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GUIA SEJA ANTIRRACISTA 2020

Além da Pandemia de Covid-19 que atingiu e matou milhares de O principal formato de mobilização foi online, por meio das

pessoas, o ano de 2020 foi marcado por muitas tragédias hashtags e da “Blackout Tuesday”, ação coletiva datada de 2 de

sociais. No dia 25 de maio, George Floyd, um homem negro de junho, com objetivo de expressar o luto, publicando uma foto

46 anos, foi assassinado durante uma abordagem policial pelo preta seguida da Hashtag, a ideia é que não fosse postado mais

agente Derek Chauvin, que ajoelhou-se sobre o pescoço da nada nesse dia, principalmente pelos grandes influenciadores

vítima, que estava desarmada, algemada e com o rosto no digitais.

chão, por quase nove minutos.


O Brasil, além de se solidarizar com o ocorrido nos Estados

A brutalidade do ocorrido incitou uma série de manifestações Unidos, também foi palco de casos racistas que ganharam

nos Estados Unidos, tornando-se o maior levante popular espaço na mídia, como o caso de João Pedro Matos Pinto, um

desde 1968, ano em que Martin Luther King, principal ativista menino negro de 14 anos que foi assassinado dentro de sua

contra a discriminação racial, foi assassinado pelo casa em São Gonçalo (RJ) durante uma operação militar; e o

supremacista branco James Earl Ray, no contexto da Guerra do caso do menino Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, que

Vietnã. As manifestações de 2020 superaram fronteiras, e com morreu ao cair do 9º andar de um prédio em Recife, por

o mote “Black Lives Matter” (Vidas Negras Importam em negligência da patroa branca de sua mãe, que trabalhava de

português) “I can’t Breathe” (Eu não consigo respirar- em empregada doméstica e precisou deixar o menino aos cuidados

português), frase dita por George Floyd antes de ser sufocado, da patroa enquanto passeava com o cachorro da família.

tiveram adesão em diversos países, configurando-se como um

movimento de cunho antirracista global.


O MANIFESTO
Em resposta ao contexto internacional e a desigualdade racial No caso das empresas, o documento pediu mais transparência
brasileira, em junho de 2020 nasceu o manifesto “Seja em relação aos programas de diversidade, estimulando que
Antirracista”, voltado para empresas e sociedade civil. Com o todas publicassem o número de negros em cargos executivos,
mote “não precisamos de mais pessoas negras morrendo para traçassem metas de empregabilidade até o fim do ano de 2020
ter um engajamento contínuo na pauta racial”, a iniciativa foi e que dedicassem horas de treinamento para que seus
fruto de uma parceria entre o Instituto Identidades do Brasil colaboradores tivessem acesso à educação racial.
(ID_BR), o Sistema B e o Instituto Capitalismo Consciente.

O objetivo do manifesto foi funcionar como um espaço de


comprometimento público, enumerando diretrizes que devem
ser seguidas como forma de lutar contra o racismo estrutural e
institucional. O manifesto pôde ser assinado por empresas e
pessoas e cumpria o papel de estimular, entre outros temas, o
comprometimento de se educar sobre temática racial, apoiar
pessoas negras, denunciar o racismo e dissociar a trajetória de
negros única e exclusivamente a casos de racismo.
Não precisamos de mais pessoas negras morrendo para ter um
engajamento contínuo na pauta racial.

Pratique o antirracismo e assuma o seu compromisso.

Criado pelo ID_BR em parceria com o SistemaB e Capitalismo


Consciente Brasil, o manifesto pretende incentivar que pessoas e
empresas assumam publicamente o compromisso de agir de forma
efetiva pela igualdade racial.

A pauta precisa ser muito mais que uma hashtag quando o assunto
está em alta. Precisa de ações contínuas no dia a dia.
Comprometa-se publicamente a:

Dissociar a trajetória de pessoas negras única e exclusivamente do racismo

Denunciar o racismo em suas diversas formas e manifestações de violência

Apoiar pessoas negras

Se é pessoa branca, falar mais do racismo com e entre pessoas brancas

Espalhar a necessidade de educação antirracista

Educar-se sobre a temática racial e o racismo estrutural no Brasil

Não dizer que só existe a raça humana para minimizar as discussões sobre raça e racismos
O que você encontrará aqui

07

Dúvidas Frequentes

13

Não é legal

19

Dicas

25

Para Empresas

39

Continue sua jornada

42 Mensagem Final
DÚVIDAS
FREQUENTES
Racismo "reverso” existe?

A resposta é não!

Mesmo que aconteça de uma pessoas negra ofender uma pessoas branca, isso não poderá ser chamado de racismo reverso.

Porque em definição o racismo é uma doutrina ou sistema político fundado sobre o “direito” de uma raça (considerada pura e

superior) de dominar outras.

E a cultura brasileira foi construída baseada na hierarquia social em que os brancos dominaram sobre os negros e indígenas. Base

para formação do que chamamos atualmente de racismo estrutural.

Devemos entender que racismo e preconceito são ideias diferentes, mesmo que muitas vezes estejam interligados.

Ou seja, quando uma pessoa branca sofre agressões verbais relacionadas a usa cor ela não pode dizer que foi vítima de racismo.
O que é racismo estrutural?

Primeiro vamos falar sobre o que é raça:

Todos nós temos aspectos físicos (como cor da pele, textura dos cabelos, formato do nariz e da boca) que são usados pelas

pessoas para classificar nosso “lugar”na sociedade. E a essa leitura social da nossa aparência física damos no nome de Raça.

Agora vamos falar sobre o racismo em si.

O racismo é uma hierarquia entre raças que estabelece relações de poder econômico, político e social. Aqui no Brasil, por exemplo,

pessoas que são reconhecidas socialmente como sendo de raça branca estão em uma hierarquia social acima das pessoas que são

compreendidas como da indígena ou da raça negra, por exemplo.

E o racismo estrutural?

O racismo é estrutural porque faz parte da base da sociedade, ou seja, faz parte da estrutura de como nossa cultura foi

desenvolvida. No caso do Brasil, as relações racistas se dão desde o começo da sua história, pois nossa sociedade tem como base a

escravidão que impactou vidas indígenas e negras trazidas do continente africano.

Por mais de 300 anos, as pessoas negras foram escravizadas e tratadas por pessoas brancas como objetos e não como pessoas.

Isso gerou a construção de uma cultura social racista. Por isso, mesmo depois da abolição da escravatura, as pessoas reconhecidas

como pertecentes à raça negra continuam sendo tratadas como inferiores às pessoas brancas.

Sendo assim, o racismo estrutural não é apenas um fenômeno individual, mas que compõe a sociedade como um todo. Ao mesmo

tempo, ele também é estruturante. Além de estar nas bases da sociedade, ele define como ela se organiza nos tempos atuais.
Qual a diferença entre raça e etnia?

O conceito sociológico do termo Raça está ligado as características físicas que são aparentes, com cor da pele, tipo de cabelo e

feições do rosto.

Apesar de algumas pessoas defenderem que o conceito de raça entre humanos seria inviável do ponto de vista científico, a raça é

uma construção social utilizada para diferenciar grupos de pessoas tendo como base suas características físicas.

Já o termo Etnia está ligado a características socioculturais, como nacionalidade, afiliação tribal, idioma, tradições, entre outros.

O termo etnia é utilizado para distinguir grupos de pessoas que compartilham da mesma cultura e não leva em consideração as

características físicas do indivíduo.

Por que não usar "mulata"?

O termo “mulata”é pejorativo, pois a palavra vem de “mula”. A relação se dá porque o animal nasce do cruzamento de duas espécies

diferentes, originando um “mestiço”. Ou seja, associavam as pessoas descendentes de brancos e negros com esse animal durante o

século XIX.

Por isso, devemos evitar o uso da palavra “mulata” nos dias atuais.
O que são políticas de ações afirmativas ?

As políticas de ações afirmativas são medidas que reconhecem as diferenças que existem entre os grupos sociais e criam, com

respaldo de leis, formas de compensar essas diferenças e equilibrar as possibilidades de todos cidadãos.

Elas podem ser pontuais ou por tempo determinado e têm como objetivo diminuir as desigualdades históricas dos grupos sociais,

como as populações negras e indígenas aqui no Brasil.

As políticas de ações afirmativas são medidas reparadoras, traçam caminhos para um equilíbrio na sociedade e precisam ser

compreendidas pelo olhar do desenvolvimento sustentável (que visa a gestão dos recursos ambientais, econômicos e sociais).

A partir do olhar sustentável, as políticas afirmativas aqui no Brasil são criadas para impulsionar que o crescimento do país inclua o

desenvolvimento das populações negra e indígena.

As políticas de ações afirmativas são necessárias para reparar leis como:

1. Lei 1 de 1837 - proibia negros de estudarem, sendo eles escravizados ou não.

2. Lei de Terras de 1850 - proibia que população negra de ter terras (propriedade).

3. Lei do Boi de 1968 - garantia cotas estudantis em escolas agrícolas para agricultores e seus filhos, sendo 30% das cotas para o

ensino médio e 50% das cotas para ensino superior. (Mas, nessa época, a maior parte dos agricultores eram brancos.)

As políticas afirmativas também são uma forma de reparar as consequências da imigração europeia, que gerou substituição da

mão de obra negra pela mão de obra branca e levou a doação de terras aos imigrantes europeus
Educação antirracista já nos primeiros anos de idade?

A resposta é sim!

Esse é o período em que a criança esta começando a entender o mundo.


Por isso, é muito importante que ela já aprenda a tratar e respeitar todas
pessoas, independente da raça.

Como nessa idade as crianças estão em formação, elas absorvem muito do


ambiente externo. Por isso, ter uma rotina antirracista é fundamental.

Além da família, as escolas também devem assumir a responsabilidade de


um ensino antirracista. Abraçar culturas negras, indígenas e amarelas é
necessário para uma boa formação desde cedo.
Indicamos
De acordo com a Lei 11.635/08, é obrigatório o ensino da história e cultura
africana, afro-brasileira e indígena em todo o currículo escolar. Por isso, é
fundamental que você exija do seu filho o cumprimento da lei.

Compre livros infantis que tenham personagens negros como


protagonistas e estimule seus filhos a assistir peças infantis, filmes e séries
com protagonistas negros.
NÃO É LEGAL
NÃO É LEGAL #1
Se você não é negro não precisa usar emojis com cor de pele negra para se posicionar a
favor da pauta racial.

PORQUE
Usar emojis com as cores de pele negra dá a impressão de que a causa racial é só dos
negros, mas na verdade é de todas as pessoas.

Você pode e deve ser antirracista sem usar mãozinha negra.

Você pode substituir por


Se você é branco, por exemplo, pode e deve usar emojis com a sua car de pele. Dessa
forma você mostra que se posicionar a favor da pauta racial usando seu próprio lugar
de fala também é importante.
NÃO É LEGAL #2
Perguntar a uma pessoa negra de cabelo crespo, dreadlocks ou tranças como ela faz para
lavar. Também não é legal passar as mãos nos cabelos das pessoas sem autorização.

PORQUE
O cabelo crespo é cabelo, como qualquer outro. Quando se tem uma atitude assim,
reforça a ideia de que pessoas negras não possuem aspectos humanos, ou que suas
características são anormais, exóticas e que, por isso, você precisa saber como fazem
coisas simples.

Você pode substituir por


Olhar de longe e admirar a beleza dos fios sem precisar tocar ou fazer esse tipo de
pergunta. Ninguém entra no Museu do Louvre e sai tocando a Monalisa, por exemplo.

É possível admirar e não invadir o espaço de ninguém.


NÃO É LEGAL #3
Fazer dos seus amigos negros as únicas fontes de informação sobre assuntos relacionados à raça e ao racismo.
Não é porque eles são negros que devem ter todas as respostas às suas dúvidas. Talvez você não perceba, mas
pode causar desconforto a seus amigos quando faz perguntas que poderiam ser encontradas de outras formas.

PORQUE
Mesmo que você tenha muitos amigos negros com boa vontade em conversar com você sobre o tema, é
importante buscar outras fontes de informação. Afinal, também é sua responsabilidade aprender mais por conta
própria questões sobre raça e racismo.

Além disso, nem todas as pessoas negras sabem ou desejam falar sobre questões raciais. Elas podem ter outras
vontades, formações e conhecimentos.

Você pode substituir por


Hoje em dia existe muita informação e material para quem deseja saber sobre questões raciais. Existem
youtubers, escritores, livros, filmes, palestras… Um grande acervo de informações!

NÃO É LEGAL #4
Conhecer uma pessoa negra e já apelida-la de “Negão”, “Neguinho”, “Preta”, etc.

PORQUE
Pessoas negras, historicamente, são usadas para representar uma coletividade, ou seja, é como
se elas não tivessem identidades individuais ou nomes. Dificilmente vemos um “Brancão” no
grupo de amigos.

Então, assim como pessoas brancas têm suas individualidades, pessoas negras também. É
importante respeitá-las.

Você pode substituir por


Usar o nome da pessoa à qual está se referindo! Antes de mais nada, respeite o nome e a
maneira que esta pessoa deseja ser chamada. Só altere se lhe for permitido ou solicitado
expressamente.
NÃO É LEGAL #5
Agir na defensiva e dizer que as pessoas entenderam errado quando acusado de racismo.

PORQUE
Não se trata de intenção, mas o efeito que as ações produzem. Para além do discurso, práticas
racistas são formas de projetar contextos de hierarquia e de “ignorância”(ausência de
habilidade intelectual) da população negra.

Você pode substituir por


Em vez de se dizer não racista, busque ouvir e tentar compreender porque foi acusado. O racismo
nos é ensinado desde sempre e ele não vai deixar aparecer só porque você se considera não
racista. Peça desculpas pela ofensa, se policie e busque entender como agir de forma diferente.

Mas, lembre-se: A pessoa negra com quem você foi racista não é obrigada a querer lhe desculpar,
ensinar ou ouvir.
DICAS
Filhos de sangue e osso - Tomi Adeyemi

Zélie Adebola se lembra de quando o solo de Orîsha vibrava com a magia. Agora, ela tem uma chance
de trazer a magia de volta e atacar a monarquia. Mas o perigo espreita em Orîsha.
Leopanários-das-neves rondam e espíritos vingativos aguardam nas águas. Apesar disso, a maior
ameaça para Zélie pode ser ela mesma, enquanto se esforça para controlar seus poderes - e seu coração.

Pense em um livro de fantasia falando de magia que vem dos orixás e com todos os seus
personagens negros.

“Filhos de sangue e osso” foi escrito por uma escritora estadunidense, Tomi Adeyemi, que teve suas
ideias em terras brasileiras. Voltado para a cultura iorubá, o livro foge da narrativa de fantasia branca e
abraça a conexão com a África Ocidental.

A representatividade de ter uma escritora de fantasia negra que trata de uma narrativa não branca
é incrível para o gênero. É uma leitura maravilhosa!
Minha história - Michelle Obama

Você quer ver uma história inspiradora?

O documentário da Netflix “Minha História” conta sobre os bastidores da turnê de Michelle Obama
para lançar o seu livro autobiográfico. Tanto o documentário quanto o livro trazem uma história
emocionante sobre a vida de Michele, contando sobre sua trajetória profissional, seu período na Casa
Branca e também sobre aspectos particulares de sua vida.

Indicamos tanto o livro quanto o documentário ;)

Disponível na Netflix
Na minha pele - Lázaro Ramos

Te convidamos a experimentar viver na pele do ator, diretor e escritor Lázaro Ramos através do livro
“Na minha pele”.

Apesar de compartilhar relatos e experiências de Lázaro, a obra que foi publicada em 2017 não é
exatamente uma autobiografia. O livro tem como temática explorar as narrativas que envolvem as
relações raciais no Brasil através da vivência do autor e das pessoas ao seu redor, e sempre com muito
bom humor.

Como o título sugere, o “Na minha pele” é um convite para que o leitor experimente vestir outra pele
se colocando de alguma maneira no lugar do outro.


Sim à igualdade racial - Luana Génot

Quer fazer uma leitura sobre a questão racial? Que tal apoiar escritores negros?

A Diretora Executiva do ID_BR, Luana Génot, escreveu um livro voltado à raça e mercado de trabalho.

Com o “Sim à Igualdade Racial”, você terá um panorama geral sobre como a desigualdade racial afeta o

meio laboral.

Entender essa realidade pode ser um dos primeiros passos para construir um futuro mais igualitário

e antirracista. :)

O livro está disponível na Americanas, Submarino, Magazine Luiza, Casas Bahia, Extra, Ponto Frio,

dentre outros varejistas.


3 filmes

Nós acreditamos na importância de ser interseccional e olhar sob perspectivas de diferentes lutas sociais. Por isso, separamos

três filmes que abordam uma narrativa negra e LGBT+.

Moonlight
Rafiki
A Vida e a morte de Martha P. Johnson

Ganhador de várias estetas do Oscar 2017, Conta a história de duas meninas de famílias rivais que se O documentário foca na vida e na investigação da

inclusive a de “Melhor Filme”, Moonlight conta a apaixonam. Juntas, elas enfrentam os preconceitos de uma morte da ativista trans Martha P. Johnson. Grande

jornada de autoconhecimento de Chiron, um sociedade extremamente conservadora. A obra queniana chegou a ícone na comunidade LGBTQIA+, Johnson foi uma das

rapaz morador de periferia e homossexual. A ser banida no seu país de origem sob acusação de promover líderes da Revolução de Stonewall em 28 de junho de

obra tem uma narrativa real e palpável. “propaganda de lesbianismo”, mostrando a intolerância do 1969, ato que originou o dia do Orgulho LGBT+.

governo. Por isso o filme representa um verdadeiro ato político.


PARA
EMPRESAS
Implementar ações afirmativas de diversidade racial na

cultura institucional pode fortalecer a própria empresa,


Empresas com altos aumentando sua efetividade, produtividade e,

índices de diversidade racial consequentemente, lucratividade.

em seus cargos executivos Isso acontecce porque ao investir na diversidade racial a

empresa passa a ouvir pessoas com diferentes perspectivas.


tem 33% de chances de Dessa forma, a empresa fortalece sua cultura organizacional.

serem mais rentáveis, de


Medidas de inclusão de pessoas negras de diferentes raças

acordo com a McKinsey*. em cargos de liderança são vistas como estratégias de atração

de stakeholders, pois mostram que a empresa realmente


Sabe por quê? entende a sociedade a qual pertence.

* Delivery through Diversity, 2018


Você também pode ter uma empresa diversa, independente

do tamanho do seu negócio.


Quando comparamos a renda de mulheres negras
Apesar da população negra movimentar anualmente R$ 704
com a dos homens brancos percebemos que a diferença
bilhões de reais, uma pesquisa do Instituto Locomotiva mostra que a
chega a ser de 127,91%. Muita disparidade, né?
diferença salarial entre negros e brancos que possuem ensino
superior é de 31%.
Ações efetivas que proporcionem a mudança desse
cenário devem ser responsabilidade de todos,
A renda média de uma mulher branca é de R$ 2.539 reais mensais.
principalmente daqueles que ocupam cargos de
Já a renda média de uma mulher negra é de R$ 1.476 reais mensais.
liderança nas mais diversas áreas.
Uma diferença de 41,64%
É necessário mudar essa estrutura através de ações
A renda média de um homem branco é de R$ 3.364 reais mensais.
propositivas que impulsionam a igualdade racial no
Já a renda média de um homem negro é de R$ 1.849 reais mensais.
mercado de trabalho, afinal, não é normal a
Uma diferença de 45,04% concentração de riquezas nas mãos de um grupo
pequeno de pessoas.
4 passos práticos para implementar Diversidade e Inclusão na sua empresa

Passo #1: Promover ações efetivas que vão além de posicionamento na internet.

É necessário desenvolver programas que estimulem a diversidade dentro das empresas, por exemplo, realizar processos seletivos
exclusivos para grupos minorados.

Passo #2: Fazer investimentos.

Para desenvolver ações efetivas em prol da diversidade é preciso investir em letramento sobre a temática para todas as equipes e
lideranças, além de apoiar projetos ou instituições que promovam a diversidade.

Passo #3: Seja transparente e apresente números.

Divulgue quanto sua empresa investiu em pautas de diversidade, quantos negros, mulheres, LGBTQIA+, PCDs, entre outros, trabalham
na sua empresa e quantos estão em cargos de liderança. É important ter esses dados transparentes para que todos possam acompanhar
as mudanças e resultados realizados.

Passo #4: Fique atento a sua cadeia de valor.

Tenha fornecedores, terceqirazados ou empresas parceiras que também se preocupem em promover a igualdade. Faça parceiras
apenas com quem tem objetivos em comum com os valores da sua empresa.
Principais ações para começar as boas práticas de diversidade em empresas.

É necessário que os líderes se comprometam com a pauta.

Esse comprometimento precisa estar exposto em ações constantes como promover palestras e treinamentos sobre

o tema, contratar e promover funcionários negros, indígenas, mulheres, entre outros.

Ter uma estratégia clara para implementar a diversidade e a inclusão na empresa,

de forma que este objetivo se torne parte da cultura organizacional e dos planejamentos para o crescimento da

organização.

Mapear as ações que serão realizadas em prol da diversidade e criar um sistema para analisar e contabilizar os

resultados dessas ações dentro da organização. 


É preciso definir metas e realizá-las durante o período determinado.


Aprofundar o conhecimento na pauta racial vai ajudar sua empresa em...

Inovação

O foco na igualdade racial é fundamental para inovar e criar produtos e serviços, melhorar o clima e cultivar uma

força de trabalho mais produtiva e conectada com uma base mais diversa de consumidores.

Resultados

Acreditamos que o foco em igualdade racial com um olhar que também contempla diálogos com recortes como

gênero, orientação sexual, PCDs, ajuda no combate a todas as desigualdades estruturais direta e indiretamente,

aumentando assim a produtividade da equipe.

Gestão de Crise

Para evitar crises relacionadas ao tema, a aproximação com a temática é essencial. Afinal, caso seja necessário

gerenciar crises, o melhor conhecimento de termos e conceitos será essencial para desenhar um posicionamento e

ações que vão além da nota de imprensa.


Promover a igualdade racinal nas empresas é também reconhecer uma oportunidade de desenvolvimento, afinal,

empresas que atuam em prol da diversidade possuem maiores possibilidades de crescimento financeiro.
10 coisas que sua empresa deveria estar fazendo agora mesmo!

- para promover a justiça racial, atrair e reter talentos negros

COMPROMETER-SE COM POLÍTICAS E TREINAMENTOS ANTIRRACISTAS

#1
Adotar uma política tolerância zero ao racismo como a da empresa Franklyn Templeton, o que

levou a rápida demissão de Amy Cooper, após a viralização de um vídeo em que ela faz a falsa acusação

Fonte: @pullupforchange e Harvard Business School


de que Christian Cooper, um homem negro e observador de pássaros, no Central Park, nem Nova York,

a estava ameaçando. E, para apoiar essa política, a empresa deve fornecer treinamento de equidade

racial para todos os funcionários - desde o CEO e o conselho até trabalhadores horistas.

O privilégio branco cegou muitos de nós para a compreensão das formas como o racismo está

inserido em nossa sociedade, nossa economia e nossas próprias vidas. A mudança, para cada um de

nós, deve começar com nossa própria jornada de aprendizado.


10 coisas que sua empresa deveria estar fazendo agora mesmo! ...para promover a justiça racial, atrair e reter talentos negros

COMPROMETER-SE COM A EQUIDADE SALARIAL

#2
Não há mais desculpa para as disparidades nos salários pago às pessoas negras, e

especialmente às mulheres negras, cujo salário é duas vezes menor do que o de homens brancos.

Realize uma auditoria de equidade salarial e faça os ajustes necessários para obter um

pagamento justo e equitativo.

Por exemplo, o Paypal faz ajustes regularmente ao longo do ano para manter a equidade.

Estudos mostraram que eliminar a disparidade salarial racial aumentaria o PIB brasileiro em mais

de R$ 380 bilhões.

COMPROMETER-SE A DAR VOZ AOS FUNCIONÁRIOS

#3
É importante garantir a representação dos trabalhadores horistas, mulheres e pessoas

negras nas decisões da empresa. Considerar a representação de funcionários em seu conselho é

uma exigência legal na Alemanha, e um dos motivos pelos quais sua economia se recuperou de

forma mais sólida da grande recessão do que a dos Estados Unidos, além de ter enfrentado a

pandamia covid-19 com apenas 4% de desemprego.


10 coisas que sua empresa deveria estar fazendo agora mesmo! ...para promover a justiça racial, atrair e reter talentos negros

COMPROMETER-SE EM APOIAR A PLENA PARTICIPAÇÃO NA DEMOCRACIA

#4
Incentive a participação nas eleições e promova informações sobre a importância do

processo eleitoral.

COMPROMETER-SE A USAR O LOBBY PARA O BEM

#5
Não é segredo que o lobby corporativo molda muitas de nossas leis. Alocar pelo menos 50%

de seus gastos de lobby para redigir e apoiar projetos de lei que melhorem as condições para as

comunidades negras, aumentando o acesso à educação e treinamento de qualidade,

reconstruindo a infraestrutura, protegendo os consumidores, acabando com a opressão racial,

reconstruindo a rede de segurança, alcançando a reforma da justiça criminal e tornando a polícia

mais responsável.

Lembre-se smpre de que são as pessoas mais profundamente afetadas por esses déficits

que podem definir melhor os problemas e as soluções necessárias. E, se seu modelo de negócios

dependem de imigrantes que vivem, trabalham e pagam impostos, você deve a eles defender

seus direitos e apoiar um caminho para a cidadania.


10 coisas que sua empresa deveria estar fazendo agora mesmo! ...para promover a justiça racial, atrair e reter talentos negros

COMPROMETER-SE A PAGAR UM SALÁRIO MÍNIMO JUSTO

#6
O salário mínimo nacional já está indo para o seu segundo ano seguido sem aumento real.

Isso impacta com mais força os trabalhadors negros, que devem ter vários empregos

rotineiramente para sobreviver.

Nos Estados Unidos, os estados que aumentaram o salário mínimo para US $ 15 por hora

viram suas economias crescer e prosperar. Não é tão caro quanto você pode imaginar. A pesquisa

mostrou que as empresas que pagam bem e oferecem bons benefícios e tratam seus

funcionários horistas com respeito são mais lucrativos.

O Walmart, por exemplo, aumentou os salários dos trabalhadores iniciantes para US $12 por

hora e viu a produtividade aumentar enquanto a rotatividade caía, gerando um aumento líquido

nos ganhos corporativos.

Elimine a programação de turnos variáveis de última hora que nega aos funcionários uma

semana de trabalho de 40 horas e atrapalha suas vidas. A Gap descobriu que as vendas da loja

aumentram 7% quando instituiu uma programação estável com duas semanas de aviso prévio.
10 coisas que sua empresa deveria estar fazendo agora mesmo! ...para promover a justiça racial, atrair e reter talentos negros

COMPROMETER-SE COM A LICENÇA PARENTAL E MÉDICA REMUNERADA

#7
A maioria das mulheres negras não pode se dar ao luxo de tirar períodos significativos de

licença remunerada de seus empregos quando tem um filho. Dado o que sabemos sobre o papel

extremamento importante que o vínculo materno desempenha na formação do cérebro e no

estabelecimento do bem-estar infantil nos primeiros anos de vida, é claro que a falta de cuidados

maternos tem consequências para a vida toda.

A ausência da licença médica remunerada é um problema ainda maior, e um dos motivos

pelos quais as pessoas negras foram desproporcionalmente expostas à Covid-19.

Conceder licença parental e licença médica remunerada a todos os funcionários pode ajudar

as empresas a apoiarem uma força de trabalho próspera e produtiva.


10 coisas que sua empresa deveria estar fazendo agora mesmo! ...para promover a justiça racial, atrair e reter talentos negros

COMPROMETER-SE COM A COBERTURA TOTAL DE ASSISTÊNCIA MÉDICA

#8 PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS E APOIAR A ASSISTÊNCIA MÉDICA NACIONAL

As empresas gastam o dobro com assistência médica aos funcionários do que pagam em impostos.

Isso coloca as empresas do EUA, por exemplo, em enorme desvantagem competitiva global, pois

consomem dinheiro que poderia ter ido para salários mais altos e faz com que os empregadores

descarreguem cada vez mais os custos de saúde nos funcionários.

Como resultado, o salário líquido de pessoas privilegiadas o suficiente para ter cobertura

patrocinada pelo empregador é muito menor.

Garantir que o salário mínimo relamente acabe no bolso dos funcionários, reduzindo sua

contribuição e apoiando a cobertura nacional de saúde (SUS) que reduziria a carga sobre as empresas e

garantiria que aqueles sem seguro - muitos deles pessoas negras - tenham cobertura de qualidade.

A covid-19, que matou desproporcionalmente trabalhadores negros e latinos, ressaltou a

necessidade e importância de um sistema de saúde amplo e efetivo.


10 coisas que sua empresa deveria estar fazendo agora mesmo! ...para promover a justiça racial, atrair e reter talentos negros

COMPROMETER-SE COM UM FUNDO DE EMERGÊNCIA PARA FUNCIONÁRIOS

#9 OU PROGRAMA DE EMPRÉSTIMOS DE BAIXO CUSTO

Quase 40% dos americanos - em especial as pessoas negras - não têm economias para cobrir até

mesmo uma despesa de emergência de $400. No Brasil, 55% da população não teria R$ 200 para uma

emergência, segundo o PoderData.

E isso foi antes da Covid-19 destruir o frágil equilíbrio econômico que milhões de funcionários

lutam para manter. Seu único recurso é recorrer a credores extorsivos ou contrair dívidas de cartão de

crédito com juros altos.

Quando há uma emergência, algumas centenas de reais adiantados pelo empregador podem

mudar a vida dos funcionários.

Além disso, considere pagar os salários semanalmente em vez de quinzenal - muitos funcionários

não podem durar duas semanas entre os contracheques - ou use a PayActiv, que permite que os

funcionários acessem o dinheiro que ganharão antes do dia do pagamento.


10 coisas que sua empresa deveria estar fazendo agora mesmo! ...para promover a justiça racial, atrair e reter talentos negros

COMPROMETER-SE A DEMOCRATIZAR O RECRUTAMENTO DE EMPREGADOS

#10
Elimine critérios como de "condenação por crime” nos formulários de recrutamento a empregos, o

que exclui desproporcionalmente pessoas negras.

Elimine o teste pra uso de maconha e outras drogas se não for exigido por lei ou por natureza do

trabalho.

Junute-se a empresas como EY, Google, e Whole Foods que não exigem mais um diploma

universitário para empregos que não precisam realmente de ensino superior.

Desenvolva programas para contratar, treinar, orientar e promover jovens negros sem diploma de

ensino médio que enfrentam as maiores taxas de desemprego, mas que comprovadamente são

funcionários produtivos e leais quando apoiados por programas de gerenciamento eficazes, como os

documentados pelo Talent Rewire.


CONTINUE

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frente à uma sociedade estruturalmente racista?

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MENSAGEM

FINAL
Sabemos que esse não foi um ano fácil, mas queremos justiça por João Alberto, por João Pedro, Jenifer Cilene, Kauan

agradecer a sua companhia nessa jornada pelo Sim à Igualdade Peixoto, Kauã Rozário, Kauê Ribeiro, Ágata Vitória, Kethellen

Racial.
Umbelino, Anna Carolina e tantas outras vidas negras que são

Não bastasse a pandemia de Covid19, que colocou todos em tiradas todos os dias.

estado de atenção, em 2020 assistimos de perto ao genocidio

da população negra, o aumento das desigualdades Vamos juntos dizer Sim à Igualdade Racial?

socioeconômicas escancaradas pelas medidas de isolamento e

o adoecimento da população negra que esteve na linha de Com esperança,

frente da pandemia.
Equipes ID_BR - Instituto Identidades do Brasil

Este cenário nos mostrou mais uma vez que não estamos no

mesmo barco. Por isso, nosso Manifesto se encerra aqui, mas

continuaremos trabalhando incansavelmente para a

construção de um futuro antirracista e contamos com você

nessa caminhada!

O Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) é uma Organização da Sociedade Civil, pioneira no Brasil e 100% comprometida com a aceleração da promoção da igualdade racial.

A partir da Campanha Sim à Igualdade Racial, desenvolvemos ações em diferentes formatos para conscientizar e engajar empresas, pessoas e instituições. Buscamos reduzir

a desigualdade racial no mercado de trabalho, como indica o objetivo 10 de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

Há 7 anos no Brasil, o Sistema B congrega líderes que usam a Empresas B equilibram lucro e propósito, considerando o
força de seus negócios para a construção de um sistema impacto de suas decisões em seus trabalhadores, clientes,
econômico mais regenerativo, equitativo e inclusivo. fornecedores, comunidade e meio ambiente. Neste momento
Especialmente por conta da inclusão seria impossível ficar fechamos o Manifesto Seja Antirracista com o compromisso de
inerte diante da desigualdade racial que assola nosso país, nossos líderes do futuro em seguir dando luz à luta racial pelos
especialmente num momento de pandemia quando as feridas que já sofreram e para que as novas gerações não passem
do racismo foram mais escancaradas ainda.
pelos absurdos desta desigualdade.

O Manifesto Seja Antirracista traduziu exatamente o


movimento de virada no tratamento da pauta racial no Seguimos lutando!

Movimento B, incentivando todos os atores à rever práticas,


condutas, políticas e comportamentos que minavam o pilar de
justiça social pelo qual tanto lutamos.

O Sistema B é uma organização parceira do B Lab desde 2012, responsável pelo engajamento, divulgação e promoção local de todo movimento B no Brasil e América Latina.
Ele articula um movimento global de pessoas que usam os negócios para a construção de uma economia mais inclusiva, equitativa e regenerativa para as pessoas e para o
planeta. No centro deste movimento estão as Empresas B Certificadas, 194 Empresas B no Brasil e 733 na América Latina, que compartilham um perfil de negócio que
equilibra propósito e lucro, considerando o impacto de suas decisões em seus trabalhadores, clientes, fornecedores, comunidade e meio ambiente. No mundo, já são 3786
empresas certificadas.
Desde sua fundação, o Movimento Capitalismo Consciente transformar, de forma cada vez mais efetiva, o jeito como
inspira e trabalha para que empresas e lideranças despertem fazemos negócios e investimentos no Brasil com o foco na
para seu propósito e se apropriem da consciência necessária redução das desigualdades.

para curar as dores da sociedade e suas desigualdades, dentre


elas o racismo.

Agradecemos todas e todos que acompanharam e abraçaram


esta nossa campanha. Estamos de portas e corações abertos
Neste ano vivenciamos muitas perdas, tanto materiais quanto para as pessoas e empresas que estejam dispostas a buscar
humanas. Além disso, as desigualdades se mostraram de mais consciência e transformar as práticas empresariais em
diversas e complexas formas dentro e fora das empresas. nosso país.

Acreditamos que a diversidade aliada à consciência pode


transformar a prática de uma empresa e suas lideranças.

Com amor e respeito,

Equipe Capitalismo Consciente.


Nós, do Capitalismo Consciente, estamos nesta jornada de
aprendizado, respeito e inclusão para que possamos
transformar

O Instituto Capitalismo Consciente Brasil, é um movimento e uma instituição fundados para transformar o jeito de fazer investimentos e negócios no Brasil, com o objetivo
de diminuir as desigualdades e multiplicar os pilares que levam a uma gestão mais humana, mais ética e mais sustentável. Foi criado em 2010, nos Estados Unidos, pelo
professor Raj Sisodia e pelo CEO da Whole Foods, John Mackey, ambos atuais conselheiros eméritos do movimento no mundo. Chegou ao Brasil em 2013 pelas mãos de vários
executivos brasileiros. Seus pilares constituem-se no olhar diferenciado para propósito maior da companhia, incentivo à liderança consciente, relação equânime entre todos
os stakeholders e preservação da cultura consciente dentro das organizações.

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