se fizerem necessárias (SOUZA,
GAÍVA, MODES, 2011).
Por isso, vale ressaltar a extrema importância da capacitação e atuação da
equipe de enfermagem, sendo dever do profissional orientar a parturiente e família
sobre o andamento do parto, também saber controlar e planejar estratégias para
que tais dificuldades sejam superadas, para minimizar traumas e sofrimento para
ambas as partes, podendo passar por complicações irreversíveis. A humanização
da assistência é percebida pela equipe de enfermagem obstétrica como a promoção
do cuidado integral de caráter não invasivo, um vínculo de confiança entre paciente
e profissional, no qual ambos passam a compartilhar os sentimentos,
planejamentos, e as decisões dos seus cuidados prestados (SILVA et al., 2017).
Entretanto, conflitos têm acontecido devido à categoria médica sentir seu
espaço expropriado pela mudança de papéis e poderes na cena do parto, onde o
enfermeiro obstetra, com atuação legitimada pelas políticas públicas, constitui
importante estratégia para promover a humanização em um espaço no qual ainda
persiste a hegemonia médica, condutas intervencionistas e elevados índices de
cesárea (FEIJÃO, BOECKMANN e MELO, 2017).
Dados divulgados pelo MS revelam que número o de cesarianas na rede
pública e privada de saúde não cresceu no Brasil, afirmam que esse tipo de
procedimento, que apresentava curva ascendente, caiu 1,5 ponto percentual em
2015. Dos 3 milhões de partos feitos no Brasil no período, 55,5% foram cesáreas e
44,5%, partos normais. Em 2016, a tendência de estabilização se mantém com o
mesmo índice de 55,5% (dado preliminar). Considerando apenas os procedimentos
realizados pelo SUS, os partos normais (59,8%) já superam as cesarianas (40,2%).
A estabilização das cesarianas é consequência de uma série de medidas, como a
implementação da Rede Cegonha, com investimentos em 15 Centros de Parto
Normal; qualificação das maternidades de alto risco; maior presença de enfermeiras
obstétricas na cena parto, entre outras (BRASIL, 2017).
A problemática da presente pesquisa foi a identificação do conhecimento do
enfermeiro sobre a importância da humanização do trabalho de parto, tendo a
seguinte questão norteadora: Qual a melhor forma de atender as necessidades da
parturiente e a família durante o processo do trabalho de parto, ofertando assistência
técnica eficiente com ações humanizadas?
9

Como justificativa para esse estudo, foi o fato da pesquisadora querer


identificar o conhecimento do enfermeiro sobre o trabalho de parto e sobre a
importância de sua atuação no processo de humanização, durante a assistência as
parturientes e ao auxílio ao puerpério, evidenciando que as práticas de enfermagem
podem ser efetivas e bem-sucedidas no momento do parto, evitando a utilização de
técnicas de intervenções, respeitando e apoiando as decisões e vontades maternas,
ofertando o cuidado prático necessário.
10

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL


Conhecer as práticas do enfermeiro no que se refere ao processo de parto
humanizado, evidenciando a sua importância na assistência tanto às parturientes
quanto aos familiares durante este momento.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Verificar a importância da capacitação da equipe que presta a assistência ao


parto natural;
 Identificar os pontos positivos que os partos naturais e humanizados
oferecem à parturiente.
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3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE

Humanização significa uma gama de processos que tem como intuito mudar a
cultura da instituição através da construção conjunta das práticas de saúde e gestão
dos serviços, pautados na procura de soluções compartilhadas por todos os que
fazem parte dessas ações. É preciso que os valores humanísticos no trabalho em
saúde sejam fortalecidos (RIOS, BATTISTELLA, 2013).
Conceituar humanização significa ato ou efeito de humanizar-se, conforme
está descrito no Dicionário Aurélio (FERREIRA, 2009). Ou seja, é ver cada um que
agrega o ambiente hospitalar (pacientes, profissionais da saúde e todos os demais
trabalhadores), como um ser singular, com muitas qualidades e defeitos, capaz de
sentir, de amar e sofrer. Humanização significa, portanto, ver no outro, um ser
humano, merecedor de respeito e consideração, de compaixão e amor independente
de suas características particulares (GOULART, CHIARI, 2010).
Humanizar, para Fortes, Martins (2000, p.1) significa:

Reconhecer as pessoas, que buscam nos serviços de saúde a


resolução de suas necessidades de saúde, como sujeitos de direitos.
Humanizar é observar cada pessoa em sua individualidade, em suas
necessidades específicas, ampliando as possibilidades para que
possa exercem sua autonomia.

O conceito de humanização na área de saúde, ultimamente, tem se


destacado nas pesquisas científicas. No decorrer dos séculos XIX e XX, a tecnologia
progrediu bastante, inclusive nessa área, o que levou os atendimentos hospitalares
a se tornarem frios, até mesmo, desumanos. Por isso, a importância que seja feita
uma reflexão sobre o que pode ser feito para que as instituições hospitalares tenham
como objetivo humanizar a assistência prestada aos usuários (BRASIL, 2001).
A humanização aponta características de extrema importância no que se
refere às melhorias das condições de trabalho no setor de saúde e a participação de
uma equipe interdisciplinar para solucionar problemas, no intuito de se obter maior
eficiência para abordar os pacientes enfermos (MACEDO, 2005).
Na área de saúde, humanizar, significa reconhecer que nas suas práticas,
especificamente, há problemas e privações de muitas das condições exigidas pela
12

definição da concepção, organização e implementação do cuidado da saúde da


humanidade, tanto por parte dos organismos e práticas estatais, quanto da parte da
sociedade civil (BECK, MINUZI, 2008).
Humanização, em sentido amplo, se refere ao ato de incentivar a união e
colaboração interdisciplinar de todos os que fazem parte da organização como um
todo (gestores, técnicos, funcionários), assim como a organização para a
participação efetiva dos usuários nos processos de prevenir, curar e reabilitar.
Humanizar não é apenas tornar suave a convivência no hospital, senão, uma
excelente oportunidade para organizar-se para combater a desumanidade, sejam
quais forem as maneiras adotadas por ela (OLIVEIRA, COLLET, VIEIRA, 2006).
Em contrapartida, a questão em diversos lugares é exatamente a inexistência
de condições técnicas, em se tratando de capacitação, materiais, e perde a essência
pela péssima qualidade, sucedendo num atendimento de baixa solubilidade. Essa
situação pode levar à desumanização de acordo com a maneira que profissionais e
usuários se relacionem de forma inconveniente, imparcial e arrogante, agravando
uma situação que já não é nada fácil (BRASIL, 2002).
Entende-se, portanto, que humanizar a assistência à saúde envolve dar
oportunidade ao usuário e aos profissionais da saúde de falarem, de maneira que
possam integrar uma rede de diálogo (LIMA et al., 2010) com nossos semelhantes.
Conforme o Ministério da Saúde (BRASIL, 2004a, p. 3):

Humanizar é garantir à palavra a sua dignidade ética. Ou seja, o


sofrimento humano e as percepções de dor ou de prazer no corpo,
para serem humanizados, precisam tanto que as palavras que o
sujeito expressa sejam reconhecidas pelo outro, quanto esse sujeito
precisa ouvir do outro palavras de seu reconhecimento. Pela
linguagem fazemos as descobertas de meios pessoais de
comunicação com o outro, sem o que nos desumanizamos
reciprocamente.

A proposta de humanização da assistência à saúde tem como objetivo


melhorar a qualidade de atendimento ao usuário e das condições de trabalho para
os profissionais da área. Além disso, também objetiva alinhar-se às políticas
mundiais de saúde e à diminuição dos altos custos provenientes da ignorância, do
descaso e da incapacidade que ainda ocorrem nas relações de saúde em todas as
instâncias (BRASIL, 2004a).
13

3.2 O PROGRAMA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA HOSPITALAR (PNHAH)

  A humanização da assistência à saúde é uma demanda proveniente das


lamentações feitas pelas pessoas que fazem uso dos serviços de saúde, por serem
maltratadas. Tais lamentações podem ser vistas na mídia falada, escrita e
computadorizada que delata, constantemente, fatos negativos dos atendimentos
dispensados à sociedade. As publicações científicas também confirmam que esses
fatos são verídicos (DESLANDES, 2004).
Diante disso, foi lançado pelo MS o PNHAH, em maio de 2000, com o intuito
de aperfeiçoar as relações dos profissionais da saúde, entre si, no ambiente
hospitalar e com os pacientes. Neste sentido, necessita-se valorizar a pessoa, como
um todo, qualificando as entidades públicas, transformando-os em organizações
modernas, solidárias, a fim de alcançar as expectativas dos gestores e da sociedade
(ANDRADE et al., 2009).
O PNHAH traz importantes informações a respeito da implantação do
processo de humanização dos serviços de saúde. O desenvolvimento das ações
propostas pela Política de Humanização da Assistência à Saúde (PHAS) tem como
objetivos fundamentais respeitar as particularidades de cada instituição e promover
a cooperação entre elas em busca da troca de experiências que visam à
qualificação do serviço público de saúde (NASCIMENTO et al., 2017).
O acolhimento da parturiente pela equipe de enfermagem pode contribuir
para um atendimento humanizado, porém essa contribuição só existirá se o
acolhimento for entendido como um processo onde todos os que compõem uma
equipe multiprofissional estejam qualificados e capacitados para tal ato. Acolher a
parturiente de maneira adequada exige, primeiramente, a reflexão sobre o quanto
os próprios valores influenciam a prática profissional, reconhecer e aceitar os
próprios limites e as diferenças que caracterizam a sociedade humana (SILVA et al.,
2016).
A assistência humanizada tem o objetivo de proporcionar às mulheres um
sentimento de confiança e segurança durante o parto e para cuidar de seu filho.
Algumas mulheres têm essa experiência como uma autotransformação, e se
sentem mais capazes em seu novo papel social. Esta vivência estimula a
conscientização e o interesse pela sociedade, tendo como consequência o
fortalecimento social (SILVA, BARBIERI, FUSTINONI, 2011).
14

O conceito de humanização, neste estudo, envolve atitudes, práticas,


condutas e conhecimentos pautados no desenvolvimento saudável dos processos
de parto e nascimento, respeitando a individualidade e valorizando as mulheres.
(POSSATI et al., 2017).
Para Dias e Domingues (2005), a entrada da enfermagem obstétrica na
atenção aos partos de baixo risco, atualmente ocupado pelos médicos obstetras
tem provocado embates entre estas categorias, dificultando a implantação da
política de humanização.
Os obstáculos encontrados na implantação do cuidado humanizado
relacionam ao desconhecimento das mulheres e de seus familiares e de seus
acompanhantes sobre os direitos reprodutivos na atenção ao parto e nascimento, a
atividade da resignação das mulheres e seus familiares, a falta de orientação e
preparo do acompanhante, a relação assimétrica entre profissionais da saúde e
parturiente, a insuficiência e negação da informação, as más condições estruturais
e a falta de comunicação entre os profissionais da saúde com a parturiente
(SANTOS, OKAZAKI, 2012).
Nota-se a necessidade de os profissionais de enfermagem mudarem a
atitude e a postura diante a assistência ao parto e nascimento, reconhecendo sua
importância como membro da equipe de saúde na assistência à mulher e ao
neonato, usando o conhecimento técnico-científico para promover a saúde e o bem-
estar de seus clientes e ajudando na implantação das práticas humanizadas dentro
dos hospitais e maternidades (MARQUE, DIAS e AZEVEDO, 2006).
É essencial que cuidados não farmacológicos de alívio da dor sejam
utilizados, por serem mais seguros e acarretarem menos intervenções. Sendo
assim, a equipe de enfermagem tem um papel fundamental na realização desses
cuidados, proporcionando à parturiente, alívio da dor, tornando o parto humanizado,
fornecendo à mulher oportunidade de ter um olhar positivo deste momento especial
que é a chegada do filho (SOUZA, AGUIAR, SILVA, 2015).
A (o) enfermeira (o) que assiste a mulher durante o trabalho de parto deve ter
habilidades no que tange aos cuidados técnicos, bem como uma visão humanística,
pois, nesta ocasião, a mulher sente as mais comoventes emoções, incluindo
expectativa, dúvida, incerteza ou temor. Associadas a essa experiência emocional
estão às dores que, com frequência, levam-na à exaustão. O encorajamento e a
confiança transmitidos por uma enfermeira compreensiva podem ter uma influência
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marcante na redução da tensão emocional no trabalho de parto, principalmente


quando se dá à mulher oportunidade de discutir seus sentimentos, realizar
indagações e expressar seus temores (DINIZ, 2005).
O que tem ocorrido na realidade dos serviços é que, apesar de os
profissionais reconhecerem e se empenharem em refletir acerca das condições
sociais dos usuários, seus discursos ressaltaram a complexidade dos problemas e
os sentimentos de impotência diante das limitações das políticas e do próprio
sistema (VERAS, MORAIS, 2011).
São necessárias, portanto, condições favoráveis para os profissionais
desenvolverem seu trabalho, além de estímulo, qualificação e aperfeiçoamentos.
Elementos que contribuem para a efetivação de práticas que busquem atender às
necessidades das usuárias (QUEIROZ, SILVA, JORGE, 2003).
No que tange ao aspecto humano do trabalho, salienta-se que, para os
profissionais de saúde, a precarização do trabalho acarreta sobrecarga física e
psíquica, desvio de função e um atendimento precário e desumanizado
(BERTONCINI, PIRES, SCHERER, 2011).
No âmbito da assistência à saúde, o trabalho em equipe é uma atividade
essencial que deve ser incentivada pela instituição e seus líderes. O cuidado ao ser
humano é uma atitude complexa e, por isso, requer o envolvimento de saberes e
práticas de diversas categorias profissionais, assim como do que pode ser
produzido quando essas profissões interagem, dialogam e compartilham
conhecimentos, implicando em novas formas de realizar o cuidado que interfiram
efetivamente na saúde dos seres humanos (DUARTE et al., 2012).
Logo, para a promoção de uma assistência humanizada, é necessário que a
equipe de saúde saiba ouvir as parturientes e suas necessidades, valorizando,
assim, sua história de vida e os aspectos sociais, psicológicos e emocionais
envolvidos, que podem influenciar, de modo significativo, sua vivência no parto. A
comunicação efetiva por parte da equipe de saúde, por meio do reconhecimento de
sua dignidade e individualidade, reforça na parturiente o sentimento de existir como
pessoa e de ter confiança e segurança naqueles que a estão assistindo. Dessa
forma, a participação da mulher é reforçada no processo de parturição, além de
possibilitar-lhe uma experiência positiva desse evento (DORNFELD, PEDRO,
2011).
A estrutura física inadequada da maternidade e da sala de parto foi apontada
16

como uma das principais condições de trabalho que geravam insatisfação nos
profissionais, uma vez que impossibilitava o atendimento adequado dos usuários e
dificultava o trabalho desenvolvido (DODOU et al., 2017).
É fundamental que a equipe de enfermagem desenvolva, amparada por
instrumentos pertinentes e educação permanente, um modo de cuidar próprio,
caracterizando-o como uma prática autônoma e consciente do seu papel como
agente de mudança (FERREIRA, 2015).
A assistência prestada no parto e puerpério está condicionada a mudança de
atitudes de todos os envolvidos. Neste processo, o caminho para garantir o alcance
de qualidade consiste em trabalhar a humanização do atendimento as parturiente e
familiares (MILFONT, 2011).
Para realizar uma assistência humanizada ao parto e reduzir a prática de
métodos invasivos, considera-se necessário a formação continuada dos
profissionais envolvidos na maternidade da instituição a respeito do parto
humanizado; acolhimento da parturiente com comportamento dialógico; adequação
da estrutura física, de modo que favoreça a privacidade da mulher e aquisição de
materiais que melhorem o momento do parto. A autonomia da parturiente agrega
grande valor para efetivação do parto humanizado tornando necessário que os
profissionais da saúde reconheçam-na como sujeitos ativos (CASSIANO, 2015).
O MS a partir das novas diretrizes de parto normal dispõe de práticas e
métodos não farmacológicos que auxiliam no trabalho de parto para o alivio da dor,
dentre eles: massagens, técnicas de relaxamento; acupuntura, hipnose, assim
como aromo terapia, musicoterapia e áudio analgesia atuam como suporte à mulher
durante o trabalho de parto; essas técnicas vêm demonstrando benefícios
significativos no alivio da dor (CONITEC, 2012).
As práticas realizadas na assistência à parturiente envolvem a bola suíça,
deambulação, banho de aspersão, massagem, musicoterapia, sendo estes
benéficos para a progressão do parto. A bola suíça promove a participação ativa da
mulher e o relaxamento. Quanto ao banho de aspersão, há um alívio da sensação
dolorosa e a massagem diminui a intensidade da dor presente no trabalho de parto,
sendo realizada mais na região lombar. A deambulação possibilita a melhora da
contratilidade uterina e conforto. A musicoterapia proporciona tranquilidade e calma
a mulher. Percebe-se a preocupação quanto ao respeito pelas escolhas na
realização ou não das boas práticas e os profissionais enfermeiros tem como papel
17

de desenvolver práticas não invasivas para uma humanização no parto


(GIANTAGLIA et al., 2017).
Os profissionais enfermeiros compreendem seu papel e importância na
realização das práticas humanizadas no parto, têm plena consciência dos
benefícios para a progressão do parto e dos malefícios que o uso de intervenções
desnecessárias pode acarretar na saúde da mulher. Destacam o empoderamento e
o respeito que se deve ter nas escolhas da mulher, de acordo com as suas próprias
necessidades. Acompanham o progresso do trabalho de parto, proporcionam um
relaxamento para a gestante, encorajando-as a participarem e esclarecendo suas
dúvidas a ponto de garantirem que elas confiem que no serviço ofertado (SANTOS,
2016).

3.3 HUMANIZAÇÃO NO PARTO

No território brasileiro, a procura pela humanização do parto começou no


momento em que os indivíduos envolvidos com o processo de nascer, passaram a
questionar se a prática assistencial tecnocrática na realidade resultava em maior
segurança a parturiente. Inúmeros autores e organizações não governamentais
passaram a apresentar preocupações com o excesso da medicalização e métodos
interventivos que englobavam a assistência ao parto vigente (DIAS, 2006).
O parto constitui um evento de grandes transformações para a parturiente, no
entanto com relação à autonomia e à decisão do seu corpo no momento de parir
seu filho, deve prevalecer a vontade da mulher (BARROS et al., 2011).
De acordo com Pessatti (2014), citado por Veloso, Santos (2016), atualmente
o modelo encontrado e adotado na assistência ao parto e ao nascimento predispõe
a ambiência focada na minimização do risco, na patologia e na pouca autonomia e
participação da mulher durante os períodos clínicos do parto. Quando se propõe um
modo de atenção ao parto e ao nascimento que garanta a privacidade, a dignidade
e a autonomia da mulher ao parir em um ambiente mais acolhedor e confortável, se
fazem necessárias alterações na organização dos espaços físicos como:
acolhimento da gestante em espaço agradável e acessível, com a presença de
acompanhante de sua livre escolha, e que haja adequação dos ambientes
relacionada às especificidades da atenção ao parto e ao nascimento humanizados,
possibilitando que os períodos clínicos do parto sejam assistidos no mesmo
18

ambiente, o pré-parto, o parto e o puerpério.


O enfermeiro como profissional inserido nas instituições de saúde pode
incorporar em suas práticas de cuidado, ações de enfrentamento e de prevenção
dos agravos nas situações de violência obstétrica. A situação atual requer um
modelo de atenção à saúde das mulheres que acolha, identifique, promova a saúde
e realize a prevenção das consequências da violência. Entretanto, quando se
reporta aos serviços de saúde, que deveriam estar alinhados à pressupostos do
Sistema Único de Saúde, tais como atendimento integral e humanizado balizado
pela escuta, vínculo e responsabilização, percebem-se lacunas a serem superadas
(VIEIRA et al., 2011).
Os profissionais de enfermagem podem assumir a postura de educadores
que compartilham saberes, buscando devolver à mulher sua autoconfiança para
viver a gestação, o parto e o puerpério. O modelo de humanização do parto
pressupõe que segurança é a mínima utilização de intervenção no processo
fisiológico de nascimento (SANFELICE et al., 2014). Vale ressaltar que a
Organização Mundial de Saúde – OMS sugere mudanças nas rotinas hospitalares
consideradas desnecessárias, geradoras de risco e excessivamente
intervencionistas no que tange ao parto com episiotomia, amniotomia, enema,
tricotomia e, particularmente, as cesarianas. A OMS não propõe eliminar tais
intervenções, mas sim reduzi-las apenas para as situações de necessidade
comprovada, uma vez que se entende que o modelo de atenção ao parto e ao
nascimento hospitalar estaria abusando de práticas prejudiciais à saúde da mulher
e do bebê (TORNQUIST, 2002).
Para o bom desenvolvimento do trabalho de parto é necessário o bem-estar
físico e emocional da mulher, o que reduz os riscos e complicações. Para tanto, o
respeito ao direito da mulher à privacidade, à segurança, à assistência humana e de
qualidade, aliado ao apoio familiar durante a parturição, transformam o nascimento
em um momento único e especial, além de reduzirem os riscos de morbidade e
mortalidade (PEREIRA et al., 2016).
Percebe-se que ao informar à parturiente sobre os diversos procedimentos
aos quais será submetida, oferecendo um ambiente acolhedor e confortável e
esclarecendo suas dúvidas são ações simples e que requerem a boa vontade do
profissional de saúde. O momento do parto é extremamente importante na vida de
uma mulher, momento de grande tensão emocional, que afeta profundamente as
19

mulheres, os bebês, as famílias. É essencial durante a realização da assistência ao


parto o fornecimento de informações às mulheres e seus familiares, fazendo este
ambiente acolhedor e propiciando que a parturiente seja protagonista do parto
(VELHO, OLIVEIRA, SANTOS, 2010).
O cuidar deve ser ampliado para uma ação acolhedora, possibilitando uma
relação que transcenda o sentido de curar e tratar, contemplando com atitudes de
solicitude, paciência e preocupação, que resultem em uma humanização do cuidado
por parte do enfermeiro (SILVA et al., 2015).

3.4 ENFERMAGEM NO PARTO

Ao se analisar as práticas do enfermeiro no que se refere ao processo de


parto humanizado, com a pesquisa bibliográfica realizada, torna-se possível
evidenciar que o enfermeiro é o contato que a parturiente tem com uma pessoa
neste momento tão importante em sua vida que é o parto. Ela espera, mesmo que
de forma inconsciente, que o enfermeiro lhe conceda uma atitude ou até mesmo
uma palavra humana, com afeto e acolhimento para que se sinta acompanhada e
mais tranquila.
Estas atitudes e palavras devem ser contínuas durante todo o trabalho de
parto e durante todo o processo de parto, sendo que os sentimentos que a
parturiente apresenta nesses momentos, podem ser dos mais variados possíveis,
como por exemplo, medo, angústia, impaciência, desespero, amor. Cabe também
ao enfermeiro destinar atitudes e palavras humanas de afeto e tranquilidade aos
familiares, para que também possam transmitir tranquilidade à parturiente.
De acordo com Narchi, Cruz, Gonçalves (2013, p.1060), muitas vezes os
profissionais de enfermagem não entendem e até mesmo não conhecem o
processo do parto humanizado, daí a importância da capacitação da equipe que
presta a assistência ao parto natural e do processo de aprendizagem contínua.
Estes autores ainda enfatizam que mudanças têm sido colocadas pela OMS, bem
como pelo MS juntamente a alguns órgãos não governamentais. Tais mudanças
enfatizam a importância de uma equipe de saúde completa estar sempre bem
informada à respeito do cuidado prestado às mulheres, inclusive em relação ao
resgate do parto natural. Ainda de acordo com esse autor, estas ações também têm
estimulado a atuação de enfermeiros obstetras assim como equipes qualificadas na
20

assistência à gestação e ao parto, ainda também em relação a ações que


incentivem que o parto seja tratado como um processo fisiológico, sendo que, se
conduzido a partir da perspectiva da humanização, pode gerar inúmeros benefícios
à parturiente e ao recém-nascido.

Desde 1998, o MS vem qualificando enfermeiras obstétricas para sua


inserção na assistência ao parto normal, através de cursos de
especialização em enfermagem obstétrica e portarias ministeriais
para inclusão do parto normal assistido por enfermeira obstétrica na
tabela de pagamentos do SUS. Na legislação profissional de
enfermagem, os não médicos que podem realizar o parto normal são
a enfermeira e a obstetriz/enfermeira obstétrica, assim como a
parteira titulada no Brasil até 1959. Essas medidas visam a
humanização dos serviços de saúde para redução de intervenções
desnecessárias, como a prática excessiva do parto cesárea e com
conseqüente diminuição da morbimortalidade materna e perinatal.
Desde a década de 80, há iniciativas ministeriais neste sentido.
Diante desta problemática, foram criados pelo ministério da saúde-
MS, programas para humanizar o parto e nascimento nas
maternidades públicas, além de portarias que estimulam a criação de
Casas/Centros de parto normal com a atuação da profissional
enfermeira obstétrica (RIESCO, FONSECA, 2002, p. 686).

A OMS, desde 1980, tem colocado propostas para o uso de tecnologia


adequada para o parto com base em evidências e pesquisas científicas que vão de
encontro a práticas relacionadas ao modelo médico de atenção sendo que a
humanização da assistência ao parto deve sempre implicar em que os enfermeiros
respeitem os aspectos da fisiologia feminina, para que não hajam intervenções
desnecessárias, havendo sim o reconhecimento dos aspectos sociais e culturais do
relacionados de forma direta ou indireta, oferecendo suporte emocional à mulher e a
sua família, para garantia dos direitos de cidadania (BRASIL, 2014).
Faz-se importante aqui destacar que desde 1998, o MS reconheceu a
assistência humanizada exercida pela enfermeira obstetra nos hospitais públicos,
fazendo inclusão na tabela do Sistema de Informações Hospitalares do SUS o
procedimento do parto normal sem distócia realizado por este profissional. O MS
também realizou a proposta em 1999, da criação dos centros de parto Normal
(CPN) destinado aos partos de baixo risco fora das instituições de saúde, sob a
coordenação de enfermeira obstetra, que presta todos os cuidados às mulheres e
também aos recém-nascidos (BRASIL, 2014).
Ao encontro desta reflexão, tem-se que o trabalho realizado pelo enfermeiro
em um parto humanizado, deve ser ao mesmo tempo com qualidade técnica e
21

ainda com cuidados humanizados, pois de nada adianta haver apenas um desses
itens e o outro ficar a desejar, é no todo que se alcança o atendimento eficaz com
resultados positivos. Conforme Tuesta (2003, p.1426), a atenção humanizada ao
parto faz referencia à necessidade de um novo olhar, que precisa ser compreendido
como uma experiência verdadeiramente humana, o acolhimento, o ato de ouvir e de
orientar como sendo aspectos fundamentais no cuidado às mulheres.
Desta colocação, faz-se fundamental um especial destaque ao ato de ouvir,
pois no momento do trabalho de parto e do parto, a parturiente precisa gritar,
desabafar seus medos e expectativas de forma a se sentir ouvida, sendo que, sem
dúvidas, depois de algum tempo, irá lembrar com detalhes e com gratidão sobre
tudo o que passou e sobre quem esteve com ela (DINIZ, 2005).
Por outro lado, necessário se faz destacar que para o bom desenvolvimento
do trabalho de parto, assim como o parto normal, é necessário o bem estar físico e
emocional da parturiente, o que favorece a redução dos riscos e complicações,
cabe a equipe médica esta decisão (MOURA et al., 2007).
O apoio emocional está intimamente relacionado à capacidade necessária de
a mulher conseguir suportar a dor e a tensão. Neste sentido, é importante que os
profissionais de saúde estejam sensibilizados e estejam conscientes quanto à
relevância da presença do acompanhante para a parturiente no decorrer do trabalho
de parto, através de atitudes simples, mas extremamente eficazes e que podem
influenciar de forma positiva a realidade da assistência da mãe e seu concepto
(MOURA et al., 2007).
É importante enfatizar que a enfermagem tem participado das principais
discussões acerca da saúde da mulher, de forma conjunta com movimentos sociais
feministas. Diante disto, o MS tem criado portarias que favorecem a atuação do
enfermeiro na atenção integral a saúde da mulher, privilegiando o período gravídico
puerperal, devido ao fato de entender que estas medidas são indispensáveis para a
diminuição de intervenções, riscos e consequentemente humanização da
assistência, tanto em maternidades, como ainda em casas de parto (MOURA et al.,
2007).
22

3 METODOLOGIA

Para a realização do estudo utilizou-se a pesquisa bibliográfica, através de


artigos científicos e livros de temas relacionados ao assunto proposto.
De acordo com Teixeira (2010, p.91), o conhecimento só acontece quando o
estudante transita pelos caminhos do saber, tendo como protagonismo deste
processo o conjunto ensino/aprendizagem. Pode-se relacionar então metodologia
com o “caminho de estudo a ser percorrido” e ciência com “o saber alcançado”. Este
mesmo autor caracteriza pesquisa bibliográfica como sendo uma etapa de uma
investigação científica, consistindo em um trabalho minucioso e que requer tempo.
Para o desenvolvimento deste estudo, realizou-se uma filtragem na busca por
artigos pela BVS (Biblioteca Virtual de Saúde do Ministério da Saúde), base
eletrônica virtual de saúde como Scientific Electronic Library Online (Scielo), busca
manual dos autores básicos e enfermagem, por meio das palavras-chave “parto
humanizado”, “enfermagem”, “humanização no parto”, a partir de suas citações, e
através de pesquisas em artigos científicos e livros de outros autores relacionados
ao tema abordado.
Os critérios de inclusão destes, para a revisão foram: textos em português,
pesquisados no período compreendido de 2016 a 2018. O critério de exclusão foram
artigos que não abordavam os conhecimentos da enfermagem associados ao parto
humanizado de forma direta. Neste período foram encontrados 80 artigos, no qual
foram selecionados 52 para serem trabalhados de acordo com o tema.

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para que os obejtivos da pesquisa fossem respondidos de maneira clara e sucinta,


fora avaliados em 20 estudos e pesquisas, que foram selecionadas pelo criterio de
inserção, trechos que comprovam e respondem aos objetivos da presente pesquisa,
onde foi desenvolvido uma tabela que reunia todos esses dados.
23

Quadro 1 - Relação dos estudos incluídos na revisão segundo titulo e resultados encontrados.
ARTIGOS RESULTADOS ENCONTRADOS

PERCEPÇÃO DE [...] São necessárias, portanto, condições favoráveis para os


ENFERMEIROS SOBRE profissionais desenvolverem seu trabalho, além de estímulo,
A HUMANIZAÇÃO NA qualificação e aperfeiçoamentos[...]
ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM NO
PUERPÉRIO
IMEDIATO.
CONHECIMENTO DE [...]Durante a assistência à parturiente, o enfermeiro deve
ENFERMEIRAS instituir condutas embasadas cientificamente que valorizem
RESIDENTES o processo fisiológico do nascimento e parto, assim como
ACERCA DAS BOAS o incentivo e a utilização de métodos não
PRÁTICAS NA farmacológicos[...]Ressalta-se que o entendimento das boas
ATENÇÃO AO práticas é adquirido por meio
PARTO de embasamento científico, como observamos nos relatos
seguintes: “São práticas evidenciadas cientificamente que
contribuem positivamente para o processo parturitivo e
para o parto e pós-parto [...]”(R2); “[...] Procuro [...] facilitar
o trabalho de parto, estimulo o contato pele a pele e a
amamentação na primeira hora de vida”(R6).
BOAS PRÁTICAS NO O estudo revelou também a importância do uso das técnicas não
PROCESSO DE farmacológicas para o alívio da dor pelas enfermeiras obstétricas e
PARTO: CONCEPÇÕES apresentação das mesmas junto às parturientes. Em 1996, a
DE ENFERMEIRAS Organização Mundial de Saúde criou uma classificação de práticas
OBSTÉTRICAS orientadas para condução do parto baseadas nas evidências
científicas enfatizando as que deveriam ser realizadas e, em
contrapartida, desestimuladas pela(o)s profissionais de saúde(3).
Investigação realizada no Rio de Janeiro, Brasil, que avaliou
registos de 2.194 partos realizados por enfermeiras obstétricas
despontou estímulo às técnicas não farmacológicas de alívio da
dor no processo de parto, tais como: mudança de posição,
movimentação, uso de água morna no chuveiro, musicoterapia,
aromaterapia e redução do número de episiotomias
HUMANIZAÇÃO DO a utilização de técnicas de conforto da dor e a participação ativa
PARTO: da mulher são práticas vinculadas à humanização do parto. Essas
SIGNIFICADOS E práticas tendem a contribuir para que a parturiente tenha mais
PERCEPÇÕES DE liberdade e autonomia. Corroborando com este estudo, autores.
ENFERMEIRAS Identificaram que as enfermeiras também enfatizaram a
importância de a mulher ter autonomia para a livre movimentação
durante o trabalho de parto. Pondera-se que esta é uma prática
que favorece a progressão do feto, mas que também segue os
desígnios corporais femininos e proporciona maior conforto à
parturiente
MÉTODOS NÃO [...]A assistência ao parto e nascimento de baixo risco, começou a
FARMACOLÓGICOS ser divulgada surgindo a necessidade de profissionais
NO ALÍVIO DA DOR: especialmente treinados para essa assistência[...]
EQUIPE DE
ENFERMAGEM NA
ASSISTÊNCIA A
PARTURIENTE EM
TRABALHO DE PARTO
E PARTO
MÉTODOS NÃO a implantação de técnicas e equipamentos exerce grande
FARMACOLÓGICOS influencia sobre a qualidade da assistência ao parto, necessitando
24

NO ALÍVIO DA DOR: da implementação dos serviços que prestam esse atendimento e


EQUIPE DE formação de profissionais capacitados para o pleno exercício das
ENFERMAGEM NA funções relativas à assistência ao parto em nosso país
ASSISTÊNCIA A
PARTURIENTE EM
TRABALHO DE PARTO
E PARTO
O PAPEL DO [...]A mulher precisa ser encorajada e orientada no decorrer de
ENFERMEIRO NA todo o trabalho de parto com o objetivo de que ela possua a
ASSISTÊNCIA capacidade de adaptar por posições que considere mais
HUMANIZADA AO confortáveis, dentre as quais podemos salientar algumas:
PARTO NORMAL: UMA caminhando, sentada/inclinada, sentada com as pernas cruzadas,
REVISÃO DE semi-fowler, em genuflexão (flexão dos joelhos, ex: gatinhar), de
LITERATURA pé, de cócoras, de joelhos e inclinada para a frente com apoio[...]
HUMANIZAÇÃO DO A autonomia da parturiente é de grande valor para a efetivação do
PARTO E parto humanizado, para isso é necessário que os profissionais da
NASCIMENTO: saúde reconheçam-na como sujeitos ativos no processo e
ACOLHER A acolham-na pautados pela escuta ativa e pela possibilidade de
PARTURIENTE NA proporcionar um espaço para o diálogo.
PERSPECTIVA
DIALÓGICA DE PAULO
FREIRE
O CUIDADO DE Os cuidados citados pelas entrevistadas foram o exercício na bola
ENFERMEIRAS DE UM suíça, o banho de aspersão, a massagem, a deambulação
PROGRAMA DE assistida, a musicoterapia
RESIDÊNCIA
OBSTÉTRICA SOB O
OLHAR DA
HUMANIZAÇÃO
ASSISTÊNCIA DO A equipe de saúde deve estar preparada para acolher a grávida,
ENFERMEIRO À seu companheiro e família, respeitando todos os significados
PARTURIENTE: FOCO desse momento. Isso deve facilitar a criação de um vínculo mais
NO PARTO profundo com a gestante, transmitindo-lhe confiança e
HUMANIZADO tranquilidade
A HUMANIZAÇÃO DO  contato precoce mãe-filho na sala de parto contribui para a
NASCIMENTO: formação do apego, pois no pós-parto imediato, o recém-nascido
PERCEPÇÃO DOS encontra-se no período compreendido como inatividade alerta,
PROFISSIONAIS DE primeiros 30 a 60 minutos após o nascimento, momento em que o
SAÚDE QUE ATUAM recém-nascido responde aos estímulos externos, vê, ouve e move-
NA ATENÇÃO AO se de acordo com a escuta da voz materna (10). Além do mais,
PARTO apresenta habilidades sensoriais e motoras capazes de estimular
canais de comunicação com os pais que são importantes no
estabelecimento do vínculo. Isso significa que o RN normal
necessita estar em contato com a mãe logo após nascer, para que
este vínculo venha ser estabelecido
A COMUNICAÇÃO [...]relações de poder e autoridade em que a mulher é levada a
COMO FATOR DE anular-se como sujeito[...]Essa maneira intervencionista e
SEGURANÇA E impessoal de assistência ao processo de parturição vem sendo
PROTEÇÃO AO PARTO bastante questionada nas últimas décadas. Dessa forma, a OMS,
assim como outras instituições governamentais e não-
governamentais, têm se empenhando no sentido de sensibilizar e
capacitar os profissionais da saúde que atuam no cuidado ao
binômio mãe-bebê para práticas mais seguras e humanizadas [...]
O ENFERMEIRO Os enfermeiros obstetras ao implantar as práticas de humanização
OBSTETRA NO PARTO recomendada pela Organização Mundial de Saúde, na atenção às
DOMICILIAR parturientes, passaram a utilizar técnicas que consideram
PLANEJADO favoráveis à evolução fisiológica do trabalho de parto e condutas
não farmacológicas para o alívio da dor.
DIRETRIZ NACIONAL mulheres que receberam cuidados oferecidos por enfermeiras
DE ASSISTÊNCIA AO obstétricas ou obstetrizes foram menos propensas a necessitar de
25

PARTO NORMAL hospital durante a gravidez [...] a requerer episiotomia[...]e


analgésicos durante a gravidez [...] Estas mulheres, ainda, tiveram
maior chance de parto vaginal[...]As evidências analisadas
demonstraram vantagens[...] redução de intervenções obstétricas,
como analgesia regional e episiotomia, além de aumento da
satisfação das mulheres e início mais precoce da amamentação,
sem efeitos adversos.
GESTÃO DA Observa-se que pouco a pouco o tema da humanização chega à
HUMANIZAÇÃO DAS Educação Médica, e pode vir a ser decisiva na formação de
PRÁTICAS DE SAÚDE: profissionais mais sensíveis e capazes de atuar no campo da
O CASO DO HOSPITAL intersubjetividade, da ética e dos direitos
DAS CLÍNICAS DA
FACULDADE DE
MEDICINA DA
UNIVERSIDADE DE
SÃO PAULO
DO PARTO Nos países com melhores indicadores em saúde materna e
INSTITUCIONALIZADO neonatal, o modelo de atendimento alicerça-se no trabalho das
AO PARTO enfermeiras obstétricas e obstetrizes.
DOMICILIAR
HUMANIZAÇÃO DAS Seria importante que, durante toda a sua formação profissional, os
PRÁTICAS DO acadêmicos de graduação ou profissionais que buscam
PROFISSIONAL DE atualização na pós-graduação tivessem contato com professores e
SAÚDE – equipes de saúde que mostrassem na prática relações em que a
CONTRIBUIÇÕES humanização e o cuidado com o outro
PARA REFLEXÃO
PARTO NATURAL: A Conforme descrito pelas profissionais enfermeiras entrevistadas
ATUAÇÃO DO neste estudo, a falta de comprometimento, capacitação,
ENFERMEIRO DIANTE sensibilização e envolvimento da equipe multidisciplinar vinculada
DA ASSISTÊNCIA no trabalho de parto atrapalham a realização das ações
HUMANIZADA. humanizadas desempenhadas por elas
VIOLÊNCIA É válido ressaltar, que a humanização da assistência ao parto,
OBSTÉTRICA: exige principalmente, que a atuação do profissional respeite os
PERSPECTIVA DA aspectos de sua fisiologia, não intervenha de forma
ENFERMAGEM desnecessária, reconheça os aspectos sociais e culturais do parto
e pós-parto, e ofereça o suporte emocional à mulher e à sua
família, o que facilitará a formação dos laços afetivos familiares e o
vínculo mãe-bebê
INSERÇÃO DE [...]As profissionais entendem a necessidade de mudanças
ENFERMEIRAS estruturais para atender às necessidades das parturientes na hora
OBSTETRICAS NO do parto. Indiscutivelmente a presença de profissionais
ATENDIMENTO AO qualificados e com formação voltada para a humanização das
PARTO: PERCEPÇÃO práticas, como é o caso da enfermeira obstétrica, afetaria de forma
DA EQUIPE DE muito positiva o cuidado durante o parto e a ambientação para o
ENFERMAGEM parto humanizado.[...] o uso de bolas para exercícios, massagens,
cadeiras e bancos para posição de cócoras, banhos de imersão,
entre outros são métodos facilitadores e que permitem um controle
não farmacológico da dor no trabalho de parto[...]

Após leitura e seleção dos artigos, foram elaborados tres categorias para
facilitar o entendimento do assunto. Categoria 1: importância do enfermeiro no parto.
Categoria 2 capacitação da equipe. Categoria 3: benefícios da assistência da
enfermeira obstetra a gestantes.
Categoria 1: Importância do enfermeiro no parto
26

Podemos evidenciar que através dos estudos realizados nos 20 artigos acima
citados que 100% deles asseguram a importância do enfermeiro na assistência as
mulheres em trabalho de parto, tanto no período pré e pós parto, com seu
conhecimento cientifico, e sua assistência humanizada.
Categoria 2: Capacitação da equipe.
Foi observado dentre os estudos , que em 50% deles, afirmam a importância
de forma direta da capacitação da equipe, de forma que possam contribuir de
maneira humana, oferecendo a parturiente e seus familiares uma assistência de
qualidade e desenvolvendo um relacionamento amigável durante todo o processo
pré-parto, durante o parto e pós-parto, sem deixar de oferecer uma assistência
técnica científica eficaz.
Categoria 3 : benefícios da assistência da enfermeira obstetra a
gestantes.
Dos artigos selecionados, 40% trazem informações sobre os benefícios da
assistência da enfermeira obstetra a gestantes, onde eles facilitam o contato mãe e
filho, favorece o aleitamento materno, estimulam o vínculo do filho com a família,
recuperação rápida da mãe no pós parto, menos índices de infecções. Partos
acompanhados por enfermeiros obstetras reduzem a ocorrência de intervenções
desnecessárias, menos propensas a necessitar de hospitais, menos analgésicos
durante a gravidez.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O nascimento é um momento único e deve ser vivenciado em sua plenitude.


O profissional de enfermagem apresenta total condição de contribuir para que isto
se torne realidade e além disso, se torne especial. Esta contribuição caracteriza-se
por ações simples e eficazes como um segurar de mãos e um ouvir com atenção.
A atuação do enfermeiro para uma assistência humana e de qualidade,
aliado ao apoio familiar durante a parturição, geram o alcance de resultados
positivos, fazendo com que todos os envolvidos possam ser beneficiados sendo
necessário a qualificação destes profissionais, com comprometimento pessoal e
profissional, recebendo a mulher com respeito, ética e dignidade. Sendo preciso
ainda serem incentivados a exercerem a sua autonomia para o resgate do papel
27

ativo da mulher no processo do parto, sendo assim verdadeiros protagonistas das


vidas envolvidas.
Alcançou-se os objetivos com eficiência, gerando-se perspectivas para o
desenvolvimento de novas pesquisas no que tange o assunto abordado.
28

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