Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AUTOR SUPERVISORES
Telcêncio Mário Elias da Costa Nobre Eng.º Mateus G. Mudji Mamboza (EDM)
AUTOR: SUPERVISORES
Telcêncio Mário Elias da Costa Nobre Eng.º Mateus G. Mudji Mamboza (EDM)
.....MSc. Narciso Fernando Nota (ISPS)
O SUPERVISOR
O CO-SUPERVISOR
___________________________________________
O EXAMINADOR
____________________________________________
O PRESIDENTE DA MESA
______________________________________________
Declaro que, o estudante Telcêncio Mário Elias da Costa Nobre, entregou no dia
___/___/2020, as copias do seu Relatório de Estagio Profissional com referência:
Máquinas Eléctricas, Transporte e Distribuição de Energia Eléctrica, intitulado
Análise do Desequilíbrio de Tensões de Fases no Enrolamento de 22 kV do
Transformador Principal 1 da Central Hidroeléctrica de Chicamba – EDM.
Chefe da Secretaria
_______________________________________
DEDICATÓRIA
i
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradecer ao senhor omnipotente DEUS pelas bênçãos e por tudo
que tem feito por mim, pelas pessoas maravilhosas que ele colocou na minha vida, se
hoje consegui estar nesta posição é pela sua graça.
Aos meus pais Elias Eduardo da Costa Nobre Júnior e Josefa Manuel da Costa Nobre
por me darem a vida.
Os meus irmãos Luísa Maria da Costa Nobre Raúl, Manuela da Costa Nobre, Alcides
Nobre, Márcia do Carmo da Costa Nobre, Adalgisa Rosa da Costa Nobre, Elias Emídio
da Costa Nobre.
Muito obrigado a minha namorada que contribuiu e vem contribuindo para o meu
sucesso, deu-me suporte necessário nos momentos em que não me sentia forte o
suficiente para vencer certos obstáculos, agradeço também pelo carinho, amor e
paciência.
De maneira igual, agradeço também a todos que fazem parte da equipe da Central
Hidroeléctrica de Chicamba em particular os senhores engenheiros Alexandre João
Pinto Madeira, José Carlos Saraiva, José Picardo, pelos ensinamentos práticos,
teóricos e sociais transmitidos.
Aos meus docentes, não existem folhas suficientes para escrever os meus
agradecimentos, foram anos difíceis mas só agora entendo o motivo de tanta
exigência, é porque sempre estavam atrás da excelência qualidade dos seus
estudantes, muito obrigado a todos em especial os engenheiros Humberto Sede, Igídio
Mutemba, Narciso Nota, Lionel Fanequisso, Anacleto Albino.
ii
EPÍGRAFE
“A mente que se abre a uma nova ideia, jamais volta ao seu tamanho original.”
(Albert Einstein).
iii
RESUMO
No que diz respeito a desequilíbrio de tensão, há um trabalho que tem-se feito para o
cumprimento das normas regulamentadoras e recomendações internacionais que
estabelecem limites aceitáveis de desequilíbrio visando a proteger os equipamentos e
os consumidores.
iv
ABSTRACT
This work focuses on the analysis of a defect in the power transformer of the Chicamba
hydroelectric plant. Transformers are essential equipment in the electrical power
system, playing a decisive role in the continuity of the supply of electrical energy, which
imposes the need for continuous monitoring of operating conditions in order to prevent
possible system failures. They have the main function of alternating the different voltage
levels to interconnect the electricity generation, transmission and distribution systems.
With regard to voltage imbalance, there is work that has been done to comply with
regulatory standards and international recommendations that establish acceptable limits
of imbalance in order to protect equipment and consumers.
In this sense, the objective of this work is to carry out a study on voltage imbalance in
the main transformer 1 of the Chicamba hydroelectric power station, of 24.5 MVA, in
EDM as a case study, as it is a major electricity utility for the electrical system in the
central region of the country.
Then, the testing procedures performed on the transformer are discussed and aspects
related to the causes of the defect and the recommendations are presented in order to
ensure greater reliability and continuity of service of the equipment.
v
ÍNDICE
Sumário Pág.
vi
3.1. Dados Técnicos do Transformador Principal 1 ............................................. 26
3.1.1. Características Eléctricas ..................................................................... 26
3.2. Protecções do Transformador principal 1 ..................................................... 28
3.2.1. Protecções Intrínsecas ......................................................................... 28
3.2.2. Protecções Extrínsecas ........................................................................ 31
4. CAPÍTULO IV – ANÁLISE DO DESEQUILÍBRIO DE TENSÕES ENTRE FASES
NO TRANSFORMADOR ........................................................................................... 36
………………………………………………………………………………………………..48
6.1. Conclusões................................................................................................... 66
6.2. Recomendações........................................................................................... 66
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................... 68
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 69
ANEXO .................................................................................................................. 71
viii
LISTA DE SÍMBOLO
ix
LISTA DE FIGURAS
x
Figura 4.6 Detalhe da forma de onda da tensão de saída do inversor, alimentado a
partir da linha Vila Pery. ................................................................................................ 41
Figura 4.7: Relação entre desequilíbrio de tensão e temperatura. ................................ 46
Figura 4.8: Perda de vida útil versus factor de desequilíbrio. ........................................ 47
Figura 5.1: Mala Kelman TRANSPORT X para teste de DGA....................................... 49
Figura 5.2: Mala de Teste DPA até 75 kV da BAUR. .................................................... 50
Figura 5.3: OMICRON CPC 100.................................................................................... 51
Figura 5.4: Instrumento de medição de relação de transformação. ............................... 51
Figura 5.5: Megger BM21. ............................................................................................. 52
Figura 5.6: Colecta do óleo isolante do T1 para análise. ............................................... 53
Figura 5.7: Vista de frente e de cima do eléctrodo de disco. ......................................... 56
Figura 5.8: Esquema de ligação para medição resistência de isolamento entre os
enrolamentos MT e BT. ................................................................................................. 59
Figura 5.9: Circuito equivalente da medição de isolamento entre média e baixa tensão.
...................................................................................................................................... 59
Figura 5.10: Circuito equivalente para medição de . ............................................... 60
Figura 5.11: Esquema de ligação para medição de relação de transformação entre os
enrolamentos de MT e BT. ............................................................................................ 62
xi
LISTA DE TABELAS
xii
LISTA DE ANEXOS
xiii
LISTA DE ABREVIATURAS
AT Alta Tensão
Instituto Nacional Americano de Normas (do inglês American
ANSI
National Standard Institute)
BT Baixa Tensão
BF Falha de Disjuntor (do inglês Break Failure)
BIL Nível de Impulso Básico (do inglês Basic Impulse Level)
CA/AC Corrente Alternada/Alternating Current
CC/DC Corrente Contínua/Direct Current)
Conselho Internacional de Grandes Redes Eléctricas (do
CIGRÉ
francês Conseil International des Grands Réseaux Electriques)
DGA Análise de Gás Dissolvido (do inglês Dissolved Gas Analysis)
DCC Direcção das Centrais Centro
EDM Electricidade de Moçambique
EP Empresa Pública
EN Norma Europeia (do inglês European Normalization)
FIPAG Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água
G1 Grupo Gerador 1
G2 Grupo Gerador 2
GP Grau de Polimerização
Subestação Isolada a Gás (do inglês Gas Insulated
GIS
Substation)
HC Hidroeléctrica de Chicamba
HCB Hidroeléctrica de Cahora Bassa
HMI Interface Humano-Máquina (do inglês Human Machine
Interface)
Instituto de Engenheiros Electricistas e Electrónicos (do inglês
IEEE
institute of Electrical and Electronics Enginners)
Comissão Electrotécnica Internacional (do inglês Internacional
IEC
Electrotechnical Commission)
IP Índice de Polarização
MT Média Tensão
NBR Norma Brasileira
ONAF Óleo Natural, Ar Forçado
xiv
ONAN Óleo Natural, Ar Natural
ppm Partes Por Milhão (do inglês Parts Per Million)
SEP Sistema Eléctrico de Potência
Hexafluoreto de Enxofre
T1 Transformador 1
Quantidade total de gases combustíveis (do inglês Total
TDCG
Dissolved Combustible Gas)
TC Transformador de Corrente
TP Transformador de Potencial
xv
CAPÍTULO I
1. CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
1.1. Introdução
Legenda:
Linha e barramento de 110 kV;
Linha e barramento de 22 kV;
Linha e barramento de 6,6 kV;
Linha e barramento de 400 V.
A cada vez que se detecta falta de tensão por defeito da rede na entrada do
barramento de 22 kV entra em serviço de forma automática o grupo à diesel para
alimentar o barramento de 400 V dos serviços essenciais e opcionalmente os serviços
não essenciais (depende do operador em função das necessidades).
Pode vir a afectar os outros enrolamentos (110 e 6,6 kV), deixando a central
sem produção uma vez que o outro transformador está fora de serviço;
Prejudica a continuidade de serviço;
O funcionamento constante do grupo à diesel acarreta custos para a empresa;
A central não irá funcionar como foi projectada, tendo em conta que ainda
existem alguns equipamentos que estão dentro da sua garantia, e podem ser
comprometidos pelo seu funcionamento inadequado.
1.3. Objectivos
Objectivo Geral
1.4. Metodologia
(1)
Empresa electromecânica italiana, especializada na fabricação de transformadores.
O presente trabalho foi elaborado tendo como foco uma das unidades de produção da
empresa Electricidade de Moçambique EP.
A central hidroeléctrica de Chicamba é uma das cinco centrais exploradas pela EDM,
que até 2013 tinha uma capacidade de potência instalada de 38 MW mas com o factor
tempo de vida dos equipamentos (1977-2013) registou-se uma redução de potência de
geração pelo facto de muitos equipamentos ficarem descontinuados e entraram em
desuso.
Daí que em 2015 contou com uma reabilitação e os trabalhos tiveram início em
Novembro de 2013 a cargo do consórcio franco-norueguês constituído pelas empresas
1.6.1. Organograma
Esta secção fornece uma visão geral da Direcção de Centrais Centro. O comité de
gestão da DCC está de acordo com o organograma da figura 1.2:
1.6.2. Central
A central hidroeléctrica de Chicamba é uma das fontes de produção de energia
eléctrica do país explorada pela Electricidade de Moçambique, EP desde 1977, fornece
energia eléctrica às províncias Moçambicanas de Manica e Sofala, e também a Mutare,
uma cidade do país vizinho Zimbabwe.
1.6.3. Barragem
A barragem de Chicamba Real antiga barragem Oliveira Salazar, a ideia nasce
praticamente com o projecto têxtil que a Sociedade Algodoeira de Portugal pretendia
realizar em Vila Pery (actual cidade de Chimoio), de modo a satisfazer as necessidades
de energia eléctrica daquela nova industria.
2.1
Figura 2.2: (a) Configuração básica das bobinas no núcleo; (b) Circuito equivalente em
pu – transformador ideal.
Fonte: Duncan Glover et al, 5ª ed, 2012
A razão de transformação deste tipo de transformador é dada por:
(2.2)
Onde:
Legenda:
por armazenar o óleo quando esse se expande no tanque principal, e deposita o óleo
quando comprime-se.
Percebe-se a partir da figura abaixo que cada enrolamento da bobina estará sujeita a
uma tensão de fase que é . (2.3)
√
Figura 2.6: (a) Ligação Yy; (b) Fasores de tensão na sequência ABC.
Fonte: Guedes, 2004.
Com esta ligação, verifica-se que não há desfasamento entre as tensões simples
primárias e as tensões simples secundárias, isto é, a respectiva diferença de fase é
nula.
Figura 2.7: (a) Ligação Dy; (b) Diagrama fasorial de tensões, sequência ABC.
Fonte: Guedes, 2004.
O factor importante que vale salientar com relação à ligação Zig-Zag é a combinação
das vantagens das ligações estrela e delta. Com ela, além de prover um neutro, é
possível alimentar cargas desequilibradas sem que o neutro seja submetido a tensões
elevadas. Ela proporciona, também, um caminho fechado para circulação de correntes
da terceira harmónica (ALVES; NOGUEIRA, 2009).
F2 – esforços de expansão axial: actuam com maior intensidade na parte superior onde
as bobinas são fixadas, fazendo com que a parte inferior seja mais vulnerável a
deformações.
externo. Estes esforços fazem com que os condutores das bobinas se estiquem,
podendo romper a isolação ou mesmo o condutor por completo.
Argumenta Marcelo Paulino, 2012, que a deficiência desses equipamentos podem ser
causados por montagem incorrecta, baixa qualidade dos materiais ou solicitações
mecânicas devido a eventos de alta corrente do transformador, essa ocorrência tende a
evoluir de um defeito para uma falha.
Figura 2.13: Bucha de 110 kV, retiradas do transformador principal de 24,5 MVA.
Fonte: Autor
Figura 2.14: Danos na parte inferior da Bucha de alta tensão (230 kV).
Fonte: Bechara Ricardo, 2010
Neste processo podem existir algumas falhas como o mau aperto das conexões, queda
de objectos dentro do transformador, quebra das buchas, entre outros.
relé. Este relé é alocado no tubo que conecta o conservador de óleo e o tanque
principal, possui dois contactos independentes, um para alarme e outro para disparo
(trip), com terminais conectado à caixa de distribuição. O primeiro contacto dispara
quando o volume de ar/gás acumulado (mesmo gradualmente) em sua câmara atinge
um volume de 0,175 dmᶟ (alarme), enquanto o segundo contacto dispara quando esse
volume atinge 0,3 dmᶟ (trip) ou quando a onda de pressão no óleo atinge uma
velocidade de 1m/s (trip).
Neste caso, a corrente diferencial ou corrente de operação pode ser obtida como a
soma das correntes que entram no equipamento protegido (Segatto e Coury, 2008).
̅ √ ( 𝑡 ) (4.2)
̅ √ ( 𝑡 ) (4.3)
Figura 4.1: (a) Forma de onda sinusoidal de tensões equilibradas; (b) Digrama fasorial.
Fonte: Elior Rocha, 2004
Onde:
t: é o tempo em segundos.
contínua do banco de baterias para a corrente alternada por forma a alimentar cargas
extremamente essenciais como os cubículos de protecção, dispositivos de
supervisionamento e accionamento. Todavia, esses equipamentos possuem elementos
não lineares (indutores e capacitores) na sua composição que podem criar distorções
na forma de onda de tensão e corrente provocando desequilíbrios de tensões que
podem ser reflectidas no terminal do transformador em questão.
As figuras 4.3 e 4.4 mostram a forma de onda de tensão vista na saída do inversor
quando alimentados pelo barramento de 22 kV do T1, onde o eixo das ordenadas
representam os valores de tensão em Volt e o eixo das abcissas indicam o tempo em
milissegundos.
As figuras 4.5 e 4.6 mostram a forma de onda de tensão de saída do mesmo inversor
quando alimentado pela linha de Vila Pery, onde o eixo das ordenadas representam os
valores de tensão em Volt e o eixo das abcissas indicam o tempo em milissegundos.
Figura 4.5: Forma de onda da tensão de saída do inversor, alimentado a partir da linha
Vila Pery.
Fonte: Omicron CPC 100
Neste ponto são descritas as principais normas internacionais que discorrem sobre a
quantificação do desequilíbrio de tensão. Antes de serem apresentadas as soluções
para desequilíbrios de tensão, serão apresentados os limites permissíveis dos
desequilíbrios de tensão em sistemas eléctricos definidos por diversas normas. Estes
valores constituem-se como indicadores da necessidade ou não de se adoptar medidas
de mitigação, de modo a se respeitar a normalização vigente.
4.4.3. ANSI
Segundo a norma ANSI (1995), recomenda-se que os sistemas eléctricos sejam
projectados e operados de modo a limitar o máximo desequilíbrio de tensão em 3%,
sob condições em vazio.
√
√ (4.4)
√
| | | | | |
| | | | | |
(4.5)
Onde:
Com base na norma (IEEE 1159, 2009) este método é descartado para o cálculo de
factor de desequilíbrio de tensão do transformador em estudo, visto que os
enrolamentos em que as tensões estão desequilibradas têm a conexão em estrela com
̅ ̅
[̅ ] [ ][̅ ] (4.6)
̅ ̅
Onde:
Este método pode ser aplicado tanto para tensões de linha quanto para tensões de
fase, e seu índice é definido pela razão entre os módulos das tensões de sequência
negativa e positiva, conforme as equações (4.7), (4.8) e (4.9), respectivamente.
(4.7)
̅ ̅ ̅ ̅ (4.8)
̅ ̅ ̅ ̅ (4.9)
Onde:
Segundo ANEEL (2000), dos métodos de quantificação, o índice VUF é o que melhor
representa o grau de desequilíbrio em virtude da abordagem simultânea das
amplitudes e dos ângulos das tensões. Contudo descartou-se este método pela
incapacidade de leitura dos ângulos dos aparelhos de medidas instalados na central
hidroeléctrica de Chicamba.
(4.10)
Onde:
Ressalta-se que neste método aplicam-se apenas as tensões de linha. Segundo IEEE
1159 (2009).
No caso em estudo a máxima tensão de linha ( ) é de 25,27 kV, envolvendo as
fases 3 e 1. A média das tensões de linha envolvendo as 3 fases é de 23,298 kV. Os
dados foram obtidos a cada 1 hora, durante 7 dias no período mais crítico, com a
posição 2 no tap changer. Daí que pode-se calcular o LVUR:
Embora existam diversas fórmulas, correspondentes a outros tantos modelos, não há,
ao momento, nenhuma que permita, de forma incontroversa, efectuar o cálculo da vida
útil restante de um transformador, devido ao imenso número de variáveis envolvidas.
8
7
Temperatura em °C
6
5
4
3
2
1
0
0 2 4 6 8 10
LVUR (%)
90
Perda de vida útil em %
80
70
60
50
40
30
20
10
0
0 2 4 6 8 10
LVUR (%)
5.1. Introdução
(4)
Quantidade existente em um universo de 1 milhão (parts per million)
(5)
Quantidade total de gases combustíveis no óleo
0,1>R 0 1 0
0,1<R<1 1 0 0
1<R<3 1 2 1
3<R 2 2 2
Fonte: IEEE C57.104
A partir dos resultados corrigidos é feita a análise de valores com base na tabela 5.3.
Antes do ensaio, o óleo foi mantido em repouso entre 2 e 3 minutos para que as bolhas
de ar pudessem ser expelidas.
Entre uma medição e outra, o óleo ficou em repouso por 1 minuto. O instrumento
dispara um pequeno estalo quando a rigidez do dieléctrico entre os eléctrodos é
rompida. Com isso o valor do campo eléctrico é lido.
Fonte: Autor
Resultados Obtidos
Rigidez
Teste
dieléctrica [kV]
1 61,4
2 72,5
3 72,8
4 70,9
5 75,0
6 75,0
Média (̅) 71,3
Desvio padrão (s) 5,1
Fonte: Instrumento BAUR DPA 75 C.
5.3.2.1. Análise dos Resultados
Para avaliar as medidas obtidas não é necessário fazer uma verificação de natureza
estatística. Serão avaliados dois critérios, descritos a seguir.
Critério 1
A avaliação das medidas obtidas é dada pela razão entre o desvio padrão e a média
dos 6 valores individuais. Se essa relação for maior do que 0,1 é provável que o desvio
padrão das 6 medidas seja excessivo e portanto, o erro provável da medida também o
seja. Neste caso, não podem ser tiradas conclusões sobre a rigidez dieléctrica do óleo.
Como ̅
, então pelo critério 1 as medidas são consistentes.
Subtrair o valor mínimo encontrado para a tensão de ruptura do valor máximo obtido e
multiplicar o resultado por 3. Se o produto for maior do que o segundo menor valor da
tensão de ruptura, é provável que o desvio padrão seja excessivo.
Como 70,9 kV é o segundo menor valor da tensão de ruptura e 40,8 kV<70,9 kV,
conclui-se que pelo critério 2, as medidas também, são consistentes.
A seguir são descritos procedimentos que foram usados para a realização do teste de
resistência de isolamento:
Figura 5.9: Circuito equivalente da medição de isolamento entre média e baixa tensão.
Onde:
Onde:
Os resultados medidos são apresentados na tabela 5.6, junto com o nível de tensão
utilizada nos ensaios e os valores para o intervalo de tempo estipulado para fazer as
medições.
Fonte: Autor
Segundo o critério de avaliação do CIGRE para valores admissíveis de resistência de
isolamento, os valores medidos estão dentro da normalidade de isolação do
equipamento, portanto os valores apresentados na tabela 5.8 nos permite concluir que
as características de isolação do transformador de potência ensaiado estão em
perfeitas condições de integridade.
Onde:
Fonte: Autor
A partir das análises feitas conclui-se que a natureza de cargas não lineares não é
motivo de imposição de tensão desequilibrada no enrolamento de 22 kV, visto que para
as mesmas cargas e para mesmo o disjuntor de entrada do barramento de 22 kV, mas,
trocando a linha que trás a tensão para este barramento, as tensões na saída dos
inversores são completamente sinusoidais e sem aparição de tensões desequilibradas
no barramento dos serviços auxiliares.
Com base na análise dos resultados obtidos através dos ensaios apresentados no
capítulo 5, conclui-se que o motivo de aparecimento das tensões desequilibradas no
enrolamento de 22 kV, é devido a graves defeitos na relação de transformação
causados pelo curto-circuito entre espiras com o tap na posição 2.
6.1. Conclusões
Após um estudo feito às cargas não lineares, no capítulo 4, notou-se que o motivo de
aparecimento de tensões desequilibradas deve-se a um defeito interno do próprio
transformador e no estudo do caso no capítulo 5, os trabalhos de diagnóstico para a
caracterização da falha foram desenvolvidas a partir da colecta e análise de dados
obtidos através de instrumentos específicos usados em campo e no laboratório.
Por fim, através dos procedimentos mostrados neste trabalho e dos conhecimentos
adquiridos durante o período de estágio profissional, foram obtidas informações relevantes
para uma caracterização operacional completa do transformador de potência do grupo
principal 1 da Central Hidroeléctrica de Chicamba.
6.2. Recomendações
Recomenda-se que se faça a secagem do óleo isolante por meio de furna, com
objectivo de diminuir a humidade e os gases encontrados fora dos parâmetros normais
de funcionamento, uma vez que a empresa EDM tem a disponibilidade desse
equipamento, isto constitui uma vantagem em termos de gestão de tempo e no factor
económico.
Período Actividades
Apresentação aos colaboradores da central e barragem pelo
engenheiro José Saraiva;
Breve palestra sobre HST;
Indução à central pelo engenheiro José Saraiva;
Indução à barragem pelo senho Zeca Domingos;
Instalação eléctrica na sala de lazer;