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http://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/243240
Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Escola de Ciências da Vida
4 - Entrada de água no
citoplasma Macroscopicamente provoca o
Expansão isosmótica da
célula aumento do peso/volume do
órgão, com células salientes na
3 - Aumento da pressão
osmótica 1 - Retenção de sódio
superfície. As células túrgidas
comprimem os capilares,
2 - Redução de potássio tornando a região pálida
Microscopicamente:
Células tumefeitas, citoplasma granuloso
e menos basófilo
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Degeneração hidrópica • Hipóxia
Causas
• Agentes que causam alterações na membrana mitocondrial
(reduzem ATP)
• Inibidores da cadeia respiratória
• Inibidores da bomba de sódio e potássio
• Hipertermia exógena ou endógena (febre)
• Excesso de radicais livres, que lesam membranas
Cer = ceramida; Glc = glicose; Gal = galactose; Gal/Nac = N-acetil-galactosamina; Chln = colina; SNC = sistema nervoso central; SNA = sistema
nervoso autônomo. 11
Denominação Distúrbio enzimático Lipídeos acumulados Estruturas afetadas Evolução
Geral, predominando no
Ausência quase total de β- Gangliosídeo GM1 (10 Morte dos 6 meses até 2
Gangliosidose generalizada cérebro, fígado, baço,
galactosidase A, B, C vezes o valor normal) anos de idade
medula óssea
Ausência quase total de β- Gangliosídeo GM1 (10 Morte dos 3 aos 10 anos de
Gangliosidose juvenil GM1 Neurônios do SNC e SNA
galactosidase B e C vezes o valor normal) idade
Predominantemente na
Doença de Fabry parede dos vasos
Triaexosídeo de ceramida
ou angioceratoma corporis β-d-galactosidase sanguíneos, SNC, SNA, Morte na meia-idade
(Gal-Gal-Glc-Cer)
difusum universale miocárdio, córnea, rins,
pele
Cer = ceramida; Glc = glicose; Gal = galactose; Gal/Nac = N-acetil-galactosamina; Chln = colina; SNC = sistema nervoso central; SNA = sistema nervoso autônomo.
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Glicogenoses
Doenças genéticas
- Caracterizadas pelo acúmulo de glicogênio nas células do fígado, rins, músculos
esqueléticos e coração
- Causa: deficiência de enzimas que realizam sua degradação OU alterações no
seu metabolismo
- Dependendo da doença, os depósitos ocorrem no citosol ou de forma
intralisossômica
Tipo Denominação Distúrbio enzimático Glicogênio Estrutura afetada
Doença de Pompe
(glicogenose por deficiência
II α-1,4-glicosidase Normal Generalizada
generalizada de α-1,4-
glicosidase)
Doença de McArdle-Schmid-
Pearson (glicogenose por Fosforilase do glicogênio do
V Normal Músculo esquelético
deficiência de músculo
miofosforilase)
*A classificação desse tipo em separado é ainda duvidosa.
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Tipo Denominação Distúrbio enzimático Glicogênio Estrutura afetada
Músculo esquelético
Doença por deficiência de
VII Fosfofrutocinase do músculo Normal (clinicamente semelhante ao
fosfofrutocinase do músculo
tipo V)
Hipoglicogenose por
Glicogênio-sintetase do
IX deficiência de sintetase Quantidade limitada Fígado
fígado
hepática
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Mucopolissacaridoses - Caracterizadas pelos depósitos anormais de poliglicanos e ou proteoglicanos
- Resultam da deficiência enzimática
- Manifestações distintas, de acordo com a enzima lisossômica deficiente
Tipo Denominação Distúrbio enzimático Características anatomoclínicas
Grave retardo mental; deformidades esqueléticas, particularmente dos
Síndrome de Hurler (MPS 1H ou
I α-l-iduronidase ossos da face; opacificação da córnea; alterações somáticas; morte antes
gargoilismo)
dos 10 anos
Retardo mental moderado; graves deformidades esqueléticas; surdez
Síndrome de Hunter grave L- iduronossulfato sulfatase prematura; marcantes alterações somáticas; morte geralmente antes
II dos 15 anos
Leves alterações clínicas; boa inteligência; sobrevivência até a 3ª à 5ª
Síndrome de Hunter leve L- iduronossulfato sulfatase
década
Retardo mental grave; anomalias ósseas moderadas; opacificação de
Síndrome A de Sanfilippo Heparano -sulfato sulfatase
córnea questionável
III
Retardamento mental grave; anomalias ósseas moderadas; opacificação
Síndrome B de Sanfilippo N-acetil-α-d-glicosaminidase
questionável da córnea
Deformidades graves do esqueleto, com acentuada displasia
Síndrome de Morquio Desconhecido
IV espondiloepifisiana; insuficiência aórtica; córneas turvas
Síndrome de Maroteaux-Lamy ↑ Deformidades ósseas graves; opacificação corneana
Articulações rígidas; córneas turvas; insuficiência aórtica; inteligência
V Síndrome de Scheie (MPS 1S) α-l-iduronidase
normal; sobrevivência normal (?)
Esteatose
Acúmulo de gorduras neutras
Mono, di ou triglicerídeos
Citoplasma das células que
normalmente não os armazenam
Comum: fígado, epitélio tubular
renal e miocárdio
Menos frequente: músculos e
pâncreas
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Lipidoses: aterosclerose
Aspectos morfológicos
Ateroma
Lesão em forma de placa que faz saliência na luz
arterial
A matriz extracelular está sob renovação contínua, e isto depende da secreção (por células fagocitárias
e do tecido conjuntivo - fibroblastos) de enzimas chamadas metaloproteases (MMPs). Estas enzimas
são secretadas inativas, e sua atividade está sob o controle de citocinas (produzidas por fagócitos),
inibidores enzimáticos naturais e inibidores produzidos no próprio tecido.
Alterações no interstício (MEC) Tipo de alteração Causas Características
Fibras colágenas e
reticulares
Agressões afetam os mecanismos pós-transcricionais na
síntese das fibras. Podem ser causadas por carência de
vitamina C (hidroxilação deficiente do colágeno), cobre
Secundárias ou
(redução da atividade de lisil-oxidase), doenças metabólicas
adquiridas
que levam ao acúmulo de metabólitos que inibem a síntese
de colágeno, colagenases liberadas por fagócitos em sítios de
inflamação
Epidermólise bolhosa –
doença da pele de borboleta
https://prod-images-static.radiopaedia.org/images/54478422/EE29994C_jumbo.jpeg
https://i2-prod.mirror.co.uk/incoming/article7297965.ece/ALTERNATES/s1200b/MAIN-skin.jpg
Alterações no interstício (MEC)
Tipo de alteração Causas Características
Primárias
Envolvem alterações na enzima lisil-oxidase
(genéticas)
Fibras elásticas
Secundárias ou Processos que inibem a lisil-oxidase ou destroem as fibras já
adquiridas formadas
PIGMENTAÇÕES
Processos de formação e/ou acúmulo de pigmentos no organismo. Pigmentação
patológica pode ser sinal de alterações bioquímicas pronunciadas, sendo o
acúmulo ou a redução de determinados pigmentos um dos aspectos mais
marcantes em várias doenças.
Pigmentações patológicas endógenas
Bilirrubina:
Pigmento amarelo, produto final do catabolismo da fração heme da hemoglobina
Aumento da produção ou defeito na remoção da circulação
hiperbilirrubinemia icterícia (deposição na pele, esclera e mucosas)
Fatores regulatórios
Expressão genética, hormônios
Luz solar (fator estimulante na
espécie humana)
Níveis dietéticos dos precursores
tirosina e fenilalanina
Melanina - o que é?
Polímero complexo, cuja proporção de seus componentes define a coloração do pigmento
Tipos de melanina - eumelanina: insolúvel, castanha a negra e feomelanina: solúvel, amarela a vermelha
Causas
Lesões hiperpigmentadas
Medicamentos, anticoncepcionais, metais
Efélides (sardas), nevos e melanomas
pesados, quimioterápicos
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Envelhecimento
Hipopigmentação
Apoptose de melanócitos
Congênita (albinismo) ou adquirida (vitiligo)
Cabelos grisalhos
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Pigmentações patológicas exógenas
Penetração no organismo e deposição nos pontos do primeiro
contato com as mucosas ou pele
Calcificação é um processo fisiológico que ocorre nos ossos e dentes, sobre uma
matriz orgânica de fibras colágenas.
Calcificações O cálcio tem fixação lenta nos tecidos nos primeiros meses de desenvolvimento, mas se torna
acentuada nos últimos meses da gestação (nesta fase, completamente advindo da circulação materna).
Após o nascimento a demanda permanece grande, e o cálcio vem da amamentação, com necessidades
crescentes.
Gestação e
Adultos
Climatério crescimento
(infância)
mg/dia
800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500
CÁLCIO: concentrações estão em um balanço delicado; desequilíbrios podem ocasionar a precipitação dos sais
de cálcio na forma de hidroxiapatita (Ca10(PO4)6(OH)2
Ingestão
Aprox. 1g/dia
Células
Filtração:
urina
Reabsorção
Formação de cristais
de hidroxiapatita
Hipercalcemia
Desequilíbrios Núcleo secundário
metabólicos
Tipo de calcificação Mecanismo
Calcificação metastática
Calcificações patológicas
Massas sólidas, esféricas ou ovais, compactas e de consistência argilosa a pétrea
Formados em órgãos como vesícula biliar e rins
Nefrolitíase (rins), coletíase (vesícula biliar), coledocolitíase (colédoco) e
sialolitíase (glândula salivar)
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Referências https://www.ufrgs.br/patologiageral/degeneracao-hidropica/
Brasileiro Filho, Geraldo. Bogliolo, Patologia. 9. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
http://anatpat.unicamp.br/lamdegn.html
https://www.webpathology.com/
https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/strokeaha.107.486480
https://webpath.med.utah.edu/webpath.html#MENU