Você está na página 1de 8

23/03/2022

HUMANIZAÇÃO DO PARTO:
POLÍTICA PÚBLICA,
REALIDADE OBSTÉTRICA E
PSICOLOGIA
Alunas: Clarice Tavares, Karine Amaral, Larissa Afonso, Uesllainy Ferreira, Victoria Lemes
7° Período de Psicologia - Profª: Lucimar Amorim
1

Introdução:
• O movimento pela humanização se iniciou pela diligencia de atores
que contracenavam em cenários de parto como pessoas que
realizavam atendimento à parturição, na década de 50.
• A partir dos anos 1980, os movimentos sociais se fortaleceram
exigindo mudanças na atenção ao parto. Nesta mesma década, no
Brasil movimentos sociais femininos começavam ênfase.

1
23/03/2022

• O fenômeno do parto, tem alta relevância para a Psicologia. Por ser


um considerado além de um processo biológico, ele é constituído por
formações simbólicas individuais e também coletivas.
• Esse momento pode ser vivido sendo uma experiência sagrada,
intensa e transformadora.
• Alguns autores destacam que o nascimento pode ser considerado
como um rito de passagem pois marcam momentos importantes na
vida das pessoas envolvidas.

• O parto faz parte da vida sexual da mulher, e devido a isso, tem sido
um assunto muito debatido pois correlaciona com os direitos
reprodutivos femininos, planejamento familiar, aborto, apoio social e
econômico, educação de gênero, e etc...

2
23/03/2022

• Em 2000, o Ministério da Saúde lança o Programa de


Humanização do Pré-Natal e Nascimento.
• O uso do termo “humanizar” é impulsionado para definir a
necessidade de melhoria nos serviços de saúde.
• Entende-se que a humanização do parto é um desafio, pois envolve
diversos âmbitos.
• A questão da humanização do parto procura garantir melhor
execução do procedimento, priorizando tanto a saúde da mãe
quanto da criança.
5

• É de suma importância que os profissionais envolvidos no


processo tenham consciência do quão delicado é o
procedimento que será executado, sempre agindo de forma
ética.

3
23/03/2022

Pressupostos do atendimento ao parto para


os profissionais:
• Aumentar o conceito de saúde.
• Papeis e identidades de gênero são construções sociais.
• Reconhecer medicalização do corpo da mulher.
• Considerar os efeitos da institucionalização e
medicalização do parto.
7

A assistência à saúde da mulher:


Princípios e diretrizes.
• O Ministério da Saúde, considera atualmente muito importante que esses
princípios e diretrizes sejam considerados em suas políticas.
• Alguns deles, são:
• A promoção da Saúde; inclusão; levar em consideração o contexto de vida
em que ela encontra; fornecer atendimento em todos os níveis de atenção;
considerar a mulher como uma pessoa com capacidade e autonomia; o
respeito a diferença; o repasse de informações para a sociedade sobre as
políticas de saúde da mulher. Entre diversos outros. 8

4
23/03/2022

A humanização como um princípio da


Assistência a saúde da mulher.
• É também um princípio de Assistência a saúde da mulher e é definida
como uma postura do profissional, que veja a saúde como um direito
que auxiliem e apoiem as mulheres a fazerem escolhas através de
informações adequadas. Que possa acolher as demandas da mulher.
Que queira ajudar a diminuir o sofrimento com o processo vivido.
• Um exemplo de uma política de Humanização do parto é a Rede
Cegonha.
9

Realidade Obstétrica Brasileira

• O movimento pela humanização do parto se iniciou pela sociedade


civil a partir de uma demanda feminista que era principalmente a
falta de qualidade na assistência ao parto e a consequente alta taxa de
mortalidade materna evitável (Serruya, 2004).
• Segundo o Sumário Executivo Temático, a pesquisa “Nascer no
Brasil: Inquérito Nacional sobre Parto e Nascimento” teve como
principal objetivo retratar o cenário obstétrico brasileiro.
10

5
23/03/2022

• Trazendo aspectos sobre motivação das mulheres para a opção pelo


tipo de parto; complicações médicas; estrutura das instituições
hospitalares e efeitos das intervenções no parto.

11

• A assistência é menos intervencionista nos hospitais públicos, o


que pode refletir resultado do esforço do Ministério da Saúde e
da sociedade civil para a melhoria da assistência através da
criação de dispositivos com a Rede Cegonha.
• Geralmente a assistência na rede pública é acompanhada por
violência, intervenções desnecessárias e uma percepção de
insatisfação com o parto e na rede suplementar, as mulheres são
levadas a realizar cesárea eletiva (d’Orsi et al., 2014).

• Este é um problema de saúde pública que o Brasil enfrenta, já que


a assistência ao parto da forma como hoje é conduzida, produz
problemas na saúde da mulher e do bebê. 12

6
23/03/2022

• Ter uma experiência satisfatória de parto é imprescindível, e


teria que ser inclusa na ações de prevenção e promoção à
saúde mental.
• Experiências de parto ruins ou violentas, afetam o vinculo da
mãe com o bebe, elevando as possibilidades de depressão
materna.
• A assistência ao parto em nosso país é muito precária, a
maioria das experiências vivenciadas pelas mulheres são
péssimas, dessa forma podem acarretar em malefícios para
saúde da mulher e do bebê.
13

• É de conhecimento de todos que o parto normal é mais aconselhável


para a mãe e para o bebe. Entretanto os sistemas de saúde, não
estimulam as gestantes a passarem pelo parto normal, mesmo sendo o
desejo das mesmas.

• O Brasil tem essa carência de humanizar o parto, e isso deve ser


sanado urgentemente, promovendo a saúde mental da população.
Fazendo com que se entenda que o parto é um acontecimento que é do
interesse de toda a sociedade, trazendo a memoria que: a sociedade é
construída por pessoas que nascem.
14

7
23/03/2022

A Psicologia na Humanização do Parto


• O parto deve se tornar assunto de interesse da Psicologia em sua
complexidade como experiência humana transformadora e as
repercussões dessa experiência para a mulher, o bebê e a sociedade.
E ser discutido em conjunto com as diversas áreas envolvidas.
• É uma questão ética a participação da Psicologia neste tema, já que
o conhecimento que obtemos das relações humanas e das redes
sistêmicas pode contribuir para a mudança urgente e necessária no
cuidado ao parto. 15

Referências bibliográficas:

• Psicologia e políticas públicas na Saúde: experiências,


reflexões, interfaces e desafios/ Larissa Polejack ... [et al.]
organizadores.– Porto Alegre: Rede Unida, 2015. 440 p. –
(Série Atenção Básica e Educação na Saúde)

16

Você também pode gostar