A IMPORTÂNCIA DO PARTO HUMANIZADO EM SÃO PAULO E AS
DIFICULDADES DE RECONHECIMENTO E OCORRÊNCIA NOS CENTRAL OS
PÚBLICOS Emilly Mareike Duarte Leite • Introdução: A humanização no parto está relacionada com o desejo da gestante naquele período e o respeito das suas decisões, visando a assistência para a grávida e para o bebê. Considerando sua integridade física, moral e psicológica, não apenas do ponto de vista biológico, visto que atualmente o parto passou a ser visto como uma patologia e a parturiente como uma paciente, não participando ativamente do processo de nascimento. A expressão “violência obstétrica” é utilizada para descrever e agrupar diversas formas de violência (e danos) durante o cuidado obstétrico profissional. Inclui maus tratos físicos, psicológicos, e verbais, assim como procedimentos desnecessários e danosos - episiotomias, restrição ao leito no pré-parto, clister, tricotomia e ocitocina (quase) de rotina, ausência de acompanhante - dentre os quais destaca-se o excesso de cesarianas, crescente no Brasil há décadas, apesar de algumas iniciativas governamentais a respeito. Objetivo: Compreender a relevância do parto humanizado para as gestantes e sua prevalência ou subalternidade dentro dos centros urbanos. Métodos: Como método foi utilizada pesquisa quantitativa, de caráter exploratório, descritiva, realizada com 100 puérperas de uma maternidade da rede pública no município de São Paulo, tencionando conhecer-lhes o perfil com relação a idade, realização do pré-natal, tipo de parto a que foram submetidas e verificar se os seus direitos preconizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) estavam sendo respeitados na prática obstétrica, como também o reconhecimento da humanização durante o parto. Resultados: Os resultados obtidos revelaram que a maioria das gestantes tinham o primeiro grau incompleto; tinham entre 20 e 29 anos; 79% realizaram o pré-natal; 55% tiveram parto normal; 4 tiveram fórcipe; e a maioria das cesáreas (71%) foram realizadas após tentativas para o parto normal; grande parte das clientes (82%) desconheciam a identidade do profissional que realizou seu parto; apenas 48%, tiveram orientações de todos os procedimentos realizados; a maioria (90%) não foi orientada quanto a possibilidade da permanência de um membro da família durante o trabalho de parto; ; 81% não tiveram orientações sobre procedimentos que aliviasse a dor; 100% permaneceram em jejum durante todo o trabalho de parto e não tiveram oportunidade de escolher a posição que lhes conviesse durante a fase de expulsão do feto; 79% tiveram contato com o recém-nascido na sala de parto; 7% destas estimularam a sucção; somente 14% das mesmas foram da sala de recuperação para a enfermaria junto com recém-nascido. Conclusão: Portanto, é notório que a importância do parto humanizado não é difundida acertadamente, por isso, parto desumanizados são predominantes no país. Observa-se que alguns direitos das gestantes, preconizados pela Organização Mundial da Saúde, são desconhecidos e\ou desrespeitados, prevalecendo a falta de informação e a violência obstétrica, na comunidade exposta. Concluindo que o parto humanizado e os direitos das mulheres determinados pela Organização Mundial da Saúde precisam de maiores disseminações no Brasil, prevalecendo a prática humanizada. Descritores: Parto humanizado; Gestantes; Direitos Respeitados na Prática obstétrica; Prevalência.
Acompanhamento longitudinal do desenvolvimento físico, cognitivo, auditivo e de linguagem da criança egressa de UTI Neonatal: contribuições da enfermagem inserida em equipe interdisciplinar