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a) Defina: meios e métodos de treinamento desportivo, exercício físico de treino e

forma desportiva.

Gomes (2002) considera alguns meios utilizados:


 Equipamentos especiais: material desportivo, instalações, aparelhos de treino,
aparelhagem de avaliação, etc.
 Fatores da natureza: influência do ar e da água, radiação solar, condições climáticas
especiais.
 Condições sociais e ecológicas de vida dos atletas: condições de vida cotidiana,
regime de sono, estudos, trabalho, fator social, econômico, etc.
 Alimentação do atleta: adequação de quantidades necessárias de nutrientes.
 Fatores de recuperação: massagem, fisioterapia, suplementação alimentar, sauna, etc.
 Influências informativas: sistemas de informação a fim de se obter maior variedade
possível de dados.

O exercício físico constitui a base da preparação do atleta como processo pedagógico (Gomes,
2002), sendo a principal forma de utilização das ações motoras no processo de treinamento
desportivo.

Aqui, segundo as colocações do autor, processo pedagógico assume função de facilitação e


estímulo específico orientado para a solução de tarefas nas práticas de preparação da
modalidade desportiva.

Percebe-se aqui que o exercício físico está obrigatoriamente ligado ao método, estabelecendo
interligações necessárias para a solução de tarefas propostas, com características de repetição,
de forma definida e objetiva.

Convenciona-se aqui que meio, na terminologia do treinamento, se refere ao que se utiliza


(por exemplo, exercícios com peso), e método como se utiliza (por exemplo, número de
séries, número de repetições de determinado exercício) o meio no processo de evolução da
performance durante treinamento.

b) O que é carga física? Defina os seus componentes.


A carga física representa o conjunto dos recursos exigidos para a realização das tarefas em
treino ou competição. Pode ser caracterizada em função do impacto que produz no organismo
do atleta.
De acordo com Rama (2016), a carga física pode ser analisada atraces das suas componentes
estruturais. A classificação das diferentes dimensões permitem entender de que forma a
estimulação processa e as implicação de estímulos diferenciados. Assim sendo, a carga física
apresenta as seguintes componentes: volume e intensidade.

Volume – o volume expressa a duração da influência da carga física, sendo um pré-requisito


fundamental para a obtenção de elevado desempenho. Por outro lado, a intensidade fornece a
dimensão do esforço aplicado, ou seja, qual a qualidade física requisitada.

c) Indica quais são os componentes da preparação desportiva.


Tanto em campo, como em laboratório busca-se a melhor performance do atleta. Ou seja, tudo
é feito para que o atleta execute uma tarefa com melhor desempenho e menor desgaste. Para
isso, há diversos componentes para uma boa performance desporto (Rema, 2016):
 Componente psicológico;
 Biossocial;
 Componente técnico;
 Componente táctico;
 Componente físico.
Todas têm seu grau de importância, mas a preparação física no futebol é fundamental, já que
uma partida dura no mínimo noventa minutos e o condicionamento físico é a base para o
desempenho das demais componentes.

Adaptação é uma resposta fisiológica progressiva a longo prazo aos programas de treinamento
geral e específico do desporto, com o objectivo de preparar o atleta para as exigências
específicas da competição.

a) Estabeleça a diferença entre adaptação crónica e adaptação aguda. Dê 2 exemplos de


cada.

As adaptações agudas são aquelas observadas ao longo das primeiras 24 ou 48 horas, às


vezes até 72 horas, após uma sessão de exercícios e podem ser exemplificadas pelas reduções
nos níveis tencionais e pelo aumento da sensibilidade insulínica.

Por outro lado, as adaptações crónicas são aquelas que resultam da exposição sistemática a
sessões de exercícios, representando as alterações morfofuncionais que diferenciam um
indivíduo fisicamente treinado de um não treinado. Por sua vez, as adaptações crónicas são
bem representadas pela bradicardia de repouso, hipertrofia muscular e elevação da potência
aeróbia.

Exemplos:

O treinamento físico de baixa intensidade diminui a hipertensão arterial porque provoca


redução no débito cardíaco, o que pode ser explicado pela diminuição da frequência cardíaca
de repouso. Além disso, esta alteração na frequência cardíaca é devida a uma diminuição no
tónus simpático no coração.

Exemplos de actividades anaeróbicas: exercícios de velocidade com ou sem carga, de curta


duração e alta intensidade; corrida de 100 metros rasos; saltos; arremesso de peso. Exercícios
de força, como pilates, ou exercícios resistidos com peso, como a musculação.

b) Defina Supercompensação.

A supercompensação é uma teoria da ciência do desporto que se concentra no aumento


elevado de glicogénio nos músculos. A teoria afirma que, quando grandes quantidades de
glicogénio são liberadas nos músculos, o corpo reage com uma queda repentina nos níveis de
glicogénio, que é seguida por um desejo maior por carboidratos. Essa cadeia de eventos
permite que o corpo compense o aumento repentino do glicogénio muscular e restaure o
equilíbrio.

Diz-se que o processo de supercompensação ocorre imediatamente após o período de


treinamento, quando o corpo está fatigado pelo estresse do treinamento.

c) Caracterize as 4 principais fases do mecanismo da supercompensação.

Além do mais, o controle para se aumentar os níveis nem sempre é fácil. A supercompensação
se divide em 4 fases:
Fase 1: logo após aplicação do exercício, é quando o organismo experimenta a fadiga;
Fase 2: a recuperação ocorre acima do nível normal das reservas energéticas anteriores ;
Fase 3: recuperação completa, ocorre a supercompensação;
Fase 4: período ótimo para um novo estímulo, que caso não ocorra ocorrerá a chamada
involução.
Assim, se um novo estímulo não for realizado durante a fase 4, ao invés de termos uma
evolução, acabaremos tendo uma involução.
Além disso, se este novo estímulo for feito durante a fase 2 ou 3, também não teremos de fato
uma evolução, pois o corpo ainda não esta completamente recuperado.
Referências Bibliográficas

Rama, L. (2016). Teoria e metodologia do treino: modalidades individuais. Brasil: UCDD.

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