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PAZ
“
IMPOSSÍVEL,
GUERRA
IMPROVÁVEL”
Raymond Aron
A segunda metade da década de 1960 foi
marcada pelo acirramento dos choques e por algumas
importantes mudanças. Em quase todo o mundo
eclodiram manifestações estudantis. Na Europa, elas
adquiriram enorme repercussão, abalaram os
governos e promoveram mudanças duradouras no
modo de se pensar a política. As ruas da França,
Tchecoslováquia, Alemanha, Polônia, Espanha, Itália,
Bélgica, Holanda, Suíça, Dinamarca e Inglaterra foram
palcos de enfrentamentos com a polícia. Apesar dos
motivos específicos que impulsionaram as rebeliões,
havia um pano de fundo comum a todas elas: a
profunda insatisfação com o mundo vivido e com as
possibilidades apresentadas para a vida adulta.
A idéia de revolução armada conquistou
corações e mentes, influenciados pelo
movimento cultural da época e pelas revoluções
que pipocavam no mundo. A vitória da Revolução
Cubana (1959), a independência da Argélia (1962)
e a resistência que os guerrilheiros vietcongs
(comunistas ligados ao Vietnã do Norte) faziam
ao poderoso Exército dos Estados Unidos
serviram de exemplo para todos que estavam
dispostos a mudar radicalmente a sociedade. O
êxito militar desses movimentos animava os
espíritos de multidões de jovens pelo mundo
todo. Nas residências estudantis, jovens
pregavam nas paredes dos seus quartos retratos
de Che Guevarra e de Ho Chi Minh (heróis de
Cuba e do Vietnã) e sonhavam com uma ação
organizada das pessoas como sendo capaz de
mudar a história. Nas manifestações, gritavam de
maneira desafiadora o slogan dos
revolucionários de todo o mundo: “Criar um,
dois, três, mil Vietnãs”.
•
A incorporação de Cuba ao bloco socialista provocou
mudanças na política norte-americana em relação à América
Latina. Era necessário evitar, a qualquer custo, que outros
países da região seguissem o caminho trilhado por Havana.
Era a chamada teoria do efeito dominó. As autoridades na
Casa Branca temiam que a emergência de um país
socialista numa região pudesse contaminar os vizinhos.
Esse mesmo argumento foi utilizado para justificar o
aumento da presença militar norte-americana em um
pequeno país do sudeste asiático. Em pouco tempo, as
tropas ianques estavam mergulhadas na guerra do Vietnã.
ALIANÇA PARA O PROGRESSO
• Portanto, eu conclamo todos os povos do hemisfério a juntar-se em uma nova
Aliança para o Progresso – Alianza para o Progreso - um vasto esforço
cooperativo, sem paralelo em sua magnitude e nobreza de propósitos, para
satisfazer as necessidades básicas dos povos americanos por casa, trabalho e
terra, saúde e escolas – techo, trabajo y tierra, salud y escuela... Eu proponho que
a República Americana dê início a um plano de 10 anos para as Américas, um
plano para transformar os anos 60 na década do desenvolvimento.
A ALIANÇA PARA O PROGRESSO E AS RELAÇÕES BRASIL-ESTADOS UNIDOS / RICARDO ALAGGIO RIBEIRO / Tese UNICAMP-IFCH - 2006
• Marcelo Nitsche
Aliança para o progresso
• 1965
• Esmalte sintético s/ aglomerado de
madeira e corrente de ferro
122,0 x 80,0 x 10,0 cm
• Doação AAMAC
• Organização de Solidariedade
com os Povos de África, Ásia e
América Latina
presidente Eisenhower
Luta dos negros por
direitos civis
A partir de meados da década de
1950, começou a ganhar força o
movimento dos negros norte-
americanos pela conquista de
direitos civis. Nessa luta, destacou-
se a figura do pastor Martin
Luther King. Nos seus discursos
defendia a convivência pacífica,
igualitária e cooperativa entre as
pessoas de todas as raças -
baseado nas doutrinas de não-
violência de Gandhi.
• “Ouçam comunistas,
negros e judeus.
Contem para seus
colegas.
e chegado seu Dia do
Julgamento
pois os senhor vigia do
firmamento
Se misturarmos as raças
poderá Ele triunfar?”
Stokely Carmichael
GOLPE
MILITAR
DE 1964
13 de março de 1964
Rio de Janeiro
Presidente João Goulart, ao lado da
esposa Maria Tereza, discursa no
comício realizado na Central do
Brasil.
19 de março
de 1964
São Paulo
Nos primeiros instantes do golpe militar, três tanques dirigiram-se ao Palácio da
Guanabara em solidariedade ao governador Carlos Lacerda. [Fatos e Fotos,
04/04/1964]
• Capa da
revista
Edição Extra
• 11- 04-1964
Em “A Tarde do Adeus”,
Fatos e fotos noticia a
dramática sessão na Câmara
dos Deputados para
comunicar a cassação dos
mandatos ordenados pelos
militares.