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Acada 23 minutos, um jovem negro morre no Brasil.Mulheres negras são as que mais
sofrem violência doméstica. Quatro em cada dez jovens negros não terminam o ensino médio. Se
nada for feito, apenas no ano 2089 negros terão uma renda média igual a dos brancos. Ainda assim,
diante de um cenário como esse, há quem duvide da importância do Dia da Consciência Negra,
celebrado em 20 de novembro.
“Essa data só aumenta o racismo”, “Quero meu dia de branca!”, “Quando será o dia da consciência
humana?”. Esses e outros comentários são comuns nas redes sociais, inclusive nas nossas.
Reunimos uma pequena amostra, retirada dos 1.400 comentários feitos em nossa postagem
pelo Dia da Consciência Negra em 2018, para provar como a data ainda é mal interpretada. Para
responder a essas falas, convidamos a professora doutora Luciana Xavier da Universidade Federal
do ABC e pesquisadora de estudos étnicos-raciais.
Contra o racismo!
Algumas pessoas enxergam o Dia da Consciência Negra como racista, demonstrando a falta
de compreensão do propósito da data. Para melhor entendimento, a pesquisadora explica o conceito
de racismo.
Racismo é um sistema de poder, uma mentalidade, uma visão de mundo que estrutura
a sociedade e que é responsável por manter determinados grupos em estado de subalternidade,
enquanto outros se encontram em uma situação de superioridade. Brancos não têm seus
direitos negados apenas por serem brancos. Ou seja: não existe racismo reverso.”
Os comentários feitos em redes sociais têm o poder de atingir milhares de pessoas
instantaneamente, por isso, no Dia da Consciência Negra, queremos mostrar que a empatia é
fundamental. E que a busca pela equidade étnico-racial é uma responsabilidade de todos, indivíduos
e empresas.