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Getúlio Dornelles Vargas nasceu em 19 de abril de 1882, na cidade de São

Borja, localizada no estado do Rio Grande do Sul. Getúlio era o terceiro filho e tinha
quatro irmãos: Viriato, Protásio, Spartacus e Benjamin. Ao longo de sua vida, foi
advogado e político. Pertencia a uma família de estancieiros que tinha grande
influência na política gaúcha. Seu pai chamava-se Manoel do Nascimento Vargas, e
sua mãe, Cândida Dornelles Vargas.
Na carreira militar, ingressou com 16 anos e atuou em um batalhão de São
Borja, mas acabou sendo expulso da corporação com 18 anos de idade. Por causa
da possibilidade de um conflito com a Bolívia, em 1903, Vargas ingressou
novamente no Exército, mas acabou pedindo baixa no fim daquele ano e ingressou
na Faculdade de Direito de Porto Alegre, onde teve seu primeiro contato com a vida
política. Durante a sua graduação, Vargas fez parte do Bloco Acadêmico Castilhista,
o que lhe aproximou do Partido Republicano Rio-Grandense (PRR), se tornando, em
1908,deputado estadual do Rio Grande do Sul e abandonou sua função de segundo
promotor público no Tribunal de Porto Alegre.
Em março de 1911, Vargas casou-se com Darcy Lima Sarmanho, filha de
uma família tradicional de São Borja. Vargas tinha 28 anos, e esposa possuía
apenas 15 anos de idade. Desse casamento, nasceram cinco
filhos: Lutero, Jandira, Alzira, Manuel e Getúlio.
Getúlio Vargas assumiu o poder após comandar a Revolução de 1930, que
derrubou o governo de Washington Luís. Quando Vargas assumiu a presidência,
ninguém obviamente tinha ideia de que se iniciava um período de quinze anos do
político gaúcho na presidência do Brasil, sob seu governo foi promulgada a
Constituição de 1934. Fecha o Congresso Nacional em 1937, instala o Estado Novo
e passa a governar com poderes ditatoriais. Sua forma de governo passa a ser
centralizadora e controladora. Criou o DIP (Departamento de Imprensa e
Propaganda) para controlar e censurar manifestações contrárias ao seu governo.
Criou a Justiça do Trabalho (1939), instituiu o salário mínimo, a Consolidação das
Leis do Trabalho, também conhecida por CLT. Os direitos trabalhistas também são
frutos de seu governo: carteira profissional, semana de trabalho de 48 horas e as
férias remuneradas. Getúlio Vargas investiu muito na área de infraestrutura, criando
a Companhia Siderúrgica Nacional (1940), a Vale do Rio Doce (1942), e a
Hidrelétrica do Vale do São Francisco (1945). Em 1938, criou o IBGE (Instituto
brasileiro de Geografia e estatística). Saiu do governo em 1945, após um golpe
militar. Em 1950, Vargas voltou ao poder através de eleições democráticas. Neste
governo continuou com uma política nacionalista. Criou a campanha do “Petróleo é
Nosso" que resultaria na criação da Petrobrás. Em agosto de 1954, Vargas suicidou-
se no Palácio do Catete com um tiro no peito. Deixou uma carta testamento com
uma frase que entrou para a história: "DEIXO A VIDA PARA ENTRAR NA
HISTÓRIA".
Esses 15 anos em que esteve á frente do governo ficaram conhecidos como
Era Vargas e foram divididos pelos historiadores em distintas fases: Governo
Provisório (1930-1934), Governo Constitucional (1934-1937), Estado Novo (1937-
1945).
No governo Provisório, Vargas deveria ter sido apenas um presidente
provisório, no qual organizaria uma Constituinte e uma eleição para eleger um novo
presidente, já no governo constitucionalista aparentemente, deveria ter sido a fase
em que Vargas governaria o Brasil de maneira democrática, mas o cenário
radicalizado da política brasileira fez com que o presidente impusesse sua estratégia
de implantar um Estado autoritário com o poder concentrado em suas mãos, e por
fim, o período do Estado Novo, que foi a fase mais autoritária da carreira de Getúlio
Vargas, o que fez dele o único civil a governar o país durante uma ditadura. Contou
com o apoio do Exército, e seu governo possuía algumas características que o
aproximavam do fascismo, embora o Estado Novo não tenha sido de fato um regime
fascista.
Getúlio foi o presidente que mais tempo governou o Brasil, durante dois
mandatos. Alguns programas criados por Getúlio Vargas foram e são muito
importantes até hoje, pois a partir de muitos projetos nos quais ele sancionou temos
direitos, por exemplo, ao salário mínimo e as leis trabalhistas além do avanço
industrial que seu governo proporcionou ao Brasil criando inclusive órgãos públicos
que são úteis até hoje.

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