Você está na página 1de 11

PERÍODO

VARGAS
ANTECEDENTES
O governo de Vargas tem início após a Revolução de 1930.

Revolução de 1930 é o nome do movimento que pôs fim à Primeira República


Brasileira, conhecida popularmente como “República Velha” ou
“República do Café com Leite”.

1930 - Eleições para presidência: Era a vez Os dois estados que mais se
de assumir um político mineiro. Porém, o beneficiaram foram
partido de Washington Luís (presidente da São Paulo e Minas Gerais. As
república naquele momento) indicou um características econômicas
político paulista, Julio Prestes, à sucessão, desses dois estados, isto é, a
rompendo com o café com leite o que produção de café, em São
levou oligarcas descontes lançarem a Paulo, e a de leite, em Minas,
presidência o gaúcho Getúlio Vargas; serviram de mote para a
Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de designação de “Política do Café
1930, deixando descontentes muitos com Leite”. Isso porque o cargo
políticos que alegaram fraudes eleitorais. de presidente da República
Liderados por Getúlio Vargas, políticos e passou a ser ocupado, na maior
militares descontentes provocam a parte das vezes, por algum
Revolução de 1930. É o fim da República representante dos oligarcas de
Velha e início da Era Vargas. um desses dois estados.
Início Governo Vargas: O Governo Provisório
Em novembro de 1930, ao dissolver o Congresso Nacional,
Vargas assumiu não só o poder executivo, como o
legislativo, os estaduais e os municipais.

Em agosto de 1931, o chamado


Todos os antigos governadores, com Código dos Interventores
exceção do de Minas Gerais, foram estabeleceu as normas de
demitidos e em seu lugar subordinação ao poder central.
nomearam-se interventores federais.

A centralização de poder:
 limitou a área de ação dos estados;
 os estados ficaram proibidos de contrair
O que isso empréstimos externos sem autorização do
significou? governo federal;
 as polícias estaduais de artilharia e
aviação seriam subordinadas ao Exército.
Reações contra o governo provisório de Getúlio Vargas
O inconformismo de São Paulo em relação à ditadura de Getúlio Vargas levou os paulistas
a não aceitarem as arbitrariedades de Getúlio Vargas. Excluído de todo o processo
político do governo de Getúlio Vargas, levou ao conflito que opôs São Paulo ao resto do
país.  A classe dominante paulista passou a exigir do governo federal maior participação. 

1932 – a Revolução Constitucionalista


A Revolução Constitucionalista de 1932, Revolução de 1932 ou Guerra Paulista foi o
movimento armado ocorrido no Estado de São Paulo, Brasil, entre os meses de julho e
outubro de 1932, que tinha por objetivo a derrubada do Governo Provisório de Getúlio
Vargas e a promulgação de uma nova constituição para o Brasil.

Foi a primeira grande revolta contra o governo de Getúlio Vargas e o último grande


conflito armado ocorrido no Brasil.
No total, foram 87 dias de combates (de 9 de julho a 4 de outubro de 1932), com um
saldo oficial de 934 mortos, embora estimativas não oficiais reportem até 2200 mortos,
sendo que numerosas cidades do interior do estado de São Paulo sofreram danos devido
aos combates.
A Constituição de 1934:
Embora derrotados, os paulistas conseguiram alcançar alguns objetivos. Entre eles, a
Constituição, que acabou sendo promulgada em julho de 1934, trazendo alguns avanços
democráticos e sociais para o país:

- Ampliou os direitos políticos da população, estabeleceu eleições diretas para todos os


níveis. Pela primeira vez na história do Brasil, as mulheres podiam votar;

- Foi a partir dessa Constituição que surgiu a Justiça do Trabalho, o salário mínimo, a
proibição de trabalho infantil, a jornada de 8 horas diárias, férias remuneradas e descanso
semanal. Ela trazia ainda o voto secreto;

- Referente à educação, a carta constituinte se mostrou visivelmente preocupada com o


desenvolvimento do ensino médio e superior. Pela nova lei, o ensino primário seria
oferecido gratuitamente por instituições públicas e a frequência haveria de ser obrigatória
para aqueles que estivessem em idade escolar.

Junto da promulgação da nova Constituição, Vargas foi reeleito indiretamente para ser
presidente brasileiro entre 1934 e 1938. Após isso, um novo presidente deveria ser eleito.
Governo Constitucional (1934-1937)
Na fase constitucional, o governo de Vargas, em teoria, estender-se-ia até 1938, pois o
presidente não poderia concorrer à reeleição.

Essa fase constitucional da Era Vargas estendeu-se até novembro de 1937, quando Getúlio
Vargas realizou um autogolpe, cancelou a eleição de 1938 e instalou um regime ditatorial no
país. O golpe do Estado Novo teve como pretexto a divulgação de um documento falso
conhecido como Plano Cohen. Esse documento falava sobre uma conspiração comunista que
estava em curso no país.

Estado Novo (1937-1945)


O Estado Novo foi a fase ditatorial da Era Vargas e estendeu-se por oito anos. Nesse período,
Vargas reforçou o seu poder, reduziu as liberdades civis e implantou a censura. Também foi o
período de intensa propaganda política e um momento em que Vargas estabeleceu sua
política de aproximação das massas.

Vargas governou a partir de decretos-leis, ou seja, as determinações de Vargas não


precisavam de aprovação do Legislativo, pois já possuíam força de lei. Todos os partidos
políticos foram fechados e colocados na ilegalidade.
Estado Novo (1937-1945)
A participação brasileira na Segunda Guerra e o desgaste desse projeto político autoritário
enfraqueceram o Estado Novo perante a sociedade. Assim demandas por novas eleições
começaram a acontecer. Pressionado, Vargas decretou para o fim de 1945 a realização de
eleição presidencial e, em outubro desse mesmo ano, foi deposto do poder pelos militares.

A arbitrariedade do governo de Getúlio Vargas


O governo federal, com plenos poderes, perseguiu, prendeu e torturou sem que houvesse
qualquer controle por parte das instituições ou da sociedade. Em 1936, foram presos os
líderes comunistas Luís Carlos Prestes e Olga Benário. Olga, que era judia, seria mais tarde
deportada grávida pelo governo Vargas para a Alemanha, e morreria nos campos de
concentração nazistas.
Segundo Governo Vargas (1951-1954)
Getúlio Vargas se candidatou à presidência da república em outubro de 1950.
Vargas foi eleito presidente da república, derrotando o candidato da União Democrática
Nacional (UDN). Dessa vez, ele chegava ao poder não por meio de uma revolução, como
aconteceu em 1930, mas pelo voto popular ou, como disse, “nos braços do povo”.

O segundo governo Vargas não trouxe novidades em comparação ao primeiro. O Estado se


fez presente na economia, principalmente na exploração do petróleo. Em 1953, foi criada a
Petrobras, estatal que monopolizaria a extração e o refino do petróleo. Outras estatais
também foram criadas, como a Eletrobrás, responsável pela energia elétrica, e o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), que concederia empréstimos para a
industrialização.
Suicídio de Getúlio Vargas
O jornalista Carlos Lacerda, que seria seu maior opositor, escreveu em seu jornal, Tribuna da
Imprensa, sobre o retorno de Vargas à política: “O Sr. Getúlio Vargas não pode ser candidato.
Sendo candidato, não pode ser eleito. Eleito, não deve tomar posse. Tomando posse,
devemos recorrer à revolução para tirá-lo do poder”.

A crise política do segundo governo Vargas se agravou em agosto de 1954. No dia 5, Lacerda
sofreu um atentado em frente ao prédio em que morava. No momento do atentado, os
pistoleiros atiraram contra Lacerda, mas acertaram mortalmente o major.
As investigações apontaram que o carro usado na fuga era um táxi que tinha o ponto em
frente ao Palácio do Catete, sede do Poder Executivo Federal. Não demorou para associar-se
o atentado ao governo Vargas.
Rapidamente os participantes do atentado foram identificados, e o nome de Gregório
Fortunado, chefe da guarda pessoal de Vargas, foi apontado como o mandante do crime. Sua
relação com Vargas era antiga, desde os tempos do Rio Grande do Sul. Fortunato era leal ao
seu chefe, e, com as acusações de Lacerda, decidiu agradar a Vargas matando seu maior
inimigo.
Suicídio de Getúlio Vargas
Getúlio Vargas foi pressionado a renunciar. Seu vice, Café Filho, sugeriu que ambos
renunciassem a seus cargos e que fosse nomeado um governo provisório para que
pacificasse o país. O jornal governista Última Hora estampou em sua capa uma frase de
Vargas: “Só morto sairei do Catete”. Na noite do dia 23 de agosto de 1954, Vargas se reuniu
com seus ministros militares. Novamente foi recomendada a renúncia, que o presidente,
pela primeira vez, consentiu em aceitar.
Logo após a reunião, o presidente subiu para o segundo andar e entrou no quarto
presidencial. Poucas horas depois, ouviu-se o barulho de um tiro. Rapidamente seus
assessores entraram no quarto e se depararam com Vargas deitado, a arma na sua mão e
seu peito ferido. Na sua escrivaninha estava a carta testamento, documento em que
respondeu seus acusadores e que finalizou com a célebre frase: “Saio da vida para entrar
para a história”.
O PAI DOS POBRES
Getúlio era chamado pelos seus simpatizantes de "o pai dos
pobres", frase bíblica (livro de Jó-29:16) e título criado pelo
seu Departamento de Imprensa e Propaganda, o DIP, enfatizando o
fato de Getúlio ter criado muitas das leis sociais e trabalhistas
brasileiras.

Assinatura de Getúlio Vargas

Você também pode gostar