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Vamos começar falando de lesõ es reversíveis que sã o Quais os possíveis agentes causadores dessas lesõ es?
chamadas de degeneraçõ es.
Hipó xia: INIBE A CADEIA RESPIRATORIA e diminui a
Toda agressã o tem alvo molecular e essa agressã o pode ser produçã o de ATP. Logo tem menos funçã o da bomba e
intensa ou permanente para causar alteraçõ es morfoló gicas. tem retençã o de agua
Nem toda agressã o será visível morfologicamente, mas se Hipertermia exó gena ou endó gena: aumenta o
forem intensas expondo essas células por muito tempo ao consumo de ATP. Se tem menos ATP para o
agente agressor, essas alteraçõ es moleculares serã o vistas em organismo tem retençã o de agua
morfoló gicas. Elas podem acometer o interstício e célula Toxinas com atividades de fosfolipases/agressõ es
dependendo do agente etioló gico. O tipo de agente etioló gico, a geradores de radicais livres e eles lesã o a membrana e
intensidade, a capacidade do organismo em responder tudo podem alterar os canais e isso afeta o funcionamento
isso sã o fatores que vã o direcionar para uma lesã o reversível da bomba. Logo, retençã o de só dio e agua
ou irreversível. Nem toda agressã o leva a uma alteraçã o Substancias inibidoras da ATPsintase Na, K
morfoló gica, tem que ser intensas ou duradouras. dependente. Se alguma substancia age na enzima
evitando que funciona. Logo, a bomba nã o funciona e
Temos uma célula em processo adaptativos, como: hipertrofia,
tem retençã o de agua.
hiperplasia e metaplasia. Temos morte celular: apoptose,
necrose ou piroptose. Consequência de todos esses agentes causadores: retençã o de
só dio, potá ssio e aumento da Pressã o osmó tica intracelular, o
Conceito de degeneraçã o: é uma lesã o reversível segundaria a
que leva a entrada de agua no citoplasma e a expansã o
alteraçõ es bioquímicas que resultam em acumulo de
isosmotica da célula- TUMEFAÇÃ O
substancias no interior das células.
Consequência de tumefaçã o: Compressã o dos vasos e eles
O agente etioló gico altera o metabolismo da célula e por isso
podem colabar que estã o ao redor da célula tumefeica e a
acumula substancia dentro dela. Se o acumulo é de agua, ou
consequência disso é a isquemia e a isquemia leva a hipó xia.
entra mais agua ou sai pouca agua.
Esse tipo de lesã o quando nã o consegue reverter, é irreversível
Atençã o a nomenclaturas- doenças neurodegenerativas (nem
Aspectos macroscó pico da degeneraçã o hidropica
toda causa degeneraçã o- acumulo de substancias dentro da
célula), patologia é diferente da doença. Aumento do peso e volume
Diminuiçã o da consistência
Classificaçõ es:
Diminuiçã o da coloraçã o (pá lido)
Critério: natureza da substancia acumulada
Microscopicamente
Agua e eletrolíticos: hidró pica
Citoplasma adquire aspecto granuloso e torna-se
Proteínas: Hialina
menos basó filo (fica + acidó filo)
Lipídeos: esteatose (gordura no fígado) e lipidose-
Em está gio avançado as células apresentam
acumulo de colesterol e seus esteres (arteriosclerose)
pequenos vacú olos de agua distribuídos de modo
Carboidratos: glicogenose ou mucopolissacaridose
regular no citoplasma
(degeneraçõ es mais raras que sã o genéticas)
A coloraçã o do citoplasma muda (faz com que as organelas
Degeneraçã o hidró pica
ficam dispersas). Nã o conseguimos ver vasos pelo fato de
É uma lesã o reversível mais comum diante dos variados estarem congestos e altera ao fluxo sanguíneo.
tipos de agressã o independente da natureza do agressor
Essa degeneraçã o começa numa regiã o perivascular e vai para
Patogênese: Distú rbios no equilíbrio hidroeletrolítico e as regiõ es mais distantes desse vaso.
acontece por alteraçã o da osmolaridade (pode ou nã o
Degeneraçã o hialina:
estar associada a bomba de só dio e potá ssio e isso resulta
em retençã o de eletró litos e agua dentro da célula. (Só dio). Acumulo de material proteico e acidó filo no interior
Ocorre o influxo de só dio e agua. das células
Transporte passivo: a favor do gradiente de concentraçã o Caracteriza-se a microscopia de luz, pela presença de
e a facilitada envolve canais ou proteínas. Transporte ativo material vítreo, amorfo, hialino, brilhante e ró seo
é contra o gradiente de concentraçã o e gasta ATP. (corpú sculos)
Caracteriza pelo corpú sculo dentro da célula (ligaçõ es
Uma agressã o pode diminuir o funcionamento da bomba entre proteínas de diferentes tipos). Ele é rosa,
eletrolítica quando: brilhante, amorfa, e é vítreo
Degeneraçã o lipídica:
Esteatose hepá tica alcoó lica:
Esteatose:
O etanol é a causa mais conhecida e estudada de
É o acumulo de gorduras neutras (mono, di,
esteatose hepá tica
triglicerídeos) no citoplasma de células que
O á lcool é metabolizado por 3 vias: microssomal,
normalmente nã o armazenam
á lcool-desidrogenase e catalase. Em todas irã o
É comum no fígado, epitélio tubular renal e no
produzir mais á cido acético
miocá rdio, mas pode aparecer no musculo esquelético
e pâ ncreas -Menos disponibilidade de NAD (usado para converter a aceto-
Tem que ter alteraçã o no metabolismo lipídico, aldeído em á cido acético) - necessá rio para a oxidaçã o de
eliminado em menor quantidade. lipídeos. Logo, essa via de metabolizaçã o fica afetada
Microscopicamente:
Presença de macro e microvesícula (quanto mais tamanho, a célula degenerada, colá geno, leucó citos tudo
macro vesículas maior é grau de esteatose) aumenta. E por fim acontece a angiogenese (novos vasos),
Compressã o de vasos sanguíneos formaçã o de fibrose e isso caracteriza como achado crô nico.
Essa placa pode aumentar tanto de tamanho e crescer até o
Evoluçã o/consequência: outro lado ou fica sensível ao fluxo e pode ocorrer ruptura e
pode se soltar e chama embolo.
Pode ser reversível (parar de beber á lcool ou ingerir
menos gordura), mas quando isso nã o acontece evolui Quando o colesterol se deposita diretamente no interstício ele
para a morte celular. E a condiçã o clinica é chamada fica com caraterística de cristais de colesterol.
de cirrose (condiçã o patoló gica caracterizada por
morte de hepató citos e cicatrizaçã o do fígado Xantomas:
causando fibrose)
Sã o lesã o encontradas na pele sob formas de nó dulos
Cirrose: ou placas que quando superficiais tem coloraçã o
amarelada
Macroscó pico: tem coloraçã o menos amarelada e granulaçõ es Microscopicamente é composto por aglomerados de
macró fagos epsumosos ou xantomatosos
A capsula é muito granulada (mais que o de esteatose). Essas
Ex: geralmente acontece com indivíduos com
regiõ es chamamos de pseudo-lobulos (tem hepató citos viá vel,
aumento de colesterol sérico (hipercolesterolemia)
estã o degenerados, mas estã o vivos). Temos regiã o de fibrose
(morte de hepató citos e substituiçã o por fibrose- colá geno) Lesã o em nó dulo: xantelasma
Xantoma: em placa
Microscopia: Tem macro e microvesículas com hepató citos
degenerados e tem filamentos de colá genos. Degeneraçã o por carboidratos- glicogenoses e
mucopolissacaridose
Lipidose
Glicogenose:
Degeneraçã o por acumulo intracelular de outros
lipídeos (nã o triglicerídeos) geralmente o colesterol e Degeneraçã o por acumulo de glicogênio
seus ésteres Doenças genéticas atingindo células do fígado, rins,
Pode ser localizada ou sistêmica. (Envolve mú sculos esqueléticos e coraçã o
normalmente na camada intimica de artérias, ou na Causa: deficiência enzimá tica no processo de
epiderme de algumas pessoas, como canto dos olhos, degradaçã o do glicogênio
nariz e pescoço) Ex: artérias e pele Intralisossomicos ou no citosol, ou seja, acumulo de
Depó sito de colesterol, seus ésteres e em menor glicogênio no citosol ou lisossomos.
quantidade, de fosfolipídios e glicerídeos na camada
Deficiência na glicose 6 fosfato- doença de von gierke
intimica de artérias de medio e grande calibre
Multifatoriais (fatores genéticos e ambientais). Estã o Mucopolissacaridose
relacionados com polimorfismos em genes
relacionados com o metabolismo lipídico, biologia do Deposito anormais de poliglicanos e/ou
tecido adiposos e a resposta inflamató ria. E a proteoglicanos que resultam na deficiência
dislipidemia (aumento de triglicerídeos e colesterol enzimá tica e se caracteriza por acumulo
no plasma), HAS, tabagismo, diabetes, estresse e intralisossomicos dessas moléculas e ou de seus
sedentarismo estã o relacionadas a condiçõ es metabolitos
ambientais. Síndromes genéticas
Ex: arteriosclerose (pode atingir o interstício) Acumulo de proteoglicanos (proteínas e carboidratos)
que estã o presente na matriz extracelular, tecido
Arteriosclerose: conjuntivo e cartilaginoso.
Síndrome de Hurler- dilataçã o do olho, tamanho da
Patogênese: sempre começa com uma lesã o endotelial (a
língua, dificuldade de movimentaçã o, tem condiçã o
pró pria hipercolesterolemia já é uma característica
cardíaca que altera a vá lvula. Ela acomete o
inflamató ria). Se houver lesã o no endotélio, começa a
organismo de forma sistêmica.
homeostasia para estancar esse sangramento. Outra
possibilidade é que os vasos sanguíneos estejam enfraquecidos
e tem menor resistência vascular periférica e essas células
podem ser lesadas mais fá cil e podem formar a placa de
aterioscleroma.