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Movimento de igualdade racial

Devido à escravização e ao colonialismo (movimento histórico de invasão e colonização de


países americanos, africanos e asiáticos por parte de países europeus), que causou a
captura e comercialização de negros africanos como escravos em todo o mundo, sobretudo
nas Américas, vivemos as consequências de um sistema extremamente desigual e cruel
com os descendentes das pessoas escravizadas.
No século XIX, a escravidão foi legalmente extinta no mundo ocidental, apesar disso, suas
consequências aos povos africanos deixaram marcas profundas na sociedade e os negros
continuaram sendo tratados como inferiores.
No sul dos Estados Unidos e na África do Sul, houve um sistema de segregação racial
oficial-amparado pelas leis que excluiu as pessoas negras do acesso aos mesmos serviços
que a população branca, além de ter estabelecido um sistema de separação que impedia
que os negros fossem integrados na rotina social como as pessoas brancas.
Para exemplificar, podemos perceber que o primeiro presidente negro do período
republicano da África do Sul foi Nelson Mandela, eleito apenas no ano de 1994. Antes de
sua eleição, Mandela, que integrou movimentos contra a segregação racial em seu país,
passou 27 anos na prisão por conta de sua dura atuação militante.
Atualmente existe diversas correntes umas delas e o Movimento Negro Unificado ( tem suas
origens na histórica luta que se iniciou nos períodos da escravidão e intensificou-se na
década de 1960 em todo o mundo, sobretudo por inspiração de personalidades engajadas
com o movimento como Martin Luther King Junior,Angela Davis entre outros )

Luta pela igualdade racial no Brasil


No Brasil, apesar de não haver um sistema oficial de segregação racial, o racismo causa a
segregação social desde o fim da escravidão. Aqui, a luta do movimento negro foi inspirada
por personalidades, como Zumbi e Dandara dos Palmares, lideranças no maior quilombo já
registrado em nossa história.
Na atualidade em 2023 o movimento negro contou com pessoas para continuar lutando
como oartista,escritor, político e ativista Abdias do Nascimento e a Iyalorixá (mãe de santo,
líder de terreiro de candomblé) Mãe Menininha do Gantois, que defendeu o culto do
candomblé e conquistou a admiração de artistas que deram mais visibilidade à importância
de preservar-se as religiões de matriz africana.
Tivemos a pouco tempo a socióloga, ativista e política Marielle Franco( Assasinada em
14/03/2018) que ficou muito conhecida por sua atuação em defesa dos direitos humanos,
da população negra e das mulheres desde 2016,ela vinha denunciando o projeto de
intervenção de tropas federais nas favelas do Rio de Janeiro para a redução da
criminalidade, o que para Marielle estava acarretando na morte de jovens negros na cidade
e aproveitada do seu cargo político de vereadora e denunciava a atuação de milícias nas
comunidades.
Como resultado da atuação de tais movimentos temos, por exemplo, a Lei 12.711/12 e a Lei
12.990/14, popularmente conhecidas como Leis de Cotas. A primeira prevê a reserva de
50% das vagas em cursos de universidades e institutos federais para estudantes de escola
pública e estudantes que se autodeclararem pretos, pardos ou indígenas.
A segunda prevê a reserva de 20% das vagas ofertadas em editais de concursos públicos
federais para pretos, pardos e indígenas , Também foi sancionada a Lei 7.716/89,
popularmente conhecida como Lei Caó, que prevê detenção de um a cinco anos para crime
de discriminação racial.

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