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PROCESSO:

AUTOR: ISABELLA TORCATTO

RÉU: ALBERTO RAMOS E CLÍNICA VETERINÁRIA

Classe / assunto: Procedimento ordinário – Dano Material – cdc


C/c Dano Moral outros – cdc

José Gonçalves Tavares, Médico Veterinário, regularmente inscrito no CRMV/PR


sob o nº 0000, perito Médico Veterinário cadastrado na DIPEJ, em conformidade com a
resolução CM nº 00 de …/......./......., sob o nº 0000 e Perito deste Douto Juízo nos autos
da Ação em epigrafe, vem, mui respeitosamente apresentar sua RESPOSTA A
IMPUGNAÇÃO proposta pela Autora em fls. 000-000, nos seguintes termos:

Que atendeu, na elaboração da prova técnica, a todos os requisitos técnicos pertinentes à


hipótese, não havendo, desta forma, Concessa vênia e salvo melhor juízo, qualquer
motivação fática e/ou legal para se entender pela existência de elva na peça apresentada;

Que os questionamentos apresentados pela Autora com o conclusivo técnico se


apresentam como um Inconformismo da parte, não demonstrando a presença de eventual
jaça no Laudo apresentado, motivo pelo qual não há razoabilidade nas sustentações
apresentadas para impugnar o Laudo Pericial;

Que, com rara facilidade, pode-se perceber que a impugnação feita se resume em uma
demonstração de querer apenas impugnar, não trazendo ao processo qualquer
argumento que contrarie o Laudo apresentado.

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Para sustentar a pretensão de impugnar o Laudo Pericial, a Autora formulou as
considerações constantes em fls. 000 e 000, as quais este Perito passa a esclarecer:

4.1) Quanto ao local da realização do ato pericial, foi afirmado no Laudo Pericial, ipsis
verbis:

...” Por meio de contatos telefônicos e e-mails, com o patrono da Autora e posteriormente
com a parte, foi agendada a entrevista com a Autora e o exame do canino objeto da lide,
realizadas no exterior do prédio do Tribunal de Justiça do PR, no dia .../.../…, às 00:00hrs.
Presentes o Perito e a parte com o seu canino”. ...

…” O canino de propriedade da Autora da presente demanda, no momento do exame


realizado pelo Perito, encontrava-se em bom geral e sem sinais ou sintomas de atual
patologia ocular, com os olhos limpos, sem secreções e com cicatriz de cirurgia sofrida
anteriormente.” …

…” A cicatriz observada no olho esquerdo durante o exame realizado pelo Perito é


compatível com o procedimento cirúrgico para correção de úlcera de córnea por enxerto
conjuntival pedunculado, conforme descrito nos autos processuais.” …

O objetivo deste ato pericial foi entrevistar a proprietária e constatar o resultado do


procedimento cirúrgico realizado após a conduta terapêutica instituída pelo Réu.

A entrevista foi realizada de forma elucidativa e foi possível constatar e fotografar a


cicatriz resultante do procedimento cirúrgico, realizado após o tratamento terapêutico
instituído pelo Réu, verificando-se igualmente o estado de saúde do órgão examinado.

Para obtenção dos objetivos do perito, não seria necessário mais que um exame
visual, eis que os procedimentos, terapêutico e cirúrgico, haviam sido minuciosamente
descritos nas peças processuais, sendo possível, entretanto, observar-se o resultado das
condutas adotadas.

Portanto restaram atingidos, a contento a satisfatoriamente, os objetivos deste


Perito para a elaboração do conclusivo técnico.
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4.2) O Perito concluiu em seu Laudo Pericial que o Réu não possui
especialização em oftalmologia veterinária, conforme se constata in verbis:

…” Quando indagado o Réu se possui especialidade em oftalmologia, este afirmou que


não possui tal especialização, atendendo como clínico geral em casos oftalmológicos, o
que não é vedado para Médicos Veterinários.
Afirmou ainda que eventualmente tem o suporte de um Médico Veterinário especialista
em oftalmologia em seu estabelecimento.” …

Equivocada a afirmativa da Autora quando, pretendendo impugnar o Laudo Pericial,


afirmou:

…” Os cães não diferem dos homens. As pessoas não tratam problemas


oftalmológicos com clínicos gerais. Porque haveria de um cão ser tratado por um clínico
geral? Aliás, acredita-se que o Sistema ocular dos caninos não difere em muito dos
humanos.”

Desconhece a Autora, entretanto, que a especialidade oftalmologia


veterinária é de competência da especialidade CLINICA MÉDICA DE PEQUENOS
ANIMAIS, conforme resolução do Conselho Federal de Medicina Veterinária, abaixo
reproduzida, no que acertadamente conclui o Expert:

RESOLUÇÃO Nº ____, DE ___/___/___

Dispõe sobre o registro de Título de Especialista em áreas da Medicina Veterinária, no


âmbito dos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária


Resolve:

Art.1º Instituir, no âmbito dos Conselhos Regionais de medicina veterinária, as normas


para o registro do título de especialista em áreas de Medicina veterinária com vistas a

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disciplinar o disposto no art.__, inciso XIV do Código de Ética do Médico Veterinário.

Art.2º Caberá ao Plenário do Conselho Regional de Medicina Veterinária, o exame dos


documentos probatórios, assim como a aprovação do registro do título de especialista.
§ 1º É vedado o registro de duas especialidades com base no mesmo curso realizado.

§ 2º O médico veterinário poderá obter o registro de até 2(dois) títulos de especialista


no Conselho Regional.

ANEXO

ESPECIALIDADE ÀREA DE ATUAÇÃO

Acupuntura Veterinária

Anestesiologia Veterinária

Bem-Estar e Comportamento Animal

Clínica e Técnica Cirúrgica

Clínica Médica de Grandes Animais Ruminantes, Equídeos e Suínos

Clínica Médica de Pequenos Animais Cardiologia, Dermatologia, Odontologia,


Oftalmologia, Ortopedia e Traumatologia

…Publicada no DOU de __/__/__, Seção 1 Pág. 000.

4.3) Durante os atos Periciais, que resultaram no conclusivo técnico, o Perito visitou o
estabelecimento Médico Veterinário do Réu, quando inspecionou o estabelecimento e
entrevistou o Réu, conforme se verifica no Laudo pericial.

Durante a visita e inspeção do estabelecimento do Réu, o Perito constatou que o


estabelecimento é dotado de equipamentos e provido de insumos necessários para
consultas, meios diagnósticos e instituição de condutas terapêuticas comumente
realizadas na clínica médica de oftalmologia veterinária, senão vejamos:

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…” Por meio de contatos telefônicos e e-mails, com o Réu, foi agendada a
entrevista com a parte, realizada nas dependências da Clínica Veterinária Bom Pastor, no
dia .../…/… às 00:00 horas. Presentes o Perito e a parte” …

…” Foi agendada e realizada a entrevista com o Réu, conforme cópia de e-mail em


anexo,” …
…” Foi observado pelo Expert que o estabelecimento Médico Veterinário do Réu
dispõe de equipamentos necessários para consultas oftalmológicas” …

4.4) O Perito, após analisar os procedimentos terapêuticos adotados pelo Réu,


constatou que foram corretos e adequados para a patologia que o animal, de propriedade
da Autora, apresentava na época em que for a consultado, em consonância com a
inteligência de renomados Autores, conforme abaixo transcrito:

Assim afirmou o perito:

…” A abordagem clínica e terapêutica adotadas pelo Réu foram acertadas para a


patologia descrita nos autos, conforme a evolução do quadro patológico e descrito
sequencialmente pelas partes, na instrução processual:
Trisorb – Lubrificante para o globo ocular.
Acular – Colírio anti-inflamatório.
Regencel Pomada – Auxiliar na recomposição do epitélio.
Zelotril – Antibiótico.
Zymar – Colírio antibiótico.
Atropina – Dilatador pupilar.
Colírio biológico – Favorece a formação de substâncias biológicas protetoras.”

No mesmo sentido ensinam renomados Autores quanto às úlceras de córnea:


“Quanto a Terapêutica clínica, esta tem por objetivos: potencializar e estimular a
regeneração da córnea, prevenir infecções e suprimir espasmo ciliar (BOEVÉ,et.al. ano
____).”

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“As condutas terapêuticas neste caso fundamentam-se no alívio dos sinais clínicos e
sobretudo na profilaxia de descemetoceles, que requerem, quase sempre, terapias
específicas emergenciais para prevenir as perfurações totais da córnea (ANDRADE, et.al.
ano _____).”

“Para se evitar as infecções secundárias com ativação da colagenase e eventuais


riscos de perfurações corneanas devem-se utilizar um procedimento inicial de limpeza da
ferida, com aplicação tópica de agentes antibacterianos, além de uma terapia
complementar, de acordo com o caso, em geral usando midriáticos com a atropina
(BARROS, ano___ WILKIE & WHITTAKER,
ano __; BOLSON, et. Al. Ano ____).”

4.5) Quanto ao lapso temporal e agravamento da patologia, determinantes para


que fosse realizada cirurgia corretiva por professional Médico Veterinário diverso do Réu,
igualmente o Laudo pericial foi elucidativo e de acordo com as publicações dos Mestres
no assunto, conforme abaixo se confirmam o Laudo Pericial e os ensinamentos
acadêmicos:

Assim afirmou o Perito:

…” A evolução do quadro clínico não foi favorável, havendo agravamento do


processo inflamatório/infeccioso, que evolui para a formação de úlcera de córnea.”

“O agravamento da patologia com a formação de úlcera de córnea sugeriu


alteração na terapêutica, conforme a conduta adotada pelo Réu. O tratamento em tais
complicações pode ser por meio clínico conservador ou cirúrgico, dependendo da
gravidade das lesões observadas, sendo certo que úlceras de córnea podem aumentar e
comprometer áreas mais profundas em curto espaço de tempo.”

“O lapso temporal observado desde a última consulta realizada pelo Réu e a


consulta do Médico Veterinário que optou pelo procedimento cirúrgico realizado, sem
sombra de dúvida, alterou a dimensão da úlcera de córnea, que aumentou, tendo sido
correta a conduta do Médico Veterinário em optar pelo procedimento cirúrgico conforme
descrito.”

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“Não é possível atribuir falha à conduta professional do Réu, eis que a terapêutica
e conduta clínica foram adequadas ao quadro apresentado pelo canino de propriedade da
Autora, conforme as provas nos autos, sendo certo que somente a evolução do quadro
patológico e o agravamento da lesão da úlcera de córnea foram a motivação para a
adoção do procedimento cirúrgico realizado.”

Importante se faz a constatação de que, apesar do inequívoco agravamento do


quadro patológico do canino, o profissional Médico Veterinário que realizou o
procedimento cirúrgico não o fez imediatamente.

Observe-se que, tendo examinado o canino em __/__/__, decidiu adotar novo


procedimento terapêutico, vindo a realizar a intervenção cirúrgica somente em __/__/__,
ou seja dois dias após a consulta, conforme se constata na Petição inicial, em fl.00.

No mesmo sentido lecionam os especialistas:

As úlceras profundas ocorrem pelo envolvimento da camada estromal (CARNEIRO


FILHO, no ano de ___).

Sem intervenção muito rápida, essas úlceras agressivas podem progredir em um ou


alguns dias para perfuração, panoftalmite e frequentemente para perda do olho (BOEVÉ,
et.al., ano ____).

Derradeiramente, o Perito encerra a presente RESPOSTA A IMPUGNAÇÃO


afirmando, para ao final requerer:

Pelo exposto este Perito ratifica em todos os termos o Laudo Pericial apresentado,
requerendo, assim, seja rejeitada a impugnação apresentada, por ser medida legal e de
direito, ficando, no mais, à disposição de V. Ex.ª. Para o que entender necessário.

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São termos em que,

Pede juntada e deferimento.

Curitiba …/…/….

DR. JOSÉ GONÇALVES TAVARES


PERITO DO JUÍZO – TJEPR: 00000

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EXMO. SR. JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA CIDADE DO PARANÁ

PROCESSO Nº
AUTOR: ISABELLA TORCATTO
RÉU: ALBERTO RAMOS E CLÍNICA VETERINÁRIA
CLASSE/ASSUNTO: Procedimento Ordinário – Dano Material – cdc C/C Dano Moral
Outros – Cdc

JOSÉ GONÇALVES TAVARES, Médico veterinário, regularmente Inscrito no CRMV/PR


sob o nº _____, Perito Médico veterinário, cadastrado na DIPEJ, em conformidade com a
resolução CM nº__, de __/__/__, sob o nº ____ e Perito deste Douto Juízo nos autos da
Ação em epígrafe, vem, mui respeitosamente:

1- Submeter a V. Exa. E ás partes o resultado do seu trabalho, constante no Laudo


Pericial em anexo;

2- Requerer a V.Exa. se digne a expedição de mandado de pagamento para


levantamento dos honorários que se encontram depositados no Banco do Brasil.

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São Termos em que,

Pede Juntada e Deferimento

Curitiba, ____/_____/_____.

____________________________
DR. JOSÉ GONÇALVES TAVARES
PERITO DO JUÍZO – TJEPR: _____

LAUDO PERICIAL

SUMÁRIO:

– Princípios e ressalvas.
– Objetivo.
– Local, data, horário e participantes da Perícia.
– Metodologia utilizada.
– Considerações do Perito.
– Conclusão.

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– Bibliografia.
– Anexos.
– Encerramento.
ANEXOS:
Documentos anexados:

Cópia de e-mail enviado, em __/__/__, por este Perito para o Réu, objetivando confirmar a
data da entrevista com a parte e a resposta do e-mail.

Cópia de e-mail enviado, em __/__/__, por este Perito para o Patrono da Autora,
objetivando confirmar a data da entrevista com a parte e a resposta do e-mail.

Fotografia do canino objeto da lide, tirada pelo Perito no dia ____/___, durante a
entrevista com a Autora, destacando a cicatriz da cirurgia.

– PRINCÍPIOS E RESSALVAS:
O Laudo pericial observou criteriosamente os seguintes princípios fundamentais:
O laudo pericial foi elaborado com estrita observância dos postulados constantes no
Código de Ética Profissional;
Os honorários profissionais do Perito não estão, de forma alguma, sujeitos às conclusões
deste laudo;

O Perito não tem nenhuma inclinação pessoal em relação à matéria envolvida neste
laudo, nem contempla, tanto no momento atual quanto no futuro, qualquer interesse nos
bens relativos a esta perícia;
No melhor conhecimento a critério do Perito, as análises, opiniões e conclusões
expressadas no presente trabalho estão baseadas em dados, diligências e levantamentos

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verdadeiros e corretos, e, de acordo com os padrões normalmente aceitos.

ROSAURA VISUALIZAÇÃO PÉSSIMA PARA DIGITAR

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ROSAURA VISUALIZAÇÃO PÉSSIMA PARA DIGITAR

ROSAURA VISUALIZAÇÃO PÉSSIMA PARA DIGITAR

ROSAURA VISUALIZAÇÃO PÉSSIMA PARA DIGITAR

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5.2- A cicatriz observada no olho esquerdo durante o exame realizado pelo Perito é
compatível com o procedimento cirúrgico para correção de úlcera de córnea por enxerto
conjuntival pedunculado, conforme descrito nos autos processuais.

5.3- Na exordial, em fl.__, a Autora afirma que o canino objeto da lide adoecera há
cerca de um ano e meio de patologia ocular, que motivou o uso contínuo de medicamento
FRESH TEARS.
Este medicamento é utilizado em casos de deficiência na lubrificação do globo
ocular, geralmente pela diminuição da produção de lágrima, conhecido por “olho seco”.
Quando este processo se agrava e há inflamação e/ou infecção das estruturas
oculares, é diagnosticada ceratoconjuntivite seca é causa comum de aparecimento de
úlceras de córnea.

5.4- Quando indagado o Réu se possui especialidade em oftalmologia, este afirmou que
não possui tal especialização, atendendo como clinico geral em casos oftalmológicos, o
que não é vedado para Médicos Veterinários.
Afirmou ainda que eventualmente tem o suporte de um Médico Veterinário
especialista em oftalmologia em seu estabelecimento.

5.5- Foi observado pelo Expert que o estabelecimento Médico Veterinário do Réu
dispõe de equipamentos necessários para consultas oftalmológicas.

5.6- Nos atendimentos clínicos, realizados pelo Réu, foram observadas as técnicas
corretas de abordagem clinica bem como foram realizados exames diagnósticos
acertados para a rotina da clínica oftalmológica.

5.7- Foram realizados, durante as consultas, testes que mensuram a quantidade de


lágrima e que servem para diagnosticar a eficiência deste em lubrificar o globo ocular,
possibilitando diagnosticar casos de ceratoconjuntivite seca.

5.8- Foram realizados, durante as consultas, testes com fluoresceína, substância que
cura lesões de úlcera de córnea, possibilitando sua visualização e diagnóstico.

5.9- A abordagem clínica e terapêutica adotadas pelo Réu foram acertadas para a
patologia descrita nos autos, conforme a evolução do quadro patológico e descrito
sequencialmente pelas partes, na instrução processual:

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Trisorb – Lubrificante para o globo ocular.
Acular – Colírio anti-inflamatório.
Regencel Pomada – Auxiliar na recomposição do epitélio.
Zelotril – Antibiótico.
Zymar – Colírio antibiótico.
Atropina – Dilatador pupilar.
Colírio biológico – Favorece a formação de substâncias biológicas protetoras.
6.0 - CONCLUSÃO

De todo o exposto resta ao perito concluir que:

6.1- Pela análise dos documentos, fotografias, receitas, declarações e demais peças
técnicas que instruem os Autos Processuais;

6.2- Pelas informações possíveis de se obter através dos documentos e das fotografias
constantes nos autos processuais e pelas informações obtidas por este Perito durante as
diligências empreendidas;

6.3- Pelas informações fornecidas pelas partes no momento das entrevistas realizadas
pelo exame do canino objeto da lide;

6.4- Pelas percepções e constatações obtidas durante as diligências periciais e


entrevistas.

CONCLUI-SE:

O tratamento inicialmente instituído no canino de propriedade da Autora, no


estabelecimento Médico Veterinário do Réu, foi correto e adequado para o quadro clinico
apresentado pelo animal;

A evolução do quadro clínico não foi favorável, havendo agravamento do processo


inflamatório/infeccioso, que evoluiu para a formação de úlcera de córnea;

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O agravamento da patologia com a formação de úlcera de córnea sugeriu alteração
na terapêutica, conforme a conduta adotada pelo Réu. O tratamento em tais complicações
pode ser por meio clínico conservador ou cirúrgico, dependendo da gravidade das lesões
observadas, sendo certo que úlceras de córnea podem aumentar e comprometer áreas
mais profundas em curto espaço de tempo.

O lapso temporal observado desde a última consulta realizada pelo Réu e a


consulta do Médico Veterinário que optou pelo procedimento cirúrgico realizado, sem
sombra de dúvida, alterou a dimensão da úlcera de córnea, que aumentou, tendo sido
correta a conduta do Médico Veterinário em optar pelo procedimento cirúrgico conforme
descrito.

Não é possível atribuir falha à conduta professional do Réu, eis que a terapêutica e
conduta clínica foram adequadas ao quadro apresentado pelo canino de propriedade da
Autora, conforme as provas nos autos, sendo certo que somente a evolução do quadro
patológico e o agravamento da lesão da úlcera de córnea foram a motivação para a
adoção do procedimento cirúrgico realizado.

7.0 – BIBLIOGRAFIA

JEFERSON TOLEDO, Rogerio Santiago, da perícia ao Perito. 2ª edição

8.0 – ANEXOS:
Documentos anexados:
Cópia de e-mail enviado em abril, por este Perito para o Réu, objetivando confirmar a data
da entrevista com a parte e a resposta do e-mail.
Cópia de e-mail enviado, em abril, por este Perito para o Patrono da Autora, objetivando
confirmar a data de entrevista com a parte e a resposta do e-mail.

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Fotografia do canino objeto da lide, tirada pelo Perito em abril, durante a entrevista com a
Autora, destacando a cicatriz da cirurgia.
9.0 - ENCERRAMENTO
Este Laudo Pericial realizado pelo Perito José Gonçalves Tavares, em aceitação à
nomeação do Excelentíssimo, Senhor Doutor Juiz de Direito Santoro Gregório de Lima,
em fl.00 dos autos do processo nº 0000000-00.0000.0.00.0000. Contém 00 páginas
numeradas no canto inferior esquerdo de 00 a00, todas elas vistadas do lado do número,
e essa última com a identificação do perito na parte inferior, com a devida assinatura.
Na oportunidade este Perito agradece a confiança depositada pelo Excelentíssimo
Senhor Doutor Juiz de Direito Santoro Gregório de Lima, colocando-se à disposição deste
juízo.

E nada mais havendo, encerra o presente laudo e requer a sua juntada aos autos
do processo para que se produzam os devidos efeitos legais.

São termos em que,

Pede Juntada e Deferimento.

Curitiba, …/.../....

DR. JOSÉ GONÇALVES TAVARES


PERITO DO JUÍZO – TJEPR: ____

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