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APOSTILA
PRINCIPAIS DOENÇAS
ASSOCIADAS AO ENVELHECIMENTO
ESPÍRITO SANTO
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4
2 O ENVELHECIMENTO ............................................................................... 5
9 QUEDAS ................................................................................................... 31
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 O ENVELHECIMENTO
Fonte: cuidarte.com
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Segundo a Organização Mundial da Saúde, as doenças cerebrovasculares
estão em terceiro lugar no topo de doenças que mais acometem vítimas com
óbitos no mundo, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares e o
câncer (WHO, 2017, apud PIZZOL, 2018).
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se a imunidade, aumentando a incidência de infecções, malignidades e deterioração
estrutural.
Níveis elevados de açúcar no sangue e glicação: glicose é um combustível
celular vital. No entanto, a exposição crônica à glicose pode afetar a idade do corpo
por um processo chamado de glicação. Ela pode ocorrer pela exposição crônica ao
açúcar exógeno, nos alimentos, ou endógeno, como no caso do diabetes. A
consequência principal desse processo é o estresse oxidativo celular, tendo como
consequência o envelhecimento precoce.
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moderadamente, tem ação antirradicais livres, pois é rico em flavonoides e em
resveratrol, potentes antioxidantes;
Movimentos musculares: movimentos repetitivos e contínuos de alguns
músculos da face aprofundam as rugas, causando as chamadas marcas de
expressão, como as rugas ao redor dos olhos.
Radicais livres: são uns dos maiores causadores do envelhecimento cutâneo.
Os radicais livres se formam dentro das células pela exposição aos raios ultravioleta,
pela poluição, estresse, fumo etc. Acredita-se que os radicais livres provocam um
estresse oxidativo celular, causando a degradação do colágeno (substância que dá
sustentação à pele) e a acumulação de elastina, que é uma característica da pele
fotoenvelhecida.
Bronzeamento artificial: a Sociedade Brasileira de Dermatologia condena
formalmente o bronzeamento artificial que pode causar o envelhecimento precoce da
pele (rugas e manchas) e a formação de câncer da pele. A realização desse
procedimento por motivações estéticas é proibida no Brasil desde 2009.
Alimentação: uma dieta não balanceada contribui para o envelhecimento da
pele. Existem elementos que são essenciais e devem ser ingeridos para repor perdas
ou para suprir necessidades, quando o organismo não produz a quantidade diária
suficiente.
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4 DOENÇAS CEREBROVASCULARES
Fonte: movenoticias.com
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4.1 Incapacidade cognitiva
Existem dois tipos diferentes de AVC. O mais comum deles é o AVC isquêmico,
responsável por mais de 80% dos casos, e que se caracteriza pela interrupção da
oxigenação do tecido cerebral em decorrência de uma obstrução ao fluxo sanguíneo,
causada pela presença de um trombo (coágulo que se forma dentro do vaso
sanguíneo daquela região cerebral) ou um êmbolo (coágulo que se desenvolve em
outra região do organismo, se desprende, percorre a circulação sanguínea até obstruir
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um outro vaso). O segundo tipo é o AVC hemorrágico, responsável por cerca de 20%
dos casos e que ocorre quando há extravasamento de sangue em uma determinada
área cerebral em consequência da ruptura de algum vaso sanguíneo. A região afetada
deixa de ser oxigenada e passa também a sofrer os efeitos da compressão do tecido
cerebral devido o extravasamento de sangue.
Entre os fatores de risco podemos citar: Histórico familiar, como os étnicos
(neste caso a raça negra) e a existência de história familiar presente (avós, pais ou
irmãos). A Hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, tabagismo, dislipidemia
(alteração nos níveis de colesterol e triglicérides), arritmias cardíacas (dentre as quais
a fibrilação atrial se destaca), obesidade, sedentarismo, dieta inadequada (rica em sal,
gorduras saturadas, excessivamente calórica), doença arterial carotídea estão entre
os principais fatores de risco passíveis de mudança e/ou tratamento.
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O aparecimento de tranças fibrilares e placas senis impossibilitam a
comunicação entre as células nervosas, o que provoca alterações ao nível do
funcionamento global da pessoa.
Evolução clínica da doença: Sendo uma patologia de evolução progressiva, as
manifestações são inicialmente insidiosas, passando despercebidas aos familiares
mais próximos. Barreto (2005) descreve três fases na evolução da doença: inicial;
avançada e terminal.
Na fase inicial verificam-se défices de memória que são normalmente os
primeiros sinais, nomeadamente, a nível da memória a curto prazo. O indivíduo é
capaz de relatar detalhadamente acontecimentos passados, mas revela dificuldades
na sua contextualização temporal e espacial e desorientação, no sentido em que
perde a noção de tempo. Perde-se na rua, em sítios pouco familiares ou que foram
alvo de modificações recentes, e perde a noção do mês e ano em que se encontra.
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4.6 Demências
4.7 Depressão
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5 DOENÇAS RESPIRATÓRIAS
Fonte: interfisio.com.br
Com o passar dos anos, o corpo humano vai perdendo sua jovialidade. A pele
vai perdendo a viscosidade, os cabelos ficam esbranquiçados. E como os outros
sistemas, o respiratório também fica debilitado.
Os pulmões perdem a elasticidade, diminuindo a sua capacidade. Os cílios
responsáveis pela filtragem do ar e limpeza das secreções, diminuem suas atividades,
causando um acúmulo que favorecem a inflamações. A musculatura do tórax perde a
capacidade de eliminar secreções pela tosse e de respirar profundamente.
Essas mudanças ocorrem mais rápido com aquelas pessoas que foram
fumantes durante toda a sua vida ou que viveram em ambientes em que o ar era
poluído. Todas essas características, consequentes do envelhecimento, favorecem e
facilitam a instalação de doenças no organismo.
Entre as causas de doença e óbito em idosos, a doença pulmonar obstrutiva
crônica se destaca devido à sua alta prevalência e caráter progressivo. Compreende
duas entidades: a bronquite crônica e o enfisema pulmonar, sendo o tabagismo sua
principal causa. A doença pulmonar obstrutiva crônica é ainda pouco diagnosticada
no Brasil e os dados epidemiológicos acerca da doença são escassos.
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As doenças respiratórias, particularmente as infecções, têm-se revelado
importante causa de morbimortalidade na população idosa, em diferentes
regiões do mundo. (CDC, 2000, apud FRANCISCO, 2005).
5.1 Dispneia
5.2 Pneumonia
5.3 Enfisema
Enfisema Pulmonar é uma doença que ocorre após muitos anos de agressão
aos tecidos do pulmão, tendo como principais fatores de risco: fumaça do
cigarro, poeiras ocupacionais, irritantes químicos, poluição ambiental, baixa
condição socioeconômica e infecções respiratórias graves durante a infância.
Esta destruição ocorre nos alvéolos, onde é feita a troca gasosa do oxigênio
pelo dióxido de carbono. Como consequência, a pessoa passa a ter dispneia
ao esforço (TRAVIS et al, 2012, apud LALLA, 2016).
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Medicamentos broncodilatadores, antibióticos, mucolíticos e anti-inflamatórios só
devem ser utilizados sob orientação médica depois de uma avaliação criteriosa.
Portadores da bronquite crônica devem ser vacinados contra a gripe e contra a
pneumonia.
Fonte: sobrice.com.br
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Outras condições comuns na população idosa, como hipertensão e diabetes,
são fatores de risco. O tratamento é feito com antibióticos e diuréticos, além de uma
dieta com menos proteínas, sal e potássio.
As doenças do sistema urinário podem comprometer a vida afetiva e social de
pessoas idosas.
Tipos de incontinência:
De esforço: perda involuntária de urina ao tossir, espirrar, caminhar, correr e
pular;
De urgência: vontade súbita e frequente de urinar (de 8 a mais vezes em 24
horas). É comum em casos de bexiga hiperativa, sendo que, muitas vezes, a pessoa
não chega ao banheiro em tempo;
Mista: quando há sinais dos dois tipos anteriores e são necessários exames
específicos;
Paradoxal: perda da sensibilidade da bexiga, de modo que a pessoa não
percebe que ela está cheia.
As causas mais comuns da incontinência são infecções, alterações
psicológicas ou hormonais, inflamação da bexiga, crescimento da próstata, no caso
dos homens, doenças neurológicas, recuperação de cirurgias e uso de alguns
medicamentos. Essa doença pode ser controlada e tratada com fisioterapia e cirurgia.
O primeiro passo é vencer a vergonha e conversar sobre ela.
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Tratamento proposto: Como norma geral, pacientes idosos com bacteriúria
assintomática não devem ser tratados com antibióticos, pois existe o risco
desnecessário de seleção de bactérias mais resistentes, da interação e reação
alérgica às drogas, além dos custos do tratamento. Aumento de hidratação e
deambulação é recomendável.
7 DOENÇAS DO TRATOGASTROINTESTINAL
Fonte: bancodasaude.com
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trato digestivo (por exemplo, constipação, Intestino grosso e reto) como efeito
colateral de tomar determinados medicamentos.
Esôfago: A força das contrações esofágicas e a tensão no esfíncter superior
do esôfago diminuem (presbiesôfago). No entanto, alguns idosos podem ser afetados
por doenças que interferem nas contrações esofágicas.
Estômago: Com a idade, a capacidade do revestimento do estômago de
resistir a lesões diminui, o que, por sua vez, pode aumentar o risco de úlcera péptica,
especialmente em pessoas que usam aspirina e outros medicamentos anti-
inflamatórios não esteroides (AINEs). Além disso, conforme o avanço da idade,
o estômago não consegue acomodar a mesma quantidade de alimentos (devido à
redução da elasticidade) e a velocidade na qual o estômago se esvazia e transporta
os alimentos para o intestino delgado diminui. Ocorre também diminuição dos
períodos de quiescência e incremento dos períodos de contração de fome. Com o
retardo do esvaziamento pela gastrite atrófica, surgem lesões difusas, as glândulas
gástricas rareiam, perdem as células parietais, reduzindo a reabsorção de Fe2+ e
vitamina B12 levando a anemia perniciosa. Em associação com a produção diminuída
de ácido, aumenta a incidência de úlceras nos usuários crônicos de antiinflamatórios
não hormonais.
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Intestino delgado: Durante a vida, o intestino está em constante alteração,
fazendo com que as células epiteliais sejam sempre repostas. A absorção e a
secreção são quase constantes e as atividades mioelétricas e motoras são contínuas.
Intestino grosso e reto: A permeabilidade do intestino fica distorcida e a
habilidade deste de agir como uma barreira contra antígenos e patógenos é deficiente.
Dois fatores principais que influenciam esta integridade são as populações
bacterianas no intestino e a saúde da mucosa intestinal, sendo ambos influenciados
pela nutrição.
A constipação intestinal fica mais frequente, sendo causada por diversos
fatores: Um discreto retardo no movimento do conteúdo pelo intestino grosso; uma
modesta redução nas contrações do reto cheio de fezes; Uso mais frequente de
medicamentos que causam constipação intestinal; frequentemente, menos exercício
ou atividade física.
8 PATOLOGIAS ORTOPÉDICAS
Fonte: melhorsaudeagora.com
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Com o passar do tempo e a progressão da idade é natural que haja um
desgaste do corpo, levando ao surgimento de doenças, dores que não existiam até
então e uma mudança no estilo de vida, necessária para que se tenha uma melhor
adaptação ao período da terceira idade.
Os ossos normalmente são atingidos durante essa fase, tendo em vista que se
tornam mais frágeis com o passar do tempo e também são afetados pelos hábitos de
vida das pessoas. Uma vida sem exercícios físicos e de má alimentação pode cobrar
um preço alto em uma idade mais avançada.
8.1 Lombalgia
8.2 Osteoporose
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tecido ósseo são removidas continuamente e um novo tecido ósseo é depositado. A
remodelação afeta a forma e a densidade dos ossos.
Visto que mais osso é formado do que degradado na idade adulta, os ossos
aumentam em densidade progressivamente até cerca de 30 anos, quando são mais
fortes. Depois desse período, os ossos diminuem lentamente em densidade. Se o
corpo for incapaz de manter uma quantidade adequada de formação óssea, os ossos
continuam perdendo densidade e podem se tornar cada vez mais frágeis, o que resulta
em osteoporose.
Existem dois tipos principais de osteoporose: Osteoporose primária e a
secundária.
A osteoporose primária ocorre espontaneamente e a osteoporose secundária
é causada por outras doenças ou medicamentos.
8.3 Osteoartrose
9 QUEDAS
Fonte: patch.com
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9.1 Epidemiologia
É estimado para 2020 que, no Brasil 29,8% das pessoas contarão com mais
de 60 anos, sendo 40,7 milhões com 80 e mais anos de idade. Este aumento
da expectativa de vida traz consigo preocupações, pois as pessoas estão
vivendo mais, porém, não necessariamente com qualidade de vida, e nesta
fase de envelhecimento, na qual emergem diferentes tipos de demência, com
destaque para a Doença de Alzheimer que atualmente, afeta cerca de 35,6
milhões de idosos, com a expectativa de aumentar para 65,4 milhões em
2030 e para 115,5 milhões em 2050. (MARINS, et al 2016, apud LEITE,
2017).
Há uma forte relação entre distúrbio de equilíbrio e marcha e quedas. Por isso,
doenças neurológicas (como hematoma subdural, demência, doença de Parkinson,
acidente vascular encefálico (AVE), delirium, neuropatia periférica, epilepsia,
traumatismo Cranioencefálico (TCE), tumores do sistema nervoso central (SNC) e
labirintopatia), podem afetar o equilíbrio e a marcha e serem fatores de predisposição
a quedas. Algumas doenças clínicas também podem ocasionar quedas, dentre elas:
doença coronariana (DAC), insuficiência cardíaca (IC), síncope de origem
cardiogênica, hipertensão arterial (HAS), arritmia, insuficiência vertebrobasilar,
hipotensão ortostática, desidratação, insuficiência renal (por deficiência de vitamina
D), síndrome vaso-vagal, sangramento oculto, hipoglicemia e hiperglicemia,
hipotireoidismo e hipertireodismo, distúrbios hidroeletrolíticos, infecções, depressão,
anemia, hipotermia, alcoolismo, incontinência urinária, doença pulmonar e embolia
pulmonar.
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9.5 Fatores extrínsecos - Riscos ambientais
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10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CDC- CENTROS DE CONTROLE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS. Prevenção e
controle da gripe: recomendações do Comitê Consultivo para Práticas de
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11 BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS
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