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Era Vargas (1930-1945)

Governo Provisório (1930-1934)


Getulio Vargas assume o poder após a revolução de 30 e é neste
momento que Vargas suspende a constituição de 1891, iniciando assim
um processo de centralização política e por isso que o nome da fase é
governo provisório. Nesse primeiro momento ele cria os ministérios,
passa a nomear tenentes como interventores, começa a formular leis
trabalhistas e cria o código eleitoral tornando assim o voto secreto e
dando direito de escolha de representante para as mulheres também,
criou o conselho nacional do café com o objetivo de valorizar o preço
do produto no mercado internacional e centralizar a política
cafeicultora brasileira. A oposição Alvarez se concentrou em São Paulo
onde as oligarquias locais convocaram o restante da população paulista
para irem às ruas exigindo uma assembléia constituinte e isso tudo
ocorreu no inicio do governo, mais especificamente em 1932 e recebeu
o nome de revolução constitualista paulista. Mesmo sendo fortemente
oprimido, Vargas promulgou uma constituição em 1934 e dando assim
inicio a nova fase.

Governo Constitucional (1934-1937)


Com a nova constituição temos o governo constitucional da Era
Vargas e basicamente tínhamos oficialmente o direito a voto secreto,
voto feminino, leis trabalhistas presentes na constituição. Entretanto, os
conflitos políticos continuaram e é nesse período que ocorre uma
radicalização ideológica. Com a fundação da ação integralista brasileira
(AIB) em 1932 que tinha preceitos fascistas e era liderada por Plínio
Salgado. Em 1935 foi criada a aliança nacional libertadora (ANL) que
teve a participação de diversos setores de centro e esquerda, incluindo o
partido comunista brasileiro que era liderado por Luiz Carlos Prestes.
Nesse meio tempo uma tentativa (falha) de golpe comunista chamada
intentona comunista de 1935, mas o levante foi facilmente controlado
pelo governo.
Quando o mandato de Getúlio Vargas estava prestes a acabar e novas
eleições deveriam ser convocadas acontece um suposto ataque
comunista assinado por um espião soviético chamado Cohen, só que
tudo não passou de um golpe do próprio Vargas para concentrar ainda
mais o poder. Descobriu-se depois que a carta na verdade foi escrita por
Olimpio Mourão e com consentimento do presidente, isso tudo ocorreu
em 1937 e ficou conhecido como O plano Cohen.

Estado Novo (1937-1945)


Agora Vargas está estagnado no poder concentrando cada vez mais
coisas em suas mãos. Nessa altura do campeonato se aproveitando da
falsa ameaça comunista, ele fecha o congresso e nomeia interventores
em todos estados com apoio do exercito nacional e desse modo um
golpe de estado com favorecimento popular o mantém no poder por
mais oito anos e assim se dá inicio ao governo ditatorial conhecido
como estado novo.
Essa foi uma ditadura personalista que basicamente significa que a
legitimidade do seu governo é definida pela personalidade Getulio
Vargas. Conseguindo assim a legitimação da sua figura por meio da
criação do departamento de imprensa e propaganda decretando a
censura no país e assumindo o controle dos meios de comunicação,
fazendo também forte propaganda do seu governo.
Na economia ele promove a industrialização brasileira. Foi a primeira
vez que vimos a industrialização como uma política de estado no
Brasil, e para esse projeto dar certo era necessário Vargas mediar os
conflitos entre os trabalhadores e os empresários e esse foi um dos
motivos para que ele crie a consolidação das leis do trabalho (CLT).
Que já era uma reivindicação bem antiga da classe operaria antes
mesmo da ascensão de Vargas e a partir daí ele fica conhecido como o
pai dos pobres.
No entanto com a entrada do Brasil na segunda guerra mundial a idéia
de democracia ganha força por aqui e até os próprios militares que
apoiaram Vargas se voltam contra ele. Apesar de todo o movimento
feito pelos trabalhadores para o presidente continuar no poder, o
presidente sofre um golpe militar de Eurico Gaspar Dutra (que já o
chantageava com a carta de Cohen) em 1945 para garantir a realização
de eleições.

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