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Pesquisa Fazes de Vargas

by: Murilo Gimenez 3ds

-1º Governo Provisório (1930-1934):

O período que antecede a Era Vargas foi marcado por uma série de crises políticas e
econômicas no Brasil. A década de 20 viu um aumento significativo das tensões políticas,
com revoltas e insatisfações populares crescentes devido à corrupção e instabilidade no
governo. Getúlio Vargas emergiu nesse contexto liderando um grupo de militares e civis
insatisfeitos com o governo de Washington Luís e sua sucessão política, que culminou na
Revolução de 30. Getúlio assume o poder como chefe do Governo Provisório. Sua principal
missão era restaurar a ordem e a estabilidade no país. Vargas adotou uma série de medidas,
como a nomeação de interventores para os estados, visando centralizar o poder e controlar as
dissidências regionais. Além disso, durante esse período, ocorreu a elaboração de uma nova
Constituição, a Constituição de 34, que marcou o início do processo de redemocratização do
país. Esta Constituição trouxe avanços significativos, como a garantia de direitos trabalhistas
e a ampliação dos direitos políticos das mulheres.
O 1º Governo Provisório também testemunhou a criação do Ministério do Trabalho, Indústria
e Comércio, sinalizando o compromisso do governo com as questões sociais e trabalhistas.
No entanto, Vargas enfrentou desafios significativos, incluindo a Revolta Constitucionalista
de 32 em São Paulo, que buscou derrubar seu governo.

-2º Governo Constitucional (1934-1937):

O 2º Governo Constitucional de Getúlio Vargas teve início após a promulgação da


Constituição de 34, que marcou o retorno do Brasil à democracia e estabeleceu as bases para
um governo constitucional. Vargas continuou como figura central, sendo eleito presidente em
1934 pelas novas regras democráticas estabelecidas pela Constituição. Ele liderou o partido
Aliança Liberal, que posteriormente se transformou na Ação Integralista Brasileira (AIB),
liderada por Plínio Salgado, que desempenhou um papel político significativo durante o
governo constitucional. O 2º Governo Constitucional foi caracterizado por um período de
relativa estabilidade política, em contraste com os anos tumultuados que o antecederam.
A Constituição de 34 garantiu direitos civis e políticos, incluindo o voto secreto e o voto
feminino, representando um avanço na democracia brasileira. Durante esse governo, Vargas
promoveu políticas sociais e trabalhistas, como a criação do Ministério da Educação e Saúde
Pública e a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) em 1937, que estabeleceu direitos
trabalhistas fundamentais. Além disso, o governo buscou uma política de industrialização e
desenvolvimento econômico. No entanto, a estabilidade democrática foi abalada pelo
crescimento das tensões políticas e militares. A AIB, uma organização de extrema-direita,
ganhou força e confrontou grupos de esquerda. O clima político se deteriorou rapidamente,
culminando no Golpe do Estado Novo em 1937, quando Getúlio Vargas dissolveu o
Congresso Nacional, suspendeu a Constituição e estabeleceu o Estado Novo, encerrando o 2º
Governo Constitucional.

-3º Estado Novo (1937-1945):

O 3º Estado Novo de Getúlio Vargas teve início em 1937, quando ele promoveu um golpe de
estado e dissolveu o Congresso Nacional, suspendendo a Constituição de 34. Esse período foi
marcado por uma crescente polarização política e uma escalada de tensões que levaram à
concentração de poder nas mãos de Vargas. Getúlio continuou durante o 3º Estado Novo,
mantendo um controle autoritário sobre o país. Ele atuou como chefe do governo e
posteriormente como presidente da República. Além disso, nomes como Filinto Müller, chefe
do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), tiveram um papel importante na
repressão política durante esse período.
O 3º Estado Novo foi caracterizado por um governo autoritário e centralizado, onde as
liberdades civis e políticas foram restringidas. Vargas governou por meio de decretos-lei e
concentrou o poder em suas mãos, mantendo o controle sobre a imprensa, a oposição política
e a sociedade civil. Durante esse período, o governo promoveu políticas de industrialização e
desenvolvimento econômico, com destaque para a criação do Conselho Nacional do Petróleo
e a fundação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). O Brasil também se aproximou de
regimes autoritários, como o governo de Adolf Hitler na Alemanha. O país entrou na
Segunda Guerra Mundial em 1942, alinhando-se com as forças aliadas. Esse evento teve um
impacto significativo no 3º Estado Novo, levando a um aumento da repressão interna contra
grupos de oposição e movimentos sociais. O 3º Estado Novo chegou ao fim em 1945, quando
pressões políticas e sociais crescentes forçaram a renúncia de Getúlio Vargas. Esse período
foi seguido por uma transição democrática que resultou na realização de eleições
presidenciais e na ascensão de novos líderes políticos no Brasil.

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