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Golpe de 30

e r n o P r o v i s ó r i o
e Gov

Daiana, Daiane, Emanuelly, Haryadine e Maria


Introdução
A Revolução de 1930 foi
consequência da decadência de
arranjo político que caracterizou
o período da primeira república.
A crise política da primeira
república estava diretamente
relacionada com a corrida
eleitoral de 1930, na qual a
quebra do acordo político
vigente fez com que um grupo
que representava as oligarquias
de três estados se revoltasse
contra o presidente.
Eleições de 1930
A Revolução de 1930 foi um golpe de Estado que depôs o presidente Washington Luís, no dia 24
de outubro de 1930.
O movimento foi articulado pelos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, e
impediu a posse do presidente eleito Júlio prestes, sob alegação de fraude eleitoral feito pelos
políticos gaúchos e mineiros.
Logo se aproximaram dos militares que participaram do movimento tenentista. Assim, políticos
das oligarquias dissidentes e tenentes se uniram para a tomada do poder.
Em julho de 1930 João Pessoa, foi assassinado. Sua morte não teve nada a ver com política,
mas causou grande comoção no país.
Forças militares partiram do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e do Nordeste em direção ao Rio
de Janeiro. Os militares destituiram Washington Luís da presidência para evitar a guerra civil. O
episódio ficou conhecido como Revolução de 1930. Dias depois, Getúlio Vargas tomava posse
como chefe do Governo Provisório.
Começava, no Brasil, outra fase de sua história republicana, a chamada Era Vargas.
Revolução de 30
Após ser derrotado nas eleições presidênciais, O assassinato foi utilizado de maneira política pelos
Getúlio Vargas retornou ao seu cargo de membros revolucionários da aliança liberal, que acusaram
presidente do Rio Grande do Sul e, apesar de diretamente o presidente Washington Luís. A partir daí, a
lançar críticas ao governo, tratou de se articulação aumentou de maneira considerável, levando ao
reaproximar da oligarquia Paulista. início de um levante armado contra o presidente Washington
Expalhou-se pelo Brasil rumores de que uma Luís no dia 3 de outubro de 1930.
conspiração estava em curso e os envolvidos Os levantes aconteceram em diferentes partes do Brasil,
preparavam - se comprando armas de maneira especificamente no Nordeste, Sudeste e Sul. Porém o
Clandestina. No dia 26 de julho de 1930, João presidente, recusou-se a aceitar a gravidade dos
Pessoa, o vive da candidatura de Vargas, foi acontecimentos.
assassinado em Recife, e isso foi o estopim para Assim, no dia 24 de outubro de 1930, Washington Luís foi
que todos os grupos insatisfeitos se mobilizassem deposto, e a sucessão presidencial para Júlio Pretes foi
em um fervor revolucionário. interrompida. Uma junta de Governo Provisório assumiu o
O assassinato de João Pessoa foi realizado por comando do Brasil a partir de Augusto Tasso Fragoso e João
João Dantas em uma confeitaria na cidade de de Deus Mena Barreto, que, no dia 3 de novembro de 1930,
Recife. As causas do crime foram tanto políticas transmitiu o poder para Getúlio Vargas como presidente
quanto pessoais. provisório do Brasil. Tinha início a Era Vargas.
Contexto histórico
Até 1930 a política no Brasil era conduzida pelas oligarquias de Minas Gerais
e São Paulo, por meio de eleições fraudulentas e que mantinham o país sob
um regime econômico agroexportador.
As elites paulista e mineira altenavam a presidência da República elegendo
candidatos que defendiam seus interesses. Este sistema político ficou
conhecido como "política do café com leite" ou política dos governadores.
O modelo funcionou até os demais estados brasileiros crescerem em
importância e reivindicarem mais espaço no cenário político brasileiro.Por
outro lado, a Crise de 1929, atingiu a economia brasileira, provocando
desemprego e dificuldades financeiras.
O fato do Brasil ser um país de monocultura cafeeira fez que a crise fosse profunda, pois as
exportações do produto caíram vertiginosamente. A crise econômica contribuiu para o clima de
insatisfação popular com o governo de Washington Luís.
Igualmente, havia o descontentamento de oficiais de baixa patente do exército, os quais desejavam
derrubar as oligarquias e instaurar uma nova ordem no Brasil.Devemos lembrar que os tenentes já
haviam mostrado seu desagrado com a situação política brasileira através de episódios como a
Revolta do Forte de Copacabana ou na Revolta Paulista de 1924.
As medidas adotadas durante o Governo Provisório visavam minar o poder da antiga oligarquia rural,
que era a base da República anterior. Vargas aboliu a Constituição de 1891, dissolveu os poderes
legislativos, além de destituir os presidentes dos estados (os hoje atuais governadores de estado) e
nomear interventores para ocupar esses postos. O objetivo era consolidar as alianças da Revolução de
1930, principalmente o exército.Entretanto, a falta de coesão do tenentismo em volta de um programa
político e institucional comum ocasionou seu enfraquecimento, com seus membros aliando-se a outras
correntes, como a de Luís Carlos Prestes ou ao fascismo. Outros ainda foram cooptados, compondo o
corpo burocrático e técnico do governo Vargas, exercendo o papel da tecnocracia destinada a
preparar e executar um projeto de modernização do país. Com isto ocorreu a centralização do poder
executivo federal na pessoa de Getúlio Vargas.
Governo provisório
Como o próprio nome sugere, o primeiro momento de Getúlio Vargas no poder
tinha como objetivo organizar a nação visando a formar uma Assembleia
Constituinte que elaborasse uma nova Constituição (a Carta de 1891 havia sido
anulada) para que, a partir daí, uma eleição presidencial fosse organizada no país.
Essas ideias eram partilhadas, principalmente, pelos liberais constitucionalistas que
haviam apoiado a Revolução de 1930.
Getúlio Vargas, no entanto, tinha outros planos para o Brasil, que eram a
centralização do poder em sua figura, postura apoiada pelos tenentistas que
defendiam a implantação de um modelo republicano autoritário. A ideia de Vargas
era, a princípio, reformar todo o modelo político brasileiro, pois temia que as
oligarquias tradicionais retomassem o poder, caso fossem convocadas novas
eleições de imediato.
Sendo assim, uma das marcas do governo de Vargas, já manifestada no Governo Provisório,
foram as medidas centralizadoras. Entre essas medidas centralizadoras, destacam-se: a
dissolução do Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas estaduais e municipais e a
substituição dos governadores de Estado por interventores nomeados pelo próprio Vargas.
As ações de Vargas no sentido de retardar a elaboração de uma nova Constituição e a
realização de uma nova eleição presidencial começaram a gerar fortes insatisfações entre a
elite política, sobretudo no estado de São Paulo, a partir de 1932. Para conter essas
insatisfações, foi promulgado, em fevereiro de 1932, um novo Código Eleitoral que possuía
determinações consideradas bastante modernas para a época.

Algumas das determinações desse novo Código Eleitoral foram:


• criação da Justiça Eleitoral;
• adotação do voto secreto;
• imposição da obrigatoriedade do voto;
• concessão do direito de voto e do direito de se candidatar às mulheres maiores de 21 anos.
Revolução Constitucionalista de 1932
O decreto do novo Código Eleitoral teve uma repercussão muito modesta. A insatisfação dos
paulistas com o governo era bastante evidente e, como forma de acalmar os paulistas, Vargas
decretou, em março de 1932, a convocação de eleição para formação de uma Assembleia
Constituinte para 1933.

A nova ação de Vargas também não conseguiu manter os paulistas satisfeitos. Além de exigirem
uma nova Constituição e uma nova eleição de imediato, os paulistas também estavam insatisfeitos
com os interventores nomeados por Vargas para o estado. Eles exigiam que o interventor de São
Paulo fosse um “paulista e civil”. Por fim, havia a questão do café: havia uma insatisfação pelo
governo ter federalizado o controle da política do café com a criação do Conselho Nacional do
Café, em maio de 1931.

Todos esses fatores contribuíram para fomentar um desejo de revolta com caráter separatista, em
São Paulo. Isso levou ao que ficou conhecido como Revolução Constitucionalista de 1932, iniciada
em 9 de julho de 1932. Essa revolta transformou-se em uma guerra civil que se estendeu por dois
meses.
Houve mobilização parcial da sociedade paulista, fábricas foram adaptadas para
produção de equipamentos bélicos, joias foram arrecadadas entre a elite paulista
com o objetivo de reverter os valores obtidos para compra de armamentos e
soldados foram mobilizados em massa para a luta. Os paulistas, porém, lutaram
sozinhos e não foram páreo para as forças do governo.

A rendição dos paulistas aconteceu, oficialmente, em 1º de outubro de 1932. Logo


em seguida, Vargas: “prendeu os rebeldes, expulsou oficiais do Exército, cassou os
direitos civis dos principais implicados no levante, despachou para o exílio as
lideranças políticas e militares do estado, mandou reorganizar a Força Pública e
reduzi-la ao status de órgão policial”|1|.

Vargas também partiu para a negociação com os paulistas e nomeou Armando


Salles para interventoria de São Paulo, assim como garantiu a realização da eleição
para 1933 para que uma assembleia fosse formada e uma nova Constituição,
redigida.
A constituição de 1934
O Governo Provisório teve fim quando a nova Constituição foi aprovada e
quando Vargas foi reeleito presidente em 1934. A nova Carta do Brasil foi
elaborada por deputados eleitos na eleição de maio de 1933. A Constituinte
formada com essa eleição realizou o debate e escreveu uma nova
Constituição para o Brasil nos moldes da Constituição alemã da República de
Weimar.
Está constituição instituiu o voto feminino, estabeleceu o ensino primário
gratuito e obrigatório e criou a justiça do trabalho.
A Constituição de 1934 foi promulgada em 14 de julho de 1934 e ficou
caracterizada por ser bastante moderna. Para insatisfação de Vargas, ela
reduzia os poderes do Executivo e estipulava o mandato presidencial para
quatro anos, sem possibilidade de reeleição. Um dia depois da promulgação,
Getúlio Vargas foi reeleito presidente em votação indireta realizada na
Assembleia Constituinte.
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you

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