Você está na página 1de 16

Bioestimuladores de Colágeno

INTRODUÇÃO

O ENVELHECIMENTO

O envelhecimento do organismo como um todo se relaciona com o fato das


células somáticas do corpo começarem a morrer e não serem substituídas por
novas, como acontece na juventude. Isso está ligado, entre outros fenômenos, ao
envelhecimento celular. Fisiologicamente, o envelhecimento está associado à perda
de tecido fibroso, à taxa mais lenta de renovação celular e à redução da rede
vascular e glandular. A função de barreira que mantém a hidratação celular também
fica prejudicada. Dependendo da genética e do estilo de vida, as funções fisiológicas
normais da pele podem diminuir em 50% até a meia-idade. Como a pele é o órgão
que mais reflete os efeitos da passagem do tempo, sua saúde e sua aparência
estão diretamente relacionados aos hábitos alimentares e ao estilo de vida
escolhido. A radiação ultravioleta, o excesso de consumo de álcool, o abuso de
tabaco e a poluição ambiental, entre outros, são fatores que aceleram o
envelhecimento precoce. Além disso, o aumento do peso corporal e dos níveis de
açúcar no sangue também colaboram para a pele envelhecer antes do tempo.

Tipos de envelhecimento

Envelhecimento cutâneo intrínseco ou cronológico: é aquele decorrente da


passagem do tempo, determinado principalmente por fatores genéticos, estado
hormonal e reações metabólicas, como estresse oxidativo. Nele estão presentes os
efeitos naturais da gravidade ao longo dos anos, como as linhas de expressão, a
diminuição da espessura da pele e o ressecamento cutâneo. A pele tem efeitos
degenerativos semelhantes aos observados em outros órgãos, mas reflete também
e certos aspectos da nossa saúde interior, como:

- Genética: com o tempo, as células vão perdendo sua capacidade de se


replicar. Este fenômeno é causado por danos no DNA decorrentes da
radiação UV, de toxinas ou da deterioração relacionada à idade. Conforme as
células vão perdendo a velocidade ao se replicar, começam a aparecer os
sinais de envelhecimento.

- Hormônios: ao longo dos anos há diminuição no nível dos hormônios sexuais,


como estrogênio e testosterona, e dos hormônios do crescimento. Equilíbrio é
fundamental quando se fala de hormônios. Diminuindo os níveis hormonais
com o envelhecimento, acelera-se a deterioração da pele. Em mulheres, a
variação dos níveis de estrogênio durante a menopausa é responsável por
mudanças cutâneas significativas: o seu declínio prejudica a renovação
celular da pele, resultando em afinamento das camadas epidérmicas e
dérmicas.

- Estresse oxidativo: desempenha papel central na iniciação e na condução de


eventos que causam o envelhecimento da pele. Ele altera os ciclos de
renovação celular, causando danos ao DNA que promovem a liberação de
mediadores pró-inflamatórios, que, por sua vez, desencadeiam doenças
inflamatórias ou reações alérgicas na pele. Além disso, células do sistema
imunológico, chamadas langerhans, diminuem com o envelhecimento. Isto
afeta a capacidade da pele de afastar o estresse ou as infecções que podem
prejudicar sua saúde. Com o avançar da idade, diminui-se a imunidade,
aumentando a incidência de infecções, malignidades e deterioração
estrutural.

- Níveis elevados de açúcar no sangue e glicação: glicose é um combustível


celular vital. No entanto, a exposição crônica ao açúcar exógeno, nos
alimentos, ou endógeno, como no caso do diabetes. A consequência principal
desse processo é o estresse oxidativo celular, tendo como consequência o
envelhecimento precoce.

- Envelhecimento extrínseco da pele: é aquele provocado pela exposição ao


sol e a outros fatores ambientais como: estilo de vida (exercício físico,
alimentação) e o estresse fisiológico e físico. Um dos agentes mais
importantes é a radiação solar ultravioleta. As toxinas com as quais entramos
em contato, como tabaco, álcool e a poluição do ar, entre outros, também
ajudam no processo de envelhecimento da pele e, dependendo do grau de
exposição, podem acelerá-lo, como:

- Radiação Solar: atua na pele causando desde queimaduras até


fotoenvelhecimento e aparecimento de câncer de pele. Várias alterações de
pigmentação da pele são provocadas pela exposição solar, como manchas,
pintas e sardas. A pele fotoenvelhecida é mais espessa, por vezes
amarelada, áspera e manchada, e há um maior número de rugas.

- Tabaco: fumantes possuem marcas acentuadas de envelhecimento na pele.


O calor da chama e o contato da fumaça com a pele provocam o
envelhecimento e a perda de elasticidade cutânea. Além disso, o fumo reduz
o fluxo sanguíneo da pele, dificultando a oxigenação dos tecidos. A redução
deste fluxo parece contribuir para o envelhecimento precoce da pele e para a
formação de rugas, além de dar à pele uma coloração amarelada. Rugas
acentuadas ao redor da boca são muito comuns em fumantes.

- Álcool: altera a produção de enzimas e estimula a formação de radicais livres,


que causam o envelhecimento. A exceção à regra é o vinho tinto que, se
consumido moderadamente, tem ação antirradicais livres, pois é rico em
flavonoides e em resveratrol, potentes antioxidantes.

- Radicais livres: são uns dos maiores causadores do envelhecimento cutâneo.


Os radicais livres se formam dentro das células pela exposição aos raios
ultravioleta, pela poluição, estresse, fumo e etc. Acredita-se que os radicais
livres provocam um estresse oxidativo celular, causando a degradação do
colágeno (substância que dá sustentação à pele) e a acumulação de elastina,
que é uma característica da pele fotoenvelhecida.

- Bronzeamento artificial: a Sociedade Brasileira de Dermatologia condena


formalmente o bronzeamento artificial que pode causar o envelhecimento
precoce da pele (rugas e manchas) e a formação de câncer de pele. A
realização desse procedimento por motivações estéticas é proibida no Brasil
desde 2009.

- Alimentação: uma dieta não balanceada contribui para o envelhecimento da


pele. Existem elementos que são essenciais e devem ser ingeridos para
repor perdas ou para suprir necessidades, quando o organismo não produz a
quantidade diária suficiente. O excesso de açúcar também auxilia a pele a
envelhecer mais depressa, como já foi dito anteriormente.

A FLACIDEZ
- A hipotonia tissular (flacidez da pele) é uma das disfunções estéticas mais
complicadas de se tratar e uma das mais comuns. É o resultado de causas
intrínsecas, como o envelhecimento e extrínsecas, como um processo
excessivo de emagrecimento (efeito sanfona), gestações, sol, má
alimentação (desnutrição) e até tabagismo. Mais conhecida como flacidez, é
caracterizada pela falta de fibras de sustentação da pele, o colágeno e a
elastina. A palavra hipotonia se refere abaixo (hipo) tônus (tonia).

- A flacidez tissular é um termo que se refere à qualidade ou estado flácido


tecidual, isto é, tecido mole, frouxo e que pode estar ou não associada a uma
flacidez muscular. Na flacidez tissular, a pele perde sua elasticidade, seu
tônus e com isso, o aspecto inestético é inevitável. Aparece geralmente a
partir da terceira década da mulher e em partes bem visíveis do corpo: como
abdômen, coxas, glúteos, rosto e braços. Sabe aquela sobra de pele na parte
posterior do braço, no tríceps, que balança quando damos “tchauzinho”? Ou
aquela dobra estranha da pele no abdômen? Ou ainda aquele aspecto de
bumbum caído? São consequências de uma pele flácida.

Na prática, a flacidez ocorre quando o colágeno se torna gradualmente mais


rígido e ao mesmo tempo, a elastina, vai perdendo sua característica principal.
(CARPANEZ; 2013). A flacidez cutânea está diretamente relacionada à atividade do
tecido conjuntivo de sustentação. O tecido conjuntivo é formado por diversos tipos
de células e, dentre elas, encontramos os fibroblastos, células responsáveis pela
formação de fibras e do material intercelular amorfo, ou seja, que sintetizam
colágeno, mucopolissacarídeos e também fibras elásticas (GUIRRO; GUIRRO,
2004). A diminuição da atividade e do número de fibroblastos ocasionam uma menor
produção de colágeno e desorganização dos já existentes.

ENVELHECIMENTO CAUSA FLACIDEZ


A diminuição da atividade fibroblástica acontece com o envelhecimento
fisiológico, a partir dos 30 anos - ou por um emagrecimento excessivo. A
manifestação metabólica mais visível do envelhecimento parece ser, no entanto, o
atraso da síntese proteica, em razão do qual se estabelece um desequilíbrio entre a
formação e a degradação. A pele, com todo esse processo biológico, predispõe a se
tornar delgada em alguns pontos, seca, enrugada, e às vezes, escamosa. As fibras
colágenas da derme ficam mais espessas, as fibras elásticas perdem parte de sua
propriedade elástica e há uma diminuição gradativa da gordura armazenada, no
tecido subcutâneo. Todas essas transformações favorecem o surgimento da
flacidez, de pele e hipotonia muscular (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
A pele, como nós sabemos, é constituída de duas camadas: epiderme e
derme. A derme é a camada viva de tecido conjuntivo abaixo da epiderme. É quase
25 vezes mais grossa do que a epiderme. A derme é constituída dos tecidos
conjuntivos compostos por proteínas de colágeno e fibras de elastina e tem duas
camadas: papilar e reticular.
A camada papilar é a que conecta a derme à epiderme. Os receptores do
toque, vasos sanguíneos e capilares estão nesta camada. A camada reticular é a
mais profunda e é constituída da base de folículos pilosos, glândulas, vasos
sanguíneos e linfáticos, terminações nervosas, colágeno e elastina. Ela oferece
oxigênio e nutrientes para pele.
O colágeno é uma substância proteica que dá força à pele - é produzido
pelos fibroblastos e constitui 70% da derme. Os fibroblastos ajudam na produção de
colágeno e elastina. A elastina é a proteína fibrosa que forma o tecido elástico e
fornece elasticidade à pele. O dano a essas fibras é a principal causa de flacidez,
rugas e perda de elasticidade da pele causada pelo envelhecimento. (GERSON et
al., 2011).
Segundo Shirlei Borelli (2003), há também o fator hormonal que leva caso de
flacidez, principalmente devido a idade que diminui a produção de estrogênio o que
deixa a pele mais fina e menos elástica. Isso acontece porque os níveis baixos de
estrogênio diminuem a produção de colágeno e elastina, as proteínas responsáveis
pela sustentação e elasticidade da pele. Por isso a reposição hormonal adia e
atenua esse processo, ajudando a manter os níveis adequados de produção
dessas proteínas. A própria parte hormonal feminina faz com que as mulheres
acumulem mais gordura no corpo. Por razão da variação hormonal, há uma
diminuição do colágeno e da elastina, fibras que dão sustentação à pele. Além de
uma diminuição nos líquidos da pele. (LOPES, 2004 apoud ROCHA, 2004).
A pele é um marcador real da idade cronológica e de suma importância no
psiquismo dos indivíduos, pois com envelhecimento nossa pele é a primeira a ser
desfavorecida, sofrendo com alterações cutâneas, provocadas pelo tempo,
abrangendo mais do que a simples coloração, textura e elasticidade (CARVALHO et
al, 2011).
As principais mudanças que ocorrem com o passar dos anos são na derme.
Os fibroblastos que produzem fibras de colágeno e elastina têm seu número
diminuído, as fibras de colágeno vão ficando mais duras, se rompem como
consequência, transformam-se em um emaranhado de fibras elásticas vão perdendo
a sua propriedade, se agrupam e enfraquecem, apresentando na pele marcas de
expressão. (LIMA; PRESSI, 2005).

COMO AVALIAR

A avaliação é feita pela inspeção visual, pois o tecido apresenta dobras e


vincos. É por meio de pinçamento que e pode perceber a diminuição da tensão e
consistência do tecido dérmico (GARDIN e CIECKOVICZ,2011).

É preciso fazer o “teste da prega”, uma manobra que consiste em fazer uma
prega com os 3 primeiros dedos da mão, abrangendo uma boa quantidade de
tecido. Segure a prega por uns 3 segundos e solte, observando o tempo para
retorno à configuração de repouso. Se demorar muito para voltar à normalidade, há
flacidez.

FASES

A hipotonia apresenta fases. Segundo Guirro e Guirro (2004), a flacidez pode


ser classificada em:

Fase Elástica: Lei de Hooke, ou seja, a tensão é diretamente proporcional a


habilidade do tecido em resistir à carga. Nesta fase, quando o tecido for submetido á
uma tensão, apresentará resistência. Voltará ao normal quando a carga for retirada.
Fase de Flutuação: com a carga mantida, o estiramento continua e tende a
um limite ou valor de equilíbrio ou valor de equilíbrio. Nesta fase ocorrem alterações
nas cadeias de carbono, portanto se a carga a que o tecido foi submetido for
retirada, não voltará à configuração inicial.

Fase Plástica: Nesta fase ocorre uma deformação permanente no tecido, ou


seja, se o tecido passar do seu limite de elasticidade, esta deformação torna-se
permanente. O tecido já apresenta queda.

Ponto de Ruptura: Depois de um estiramento total, organismo tentou reverter


e não conseguiu. Neste caso, já há instalação de estrias, outro problema estético. É
como se um pano fosse esticado até o máximo e não aguentasse a força - e como
consequência haveriam “rasgos”.

Mesmo assim, a flacidez não pode ser considerada uma patologia, e sim, o
resultado de vários fatores internos e externos. Para Kede (2009), a pele torna-se
delgada e menos elástica, o tecido subcutâneo, muscular e osteocartilaginoso
também sofrem alterações do tipo atrófica. A pele distrófica é inelástica, por sua vez,
não consegue acompanhar a redução do conteúdo, resultando em envoltório
excessivo e consequentemente flacidez. Segundo Guirro e Guirro (2004) “pode-se
classificar a flacidez estética não como uma patologia distinta, mas sim como uma
sequela de vários episódios ocorridos como, por exemplo: inatividade física,
emagrecimento demasiado etc.

BIOESTIMULADORES DE COLÁGENO

Hoje, existe no mercado Brasileiro, produtos injetáveis que auxiliam no


tratamento da flacidez facial e corporal. Produtos absorvíveis e biocompatíveis, que
podem ser realizados a nível “ambulatorial”, sem necessidade de anestesia e
internação. A paciente pode retornar às suas atividades no mesmo dia, com mínima
dor e desconforto.
Por ser biocompatível com a nossa pele, a substância evita reações
alérgicas, além de ser inteiramente reabsorvível pelo organismo ao longo do tempo,
ou seja, o produto não se acumula no corpo, diferente do Metacrilato (PMMA), por
exemplo.
Os bioestimuladores de colágeno, devolvem ao rosto do paciente, firmeza,
contorno, ameniza rugas de expressão e melhora o aspecto das cicatrizes de acne e
marcas de catapora. No corpo, ele também irá agir como excelente firmador,
reduzindo a flacidez no local, além de tratar celulites.

MECANISMO DE AÇÃO
Os efeitos clínicos dos bioestimuladores, se devem ao estímulo de uma
resposta inflamatória controlada desejada, que leva à lenta degradação do material
e culmina com a deposição de colágeno no tecido. Uma vez injetado na pele, ocorre
resposta inflamatória local subclínica, com recrutamento de monócitos, macrófagos
e fibroblastos. Uma cápsula é formada em torno de cada microesfera
individualmente.
À medida que os bioestimuladores de colágeno são metabolizados,
permanece a deposição aumentada de colágeno produzida pelo fibroblasto, com
consequente aumento da espessura dérmica. A fibroplasia é, portanto, determinante
dos resultados cosméticos, mas não há evidência de fibrose residual.
A produção de colágeno do tipo I começa cerca de 10 dias após a aplicação
e continua durante o período que varia de oito a 24 meses, enquanto o produto é
degradado e a resposta inflamatória subclínica esmaece.

CICLO DE MECANISMO DE AÇÃO DO BIOESTIMULADOR:

Aplicação do bioestimulador > resposta inflamatória local > monócito - macrófagos


fibroblastos > formação de uma cápsula em cada microesfera > lenta absorção >
deposição de colágeno > aumento da espessura dérmica > aplicação do
bioestimulador >...

RESULTADOS

Os bioestimuladores podem atingir uma durabilidade de resultado por até 20


meses. Para isso, são necessárias 3 sessões, intercaladas mensalmente. É
importante dizer, que todos os fabricantes das marcas disponíveis no Brasil,
preconizam o número de 3 sessões, porém é possível observar excelentes
resultados com número menor de sessões, dependendo é claro, do nível de flacidez
do paciente. Porém, para se obter um resultado mais duradouro, é necessário mais
que uma sessão.

PLANOS DE APLICAÇÃO

Os bioestimuladores de colágeno devem ser aplicados em plano profundo, ou


seja, na derme profunda. Eles não devem e não podem ser aplicados
superficialmente, pois interferem diretamente em sua absorção e causa
superficialidade das partículas do produto, ficando visível e palpável. Nunca se
aplica superficialmente, sempre em subcutâneo profundo.
A aplicação pode ser realizada através de agulhas finas, como 30G, ou então
microcânulas 22G ou 25G. Lembrando que aplicações com microcânula, é
necessário fazer pertuito (para a entrada da cânula).
BIOESTIMULADORES DISPONÍVEIS NO MERCADO BRASILEIRO

SCULPTRA: composto por ÁCIDO POLI-L-LACTICO, e vem em um frasco ampola


de 5 ml com o pó liofilizado.

Reconstituição do Sculptra:
O conteúdo do frasco deve ser reconstituído com 8 ml de água para
injetáveis. Não se deve agitar o frasco imediatamente após a reconstituição, para
evitar o depósito de partículas ainda não hidratadas na parede do mesmo. Após a
reconstituição, o produto deve ser deixado em repouso durante um período de 24
horas a 72 horas antes da aplicação. Esse armazenamento deve ser feito
preferencialmente em temperatura ambiente de até 30º C ou sob refrigeração de 2-
8ºC.

Diluição do Sculptra:

- Para face: pega-se o frasco que ficou descansando por até 72 horas,
acrescenta-se 2ml de lidocaína sem vasoconstritor, imediatamente antes da
aplicação, obtendo-se assim um total de 10 ml no frasco.

- Para corpo: pega-se o frasco que ficou descansando por até 72 horas,
acrescenta-se 8 ml de água para injetáveis e 4 ml de lidocaína sem
vasoconstritor, imediatamente antes da aplicação, obtendo-se assim um total
de 20 ml no frasco.

- Aplicação: pode ser executada com agulhas ou microcânulas, através de


diferentes técnicas, sendo elas, retroinjeção, em leque, 360º, 180º e mini
retroinjeções.

Após aplicação, o profissional deve realizar uma massagem forte no local e


orientar o paciente a executar essa mesma massagem, de 3 a 5 dias após a
aplicação.

RADIESSE: composto por Hidroxiapatita de Cálcio, e vem em uma seringa de 1,5ml.


Na sua forma “pura”, o radiesse serve como preenchedor de sulco nasogeniano e
para os pontos de sustentação facial, descritos na técnica de Md Codes.

Diluição do radiesse:
- Face: 2 ml (ideal) - 3 ml (para peles muito novas) de solução fisiológica para
injetáveis, obtendo um total de 3,5 de produto.
- Corpo: 6 ml de solução fisiológico para injetável, obtendo um total de 7,5ml
de produto.
Aplicação: pode ser executada com agulhas ou microcânulas, através de diferentes
técnicas, sendo elas retroinjeção, em leque, 360º, 180º e mini retroinjeções.

Após aplicação, o profissional deve realizar uma massagem moderada no local. O


paciente não executa massagem após aplicação, somente se sentir acúmulo de
produto, porém o mesmo é “regularizado” com o tempo. Sessões: 3 sessões com
intervalo mínimo de 30 dias.

DIAMOND (ideal para banco de colágeno facial e pele)

É composto por Hidroxiapatita de Cálcio, e vem em uma seringa de 1,25ml,


Em sua forma “pura” serve como preenchedor do sulco nasogeniano e para os
pontos de sustentação facial, descritos na técnica de Md Codes. A duração em sua
forma “pura” é de 12 meses.

Diluição do Diamond:
- Face: 1,5ml de solução fisiológica para injetáveis, obtendo um total de 2,75ml
de produto.
- Corpo: 5 ml de solução fisiológica para injetável, obtendo um total de 6,25ml
de produto.

Aplicação:
Pode ser executada com agulhas ou microcânulas, através de diferentes
técnicas, sendo elas retroinjeção, em leque 360º, 180º e mini retroinjeções.
Após aplicação o profissional deve realizar uma massagem moderada no
local. O paciente não executa massagem após a aplicação, somente se sentir
acúmulo de produto, porém o mesmo é “regularizado” com o tempo.

Sessão: 3 sessões com intervalo mínimo de 30 dias.

ELLANSE: é composto por Policaprolactona, e vem em 4 apresentações diferentes,


denominadas S, L, M e E. Ambas apresentações vem com 2 seringas de 1 mL.

Cada apresentação, representa a durabilidade do produto:


Ellanse S - 1 ano
Ellanse L - 2 anos
Ellanse M - 3 anos
Ellanse E - 4 anos

Ele é um preenchedor com estímulo de colágeno. Inicialmente, com um apelo


maior de preenchedor.
Ele não necessita diluição, o mesmo é aplicado na sua forma pura.

Aplicação do Ellanse: pode ser executada com agulhas ou microcânulas, através de


retroinjeção.

● A INDICAÇÃO DO ELLANSE É EXCLUSIVAMENTE FACIAL.

Após a aplicação, o profissional deve realizar uma massagem moderada no


local. O paciente não executa massagem após a aplicação, somente se sentir
acúmulo de produto, porém o mesmo é “regularizado” como tempo.

Sessões: 1 sessão.

CONTRAINDICAÇÕES

Os bioestimuladores de colágeno, são contraindicados nos casos abaixo:

- Paciente com hipersensibilidade aos componentes da fórmula;


- Doenças da pele;
- Infecção ou inflamação no local da aplicação ou nas proximidades;
- Herpes;
- Gestantes e lactantes;
- Portadores de doenças autoimunes;
- Aplicação periorbicular;
- Aplicação Glabelar;
- Aplicação nos lábios e região peribucal;
- Aplicação em derme superficial;
- Aplicação na região nasal.

REAÇÕES ADVERSAS:

Comuns:
- Edema;
- Equimoses ou hematomas;
- Eritema;
- Dor;
- Sensibilidade.

Raras:
- Nódulos e Granulomas (aplicação superficial);
- Alergias.

CUIDADOS PÓS PROCEDIMENTOS


- Evitar banho quente no local por 24h;
- Compressas geladas podem ser realizadas na região nas primeiras 24 horas;
- Não aplicar maquiagem, cremes e produtos na região de aplicação por 24
horas;
- Não realizar exercício físico por 72 horas;

- Evitar exposição solar por 7 dias.

APLICABILIDADE
- Face: pontos de sustentação da face;
- Pescoço e colo;
- Abdômen;
- Interno de coxa.

FIOS DE SUSTENTAÇÃO – PDO

A pele é um órgão morfofuncional que possui 1,5 m2 de superfície, Ph ligeiramente


ácido (4,5 a 6,5) e tem uma microflora residente: Staphylococcus epidermidis,
Corynebacteria, entre outras.

Possui grande capacidade de multiplicação e substituição, cada 1mm contém cerca


de 50 a 100 mil queratinócitos e as principais células dessa camada são:
queratinócitos, melanócitos, células de Langerhans e células de Merkel.

A pele consiste de três componentes:

 Epiderme;
 Derme;
 Tecido subcutâneo ou Hipoderme.

DERME

Composta de células primárias que produzem fibras de colágeno e fibras elásticas.

MORFOTIPOS DE ENVELHECIMENTO

1. Tipo Face Cansac;


2. Tipo Rugoso;
3. Tipo Deformação;
4. Tipo Combinado;
5. Tipo Muscular;
6. Tipo Combinado.

HISTÓRICO DE INSERÇÃO DE FIOS

 1956: 1º registro sobre uso dos fios para elevação de tecidos mortos por N.
Buttkewit.
 1970: surgimento de novos materiais – polilático, poliodioxonona.
 1990: Início dos procedimentos com fios de sustentação.
 1995: Dr. Kim Dong iniciou o uso de agulha de acupuntura com fio PDO.
 2013 a 2014: crescimento em Europa e Ásia.

O QUE É PDO?

 Polidioxanona;
 É uma fibra sintética monofilamentar que consiste em um fio de fibra sólida,
sendo dissolvido no tecido de 4 a 6 meses após inserção;
 100% sintético e biodegradável;
 Combinado com agulha similar à de acupuntura;
 É um material utilizado há mais de 30 anos para suturas cutâneas e
subcutâneas.

ORIGEM E CLASSIFICAÇÃO DOS FIOS PARA LIFTING DA PELE

O fio de PDO tem sido utilizado há muito tempo como fios de suturas cirúrgicas em
cirurgias gerais. A técnica foi descoberta casualmente pelo Dr. Know Han ao
realizar suturas de cicatriz, a partir daí, Dr. Kwan elabora uma técnica.

TIPOS DE FIOS PDO

 PDO Mono;
 Twin e Doble;
 Parafuso mono ou duplo e Twin Screw;
 Espiculados ou COG.

 MECANISMO DE AÇÃO
 Estimula os fibroblastos, e com isso a neocolagênese;
 Promove síntese de colágeno;
 Participam da cicatrização, sustentação, elasticidade;
 Reposicionar tecidos;
 Estimulação contínua aumentando o efeito do tratamento;
 Absorção por hidrólise mínima de 180 dias do procedimento.

CARACTERÍSTICAS DO FIO PDO

 O fio PDO inicia seu efeito sobre o tecido epitelial a partir da 2º semana;
 Provocando deposição de colágeno onde foi inoculado;
 Procedimento simples;
 Não exige equipamentos especiais;
 Resultado observado a longo prazo: até 3 anos.

DIFERENÇA ENTRE FIOS

 Fios Lisos: objetivo único de promover a estimulação de colágeno.


 Fios Espiculados: possuem espículas e fazem tracionamento dos tecidos da
face com efeito lifting.

OUTROS TIPOS DE FIO

 Fios de Ouro e Platina;


 Fios de Prolipropileno;
 Fios Russos;
 Fios Búlgaros;
 Fios de Poliamida;
 Fios de Ácido Polilático;
 Fios de Ácido Poliglicólico.

COMO AGEM OS FIOS SILHOUETTE?

Os fios de dermossustentação atuam como substitutos dos ligamentos


osteocutâneos promovendo uma nova sustentação da pele.

QUAL A CORRETA INDICAÇÃO DOS FIOS

 Auxiliar os ligamentos de retenção;


 Ligamentos dos tecidos moles à estrutura óssea;
 Principal função: sustentar e manter esses tecidos temporariamente;
 Auxiliam os ligamentos que sofrem frouxidão (tecido adiposo).
PRINCÍPIOS DE INSERÇÃO DOS FIOS PDO

 Tipos de fios e técnicas vão ser escolhidas de acordo com o objetivo do


tratamento;
 Inserção intradérmica: fios LISOS inseridos na camada reticular, usando
técnica de vetor linear ao longo das linhas Langer;
 Inserção hipodérmica: fios PARAFUSOS, DUPLOS ou COG são inseridos na
camada hipodérmica.

OBSERVAÇÃO: INSERÇÃO INTRAMUSCULAR: FIOS são inseridos ao


longo das fibras musculares.

POR QUE ATUAR COM FIOS?

 Técnica minimamente invasiva;


 Relativamente fácil;
 Poucos efeitos adversos pós procedimentos;
 Breve período de recuperação.

PRINCIPAIS INDICAÇÕES DOS FIOS PDO

 FACE:
- Rugas na testa;
- Sulco nasogeniano;
- Rugas de marionete;
- Queixo duplo (papada);
- Contorno da mandíbula;
- Infraorbitária;
- Sobrancelhas;
- Pescoço.

 CORPORAL:
- Glúteos;
- Decote;
- Mama;
- Abdômen;
- Coxa;
- Joelhos.

POSSÍVEIS EFEITOS / REAÇÕES ESPERADAS


 Eritema e edema;
 Hemorragias e hematomas;
 Dor, formigamentos e coceira;
 Endurecimento do tecido;
 Formação de pápulas;
 Saída da extremidade do fio pela pele;
 Migração do fio;
 Translucidez do fio.

CONTRA INDICAÇÕES

 Doença auto imune;


 HIV;
 PMMA.

ORIENTAÇÃO PÓS PROCEDIMENTO

 Uso de AINE´S (2x ao dia);


 Reparil gel ou Hirudoid (2/2hs);
 Corticoide tópico;
 Antibióticos orais;
 Evitar contato com fontes de calor;
 Evitar exposição solar;
 Evitar atividade física por 24hs até 7 dias;
 Evitar mímicas faciais exageradas.

COMO OBTER SUCESSO COM OS FIOS?

 Selecionar o paciente ideal: nem pele em excesso, nem pele muito fina;
 Número de suturas adequadas para cada caso;
 Flacidez leve a moderada;
 Sem perda de volume / estrutura óssea;
 Selecionar ponto mais eficiente de tração.

Você também pode gostar