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Getúlio Vargas foi uma figura central na história política brasileira, que

desempenhou um papel de destaque durante várias décadas no século XX.


Nascido em 19 de abril de 1882, no estado do Rio Grande do Sul, Vargas
formou-se em Direito e iniciou sua carreira política como deputado estadual em
1917. No entanto, foi apenas em 1930 que ele ascendeu à presidência do Brasil,
após liderar uma revolução que depôs o então presidente Washington Luís.

O governo de Getúlio Vargas foi marcado por diferentes fases e políticas,


deixando um legado complexo e controverso. Seu primeiro período no poder,
conhecido como "Governo Provisório" (1930-1934), foi caracterizado pela
centralização do poder, a supressão de liberdades democráticas e a
implementação de reformas modernizadoras. Durante esse período, Vargas
dissolveu o Congresso Nacional e governou por meio de decretos, instituindo
uma Constituição em 1934.

Em 1937, Vargas deu um golpe de Estado e instaurou o Estado Novo, regime


autoritário que vigorou até 1945. Durante o Estado Novo, Vargas governou com
mão de ferro, suprimindo as liberdades civis e políticas, controlando a imprensa
e reprimindo opositores. Paralelamente, buscou fortalecer a economia brasileira
e promover a industrialização, desenvolvendo a política de substituição de
importações.

No contexto da Segunda Guerra Mundial, o Brasil acabou se aproximando dos


Aliados, principalmente dos Estados Unidos, o que permitiu a Vargas reforçar
sua posição internamente. No entanto, em 1945, pressionado por movimentos
populares e militares insatisfeitos com seu governo, Vargas foi deposto e
substituído por uma junta militar.

Após um período afastado do poder, Vargas retornou à presidência


democraticamente, através de eleições diretas, em 1951. Seu segundo governo
foi marcado por uma política mais conciliatória e reformista, com a
implementação de medidas trabalhistas, como a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) e a criação do salário mínimo. Ele também promoveu a criação
da Petrobras e investimentos em infraestrutura.

Entretanto, a partir de 1954, o governo de Vargas enfrentou uma série de crises


econômicas e políticas, além de enfrentar denúncias de corrupção. A
insatisfação crescente culminou com o atentado da Rua Toneleros, no qual o
jornalista Carlos Lacerda foi alvo, e que levou ao suicídio de Getúlio Vargas em
24 de agosto de 1954.

A morte de Vargas provocou comoção nacional, e ele se tornou uma figura


icônica e controversa na história do Brasil. Seu legado é debatido até hoje, com
defensores ressaltando suas conquistas sociais e desenvolvimentistas, enquanto
críticos destacam seu autoritarismo e a concentração de poder em seu governo.

Após sua morte, o Brasil passou por diversas mudanças políticas, incluindo a
redemocratização, a Constituição de 1988 e a eleição de novos presidentes. A
figura de Getúlio Vargas continua a ser estudada e debatida, sendo considerado
um personagem complexo e influente na história política do Brasil. Suas
políticas e ações tiveram um impacto significativo no desenvolvimento do país e
moldaram a trajetória política e social do Brasil no século XX.

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