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02/04/2018 Racismo e “branquitude” na sociedade brasileira - Geledés

Racismo e “branquitude” na sociedade brasileira

Agência FAPESP – O racismo é crime no Brasil, previsto pela Constituição Federal, nos termos do
Artigo 5º, Inciso XLII. “A prática do racismo constitui crime ina ançável e imprescritível, sujeito à
pena de reclusão, nos termos da lei”, diz o texto. No entanto, ao longo do ano passado,
manifestações abertas de racismo multiplicaram-se nas redes sociais e nos espaços públicos,
pondo em xeque a cômoda ideia da “democracia racial” brasileira. Esse racismo estava encoberto
e veio à superfície? Ou foi acirrado recentemente?

Por José Tadeu Arantes Do Agência FAPESP


(http://agencia.fapesp.br/racismo_e_branquitude_na_sociedade_brasileira/20628/)

Perguntas como essas preenchem o dia a dia de Lia Vainer Schucman, doutora em Psicologia
Social pela Universidade de São Paulo (USP) que atualmente conclui um pós-doutorado com a
pesquisa “Famílias inter-raciais: estudo psicossocial das hierarquias raciais em dinâmicas
familiares” (http://www.bv.fapesp.br/pt/bolsas/143588/familias-interraciais-estudo-psicossocial-
das-hierarquias-raciais-em-dinamicas-familiares/), apoiada pela FAPESP.

Também com o suporte nanceiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo,
sua tese de doutorado foi recentemente publicada em livro, com o título Entre o encardido, o
branco e o branquíssimo: branquitude, hierarquia e poder na cidade de São Paulo
(http://www.bv.fapesp.br/pt/auxilios/82797/entre-o-encardido-o-branco-e-o-branquissimo-raca-
hierarquia-e-poder-na-construcao-da-branquitude-pau/). [*
(http://agencia.fapesp.br/racismo_e_branquitude_na_sociedade_brasileira/20628/#nota)]

Descendente de família judaica, Schucman ouviu muitos relatos de perseguições movidas pelo
racismo. “Fui socializada em um lar em que qualquer forma de preconceito e discriminação era
totalmente intolerável e automaticamente associada aos horrores passados pela minha família na
Segunda Guerra Mundial”, escreveu.

Algumas linhas adiante, porém, reconheceu que essa formação não a eximiu de um racismo mais
sutil, que, de seu ponto de vista, perpassa a sociedade inteira: “Nosso racismo nunca impediu que
convivêssemos com negros ou que tivéssemos relações de amizade e/ou amorosas com eles. No
entanto, muitas vezes essas eram relações em que os brancos se sentiam quase como fazendo
caridade ou favor de se relacionarem com os negros”.

Schucman concedeu a seguinte entrevista à Agência FAPESP.

Agência FAPESP – Parece haver atualmente um recrudescimento de expressões do racismo. Esse


racismo estava reprimido ou está sendo acirrado?
Lia Vainer Schucman – É o chamado “medo branco”. Falo disso em um capítulo do livro. Enquanto
os negros se encontravam em uma posição subalterna, o racismo existia, mas não assumia formas
tão ostensivas, porque os negros não disputavam com os brancos o acesso aos bens públicos e a
outras posições na sociedade – coisas que os brancos consideravam suas por merecimento.
Porém, quando as lutas dos movimentos sociais negros produziram certas conquistas, alguns
brancos passaram a se sentir ameaçados. Isso foi claramente perceptível nas entrevistas que z.
Era comum, por exemplo, os entrevistados brancos considerarem as cotas para negros nas
universidades como privilégios. Mas não lhes ocorria pensar que o lugar que antes ocupavam com
exclusividade fosse um privilégio. Havia uma ideia embutida de merecimento. No meu livro, há a
foto de uma escola do bairro do Limão, em São Paulo, com a pichação “Vamos cuidar de nossas
crianças brancas” em um muro. Isso foi motivado pelo fato de a escola ter decidido fazer, naquele
ano, uma festa junina com motivos negros, motivos de origem africana. E alguns pais se
revoltaram com isso, sem levar em conta que o currículo o cial, adotado como se fosse um
currículo genericamente humano, é, na verdade, pautado pela história e por valores europeus,
valores que expressam a supremacia branca. Essa pichação, que expressa um ponto de vista
racista, foi uma reação à conquista dos negros, no sentido de terem sua história e suas realizações
reconhecidas.

https://www.geledes.org.br/racismo-e-branquitude-na-sociedade-brasileira-2/ 1/5
Agência FAPESP – A mudança de mentalidadeRacismo
02/04/2018 é um processo muito na
e “branquitude” mais longo ebrasileira
sociedade difícil do que a
- Geledés
conquista de direitos e a adoção de políticas públicas a rmativas?
Schucman – Sim. Parte do meu doutoramento foi feita nos Estados Unidos, na Universidade da
Califórnia. Lá, recebi a orientação da afro-americana France Winddance Twine, que fez uma
pesquisa com brancos que interagiam com negros no dia a dia, procurando entender como esses
brancos se relacionavam com sua branquitude. Ela formulou o conceito de racial literacy, que eu
traduzi, em meu livro, por “letramento racial”. O letramento racial é uma forma de responder
individualmente às tensões raciais. Ao lado de respostas coletivas, na forma de cotas e políticas
públicas, ele busca reeducar o indivíduo em uma perspectiva antirracista. A ideia subjacente é a de
que quase todo branco é racista, mesmo que não queira, porque o racismo é um dado estrutural de
nossa formação social. Por exemplo, um jovem estuda arquitetura em uma das melhores
universidades brasileiras e, depois de formado, projeta um banheiro de empregada com o chuveiro
em cima do vaso sanitário. Ele não gostaria de usar um banheiro desses. Mas projeta esse
banheiro para a empregada como se isso fosse a coisa mais natural do mundo. Veja, ele não está
aderindo à ideologia escravista ao fazer isso. Ele está simplesmente reproduzindo um racismo de
fundo que perpassa todo o nosso sistema educacional e toda a nossa cultura. Então, se ser racista
é um aprendizado, se nós aprendemos desde cedo a ser racistas em nossa sociedade, o
letramento racial é a proposta de um desaprendizado.

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Brancos são racistas sem perceber, por convenção social, diz pesquisadora
(https://www.geledes.org.br/brancos-sao-racistas-sem-perceber-por-convencao-social-diz-
pesquisadora/#ixzz3tXvLPuka)

Agência FAPESP – E como o letramento racial funciona?


Schucman – É um conjunto de práticas, baseado em cinco fundamentos. O primeiro é o
reconhecimento da branquitude. Ou seja, o indivíduo reconhece que a condição de branco lhe
confere privilégios. O segundo é o entendimento de que o racismo é um problema atual e não
apenas um legado histórico. Esse legado histórico se legitima e se reproduz todos os dias e, se o
indivíduo não for vigilante, ele acabará contribuindo para essa legitimação e reprodução. É o
mesmo que acontece em relação ao machismo. Seja homem ou mulher, se a pessoa não for
vigilante, ela acabará contribuindo para a legitimação e reprodução do machismo. O terceiro é o
entendimento de que as identidades raciais são aprendidas. Elas são o resultado de práticas
sociais. O quarto é tomar posse de uma gramática e de um vocabulário racial. No Brasil, evitamos
chamar o negro de negro. Como se isso fosse um xingamento e como se evitar essa palavra
pudesse esconder o racismo. Para combatê-lo, temos de ser capazes de falar de raça
abertamente, sem subterfúgios. O quinto é a capacidade de interpretar os códigos e práticas
“racializadas”. Isso signi ca perceber quando algo é uma expressão de racismo e não tentar
camu ar, dizendo que foi um mal-entendido. É o caso daquele casal branco do Rio de Janeiro que
foi comprar um carro levando junto o lho negro adotado. E o vendedor enxotou a criança, que
considerou um “menino de rua”. Depois, o vendedor ou alguém da loja tentou se desculpar, dizendo
que havia sido um mal-entendido. Não, não foi um mal-entendido. Foi uma expressão pura e
simples de racismo.

Agência FAPESP – Esses cinco fundamentos permitiriam construir uma individualidade


antirracista?
Schucman – Sim. É semelhante a uma alfabetização. Daí a palavra letramento. Foi essa
perspectiva de uma alfabetização antirracista que me fez eleger, como tema do pós-
doutoramento, as famílias inter-raciais. Porque o racismo da sociedade se reproduz de várias
maneiras dentro das famílias, inclusive das famílias inter-raciais.

Agência FAPESP – Dê um exemplo.


Schucman – Em uma família inter-racial, é comum que o lho de pele mais clara seja bene ciado
com a possibilidade de estudar, enquanto seus irmãos de pele mais escura apenas trabalham. Os
pais acham que o mais claro terá melhores oportunidades, então investem em sua educação,
mesmo que não possam dar a mesma condição para os outros lhos. Há toda uma hierarquia na
sociedade que se reproduz no interior das famílias, em brancos e negros. A sociedade constrói
signi cados sobre as coisas, e as pessoas, de uma maneira ou de outra, introjetam esses
signi cados.

https://www.geledes.org.br/racismo-e-branquitude-na-sociedade-brasileira-2/ 2/5
Agência FAPESP – No seu livro, você se coloca Racismo
02/04/2018 dentro da pesquisa, não
e “branquitude” vendo o tema
na sociedade de -fora,
brasileira com
Geledés
uma pretensa objetividade, mas questionando o seu próprio ponto de vista. Como escolheu e
desenvolveu o tema?
Schucman – Quando iniciei meu doutoramento, em 2008, a ideia era pesquisar o racismo. Eu
queria entender, do ponto de vista psicológico, como o negro introjetava o racismo. Mas, ao cursar
disciplinas da pós-graduação na USP, alguns colegas, militantes dos movimentos negros, me
disseram que estava na hora de “olhar outras coisas”. O que eles estavam a rmando era que o
negro constituía sempre o tema do pesquisador branco, como se o negro fosse objeto e não sujeito,
e como se o negro fosse sempre o “outro”. Eles me zeram perceber que, ao estudar o negro, ao
estudar o indígena, o que o pesquisador branco faz é, mais uma vez, produzir o “outro”. Decidi,
então, colocar o branco em questão.

Agência FAPESP – De que maneira sua pesquisa evoluiu a partir daí?


Schucman – Comecei com um estudo mais teórico dos conceitos de raça, construídos no século
XIX. Um desses conceitos trazia a ideia de que o fenótipo determinava todo um modo de ser:
moral, intelectual, estético, civilizatório. Então, peguei essas quatro variáveis – moral, intelectual,
estética e civilizatória – e busquei perceber como elas apareciam na fala das pessoas brancas. Ou
seja, como essa ideia de raça, construída no século XIX, continuava operando na construção das
identidades. E constatei que elas apareciam na fala dos sujeitos o tempo todo. Por exemplo,
entrevistei um vigilante noturno branco e perguntei a ele: “O que é ser branco, para você?” E ele
respondeu: “Para mim, isso tem a ver com atitude. Eu sou trabalhador, eu vivo bem”. Essa ideia
ctícia, da superioridade branca, está quase sempre presente na fala dos entrevistados.

Agência FAPESP – Quando você se aproximou do tema?


Schucman – Na graduação, obtive bolsa de iniciação cientí ca para estudar preconceito e
estereótipo. Eu já tinha uma herança familiar nesse sentido, porque minha avó materna é judia,
sobrevivente de campo de concentração, uma pessoa de esquerda. Na casa dela, há vários
retratos de parentes mortos em campo de concentração. Então, o antirracismo, a consciência
daquilo que o racismo é capaz de fazer, sempre foi algo muito presente na minha formação. Fiz o
mestrado com um estudo sobre identidade judaica. E o que mais me marcou foi entrevistar
pessoas que não seguiam a religião, não tinham nada a ver com o judaísmo, mas não conseguiam
deixar de ser judias. Eu perguntava: “Mas por que você não consegue deixar de ser judeu?”. E a
resposta era: “Porque os outros me veem como judeu”. A questão do olhar do outro ou de como o
olhar produz o “outro” tornou-se um subtema bem forte em minha pesquisa. E continuou sendo.

Agência FAPESP – Você o retomou e desenvolveu no doutorado?


Schucman – Sim. Percebi que só é possível o branco se enxergar como branco, isto é, ter uma
noção dos privilégios que o fato de ser branco lhe proporciona, quando ele convive com os negros.
Percebi, na convivência com meus colegas de pós-graduação negros, que, se eu comparecesse a
alguma reunião dos movimentos sociais negros e me pronunciasse contra o racismo, até nisso eu
teria privilégio, pois o fato de ser branca e antirracista me dava um status especial. Meus colegas
eram muito críticos e até isso eles me apontavam.

Agência FAPESP – Como você lidou com isso?


Schucman – Eu procurava não ser reativa. Mesmo que, às vezes, a crítica fosse pesada e até
mesmo agressiva, eu tentava entender e assimilar. Tinha uma abertura muito grande. Além disso,
sempre tive uma ideia muito clara sobre o meu papel: se sou branca e estou trabalhando ou me
aproximando do movimento negro, não posso pretender ser protagonista. O protagonismo é negro.
O meu papel é estar junto; não pretender estar à frente. Esta é uma consideração muito clara para
mim, que continua orientando minha participação.

Agência FAPESP – Você fez muitas entrevistas qualitativas, levantando trajetórias de vidas das
pessoas. Lembra-se de alguma especialmente marcante?
Schucman – Entrevistei desde “quatrocentões” que ainda vivem da renda de suas fazendas, isto é,
que ainda vivem do que seus antepassados ganharam com a escravidão, até mendigos da Praça
da Sé. Ao entrevistar pessoas tão diferentes, mas todas brancas, minha intenção era saber se
havia uma característica própria da branquitude, algo capaz de perpassar as classes sociais. Um
mendigo de rua me disse algo muito forte. Quando perguntei “O que é ser branco, para você?”, ele
me respondeu: “Eu posso entrar no banheiro do shopping e meu colega preto não”. Isso foi muito

https://www.geledes.org.br/racismo-e-branquitude-na-sociedade-brasileira-2/ 3/5
impactante: na extrema pobreza, a condição deRacismo
02/04/2018 ser branco ainda lhena
e “branquitude” dava um privilégio.
sociedade brasileira Outra
- Geledés
entrevista marcante foi com uma “quatrocentona”, porque os valores dela eram muito diferentes
daqueles do imigrante, mesmo do imigrante rico.

Agência FAPESP – Quais eram as diferenças?


Schucman – Os imigrantes desfrutaram de vários privilégios no Brasil, porque a imigração foi
incentivada e patrocinada pelo governo. E a entrada de imigrantes brancos estava em sintonia
com uma política de “embranquecimento” do país. Mas, para ascenderem econômica e
socialmente, os imigrantes foram, de fato, muito trabalhadores. Isso cou marcado em sua
autoimagem. Claro que há exceções, mas, regra geral, o imigrante considera que conseguiu subir
na vida devido ao seu mérito. A ideia do mérito é muito forte para ele. Porém, ele não consegue
perceber que, ao lado do mérito, sua ascensão também foi favorecida pelo privilégio da
branquitude. Porque o negro também está trabalhando há séculos no Brasil e não conseguiu
ascender da mesma forma. Então, no caso dos imigrantes, a branquitude ca camu ada na
autoimagem. No caso dos quatrocentões não. Eles têm perfeita consciência de seus privilégios,
porque nunca trabalharam. A ideia forte, neste caso, é a de herança. E, se podem desfrutar de uma
herança, foi porque os escravos negros trabalharam para seus antepassados. Então a ideia de ser
branco e dos privilégios que isso traz está muito presente em sua visão de si mesmos.

Agência FAPESP – Há alguma peculiaridade que você poderia destacar em seu processo de
pesquisa?
Schucman – Uma peculiaridade é que não separo o que poderia ser chamado de “trabalho de
campo” daquilo que vivo no dia a dia. Na tese de doutorado, incluí muitas falas informais, de
pessoas com as quais eu interagia. Foi o caso de uma que, quando soube que eu pesquisava
brancos, a rmou: “Que bom! Porque agora só se fala de negros”. Durante quatro anos, eu registrei
entrevistas e conversas do dia a dia. Eu cava o tempo todo registrando. Eu só pensava nisso.

Agência FAPESP – Isso a afetou pessoalmente?


Schucman – Quando se começa a pensar insistentemente nestas coisas, você vai cando muito
irritada. Já não consegue conviver com a cidade. Porque a cidade de São Paulo tem uma geogra a
da raça: há lugares que só têm brancos. Quando entrava em um lugar desses, eu começava a me
sentir mal. Eu me sentia colaborando com o apartheid da nossa sociedade.

Agência FAPESP – Como você aborda a questão das cotas raciais?


Schucman – Na maioria dos casos, a oposição às cotas não decorre de nenhum critério racional.
Tive a demonstração disso em minha pesquisa. Quando perguntei “você acha que tem privilégios
pelo fato de ser branco (ou branca)?”, meus 40 entrevistados responderam que sim. Uma
empregada doméstica disse: “Minha patroa é preconceituosa. Se eu fosse negra, não teria este
emprego”. Um jovem falou: “O pai da minha namorada é racista. Talvez eu não pudesse namorar
com a lha dele se fosse negro”. E por aí foi. Imediatamente em seguida, perguntei: “Você é a favor
das cotas?” Dos 40 entrevistados, 37 responderam: “Não. Somos todos iguais”. Esses 37 tinham
acabado de dizer que possuíam privilégios. E, agora, negavam as cotas, com o argumento de que
elas privilegiavam os negros. É um posicionamento totalmente irracional. Por isso, eu uso a
expressão “medo branco”. E é um discurso fragmentado. Só um discurso fragmentado pode
acomodar o fato de a pessoa admitir que tem privilégios e, em seguida, dizer que todos somos
iguais.

Agência FAPESP – Qual é o foco de sua pesquisa atual, com famílias inter-raciais?
Schucman – Tento entender como os afetos podem legitimar o racismo e como podem também
ajudar a desconstruí-lo. A partir de uma enquete mais ampla, em que entrevistei todos os
membros de várias famílias, escolhi algumas famílias, com as quais estou fazendo um trabalho
quase etnográ co há cerca de um ano. Vou dar um exemplo. Em uma dessas famílias, o pai é
negro e a rma que não existe racismo no Brasil. Quando ele está presente, todos os membros da
família parecem concordar com seu ponto de vista. Mas, se ele sai da sala por algum motivo, as
pessoas aproveitam para dizer o que não têm coragem de falar em sua presença. A lha, que é
branca, disse que, por várias vezes, viu seu pai ser discriminado por racismo. Acredito que, para
ele, seja muito difícil admitir isso. Há todo um jogo de ambivalências, que eu tento interpretar.

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02/04/2018
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Ana Paula Fernandes · Nova Iguaçu


Ela é maravilhosa!!!!!!!
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