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Edson Previatti 2023

O que foi a Era Vargas?


A Era Vargas foi o período em
que a república brasileira foi
presidida por Getúlio Vargas,
estendendo-se de 1930 a 1945.
Politicamente falando, uma das
grandes características da Era
Vargas foi o autoritarismo sob o
qual o Brasil foi governado. Os
governos de Vargas nesse
período (foram três) são muito
associados, dentro da história,
com o conceito de populismo.

Vargas ascendeu ao poder por meio


da Revolução de 1930, foi eleito
presidente de maneira indireta a
partir de 1934, e, em 1937,
implantou uma ditadura com censura
e perseguição de opositores. A partir
da década de 1940, ele inaugurou
um projeto político de aproximação
dos trabalhadores, mas o
enfraquecimento de sua ditadura
levou-o a ser deposto pelos militares,
em 1945.
https://paraibacriativa.com.br/artista/revoluc
ao-de-1930/
Um dos principais antecedentes históricos da Era Vargas foi o
enfraquecimento das chamadas república do café com leite e
república das oligarquias.
As principais características da Era Vargas foram: o populismo, um
sistema partidário frágil e a centralização de poder, acompanhados
por uma política trabalhista e conciliatória.
As fases da Era Vargas foram: Governo Provisório (1930-1934),
Governo Constitucional (1934-1937) e Estado Novo (1937-1945).
O fim da Era Vargas se deu com o enfraquecimento do regime
autoritário, a insatisfação das massas com sua forma de poder e a
conspiração militar que levou à sua deposição.

Os pontos fracos das chamadas


"República do Café com Leite" e
"República das Oligarquias".
A República dos Coronéis,
também chamada de
República Oligárquica (1894-
1930), foi marcada por um
controle político das
Oligarquias de São Paulo e
Minas Gerais, no que se
convencionou chamar de
política do café com leite.
Oligarquia é uma palavra de origem grega e significa “governo de
poucos”. Como o próprio nome diz, a República Oligárquica
(1894-1930) foi um período da história do Brasil em que as
oligarquias cafeeiras de São Paulo (Partido Republicano
Paulista) e as oligarquias produtoras de leite de Minas Gerais
(Partido Republicano Mineiro) dominaram a cena política
brasileira por possuírem a maioria do eleitorado do país. Daí a
nomenclatura usual: Política do café com leite.
Os presidentes indicados por estes dois partidos se revezaram
na presidência da República até a Revolução de 1930, que
colocou Getúlio Vargas no poder. No plano econômico, para
garantir os privilégios dos produtores de café, foi celebrado o
Convênio de Taubaté, um plano feito entre os governos de São
Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro e os grandes cafeicultores
destes estados. Este acordo, firmado em 1906, na cidade de
Taubaté (interior de São Paulo) tinha como principal objetivo
aumentar o preço do café. De acordo com o plano, os governos
de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro compravam a
produção de café dos produtores, fazendo e gerenciando
estoques reguladores do produto. O produto era colocado no
mercado de acordo com a lei da oferta e procura, visando
sempre manter os preços elevados, garantindo desta forma o
lucro dos produtores.
Na história do café no Brasil, muitos governos compravam o
produto dos produtores a um preço maior do que vendiam no
mercado, causando prejuízos. Quando havia excesso de oferta,
os governos queimavam estoques para manter os preços altos,
gerando mais prejuízos. Para manter os preços controlados, os
estados precisaram recorrer a empréstimos em bancos
estrangeiros.
características da Era Vargas
A Era Vargas não pode ser definida como um único período. A
primeira fase, que começou no início da década de 1930,
apresentou características distintas que a diferenciam das
outras. Entretanto, de maneira geral, algumas características
são comuns a todas as fases.
Em relação à sua personalidade como político, Vargas era
considerado um populista. Sua liderança era baseada em seu
carisma, buscando manter uma relação direta e sem
formalidades com as massas. Ele defendia a união delas e as
apoiava fervorosamente.
Sobre o Sistema Político Durante o Período de Vargas
Durante os 15 anos em que esteve no poder, Vargas liderou um
sistema partidário fraco que favoreceu a centralização do
poder. Nesse período, o Legislativo perdeu sua influência,
enquanto o Executivo ganhava cada vez mais poder. Essa
característica ficou ainda mais evidente durante o Estado Novo,
período em que o Departamento de Imprensa e Propaganda
(DIP) foi criado para promover propaganda política e destacar
supostas qualidades da gestão de Vargas.
Vargas também é conhecido por sua política trabalhista, em
que, apoiado por seu carisma junto às massas, trabalhou muito
para garantir direitos e benefícios aos trabalhadores. Essa
característica também o tornou um bom negociador político,
capaz de conciliar interesses opostos. Um exemplo disso foi a
obtenção de apoio tanto dos tenentistas quanto das oligarquias
dissidentes em 1930, no início de seu mandato.
fases da Era Varga
A Era Vargas é dividida em três fases:
Governo Provisório (1930-1934);
Governo Constitucional (1934-1937);
Estado Novo (1937-1945).

Governo Provisório:

O governo provisório de Vargas deveria ser uma transição para


uma Assembleia Constituinte, mas a assembleia foi adiada e o
Congresso Nacional foi dissolvido, mostrando sua característica
centralizadora. Dois anos depois, houve a Revolução
Constitucionalista de 1932 em São Paulo, que resultou em um
interventor civil e paulista e ajudou a eleição da Constituinte em
1933. A Constituição de 1934 trouxe inovações, como o sufrágio
universal feminino. Vargas foi reeleito indiretamente para ficar até
1938. Economicamente, a era foi marcada pela luta contra a Crise
de 1929 e pela criação do Ministério do Trabalho para mediar
relações sindicais.
Governo Constitucional:

O período do Governo
Constitucional, que durou de
1934 a 1937, tinha previsão
para estender-se até 1938,
mas o cenário político
brasileiro da época, marcado
pela radicalização, impediu
que isso acontecesse.

Grupos extremistas, como a Aliança Nacional Libertadora


(ANL), liderada por Luís Carlos Prestes, e a Ação Integralista
Brasileira (AIB), liderada por Plínio Salgado, promoviam suas
ideologias opostas, respectivamente comunistas e de
extrema-direita, e Vargas não queria que nenhuma das duas
ganhasse o poder.
Em 1935, a ANL promoveu a Intentona Comunista, uma
tentativa de tomada do poder em Recife, Natal e Rio de
Janeiro, o que levou Vargas a aumentar sua centralização e
autoritarismo, inaugurando o Estado Novo.
Em novembro de 1937, Vargas deu um autogolpe,
cancelando as eleições de 1938 e instaurando uma ditadura.
Além da Intentona, Vargas usou como pretexto para a
ditadura um suposto documento, o Plano Cohen, que alertava
sobre uma conspiração comunista no Brasil.
Estado Novo:

O Estado Novo durou de 1937 a


1945. Foram oito anos de uma
ditadura de Getúlio Vargas,
quando seu poder foi fortalecido
com a redução das liberdades
civis e implementação de
censuras, por meio do
Departamento de Imprensa e
Propaganda (DIP).
Foi, ainda, momento de muita propaganda política e política de
massas (como o trabalhismo, que criou o salário mínimo, em 1940,
e a Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT, em 1943). Isso
tudo com os sindicatos sob tutela do Estado.
Getúlio administrou o país por meio de decretos-leis, sem passar
pelo Legislativo, que foi extinto com o fechamento do Congresso e
das Assembleias Estaduais e Câmaras Municipais. O mesmo
ocorreu com todos os partidos políticos, que, além disso, foram
postos na ilegalidade

Inserir um subtítulo

https://antigo.bn.gov.br/en/node/2350
fim da Era Vargas
A luta contra as ditaduras
na Europa durante a II
Guerra Mundial criou uma
contradição interna no
Brasil. Era necessário
acabar com a ditadura de
Vargas. A conjuntura
política e a pressão dos
militares levaram Vargas
a renunciar em outubro de
1945, pondo fim no que
os historiadores chamam
de Era Vargas.
Retorno de Vargas ao poder
O Retorno de Vargas ao Poder em 1951
Em 1951, Vargas foi eleito presidente do Brasil, após retornar
ao poder por meio de eleições diretas. Seu forte discurso
nacionalista e o objetivo de expandir ainda mais o processo de
industrialização foram os principais destaques de seu mandato.
O slogan "O Petróleo é Nosso" e a criação da Petrobras foram
importantes marcos desse período. No entanto, a forte oposição
política, liderada pela União Democrática Nacional (UDN) e
Carlos Lacerda, criou uma situação insustentável para Vargas.
Morte de Getúlio Vargas
"Em 24 de agosto de 1954, o
presidente suicidou-se.
Conhecido por uns como o pai
dos pobres, e por outros como a
mãe dos ricos, Getúlio Vargas
pôs fim na sua participação no
cenário político do Brasil,
afirmando que saía “da vida para
entrar na história”."
Fontes:

https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/era-
vargas.htm#:~:text=As%20principais%
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/era-vargas.htm
https://paraibacriativa.com.br/artista/revolucao-de-1930/
https://www.uniasselvi.com.br/extranet/layout/request/trilha/materiais/li
vro/livro.php?codigo=15492
https://drm-ava-
gonline.infra.grancursosonline.com.br/gco/pdf/exemplo-aula-pdf/2023-
05-02-16-18-57-85565250-brasil-republica-parte-i-e1683055136.pdf?
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e1683055136.pdf&Expires=1696977723&Signature=HKq~Oit3RNI29
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