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OBJETIVOS

Ao final da aula o aluno será capaz de:


1. Citar os passos para montagem do EPR;
2. Descrever os três testes do EPR e explicar a
importância de cada um;
3. Enumerar as partes do EPR e suas funções;
4. Citar os epis usasdos no combate a incêndio e
Conhecer suas limitações;
5. Entender o aspecto legal do uso de EPR e EPI;
OBJETIVOS

Ao final da aula o aluno será capaz de:

6. Saber calcular o tempo de autonomia do cilindro


de ar;
7. Executar limpeza na máscara;
CONCEITUAÇÃO

O que é EPI?

O que é EPR?
CICOI

Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e


Equipamento de Proteção Respiratória (EPR)
Equipamento de Proteção
Individual

De que é feito o EPI?


A seguir alguns vídeos que mostram
bombeiros acidentando se em trabalho;
E vídeo ilustrando a manutenção feita na roupa
de aproximação.
Equipamento de Proteção
Individual

Qual a importância de utilizar o EPI?

Vídeo carro em combustão


vídeo
Equipamento de Proteção
Individual

Vídeo Backdraft
vídeo
Equipamento de Proteção
Individual

Vídeo Backdraft 2
vídeo
Equipamento de Proteção
Individual

Vídeo explosão caminhão combustível


vídeo
Equipamento de Proteção
Individual

vídeo
Equipamento de Proteção
Individual

vídeo
Equipamento de proteção
individual - Acidente
INJEÇÃO HIDRÁULICA - CAUSADA POR UMA INTRUSÃO DE FLUÍDO
HIDRÁULICO DENTRO DA MÃO DE TREINANDO.

Local do Acidente: Auto-Estrada Norte Americana


Equipamento de proteção
individual - Acidente

Como ficou a lesão e o que foi feito a partir deste acidente?


Equipamento de proteção
individual

É obrigatório o uso?
RDE
CAPÍTULO II
DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARESDAS TRANSGRESSÕES
DISCIPLINARES
Seção I
Da Conceituação e da Especificação
Art. 14. Transgressão disciplinar é toda ação praticada pelo
militar contrária aos preceitos estatuídos no ordenamento jurídico
pátrio ofensiva à ética, aos deveres e às obrigações militares,
mesmo na sua manifestação elementar e simples, ou, ainda, que
afete a honra pessoal, o pundonor militar e o decoro da classe.
Equipamento de proteção
individual

É obrigatório o uso?
BG 244 de 29 de dezembro de 2011

Funções:

9.1. Chefe de Guarnição


- Repassar e lembrar as orientações de segurança e fiscalizar o uso
dos equipamentos de proteção individual (EPI).

9.5. Componentes da Guarnição


- Utilizar os equipamentos (moto serras, cordas e EPI) de forma
adequada.
Equipamento de proteção
individual

É obrigatório o uso?
RDE Anexo I

19. Trabalhar mal, intencionalmente ou por falta de


atenção, em qualquer serviço ou instrução;

20. Causar ou contribuir para a ocorrência de acidentes no


serviço ou na instrução, por imperícia, imprudência ou
negligência;
Equipamento de proteção
individual

É obrigatório o uso?
Decreto nº 57.272, de 16 de novembro de 1965
Art 1º Considera-se acidente em serviço, para os
efeitos previstos na legislação em vigor relativa às
Forças Armadas, aquele que ocorra com militar da
ativa, quando:
b) no exercício de suas atribuições funcionais,
durante o expediente normal, ou, quando
determinado por autoridade competente, em sua
prorrogação ou antecipação;
Equipamento de proteção
individual

É obrigatório o uso?
Decreto nº 57.272, de 16 de novembro de 1965
Continuação ART. 1
§ 2º Não se aplica o disposto neste artigo quando o acidente for
resultado de crime, transgressão disciplinar, imprudência ou desídia
do militar acidentado ou de subordinado seu, com sua aquiescência.
Os casos previstos neste parágrafo serão comprovados em Inquérito
Policial Militar, instaurado nos termos do art. 9º do Decreto-lei nº
1.002, de 21 de outubro de 1969, ou, quando não for caso dele, em
sindicância, para esse fim mandada instaurar, com observância das
formalidades daquele.
Equipamento de Proteção
Individual

Que tipo de proteção oferece os EPI’s e EPR’s?


1.2
• Protege contra cortes e perfurações; e
• Protege contra gases, vapores ou ambientes
com atmosfera pobre em oxigênio.
Equipamento de Proteção
Individual

Que tipo de proteção oferece os EPI’s e EPR’s?


1.2
• Protege contra o calor convectivo e irradiado
das chamas e da fumaça;
• Protege contra choques mecânicos (no caso
do capacete);
Equipamento de Proteção
Individual

Quais as desvantagens?
1.2 Oferece segurança aos bombeiros contra:
• Redução dos sentidos;
• Redução de mobilidade; e
• Aumento do esforço físico.
Equipamento de Proteção
Individual

Lesões associadas a falta do EPI

Traumatismo de cabeça,
face e pescoço – por ação
de instrumento cortante ou
contundente.
Equipamento de Proteção
Individual

Lesões associadas a falta do EPI

Queimadura na cabeça,
face, orelha e pescoço.
Equipamento de Proteção
Individual

Lesões associadas a falta do EPI

Queimaduras nas mãos,


ferimentos por cortes,
arranhões e perfurações.
Equipamento de Proteção
Individual

Lesões associadas a falta do EPI

Queimaduras nos pés;


ferimentos por perfurações
nos pés e pernas.
Equipamento de Proteção
Individual

Lesões associadas a falta do EPI

Queimaduras graves na
pele; exaustão pelo calor;
golpe de calor; ferimentos
por ação de instrumento
cortantes ou perfurantes.
Equipamento de Proteção
Individual

Lesões associadas a falta do EPI

Intoxicação por fumaça;


asfixia; queimaduras de
face e das vias aéreas e
dificuldade de visão.
Equipamento de Proteção
Individual

Equipamentos de uso individual

Cabo da vida e mosquetão;


Lanterna;
Rádio comunicador;
Apito; etc
Equipamento de Proteção
Individual

Outros Equipamentos
Machado Bombeiro;
Alavanca pé de cabra;
Croque bombeiro; etc
Equipamento de Proteção
Individual

Demonstração Prática
• Identificação das partes do EPR;
• Montagem e;
• Demonstração dos testes;
Revendo os objetivos

Reconhecer a importância de Utilizar os EPI´s;


Identificar os EPI´s de combate a Incêndio;
Identificar as Partes do EPR;
Citar os passos para montagem do EPR;
Citar os três testes do EPR e explicar a
importância de cada um;
CICOI

Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e


Equipamento de Proteção Respiratória (EPR)
1. Cite partes do epr:
2. Quais os testes feitos no epr?
1. Descreva o teste...
2. Descreva o teste...
3. Descreva o teste...
3. A vida útil do cilindro é de---------anos;
4. Um cilindro de 9 litros abastecido a 300 bar tem
quantos litros de ar comprimido?
5. Quanto tempo de ar se consumido 50 litros/min?
 O alarme sonoro normalmente é acionado a quantos
bar?
 Entre-----50------ e ------60---- bar.
 O alarme sonoro é acionado por um dispositivo
eletrônico chamado pressurimetro?.
Sim ou não: NÃO

 Após quantos testes hidrostáticos o cilindro deve ser


baixado;
2
 No teste de alta e média pressão o registro é aberto
todo e fechado a 1 ¼ de volta: sim ou não:
 não (todo fechado)
1. É opcional o uso da balaclava em um
incêndio? Por exemplo no rescaldo
1. NÃO

2. cite três desvantagens no uso do epr;


1. Redução dos sentidos;
2. Redução de mobilidade; e
3. Aumento do esforço físico.
3. Em um acidente de serviço em socorro sem o
uso do epi que resulte em reforma o militar
reforma por cuotas sim ou não;
• NBR 13716 da ABNT e do Ministério do trabalho

– Todo equipamento autônomo de proteção respiratória


deverá apresentar, no mínimo 1600 litros de ar
respirável, sendo que abaixo deste volume está proibido
a utilização para espaço contaminado”.

• A NFPA, também recomenda para utilização industrial e para


corporações de bombeiros, que o consumo médio de ar respirável
seja 42 litros por minuto, para os cálculos de autonomia do
cilindro.
CÁLCULO DO CONSUMO
Tempo = VOLUME X PRESSÃO
CONSUMO
Para efeito de cálculo, o bombeiro em atividade consome 50
litros de ar por minuto.
Exemplo de cálculo :
CILINDRO DE 7 LITROS(Vol) CARREGADO A 200 BAR(Pres)
RESERVA DE AR:
volume do cilindro (V) x pressão (P)
V x P = 7 x 200 = 1.400 litros
TEMPOS DE USO :
T = 1.400 : 50 = 28 minutos
variáveis

• Condição física;
• Estado emocional;
• Esforço físico;
• Temperatura.
As camadas internas da roupa de aproximação
são feitas de:
Sequência de equipagem
• A sequência a seguir foi organizada para proporcionar uma equipagem
rápida e eficiente.
1. Vestir as botas e a calça;
2. Vestir a capa e fechar o velcro até o meio;
3. Equipar-se com o suporte dorsal com o cilindro, ajustando os tirantes de regulagem e
o cinto abdominal;
4. Passar a alça de transporte da máscara no pescoço;
5. Vestir máscara e regular;
6. Vestir a balaclava e conferir se não está por cima do visor e se não ficou partes da face
ou pescoço sem proteção;
7. Colocar o capacete e ajustar;
8. Acionar o botão de bloqueio do fluxo de ar;
9. Abrir o registro do cilindro;
10. Conectar a válvula de demanda (próximo a área de risco);
11. Calçar as luvas.
equipamentos de proteção
individual
Os equipamentos de proteção individual para as ações de
combate a incêndio compreendem os seguintes itens básicos:
1. Roupa de aproximação (capa e calça);
2. Botas de combate a incêndio;
3. Equipamento de proteção respiratória (EPR);
4. Balaclava;
5. Capacete de combate a incêndio;
6. Luvas de combate a incêndio;
Constituem outros equipamentos de uso individual:
1. Cabo da vida e mosquetão;
2. Lanterna;
3. Rádio comunicador;
Anotações
• Descrição genérica
• O cilindro é preso por uma braçadeira à placa do seu suporte e contém ar
respirável altamente comprimido. Abrindo-se o registro do cilindro, o ar
comprimido passa pelo redutor de pressão, onde se expande a uma
pressão intermediária de 6 bar (6 kgf cm2). A esta, o ar chega até a válvula
de demanda, que, automaticamente, libera a quantidade de ar necessária
para os pulmões. O ar expirado vai para o exterior através de uma válvula
de exalação existente na máscara facial.
• A válvula de demanda pode estar conectada à máscara por meio de uma
ligação de rosca ou em posição intermediária, entre o cilindro e a máscara.
• O manômetro permite verificar a pressão do ar existente no cilindro a
qualquer tempo, o que é muito importante durante a utilização, pois
permite ao bombeiro verificações periódicas do tempo de uso que lhe
resta, aumentando sua segurança.
Anotações
• Método de colocação por sobre a cabeça
• Ao retirar o equipamento da viatura, verificar a pressão no manômetro.
• O equipamento deve ser colocado no solo, com o cinto aberto, as alças de
transporte alargadas e colocadas para o lado de fora do suporte, para não
atrapalhar o bombeiro quando segurar o cilindro.
• Agachar ou ajoelhar-se na extremidade oposta ao registro do cilindro.
• Segurar o cilindro com as mãos, deixando as alças de transporte para o lado de
fora.
• Levantar-se, erguendo o cilindro por sobre a cabeça e deixando que as alças de
transporte passem dos cotovelos.
• Inclinar-se levemente para frente, permitindo ao cilindro ficar nas costas, deixando
as alças caírem naturalmente sobre os ombros.
• Puxar os tirantes de ajuste, certificando-se que as alças não estejam torcidas.
• Erguer o corpo, fechar e ajustar o cinto de forma que o equipamento acomode-se
confortavelmente.
• A falta de ajuste da alça e do cinto provoca má distribuição de peso.
Colocação da peça facial
• Colocação da peça facial
• Alargar ao máximo os tirantes da máscara.
• Colocar a peça facial, introduzindo primeiramente o queixo dentro desta e, com as duas mãos, colocar os
tirantes por sobre a cabeça.
• Puxar simultaneamente, os tirantes laterais inferiores para trás, ajustando-os com cuidado para não
danificá-los.
• Certificar-se de que não permaneçam cabelos entre a testa e a máscara.
• Puxar, simultaneamente, os tirantes das têmporas para trás, ajustando-os.
• Colocar o capacete, passando a mangueira de baixa pressão por dentro da jugular.
• Concluir a conexão da peça facial ao cilindro.
• Abrir o registro do cilindro.
• Verificar a estanqueidade da máscara facial. Para isso, expirar, fechar o registro do cilindro e, em seguida,
inspirar vagarosa e profundamente.
• Deve-se sentir o rosto sendo succionado e a incapacidade de continuar inspirando. A entrada de ar na
máscara significa que ela está mal colocada ou danificada.
• Verificar a válvula de exalação. Para isso, abrir o registro do cilindro, inspirar e expirar. Com as costas da
mão sentir o ar sair pela válvula de exalação. Em caso negativo, expirar com mais força, isto deverá liberar
a válvula. Se, mesmo assim, o ar não sair pela válvula de exalação, trocar a peça facial.
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1. Equipamentos de proteção individual para combate a


incêndio

Figura 1 - Equipamento de proteção individual

Em toda a abordagem deste manual, enfatiza-se a


necessidade de utilização do equipamento de proteção individual (EPI)
por todos os bombeiros envolvidos nas ações de salvamento e combate
a incêndio.
Os equipamentos de proteção individual são projetados para
oferecer segurança aos bombeiros durante as operações contra:
• O calor convectivo e chamas.
• Choques mecânicos (no caso do capacete).
• Cortes e perfurações.
• Gases, vapores ou ambientes com atmosfera pobre em
oxigênio.

É necessário garantir, principalmente, a viabilidade da


respiração do bombeiro por meio do equipamento de proteção
respiratória (EPR).
4 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

Nesse caso, o EPI deve proteger o bombeiro de forma que


nenhuma parte do seu corpo fique exposta às condições do incêndio.

Os equipamentos de proteção
individual são projetados para
preservar o bombeiro em suas
atividades profissionais.

Entretanto, é importante salientar que, por mais bem


desenvolvido que um equipamento seja, ele não consegue oferecer
proteção integral e irrestrita ao combatente, cabendo a este respeitar e
adotar as ações de segurança previstas, conhecendo os limites de cada
equipamento, a fim de que não se exponha desnecessariamente ou
além da capacidade do EPI.
De outra forma, é importante que o bombeiro saiba que, ao
estar completamente equipado, seus sentidos de tato, visão e audição
serão, significativamente, reduzidos pelo EPI, o que exige dele mais
atenção e cuidado nas ações. A maioria dos equipamentos usados em
conjunto acaba por restringir os movimentos, os quais podem ficar
lentos ou mesmo limitados, exigindo maior esforço físico e atenção,
além de aumentar o desgaste físico do bombeiro.
Mesmo com todos os fatores acima relacionados, o emprego
desses equipamentos não deve, sob nenhum pretexto, ser
negligenciado ou dispensado pelos bombeiros, mesmo que a situação
do incêndio não aparente ser grave ou ainda quando se acredita que
não haverá maiores problemas para a guarnição.
Ainda que seja possível realizar o combate sem o uso do EPI,
ressalta-se que alguns tipos de lesão, como a respiratória por inalação
da fumaça, podem manifestar-se horas ou dias depois do evento e
causar danos irreversíveis ao bombeiro. Esse assunto e os efeitos do
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incêndio no bombeiro foram abordados no Módulo 2 do presente


manual.

Os bombeiros nunca devem


subestimar um princípio de incêndio.

Para que os bombeiros utilizem destes importantes dispositivos


de maneira correta e completa, é necessário que a equipagem e
desequipagem dos materiais sejam realizadas de forma metódica, sem
danificar o equipamento, bem como com eficiência e qualidade, no
menor tempo possível.
Tais metas, somadas à boa adaptabilidade do bombeiro ao
equipamento, só são obtidas por meio de treinamentos diários sobre seu
uso, bem como com o emprego de maneira rotineira e adequada.
Os equipamentos aqui relacionados são específicos para as
ações de combate a incêndio.

A boa adaptabilidade do bombeiro ao


EPI sempre dependerá de treinamentos
diários.

1.1. Descrição dos equipamentos de proteção individual


Os equipamentos de proteção individual para combate a
incêndio compreendem os seguintes itens básicos:
• Roupa de aproximação (capa e calça).
• Botas de combate a incêndio.
• Equipamento de proteção respiratória (EPR).
• Balaclava.
• Capacete de combate a incêndio.
6 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

• Luvas de combate a incêndio.


• Alerta de homem morto – PASS (Personal Alert Safety
System)1 – sistema de segurança de alerta pessoal que
emite um sinal sonoro em caso de falta de movimento do
bombeiro. Deve ser acionado antes de entrar no local
sinistrado.

Constituem outros equipamentos de uso individual:


• Cabo da vida e mosquetão.
• Lanterna.
• Rádio comunicador1.

A equipe deve carregar material de arrombamento (pé de


cabra, alavanca, machado, corta-frio) ao entrar no local do incêndio,
para não perder tempo em buscá-lo na viatura. O arrombamento pode
ser necessário tanto para a busca, quanto em caso de os bombeiros
terem de escapar rapidamente devido ao avanço do incêndio.

1.1.1 Capacete de combate a incêndio


O capacete de combate a incêndio tem a finalidade de oferecer
proteção para a cabeça contra choques mecânicos, evitando ou
minimizando os danos de traumas no bombeiro como, por exemplo, ser
atingido por algum objeto em queda (telhas, caibros, forros, etc) e
protegendo a cabeça e o pescoço contra o calor.
No CBMDF, os capacetes de cor branca são destinados aos
oficiais e os de cor amarela são destinados aos praças.
Os capacetes devem ser identificados conforme o padrão
existente na corporação.
1
Se a corporaç ão ou instituição possuir tal equipamento.
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Figura 2 – Capacete de combate a incêndio

Os capacetes atualmente utilizados pelo CBMDF possuem


regulagem na parte posterior, para ajuste na cabeça. Esse ajuste deve
ser feito ao se assumir o serviço, a fim de que não fique apertado nem
frouxo demais, o que pode comprometer a segurança oferecida pelo
equipamento. Os capacetes possuem também um protetor de calor para
a nuca, feito em tecido antichama.

1.1.2 Balaclava
Peça em tecido especial, resistente às chamas, utilizada para o
isolamento térmico da região da cabeça e do pescoço. Seu formato
abrange, inclusive, o couro cabeludo e as orelhas, as quais devem estar
bem protegidas por serem muito sensíveis e constituídas de cartilagem,
o que faz com que não ocorra sua regeneração em caso de lesão.

Figura 3 - Balaclava
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1.1.3 Roupa de aproximação


Feita de material resistente às chamas e retardante, a roupa de
aproximação é composta de capa e calça. Sua função principal é
proteger o bombeiro contra queimaduras e efeitos do calor no
organismo, contudo a sua proteção se estende também contra os riscos
relacionados a cortes e ferimentos.
Em geral, a roupa de aproximação protege pela combinação de
camadas de tecido e de ar. Por isso, deve-se evitar comprimir a roupa
de aproximação quando aquecida.
É desejável que a roupa de aproximação evite que o suor
produzido pelo bombeiro evapore em demasia.
As roupas possuem faixas refletivas para facilitar a localização
do bombeiro no interior do ambiente sinistrado.

Figura 4 – Roupa de aproximação

Mesmo sabendo da qualidade de proteção de seu


equipamento, há um costume quase mundial entre os combatentes de
se molharem para entrar no incêndio. A água aplicada no EPI dá uma
sensação de frescor e segurança quando o bombeiro entra em um local
que está enfrentando altas temperaturas.
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Entretanto, durante a exposição ao calor ambiente, a


temperatura do EPI se elevará mais rapidamente do que se estivesse
seco podendo causar sérias queimaduras por contato. A absorção de
calor pela água é 25 vezes maior que a absorção de calor pelo ar.
Além disso, existe a possibilidade de que o calor presente seja
suficiente para evaporar toda a água, causando queimaduras.
Portanto, mesmo protegido com a roupa de aproximação o
bombeiro não deve se molhar antes de entrar no ambiente sinistrado.

Entrar molhado para combater um incêndio


pode causar queimadura.

1.1.4 Luvas
As luvas são peças destinadas a proteger as mãos e os pulsos
do bombeiro contra queimaduras (por ação direta das chamas ou pelo
calor), bem como contra cortes e ferimentos que possam ser produzidos
durante ações de combate a incêndio.
As qualidades mais buscadas nestas peças são: boa
flexibilidade, a fim de não limitar demais os movimentos tácteis do
bombeiro, além de boa resistência à abrasão, ao fogo e à água.
Durante o seu acondicionamento, deve-se evitar contato ou
exposição a óleos e graxas.
Não se deve usá-las nem guardá-las molhadas ou úmidas.
Também, não devem ser usadas para operações de salvamento, devido
o desgaste.
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Figura 5 – Luva de combate a incêndio

1.1.5 Botas
As botas se destinam a proteger os pés, tornozelos e pernas do
bombeiro, evitando que o calor irradiado cause queimaduras, além de
proteger contra possíveis cortes, pancadas e perfurações durante as
ações de combate a incêndio.

Figura 6 – Bota de combate a incêndio

1.1.6 Equipamento de proteção respiratória (EPR)


Equipamento de proteção respiratória é todo o conjunto pelo
qual se é possível respirar protegido de partículas (gases, poeiras, etc.)
nocivas ao organismo humano.
Existem vários tipos de equipamentos de proteção respiratória:
• Por filtro.
• Por linha de ar.
• Autônomo.
Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 11

o De circuito aberto (o ar circula na máscara e escapa


para o exterior).
o De circuito fechado (o ar circula na máscara e é
reciclado sem escapar para o exterior).

Neste manual será abordado o equipamento autônomo de


circuito aberto, por ser o mais comum utilizado pelos corpos de
bombeiros no mundo inteiro. Por isso mesmo, toda referência a este
equipamento no manual será equipamento de proteção respiratória
(EPR).
O EPR tem por finalidade proteger as vias respiratórias em
todas as situações em que houver o risco da atmosfera estar
contaminada ou possuir uma taxa de oxigênio insuficiente para a
manutenção da vida. O usuário respira o ar do cilindro, totalmente
independente do ar atmosférico.
O uso do EPR deve ser rotineiro nas ações de combate,
independentemente do tipo de incêndio. Utilizado em local aberto ou
fechado, no início, no meio ou no fim do incêndio, uma vez que esses
ambientes são sempre nocivos ao organismo humano.
Deve possuir sistema de pressão positiva, na qual é criada uma
ligeira sobrepressão no interior da máscara, evitando a entrada do ar
exterior.

Figura 7 – EPR completo


12 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

O EPR é composto de:


• Cilindro com ar comprimido (Figura 8) - confeccionado
em aço, composite ou outra liga leve, encontrado com
volume de 4 a 12 litros.

Figura 8 - Cilindro com ar comprimido

• Válvula redutora de pressão (Figura 9) - a redução de


pressão é realizada em dois estágios, de alta pressão
para média pressão.

Figura 9 - Válvula redutora de pressão

- Máscara panorâmica (Figura 10) – possui uma trava


denominada trava da válvula de demanda que serve para
prender e liberar a válvula de demanda da máscara (seta
amarela Figura 12); possui duplos lábios, adaptável a
qualquer rosto, ângulo de visão de 180o na horizontal e
100o na vertical, com válvula de exalação, alça de
Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 13

transporte, tirantes de regulagem (aranha) e mascarilha


interna; evita danos pela inalação de fumaça, também
oferece proteção contra queimaduras na face e nas vias
aéreas superiores, além de proporcionar melhor
visibilidade durante o incêndio pela proteção dos olhos.

Figura 10 - Máscara panorâmica

- Válvula de demanda (Figura 11) – possui botão de


bloqueio de fluxo de ar que serve para interromper o
fluxo de ar quando for necessário (seta vermelha Figura
12); possui também botão de liberação do fluxo de ar, o
qual serve para garantir o fluxo normal de ar (seta verde
Figura 12 – pressão positiva);

Figura 11 – Válvula de demanda


14 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

Figura 12 - Trava do bocal da válvula de demanda (seta amarela)

- Manômetro (Figura 13) – possui efeito florescente que


possibilita a leitura no escuro; é ligado à mangueira de
alta pressão juntamente com o alarme sonoro com
potência de 90 decibéis; possui marcação de pressão em
BAR, sendo que em grande parte dos equipamentos vai
de 0 a 350 BAR de pressão, variando um pouco de
acordo com o modelo.

Figura 13 - Manômetro

- Suporte dorsal (Figura 14) - é anatômico e possui


tirantes reguláveis de ombro e cinto resistente ao fogo;
possui duas alças apropriadas para o transporte do
equipamento.
Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 15

Figura 14 - Suporte dorsal

Orientações quanto à montagem do equipamento:


• Inspecione visualmente o equipamento: tirantes, fivelas,
cintos e braçadeiras.
• Verifique se a pressão está acima de 80% (oitenta por
cento) da pressão total do cilindro de ar.
• Verifique se os anéis de vedação (o-ring) das válvulas
redutora de pressão e de demanda não estão danificados.

Orientações quanto à montagem e desmontagem do


equipamento:
• Posicione o suporte na horizontal, folgue a fita e,
deslizando o cilindro, posicione a válvula do cilindro junto
ao volante do redutor.
• Coloque o equipamento na posição vertical, rosqueie o
volante na válvula do cilindro. Não utilize ferramentas para
apertar. Use apenas a força das mãos e coloque a tira
antivibração no volante.
• Coloque novamente o equipamento na posição horizontal,
aperte bem a fita para fixar o cilindro e acomode a parte
que sobrar, introduzindo no passador ou pressionando-a
contra o velcro.
16 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

• Para a desmontagem, realize operação inversa,


começando pela liberação da fita que prende o cilindro.
• Não esqueça que o sistema deve estar despressurizado
para desmontagem do EPR. Para isso basta conferir se a
válvula do cilindro está fechada e pressionar o botão de
liberação de fluxo de ar da VD (seta verde - Figura 12).

Para maior segurança, deve-se realizar os seguintes testes no


EPR antes de utilizá-lo:

• Teste de vedação de média e alta pressão:


1) Verifique se o botão de bloqueio do fluxo de ar está
acionado.
2) Abra o registro do cilindro, vagarosamente, para
pressurizar o sistema e feche-o novamente.
3) Verifique, no manômetro, se não houve perda de mais de
10 BAR em um minuto.

• Teste do alarme sonoro:


1) Segure a válvula de demanda e observe, com a mão, a
saída de ar.
2) Pressione o botão de liberação do fluxo de ar.
3) Alivie suavemente a mão, liberando o ar do sistema.
4) Observe se vai apitar na pressão ideal de 55 BAR,
podendo ter um erro de ± 5 BAR.
Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 17

• Teste de conexão e vedação da máscara:


1) Encaixe a válvula de demanda na máscara e depois puxe,
suavemente, para testar a sua trava; a seguir, pressione a
trava e retire a válvula.
2) Coloque a alça de transporte da máscara no pescoço e a
máscara no rosto, ajustando a aranha de regulagem.
3) Inspire, profundamente, segure a respiração e conecte a
válvula de demanda na máscara.
4) No momento da inspiração, se houver uma selagem
satisfatória, a máscara virá de encontro ao rosto.
5) Pressione a trava de liberação da válvula de demanda e
retire-a. Caso não localize a trava rapidamente, para
retirar a válvula de demanda, introduza o dedo indicador
entre os lábios da máscara e a face e respire com
tranquilidade, depois localize, pressione a trava e retire a
válvula.

1.2. Preparação para utilização do EPI


Ao assumir o serviço, todo bombeiro deve separar seu conjunto
completo de EPI, realizar uma rigorosa inspeção visual, que inclua
ações voltadas a testá-los e ajustá-los ao seu tamanho.
Se essas ações forem negligenciadas, pode haver uma
redução do nível de segurança oferecido pelos equipamentos, expondo
o bombeiro a riscos desnecessários. Exemplo: se o capacete estiver
muito frouxo, a proteção contra algum choque mecânico estará
comprometida, podendo resultar em uma lesão mais grave.
Dada a urgência das ações de socorro, não haverá tempo ou
condições, para realizar esses ajustes na cena do incêndio de forma
eficiente.
18 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

Ao sair de sua unidade operacional para atender um chamado


de incêndio, o ideal é que, ao entrar na viatura, o bombeiro já esteja, no
mínimo, equipado com as botas e a calça da roupa de aproximação.
Ao chegar ao local, verificando a necessidade de EPI completo,
o bombeiro deverá fazer com agilidade.

1.3. Equipagem
A sequência a seguir foi organizada para proporcionar uma
equipagem rápida e eficiente:
1. Coloque as botas à sua frente, uma ao lado da outra (Figura
15a); introduza uma das mãos pela perna da calça de
aproximação, como se estivesse colocando a perna e
segure, com essa mesma mão, as alças da bota (Figura
15b); abaixe bem a perna da calça, até que o cano da bota
fique exposto; repita o procedimento com a outra perna;
essa disposição pode permanecer pronta na viatura, a fim
de diminuir o tempo de equipagem e saída do quartel
(Figura 15c).

(a) (b) (c)


Figura 15 – Preparação da calça e da bota para equipagem
Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 19

2. Calce as botas (Figura 16a); puxe a calça para cima,


vestindo o suspensório (Figura 16b); prenda os grampos e o
velcro da calça (Figura 16c).

(a) (b) (c)


Figura 16 - Equipagem da calça

3. Pegue a capa de aproximação e posicione-a à sua frente,


com a gola para cima e com mangas voltadas para as
pernas (Figura 17a); introduza as mãos nas mangas e gire a
capa, lateralmente e para trás do corpo (ou por cima da
cabeça, realizando um movimento de 180o), até introduzir
completamente os braços (Figura 17b); prenda os grampos
(ou feche o zíper, conforme o modelo), começando de baixo
para cima, e feche o velcro (Figura 17c); por fim, puxe a gola
para cima, ainda sem prender o velcro da gola (Figura 17d).

(a) (b) (c) (d)


Figura 17 - Equipagem da capa de aproximação
20 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

É necessária a utilização da alça da capa de aproximação no


dedo polegar (Figura 18). Isso garantirá que a manga da capa não
subirá pelo antebraço, expondo-o à ação do calor e das chamas em um
incêndio.

Figura 18 - Vista ampliada da alça da capa

Deve-se sempre utilizar a alça da


capa de aproximação no dedo
polegar!

4. Prepare o suporte do EPR com a base do cilindro voltada


para si (Figura 19a); os tirantes de ombro e o da cintura
(cinto) devem estar folgados e abertos; posicione-se,
corretamente, para vestir o suporte com o cilindro, ou seja,
com pelo menos um dos joelhos apoiado no chão (Figura
19b).
5. Vista o equipamento passando-o por sobre a cabeça; o
redutor de pressão e o registro do cilindro devem ficar
voltados para frente (Figura 19b); introduza os cotovelos nos
tirantes do ombro, tendo o cuidado para que eles não fiquem
torcidos; segure, ao mesmo tempo, as alças do suporte,
lançando o equipamento para suas costas (Figura 19c).
Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 21

(a) (b) (c)


Figura 19 - Equipagem do EPR

6. Ajuste os tirantes dos ombros, puxando as pontas destes


para trás (Figura 20a); não se deve puxar os tirantes para
baixo nem para os lados, a fim de não danificá-los; ajuste o
cinto e as sobras dos tirantes de ombro (Figura 20b);
aproveite para liberar a gola da capa de aproximação e
esconder as pontas dos tirantes, evitando que venham a se
enganchar durante as atividades (Figura 20c).

(a) (b) (c)


Figura 20 - Ajuste dos tirantes do EPR

7. Coloque a alça da máscara no pescoço (Figura 21a); ajuste


a máscara no rosto, de maneira que fique bem encaixada,
com o queixo apoiado dentro dela (Figura 21b); ajuste os
tirantes de fixação da máscara, puxando-os para trás da
cabeça com o cuidado e seguindo a seqüência: primeiro os
tirantes inferiores (do pescoço), depois os medianos, das
22 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

têmporas (Figura 21c), e terminando com o superior, da


cabeça.

(a) (b) (c)


Figura 21 - Colocação da máscara

A alça da máscara deve estar totalmente por dentro da roupa de


aproximação (Figura 22).

Figura 22 - Alças por dentro da roupa de aproximação

Se a máscara não estiver bem encaixada no


rosto, a vedação será comprometida e a
segurança do bombeiro estará em risco.

A seguir alguns cuidados que devem ser adotados ao utilizar a


máscara do equipamento de proteção respiratória:
Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 23

Figura 23 – Forma correta de puxar os tirantes da máscara

Os tirantes devem ser puxados para trás e não para os lados.


Além de danificar o equipamento, o procedimento errado faz com
que a vedação não seja perfeita.

Figura 24 – Forma correta de colocar a máscara sobre uma superfície

Ao colocar a máscara sobre uma superfície, o visor deve estar


voltado para cima. Dessa forma, evitam-se arranhões na lente que
podem dificultar a visibilidade do bombeiro e diminuir a vida útil do
equipamento.

8. Passe a abertura frontal da balaclava (do rosto) sobre o


encaixe da válvula de demanda da máscara (Figura 25a);
puxe a balaclava para trás, cobrindo a cabeça; ajuste-a de
modo que o tecido não fique sobre o visor da máscara;
esconda as extremidades da balaclava e a alça da máscara
24 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

dentro da capa da roupa de aproximação (Figura 25b); feche


a gola por cima destes e prenda o velcro (Figura 25c).

(a) (b) (c)


Figura 25 - Colocação da balaclava

É importante que esse procedimento seja observado pelo


companheiro, com o objetivo de assegurar que a extremidade da
balaclava e a alça da máscara estejam bem escondidas dentro da
roupa. Da mesma forma, o fechamento com o velcro deve ser
inspecionado, a fim de que o calor irradiado pelo incêndio ou material
aquecido não adentre na roupa de aproximação por aberturas, ainda
que mínimas, deixadas pelo bombeiro durante a equipagem. Por esse
motivo e pelos riscos que as missões-fins oferecem, é imprescindível
que os bombeiros trabalhem em dupla.

O bombeiro deve trabalhar


sempre em dupla! Isso também
vale para a equipagem do EPI.

9. Coloque o capacete de forma que a proteção da nuca fique


voltada para fora (Figura 26a); ajuste-o na cabeça, puxando
o tecido para baixo, de forma que cubra a nuca (Figura 26b);
prenda-o pelo encaixe (Figura 26c); a alça deve permanecer
Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 25

sob o queixo do bombeiro, entre o seu pescoço e a válvula


de demanda do EPR.

(a) (b) (c)


Figura 26 - Colocação do capacete

10. Com o cilindro ainda fechado, trave a válvula de demanda


do EPR apertando o botão de bloqueio do fluxo de ar com o
dedo polegar (Figura 27a); esse procedimento impedirá que
o ar seja liberado antes que o bombeiro o esteja utilizando;
abra o registro do cilindro (Figura 27b); certifique-se da
quantidade de ar no cilindro pela indicação no manômetro
(Figura 27c).

(a) (b) (c)


Figura 27 – Bloqueio do fluxo de ar

Observe se a quantidade de ar disponível no


cilindro é suficiente para realizar as ações de
combate a incêndio com segurança e por quanto
tempo.
26 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

11. Calce as luvas, ajustando o velcro e se certificando de que


nenhuma parte da pele está exposta (Figura 28).

Figura 28 - Colocação das luvas

12. Conecte a válvula de demanda na máscara.


Por fim, conecte a válvula de demanda na máscara. É
importante que o bombeiro faça esse procedimento em si mesmo e que
seu companheiro faça a conferência, para assegurar que a conexão foi
feita da forma correta.

Figura 29 - Colocação da válvula de demanda em si próprio

A desconexão acidental desse dispositivo durante um combate


a incêndio fará com que o bombeiro aspire fumaça e gases quentes e
tóxicos, podendo até mesmo provocar pânico na tentativa de encaixá-la
novamente na cena do sinistro. Conseqüentemente, essa possibilidade
deve ser evitada ao máximo.
Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 27

Caso isso aconteça, o bombeiro deverá, imediatamente,


colocar o rosto junto ao solo e, calmamente, recolocar a válvula de
demanda.
Em caso de pane que impossibilite a utilização do ar, o
bombeiro deve desconectar a válvula de demanda e cobrir o local com a
balaclava enquanto sai rapidamente do ambiente sinistrado.

A acoplagem da válvula deve ser feita próximo


ao ambiente sinistrado. Em ambientes
respiráveis, não há necessidade de se utilizar o
ar do EPR.

Como os bombeiros devem sempre trabalhar em dupla, é


função de um monitorar o outro:
1. Durante a equipagem:
• Se há tirantes ou pontas do EPR soltos.
• Se a balaclava está vestida corretamente.
• Se a gola da roupa de aproximação está posicionada
corretamente e devidamente fechada com o velcro.
• Se a válvula de demanda do EPR está conectada
corretamente.

2. Durante toda a atividade:


• Se a reserva de ar do companheiro está em níveis
aceitáveis para as ações de combate a incêndio e
salvamento.
28 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

• Se o companheiro apresenta algum sinal de mal-estar.

Figura 30 – Conferência da quantidade de ar

Não se esqueça de monitorar sempre a


quantidade de ar do seu EPR e do seu
companheiro antes e enquanto estiverem
combatendo um incêndio.

1.4. Desequipagem
Ao retirar o equipamento de proteção individual de combate a
incêndio, basta seguir a ordem inversa à equipagem, desde que sejam
observados alguns cuidados:
1. Para desconectar a válvula de demanda:
• Localize a trava da válvula de demanda com uma das
mãos e o botão de bloqueio do fluxo de ar com a outra
(Figura 12).
• Nessa posição, pressione ambos, simultaneamente, ao
mesmo tempo em que puxa a válvula de demanda,
desconectando-a da máscara. Esse procedimento evita o
desperdício de ar e previne acidentes pela desconexão da
válvula de demanda (se esta for desconectada da
máscara com o fluxo de ar aberto, a pressão do ar é
suficiente para causar uma lesão no bombeiro por choque
mecânico).
Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 29

Figura 31 - Retirada da válvula de demanda

2. Retire o capacete.
3. Para retirar a balaclava: puxe-a de trás para frente, nunca o
inverso.

Figura 32 - Retirada da balaclava

4. Para retirada do suporte com cilindro:


• Desconecte o cinto.
• Folgue os tirantes dos ombros.
• Libere um dos braços do tirante de ombro; enquanto um
braço (ainda com o tirante) suporta o equipamento, o
outro puxa o equipamento, segurando-o pela alça de
transporte (Figura 33).
30 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal

Figura 33 - Retirada do suporte do cilindro

• Posicione o conjunto de suporte do cilindro voltado para o


solo.
• Retire a alça da máscara panorâmica do pescoço e
coloque-a ao solo, com o visor voltado para cima.
• Não retire de imediato a capa de aproximação, faça a sua
abertura e aguarde algum tempo para que seja realizado
um balanceamento entre a temperatura ambiente e a
interna na roupa.
• Após retirar a capa, coloque-a aberta, expondo seu
interior, para que ainda no local do evento possa receber
uma ventilação.
• Tenha cuidado ao retirar a calça, observe para não
danificar os fechos de plástico do suspensório.
• Descalce as botas e coloque-as para receber ventilação.
• Somente acondicione os materiais de proteção, após
serem revisados, manutenidos e estarem secos.
Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 31

Esses cuidados farão com que os equipamentos de proteção


estejam sempre em condições de uso.

A roupa de aproximação não deve ser colocada


ao sol para secagem, pois pode fazer com que
suas propriedades de proteção sejam
diminuídas.

A Tabela 1 aponta as possíveis conseqüências aos bombeiros


quando eles negligenciam o uso dos equipamentos de proteção
individual.

Tabela 1 - Conseqüência ao organismo ocasionada pela falta de EPI

A falta do Pode ocasionar


equipamento
traumatismo de cabeça, face e pescoço – por ação de
Capacete instrumento cortante ou contundente (por exemplo, pela
queda de algum objeto sobre o bombeiro)
Balaclava queimadura na cabeça, face, orelhas e pescoço.
queimaduras nas mãos;
Luvas
ferimentos por cortes, arranhões ou perfurações
queimaduras nos pés
Botas
ferimentos por perfurações nos pés e pernas
queimaduras graves na pele;
exaustão pelo calor;
Roupa de golpe de calor e
aproximação
ferimentos por ação de instrumentos cortantes ou
perfurantes.
intoxicação por fumaça;
Equipamento de asfixia;
Proteção
queimaduras de face e das vias aéreas e
Respiratória
dificuldade de visão.
32 Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal
OBJETIVOS

Conhecer os quatro principais riscos respiratórios e à saúde


observados em ocorrências de incêndio.
Saber calcular o tempo de autonomia do aparelho autônomo
de proteção respiratória de ar comprimido.
Saber identificar se uma máscara autônoma está em
condições de uso imediato.
Efetuar limpeza na máscara autônoma.

1. Introdução 3
2. Riscos 3
2.1. Falta de oxigênio 4
2.2. Temperaturas elevadas 4
2.3. Fumaça 4
2.4. Gases Tóxicos 4
l Monóxido de carbono (CO)
l Atmosferas tóxicas não associadas ao fogo
3. Aparelhos de proteção
respiratória 6
3.1. Máscara contra gases
(equipamento filtrante) 6
3.2. Aparelho de respiração
com linha de ar 6
3.3. Equipamento Dependente para
Resgate (capuz para carona) 6
3.4. Aparelho autônomo de proteção
respiratória de ar comprimido
(máscara autônoma) 7
l Descrição genérica
4. Utilização da máscara
autônoma 10
4.1. Tempo de autonomia 10
4.2. Colocação do equipamento 10
l Método de colocação por sobre a cabeça
l Método de vestir
l Colocação da peça facial
5. Inspeção e cuidados 15
5.1. Inspeção diária 15
l Prova de vedação a alta pressão
l Ensaio do sinal de alarme
5.2. Limpeza e Higienização 15

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

1. Introdução

Os bombeiros devem dispensar atenção especial aos


aparelhos de proteção respiratória. Isto porque os pulmões
e as vias respiratórias são mais vulneráveis às agressões
ambientais do que qualquer outra área do corpo. É regra
fundamental que ninguém, no combate a incêndio, entre em
uma edificação saturada de fumaça, temperaturas elevadas
e gases, sem estar com equipamento de proteção
respiratória. A não-utilização deste equipamento pode não
só causar fracasso das operações como também trazer
conseqüências sérias, inclusive a morte.
2. Riscos
É fundamental identificar os quatro riscos mais comuns
encontrados em incêndios:
 falta de oxigênio;
 temperaturas elevadas;
 fumaça;
 gases tóxicos.
Fig. 13.1

2.1.Falta de Oxigênio
O processo de combustão consome oxigênio (O2) e, ao
mesmo tempo, produz gases tóxicos. Estes ocupam o lugar
do O2 ou diminuem sua concentração. Quando as
concentrações de O2 estão abaixo de 18%, o corpo humano
reage com aumento da freqüência respiratória, como se
estivesse sendo submetido a um esforço físico maior. A
Tabela 13.1 mostra os sintomas causados pela deficiência
de O2, considerando diferentes porcentagens de O2 no ar.

2.2. Temperaturas Elevadas


A exposição ao ar aquecido pode causar danos ao aparelho
respiratório. Quando as temperaturas excedem 60ºC,
pode-se considerar que o calor é excessivo, e quando o ar
preenche rapidamente os pulmões pode causar baixa da
pressão sanguínea e danos ao sistema circulatório. Um dos
riscos é o edema pulmonar, que pode causar morte por
asfixia. O fato de se respirar ar puro e fresco, logo depois,
não torna o dano reversível de imediato.
2.3. Fumaça
A fumaça é constituída principalmente por partículas de
carbono (C, CO e CO2) em suspensão.O tamanho das
partículas é que determina a quantidade que, quando
inalada, irá penetrar nos pulmões.
2.4. Gases Tóxicos
O bombeiro deve se lembrar de que um incêndio significa
exposição a substâncias tóxicas e irritantes. No entanto, ele
não pode prever, antecipadamente, quais serão essas
substâncias. A inalação da combinação de substâncias,
sejam tóxicas ou irritantes, pode ter efeitos mais graves do
que quando inaladas separadamente. (Fig. 13.2)
A inalação de gases tóxicos pode determinar vários efeitos
no corpo humano. Alguns dos gases causam danos
diretamente aos tecidos dos pulmões e perda de suas
funções. Outros gases não têm efeito direto nos pulmões,
mas quando entram na corrente sanguínea, inibem a
capacidade dos glóbulos vermelhos transportarem O2.
Os gases tóxicos em incêndio variam de acordo com quatro
fatores:
 Natureza do combustível
 Taxa de aquecimento
 Temperatura dos gases envolvidos
 Concentração de oxigênio.
Monóxido de Carbono (CO)
O monóxido de carbono destaca-se entre os gases tóxicos. A
maio-ria das mortes em incêndios ocorre por causa do
monóxido de carbono (CO). Este gás sem cor e sem odor
está presente em todo incêndio e a queima incompleta é
responsável pela formação de grande quantidade de CO.
Como regra, pode-se entender que fumaça escura significa
altos níveis de CO.
A hemoglobina existente no sangue é responsável pela troca
gasosa. O CO combina-se com a hemoglobina de forma
irreversível, inutilizando-a. Quando grande parte da
hemoglobina do sangue se combina com CO, pode-se
morrer por falta de oxigênio.
Num ambiente, a concentração de 0,05% de monóxido de
carbono no ar já é perigosa. Ainda que a concentração de
CO no ambiente seja maior que 1%, não ocorrem sinais que
permitam a fuga do local em tempo hábil.
Em baixos níveis de concentração de CO, ocorrem dor de
cabeça e tontura, antes da incapacitação (que são avisos
antecipados). A Tabela 13.2 mostra os efeitos tóxicos de
diferentes níveis de monóxido de carbono no ar. Não são
medidas absolutas, porque não mostram as variações da
freqüência ou do tempo de exposição.
Além do CO existem outros gases tóxicos e asfixiantes que
causam efeitos prejudiciais à saúde do homem.
Exemplo:
 Cloreto de hidrogênio (HCl)
 Cianeto de hidrogênio (HCN)
 Dióxido de carbono (CO2)
 Óxido de nitrogênio (NO)
 Fosgênio (COCl2)
Atmosferas tóxicas não associadas ao fogo
As indústrias utilizam diversas substâncias químicas, como
amônia, cloro, gás carbônico, etc., que podem vazar,
formando uma atmosfera tóxica, sem existir presença de
fogo ou de suas conseqüências.
3. Aparelhos de Proteção Respiratória
São aparelhos que buscam anular a agressividade do
ambiente sobre o sistema respiratório, oferecendo em
diversos casos proteção limitada, principalmente quando
utilizados equipamentos filtrantes ou autônomos de pressão
negativa.
3.1. Máscara Contra Gases (Equipamento
Filtrante)
Consiste em uma máscara de borracha adaptável ao rosto,
contendo um filtro que elimina os agentes nocivos à
respiração.
Os filtros são próprios para cada classe de agente, tais
como:
 filtro químico para absorção de gases e vapores;
 filtro mecânico para retenção de partículas sólidas em
suspensão no ar;
 filtro combinado para gases e vapores (químico) e
partículas em suspensão (mecânico);
 filtro específico para monóxido de carbono que possui um
catalisador que transforma o CO em CO2.
Os filtros devem ser próprios para o agente nocivo à
respiração. Necessitam de controle rígido da validade e do
tempo em uso, que varia, inclusive, conforme a
concentração do agente no ambiente. Não devem ser
utilizados em ambientes com pequena porcentagem de O2,
pois podem causar a morte do bombeiro. Estas graves
restrições desaconselham sua utilização nas operações de
combate a incêndio e salvamento. (Fig. 13.3)
3.2. Aparelho de Respiração com
Linha de Ar

Aparelho composto de uma peça facial de borracha,


adaptável ao rosto, que recebe o ar fresco de fora do
ambiente comprometido por meio de uma mangueira. O ar
entra no interior da peça facial, pelo esforço pulmonar, por
meio de maquinário ou reservatório de ar pressurizado.
Permite ao bombeiro permanecer por tempo indeterminado
no ambiente, embora reduza a liberdade de movimentos, por
causa dos limites que a mangueira impõe. A mangueira
ainda pode enroscar-se nos escombros, ou sofre avarias em
virtude do calor ou contato com objetos cortantes. Tal
equipamento é ideal para resgate de vítimas em poço e
galerias e para penetração em passagens estreitas e
confinadas, tais como por exemplo, uma boca de acesso a
tanques. Atualmente esses equipamentos possuem sistema de
segurança que consiste num cilindro auxiliar para fuga com
reserva de ar para 07 a 10 minutos. (Fig. 13.4)
3.3.Equipamento Dependente para Resgate
(capuz para carona)
No aparelho de circuito fechado, o ar expirado é
reaproveitado, não sendo lançado para o ambiente. Trata-se
de equipamento composto de uma máscara de borracha
adaptável ao rosto, um reservatório contendo oxigênio e um
filtro alcalino para a retenção do ar resultante da
respiração. Embora o equipamento dê maior autonomia ao
bombeiro, apresenta os seguintes inconvenientes:
 necessita de pessoal altamente especializado para a
manutenção;
 é de alto custo;
 exige maior esforço para respirar;
 o ar a ser inspirado é isento de umidade, o que dá ao
bombeiro uma sensação muito desagradável, que provoca
salivação abundante e, muitas vezes, acessos de tosse.
Por esses motivos, o aparelho de circuito fechado não é
utilizado pelo Corpo de Bombeiros. (Fig. 13.5)
3.4.Aparelho Autônomo de Proteção
Respiratória de Ar Comprimido (Máscara
Autônoma)
Este equipamento é usado no serviço do Corpo de
Bombeiros. Ele dá proteção respiratória e proteção ao rosto
do usuário, mas é limitado pela quantidade de ar existente
no cilindro.
Descrição genérica
O cilindro é preso por uma braçadeira à placa do seu
suporte e contém ar respirável altamente comprimido.
Abrindo-se o registro do cilindro, o ar comprimido passa
pelo redutor de pressão, onde se expande a uma pressão
intermediária de 6 bar (6 kgf cm2). A esta, o ar chega até a
válvula de demanda, que, automaticamente, libera a
quantidade de ar necessária para os pulmões. O ar expirado
vai para o exterior através de uma válvula de exalação
existente na máscara facial.
A válvula de demanda pode estar conectada à máscara por
meio de uma ligação de rosca ou em posição intermediária,
entre o cilindro e a máscara.
O manômetro permite verificar a pressão do ar existente no
cilindro a qualquer tempo, o que é muito importante durante
a utilização, pois permite ao bombeiro verificações
periódicas do tempo de uso que lhe resta, aumentando sua
segurança. (Figs. 13.6-A a 13.6-k)

4. Utilização da Máscara Autônoma


4.1. Tempo de Autonomia
O tempo de autonomia da máscara autônoma de ar
comprimido é condicionado à pressão do ar, ao volume do
cilindro e à atividade (consumo de ar).

CÁLCULO = VOLUME X PRESSÃO


CONSUMO
Para efeito de cálculo, o bombeiro em atividade consome 50
litros de ar por minuto.
Exemplo de cálculo :
CILINDRO DE 7 LITROS CARREGADO A 200 BAR
RESERVA DE AR
= volume do cilindro (V) x pressão (P)
= V x P = 7 x 200 = 1.400 litros
TEMPOS DE USO :
T = 1.400 : 50 = 28 minutos

4.2.Colocação do Equipamento
Antes de o bombeiro colocar o equipamento, deve ter
certeza de seu perfeito funcionamento. Vários métodos
podem ser usados para colocação dos equipamentos
autônomos. Os mais usados no Corpo de Bombeiros são:
 Método de colocação por sobre a cabeça
 Método de vestir
Os passos necessários para colocação são diferentes, mas,
após colocado o equipamento, os métodos de fixação ao
corpo são idênticos.

Método de colocação por sobre a cabeça

 Ao retirar o equipamento da viatura, verificar a pressão


no manômetro.
 O equipamento deve ser colocado no solo, com o cinto
aberto, as alças de transporte alargadas e colocadas para
o lado de fora do suporte, para não atrapalhar o
bombeiro quando segurar o cilindro.
 Agachar ou ajoelhar-se na extremidade oposta ao registro
do cilindro.
 Segurar o cilindro com as mãos, deixando as alças de
transporte para o lado de fora.
 Levantar-se, erguendo o cilindro por sobre a cabeça e
deixando que as alças de transporte passem dos
cotovelos.
 Inclinar-se levemente para frente, permitindo ao cilindro
ficar nas costas, deixando as alças caírem naturalmente
sobre os ombros.
 Puxar os tirantes de ajuste, certificando-se que as alças
não estejam torcidas.
 Erguer o corpo, fechar e ajustar o cinto de forma que o
equipamento acomode-se confortavelmente.
 A falta de ajuste da alça e do cinto provoca má
distribuição de peso.
(Figs. 13.7-A a 13.7-E)

Método de vestir
 Ao retirar o equipamento da viatura, verificar a pressão
no manômetro.
 Vestir o equipamento, passando um braço por vez
através das alças. Colocá-lo no solo, com as alças
alargadas e o cinto aberto.
 Agachar-se próximo à extremidade do registro do
cilindro.
 Com a mão direita, segurar a alça que será colocada
sobre o ombro direito (ou, com a esquerda, a que será
colocada sobre o ombro esquerdo).
 Levantar-se, colocando a correia no ombro. Durante este
movimento, o cotovelo deve passar por dentro da alça.
 Ajustar as alças e o cinto como descrito no método
anteiror.
(Figs. 13.8-A, 13.8-B e 13.8-C)

Colocação da peça facial


 Alargar ao máximo os tirantes da máscara.
 Colocar a peça facial, introduzindo primeiramente o
queixo dentro desta e, com as duas mãos, colocar os
tirantes por sobre a cabeça.
 Puxar simultaneamente, os tirantes laterais inferiores
para trás, ajustando-os com cuidado para não
danificá-los.
 Certificar-se de que não permaneçam cabelos entre a
testa e a máscara.
 Puxar, simultaneamente, os tirantes das têmporas para
trás, ajustando-os.
 Colocar o capacete, passando a mangueira de baixa
pressão por dentro da jugular.
 Concluir a conexão da peça facial ao cilindro.
 Abrir o registro do cilindro.
 Verificar a estanqueidade da máscara facial. Para isso,
expirar, fechar o registro do cilindro e, em seguida,
inspirar vagarosa e profundamente.
 Deve-se sentir o rosto sendo succionado e a incapacidade
de continuar inspirando. A entrada de ar na máscara
significa que ela está mal colocada ou danificada.
 Verificar a válvula de exalação. Para isso, abrir o
registro do cilindro, inspirar e expirar. Com as costas da
mão sentir o ar sair pela válvula de exalação. Em caso
negativo, expirar com mais força, isto deverá liberar a
válvula. Se, mesmo assim, o ar não sair pela válvula de
exalação, trocar a peça facial.
(Figs. 13.9-A a 13.9-H)

5. Inspeção e Cuidados
Os bombeiros devem inspecionar a máscara autônoma
diariamente e limpá-la após o uso.

5.1. Inspeção Diária

O bombeiro deve se equipar com o aparelho, observando:


 Conexão do cilindro ao redutor de pressão.
 Cinta que liga o cilindro ao suporte.
 Alças de transporte e cinto.
 Placa de suporte.
 Conexões das mangueiras.
 Tirantes e peça facial.
 Pressão do cilindro.
 Vedação a alta pressão.
 Volante do cilindro.
 Alarme.

Prova de vedação a alta pressão


 Acoplar a válvula de demanda à mangueira de alta
pressão, abrir o registro do cilindro e ler a pressão
indicada no manômetro. Fechar o registro do cilindro. A
pressão deve permanecer inalterada durante um minuto.
 Sempre acionar o botão de descarga para despressurizar
o sistema; com isto, consegue-se desacoplar as conexões
com facilidade.
Ensaio do sinal de alarme
 Abrir o registro do cilindro por um curto espaço de tempo
e, depois, voltar a fechá-lo.
 Depois, cuidadosamente, liberar o ar pela válvula de
demanda, observando o manômetro. O sinal de alarme
deve soar quando a pressão do manômetro for de 40 BAR,
com tolerância de mais ou menos 5 BAR. O assobio não
diminui de intensidade senão quando o ponteiro do
manômetro chegar ao batente.
5.2. Limpeza e Higienização
Lavar a peça facial com detergente neutro e água, pondo-a
para secar em local fresco e ventilado e à sombra.
Solventes, tais como acetona, álcool e gasolina, não devem
ser usados na higienização, pois atacam o visor de acrílico.
A higienização do restante do equipamento é feita com um
pano limpo e úmido. O uso de um mesmo EPR sem a devida
higienização, possibilita o risco de contaminação por
moléstias transmissíveis. Após o uso, uma peça facial
poderá conter sudorese, sangue, saliva e secreções, portanto
a desinfecção é essencial para eliminação de microorga-
nismos como vírus, bactérias e fungos. (Fig. 13.10)
FORMAÇÃO DE PRAÇAS

C
E
PANE NO EPR, SAÍDA EMERGENCIAL E RESGATE DE

T BOMBEIROS

O
P

SEÇÃO DE TREINAMENTO EM COMBATE A INCÊNDIO


FORMAÇÃO DE PRAÇAS

UNIDADE 3
PANE NO EPR, SAÍDA EMERGENCIAL E RESGATE DE
BOMBEIROS

C Os equipamentos de proteção individual devem estar em plenas condições de


funcionamento, para evitar-se, ao máximo, os imprevistos de pane;


Realizar a inspeção visual detalhada, testes;
Utilizar o equipamento adequado e da forma correta, com pressão adequada;
 Realizar as manutenções preventivas: teste hidrostático, troca de orings,

E observar validade das máscaras, observar o desgaste de uso.


O constante treinamento dos bombeiros com o uso do EPI é importante para que
estejam bem adaptados as perdas que este provoca, em relação aos sentidos – restrição dos
movimentos, visão, audição – além do desgaste físico excessivo provocado pelo peso do
equipamento;
 Realizar treinamento de progressão em e 4 pontos, sem e depois com

T 

obstáculos;
Realizar treinamentos com pouca e depois com nenhuma visibilidade;
Realizar treinamentos de comunicação com o canga;
 A adaptação compensa o desgaste e stress da atividade.

O
Os bombeiros resgatam as vítimas. Quem resgata os bombeiros e de quê maneira? O
Cmt de Socorro e os chefes de guarnições estão preparados para uma ação rápida de resgate
de bombeiros?
 O bombeiro se auto resgata;
 O bombeiro resgata o canga;
 Uma equipe de intervenção rápida resgata bombeiros.

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FORMAÇÃO DE PRAÇAS

Tipos de panes de EPR a que estamos sujeitos:


Panes de liberação de ar para a máscara
 Desconexão da Válvula de Demanda (V.D);
Como prevenir
o Realizar teste de conexão da V.D (chefe da guarnição ou controle de
entrada, o próprio usuário, o canga.

C  Fechamento acidental do registro do cilindro;


Como prevenir
 Abrir totalmente o registro do cilindro e voltar 1 quarto de volta.
 Outras panes (ex: danos na mangueira, redutor de pressão, volante de
conexão do cilindro, suporte dorsal, cilindro) .

E Como prevenir


Utilizar protetor para proteger o EPR;
Realizar as manutenções preventivas;
Pane seca
 Que fatores podem ocasionar uma pane seca?

T o
o
Falta de observação da quantidade de ar, através do manômetro;
Não ter calculado a quantidade de ar disponível, antes de realizar a
atividade;
o Não realizar testes no EPR;

O
Como prevenir
o Observar pelo manômetro a quantidade de ar no cilindro disponível:
 Ao assumir o serviço;
 Antes de entrar no ambiente, sendo feito pelo próprio
bombeiro, pelo seu canga, pelo Chefe da Guarnição ou pelo
controlador da entrada;

P 


Constantemente dentro do ambiente sinistrado, pelo próprio
bombeiro ou pelo seu canga;
Monitoração constante do controlador da entrada ou chefe da
guarnição da quantidade de ar do cilindro, devendo ser avisado
alguns minutos antes do seu retorno.
o Calcular a autonomia de ar no cilindro antes de entrar na cena e
informar para quem está fazendo o controle do ar externamente.
o Realizar testes de alarme sonoro e vedação de média, alta pressão e da
máscara.

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FORMAÇÃO DE PRAÇAS

Tipos de Panes com os bombeiros


Vertigem e Desmaio;
Como prevenir
 Manter o condicionamento físico;
 Realizar treinamento de adaptação do EPR;
 Manter-se hidratado e alimentar-se bem;

C ele);
 Ser consciente do seu limite (informar e sair do ambiente).
Outros (ferimentos ocasionados por queda do bombeiro ou de materiais sobre

Como prevenir
 Observar a estrutura e não adentrar caso tenha algum risco;

E  Estar atento aos ruídos.

Procedimentos para panes de EPR que podem ser solucionadas


Desconexão da V.D;

T
 Realizar a conexão pelo próprio bombeiro;
 Prender a respiração;
 Se jogar no chão;
 Travar a válvula de demanda; e
 Reconectar a válvula de demanda na máscara.

O Fechamento acidental do Registro do Cilindro


o Se jogar no chão e simultaneamente reabrir a válvula do cilindro;

Procedimentos de saída de emergência para panes de EPR que não podem ser

P solucionadas
Saída de emergência com utilização de engate carona;


Em caso de pane seca
Saída de emergência utilizando mangueira do carona
 Realizar a conexão pelo próprio bombeiro ou pelo canga;
 Desconectar a mangueira de média pressão;
 Conectar no rabicho do EPR do canga;
 Sair imediatamente do ambiente.

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FORMAÇÃO DE PRAÇAS

 Saída de emergência com vedação de balaclava;


 Se jogar no chão;
 Desconectar a válvula de demanda;
 Colocar a balaclava sobre o bocal da máscara;
 Sair imediatamente do ambiente, com a cabeça próxima ao chão;

C Procedimentos de resgate do canga


Resgate do canga com o EPR funcional;
 Em caso de vertigem
 Em caso de Desmaio

E o Realizar a retirada do ambiente pelo canga:




Se aproxima da face do canga e verifica se está respirando;
Se estiver respirando, não se retira a máscara e arrasta o
canga pelo colarinho na altura dos ombros juntamente com
alça do EPR, para fora do ambiente;

T
Resgate de canga com o EPR não funcional
 Técnica I (retirando o cilindro);
o Se aproxima da face do canga e verifica se está respirando;
o Se não estiver respirando, não se retira a máscara;
o Desconecta a válvula de demanda;

O o
o
o
Colocar a balaclava sobre o bocal da máscara;
Afrouxar os tirantes do suporte dorsal
Liberar a alça do braço que está voltado apara cima;
o Em seguida o braço que está próximo ao solo, deverá ser
estendido acima da cabeça junto ao solo;

P o

o
Girar o bombeiro em decúbito ventral com o braço ainda
estendido, retirando a outra alça do seu braço; e
Arrasta o bombeiro pelo colarinho na altura do ombro, para fora
do ambiente, deixando o ambiente.
Obs: posteriormente uma equipe de apoio poderá resgatar o EPR
deixado no ambiente sinistrado.

SEÇÃO DE TREINAMENTO EM COMBATE A INCÊNDIO


FORMAÇÃO DE PRAÇAS

 Técnica II (sem retirar o cilindro);


o Se aproxima da face do canga e verifica se está respirando;
o Se não estiver respirando, não se retira a máscara;
o Desconecta a válvula de demanda;
o Colocar a balaclava sobre o bocal de entrada da válvula de
demanda;

C o Arrasta o bombeiro pelo colarinho na altura do ombro


juntamente com alça do EPR, para fora do ambiente

E
T
O
P

SEÇÃO DE TREINAMENTO EM COMBATE A INCÊNDIO


PLANO DE AULA NUMERO 1 DO MODULO 3 – CFP/2011

Disciplina: TMI I Assunto: Equipamentos de proteção Local: CTO


individual para combate a incêndio
Uniforme: Prontidão Recursos Materiais: Capacete Gallet; Roupa Objetivos: 1- Ao final da aula o aluno deverá: 1. reconhecer os EPI’s utilizados em
de aproximação; Botas de combate a combates a incêndios; 2 reconhecer todas as partes do EPR, 3. montar e desmontar
incêndio; Balaclava; Luvas; 01 EPR para cada o equipamento e realizar os testes necessários antes de sua utilização;4. equipar-se
aluno e instrutor; 03 Lonas para exposição com os EPI’s e EPR em um tempo máximo de três minutos; 5. desequipar-se
dos materiais; 02 Baldes com água para seguindo a seqüência correta.
assepsia das máscaras
Referência: capitulo 1 do modulo 3 Recursos humanos: 01 instrutor e 01 monitor

TEMPO ASSUNTO DESENVOLVIMENTO


10 min Disposição do material O instrutor determinará que os alunos busquem o material no depósito do CTO (este material
deverá ser previamente separado pelo instrutor) e orienta os alunos quanto à disposição do
material para a aula sobre a lona.
05 min Apresentação do Instrutor Apresentação dos instrutores, experiências de serviço.
15 min Equipamento de Proteção Individual para O instrutor apresentara os seguintes EPI’s:
combate a incêndio Capacete Gallet; Roupa de aproximação; Botas de combate a incêndio; Balaclava; Luvas; devera
descrever cada parte de cada EPI e sua importância e orientações quanto à conservação.
15 min Equipamento de Proteção Respiratória O instrutor devera descrever os tipos de equipamento; mostrar e descrever cada parte do EPR;
Montagem ; Testes para utilização e Desmontagem;
05 min Sabatina O instrutor pergunta aos alunos os nomes dos EPI’s para que se verifique a assimilação por parte dos
alunos.
05 min Preparação para utilização dos EPI’s Preparar todo equipamento com a disposição dos materiais a frente dos alunos;
10 min Equipagem Equipar-se completo com os EPI’s e EPR, o monitor realiza a equipagem e o instrutor descreve a
seqüência passo a passo.
10 min Desequipagem Enquanto o monitor se desequipa o instrutor informa passo a passo da seqüência.
40 min Pratica por parte dos alunos Os alunos, divididos em guarnições de 8, deverão montar, realizar os testes e desmontar os
equipamentos respiratórios.
40 min Pratica por parte dos alunos Os alunos ainda divididos em guarnições de 08 deverão executar as atividades de preparação,
equipagem e desequipagem. Será dado o tempo de 10 min para cada guarnição.
20 min Pratica por parte dos alunos Os alunos novamente executarão a atividade desta vez no tempo máximo de três minutos.
5 min Finalização Ao final da aula o instrutor determina que os alunos devolvam os materiais ao depósito.

Obs.: Os alunos deverão retirar os materiais nos depósitos do CTO e levá-los para o pátio, ao final da instrução devolve-los ao depósito; O instrutor deverá
separar um EPI completo, inclusive EPR, para demonstração da aula; orientar os alunos quanto a assepsia das máscaras nos baldes; O instrutor e o monitor
deverão corrigir os possíveis erros dos alunos;
PLANO DE AULA 2 DO MODULO 3 – CFP/2011

Disciplina: TMI I Assunto: Adaptação ao EPI – aula 1 de 2 Local: pátio do CTO


Uniforme: Recursos Materiais: Capacetes Gallet; Roupas de Recursos humanos: 01 instrutor e 03 monitores
prontidão aproximação; Botas de combate a incêndio; Balaclavas; Luvas; Objetivos: 1- Adaptar os alunos aos equipamentos. 2 – Conscientizar os
26 EPR; 03 Lonas para exposição dos materiais; 02 Baldes com alunos das limitações e dificuldades do uso do EPI’s simulando o seu
água para assepsia das máscaras; 16 mangueiras de 1 ½ pol. uso em ocorrência.
Providenciar dois focos na escada enclausurada.
Referência: capitulo 1 do modulo 3 do manual

TEMPO ASSUNTO DESENVOLVIMENTO


10 min Equipagem Os alunos deverão preparar todo EPI e equipar-se no tempo de três minutos.
15 min Primeira atividade de adaptação Será feita uma caminhada de 10 minutos em torno do pátio do CTO, orientando os alunos que
observem a quantidade de BAR existente em seus respectivos EPR antes e ao final da caminhada, para
que cada aluno tenha noção de qual o seu consumo nessa atividade.
50 min Segunda atividade de adaptação Os alunos, divididos em guarnições de oito, equipados com EPI e EPR, sem a máscara facial colocada
no rosto, mas levando-a pela alça de transporte no pescoço, subirão até o 9º andar da torre principal,
pela escada enclausurada, transportando cada um duas mangueiras de 1 ½”. Retornarão ao térreo e
passarão as mangueiras à guarnição seguinte que executará a mesma atividade.
50 min Terceira atividade de adaptação A guarnição sobe pelas escadas externas da torre até o 5º andar, sem fazer o uso do EPR, todos
colocam as máscaras e descem pela escada enclausurada com fumaça, encontrando duas vítimas
(bonecos de treinamento) no 4º andar e descem com as vitimas ao térreo.
10 min Finalização Os alunos ao final da instrução deverão recolher todo material empregado na atividade e devolver
aos respectivos depósitos.

Obs.: 1 – Entre a segunda e terceira atividade será dado um intervalo de 10 minutos; 2 - O instrutor deve acompanhar o grupo nas atividades para evitar
acidentes; 3 - Providenciar dois focos na escada enclausurada;
PLANO DE AULA 3 DO MODULO 3 – CFP/2011

Disciplina: TMI I Assunto: Adaptação ao EPI – aula 2 de 2 Local: pátio do CTO


Uniforme: Recursos Materiais: Capacetes Gallet; Roupas de Recursos humanos: 01 instrutor e 03 monitores
prontidão aproximação; Botas de combate a incêndio; Objetivos: 1- Adaptar os alunos aos equipamentos. 2 – Conscientizar os alunos
Balaclavas; Luvas; 26 EPR; 03 Lonas para exposição das limitações e dificuldades do uso do EPI’s simulando o seu uso em
dos materiais; 02 Baldes com água para assepsia das ocorrência.
máscaras; 16 mangueiras de 1 ½ pol. Providenciar
Referência: capitulo 1 do módulo 3 do manual
dois focos na escada enclausurada.

TEMPO ASSUNTO DESENVOLVIMENTO


10 min Equipagem Os alunos deverão preparar todo EPI e equipar-se no tempo de três minutos.
50 min Quarta atividade de adaptação No ”U” sem fumaça o instrutor dispõe os alunos em pé junto a parede e ordena aos mesmos que observem a
demonstração; ordena ao monitor que transpasse os obstáculos e vai explicando todas as ações do monitor;
em determinado momento retira a válvula de demanda do monitor simulando a má colocação da mesma,
explica o perigo e como reequipar; em outro momento fecha o registro de ar do cilindro e explica como abrir;
antes de chegar ao final o monitor simula uma pane no fornecimento de ar do seu EPR (o instrutor fecha o
cilindro) e o monitor continua a rastejar, quando acaba o ar ele retira a válvula de demanda coloca a bala clava
no conector da válvula de demanda da mascara facial e volta rastejando por onde veio. Agora dois monitores
adentram o “U” o monitor número um simula o mal súbito (desmaio); o monitor número dois vai até o mesmo,
verifica se há respiração e consequentemente fornecimento de ar; haverá então a simulação de duas
situações: 1. Se houver fornecimento de ar, ele toma posição de três pontos segura na alça de resgate da capa
de aproximação do monitor um e o leva para fora; 2. Se não houver fornecimento de ar e consequentemente
ausência de respiração , o monitor numero dois ira retirar a válvula de demanda e todo EPR do monitor
numero um, segurar na alça de transporte e do EPR do monitor número um; tomar a posição de três ponto e o
transportar para fora sempre na técnica de três pontos fixos.
65 min Quinta atividade de adaptação Nesta atividade tanto instrutor quanto o monitor e alunos deverão estar totalmente equipados, os triângulos
deverão estar dispostos um em cada face interna do “U”, o tonel ficará na face do meio, com madeira apenas;
O instrutor ordena aos alunos que coloquem a válvula de demanda e enfileirados ocupem o interior do “U”
junto a parede, fecha a porta e permanece próximo aos alunos orientando e observando os mesmos; neste
momento o monitor com o “pinga fogo” ateia fogo as madeiras e aguarda. A partir deste momento o instrutor
pede para os alunos que prestem atenção nos seus equipamentos e seus sentidos e a todo momento pergunta
se estão bem; após 5 minutos o monitor coloca o mato e a fumaça deverá tomar conta do ambiente; após 5
minutos o instrutor ordena que saiam calmos e ordenadamente, assim que todos saírem o instrutor deverá
enfileirar os alunos, dividi-los nos seus respectivos grupos e ordenar aos mesmos que retirem a válvula de
demanda , corrigindo e observando a todo momento, logo em seguida os instrutor ordena ao primeiro grupo .
que de joelhos ou ao rés do solo equipem a válvula de demanda e adentrem ao “U”; o instrutor adentra ao”U”
junto com o primeiro grupo e os dois monitores aguardam do lado de fora, também equipados e preparados
para uma emergência ou intervenção ; ficam com os outros dois grupos treinando equipar e desequipar.
Dentro do “U” o instrutor devera orientar os alunos a passarem dentro dos triângulos os alunos deverão
passar um atrás do outro; a todo momento o instrutor mantêm contato verbal e visual com os alunos, observa
e pergunta se estão bem ; a qualquer momento ele poderá e deverá retirar a válvula de demanda do aluno, um
por vez e pedir que recoloque, poderá fechar o ar do cilindro dos alunos, um de cada vez e pedir que abram o
ar novamente, bem como também que resgatem a si ou seu companheiro como demonstrado anteriormente, a
todo momento observa orienta e corrige . Os alunos deverão sair na escada interna ao saírem do “U”, retirar a
válvula de demanda e colocar vendas na máscara, descer pela escada interna sem fumaça em direção ao
labirinto (sempre em companhia e orientação do instrutor) ,fazer todo o percurso do labirinto e sair na escada
externa ;após a atividade o grupo deverá aguardar no pátio do CTO, atrás das torres; assim que o instrutor sair
o monitor devera assumir o segundo grupo e realizar o mesmo procedimento, o instrutor com o segundo
monitor aguarda do lado de fora com os seus respectivos grupos, também equipado para uma emergência ou
intervenção e continua treinando equipar e desequipar.
10 min Finalização Os alunos ao final da instrução deverão recolher todo material empregado na atividade e devolver aos
respectivos depósitos.
PLANO DE AULA NUMERO 4 DO MODULO 3 – CFP/2011

Disciplina: TMI I Assunto: EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO Local: Pátio do CTO


Uniforme: prontidão e Recursos Materiais: 12 Mangueiras de 1 ½ “;12 Mangueiras de 2 ½ Recursos humanos: 01 instrutor
EPI (sem EPR) “;Esguicho proporcionador de espuma;1 Esguichos Agulheta, Objetivos: Ao final da aula os alunos terão o conhecimento
regulável, canhão;1 Chave tipo S e/ou tipo J;1 Chave de mangote;1 de todo o material empregado na atividade de combate a
Chave de mangueira Simples, Dupla e tripla;1 Chave tipo T;1 incêndios, utilizando água e espuma.
Adaptador rosca fêmea e junta STORZ 1 ½;1 Redução de 2 ½ para 1
½;1 Divisor de três saídas;1 Luva de hidrante;Misturador entre
Referência: capitulo 2 do modulo 3 do manual
linhas;02 mangas; Ralo com válvula de retenção; EPI sem
EPR para todos os alunos

TEMPO ASSUNTO DESENVOLVIMENTO


10 min Preparação do material O instrutor determinará que os alunos busquem o material no depósito do CTO
25 min Equipamentos de combate a incêndios Apresentar os materiais utilizados em combate a incêndios especificando um a um, e
suas formas de uso.
10 min Recapitulação da matéria Será feita uma sabatina com os alunos da matéria aplicada

Obs.: 1 – Os alunos deverão retirar os materiais nos depósitos do CTO e leva-los para o pátio, ao final da instrução devolve-los ao depósito (este material
deverá ser previamente separado pelo instrutor); 2 – Todos os alunos deverão estar com EPI (sem o EPR).

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