Você está na página 1de 76

Aula prática de

parasitologia
Encontro 3
Encontro 3

⮚ Tricomoníase
⮚ Malária
⮚ Doença de Chagas
Tricomoníase
Tricomoníase
Agente etiológico :
Ciclo :
Habitat:
Transmissão:
Tricomoníase
Agente etiológico : Trichomonas vaginalis
Ciclo : monoxênico
Habitat: trato genito urinário
Transmissão: sexual, compartilhamento de objetos, parto
Ciclo biológico
Morfologia- hora de desenhar

Trichomonas sp – trofozoíto
(forma única)
Hora de desenhar
Diagnóstico

- Homem: swab subprepucial ou saída da uretra ou sêmen ou primeira urina do


dia
- Mulher: sem higiene nas 24hs anteriores, coleta do fluido vaginal com swab ou
espéculo
- Exame microscópico: preparações a fresco ou esfregaços corado e fixados ou
cultura

Colpocitologia= papanicolau
QUESTÕES
1-(Residência UFPA) O Trichomonas vaginalis
causa corrimento vaginal
A)Grumoso, branco, inodoro.
B)Grumoso, esverdeado, inodoro.
C)Bolhoso, esverdeado,com odor fétido.
D)Bolhoso, branco, com odor fétido.
E)Sangrante e purulento.
QUESTÕES
1-(Residência UFPA) O Trichomonas vaginalis
causa corrimento vaginal
A)Grumoso, branco, inodoro.
B)Grumoso, esverdeado, inodoro.
C)Bolhoso, esverdeado,com odor fétido.
D)Bolhoso, branco, com odor fétido.
E)Sangrante e purulento.
2-Sobre a tricomoníase, assinale a alternativa correta:
a) A presença de corrimento vaginal é indicativa de
tricomoníase.
b) A colpocitologia é o método de escolha para diagnóstico da
doença.
c) O pH vaginal aumentado caracteriza uma vagina grau III e
está relacionado à maior propensão de infecção pelo
Trichomonas vaginalis.
d) A maioria das mulheres com essa doença não apresenta
sintomas
2-Sobre a tricomoníase, assinale a alternativa correta:
a) A presença de corrimento vaginal é indicativa de
tricomoníase.
b) A colpocitologia é o método de escolha para diagnóstico da
doença.
c) O pH vaginal aumentado caracteriza uma vagina grau III e
está relacionado à maior propensão de infecção pelo
Trichomonas vaginalis.
d) A maioria das mulheres com essa doença não apresenta
sintomas
Papanicolau classificou as vaginas em graus:

Grau 1-pH vaginal 3,8 a 4,5 os fungos Candida estão


presentes, flora de Doderlein

Grau 2- pH mais alto do que o grau I, bacilos Doderlein ainda


presentes, mas já com a presença de cocos e de outros
bacilos, os fungos são também encontrados

Grau 3- Bacilos Doderlein ausentes, presença de cocos e de


outros bacilos, fungos raros e pH aumentado
3- (adaptado e Residência UCPel) Considere as afirmativas abaixo. Quais estão
corretas?

I. Exame bacteriscópico é exame realizado por meio de microscópio


(Coloração de Gram) para diagnosticar rapidamente a presença de
algumas infecções. Esse exame detecta doenças como candidíase,
gonorreia, tricomoníase e alterações no sistema reprodutivo da mulher

II. A paciente que vem à consulta ginecológica e que foi identificada a


presença de tricomoníase, deve-se prescrever o tratamento com
metronidazol creme vaginal.

III. A tricomoníase, além de ser transmitida por via sexual, pode ser contraída
pelo compartilhamento de objetos pessoais e pelo parto.

IV.A doença pode levar ao desenvolvimento de infertilidade feminina.


A) I e II.
B) I, II e III.
C) II e III.
D) I , III e IV.
E) I, II, III e IV.
3- (adaptado e Residência UCPel) Considere as afirmativas abaixo. Quais estão
corretas?

I. Exame bacteriscópico é exame realizado por meio de microscópio


(Coloração de Gram) para diagnosticar rapidamente a presença de
algumas infecções. Esse exame detecta doenças como candidíase,
gonorreia, tricomoníase e alterações no sistema reprodutivo da mulher

II. A paciente que vem à consulta ginecológica e que foi identificada a


presença de tricomoníase, deve-se prescrever o tratamento com
metronidazol creme vaginal.

III. A tricomoníase, além de ser transmitida por via sexual, pode ser contraída
pelo compartilhamento de objetos pessoais e pelo parto.

IV.A doença pode levar ao desenvolvimento de infertilidade feminina.


A) I e II.
B) I, II e III.
C) II e III.
D) I , III e IV.
E) I, II, III e IV.
4- (RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 HOSPITAL MUNICIPAL DR. MÁRIO
GATTI – SP) O corrimento vaginal na tricomoníase tem as seguintes
características, EXCETO:

a) Aderente às paredes vaginais.


b) Cor amarelo-esverdeado.
c) Quantidade intensa.
d) Consistência homogênea e fluido-bolhosa.
4- (RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 HOSPITAL MUNICIPAL DR. MÁRIO
GATTI – SP) O corrimento vaginal na tricomoníase tem as seguintes
características, EXCETO:

a) Aderente às paredes vaginais. (candidíase)


b) Cor amarelo-esverdeado.
c) Quantidade intensa.
d) Consistência homogênea e fluido-bolhosa.
CASO CLÍNICO
CASO CLÍNICO

Identificação (ID):
Nome: J.S.M.
Idade: 21 anos.
Cor: Melanoderma.
Naturalidade: Santa Luzia – MG.
Procedência: Sabará – MG.
Estado civil: Solteira.
Profissão: Estudante.

Queixa principal (QP): “Corrimento vaginal”.

História de moléstia atual (HMA):


Paciente relata corrimento vaginal há mais de dois meses, de coloração amarelada,
cheiro desagradável e aspecto espumoso, chegando a sujar suas roupas íntimas.
Apresenta ainda prurido vaginal e dispareunia. Nega disúria ou outras queixas
urinárias.
História pregressa (HP):
Nega: cirurgias prévias, alergias, diabetes e hipertensão.

História social (HS):


Paciente mora em casa com fossa e água potável.
Tabagista (1 maço/dia desde os 14 anos).
Etilista.

História familiar (HF):


Pai: Hígido.
Mãe: Hipertensa.
Irmãs: hígidas.

Inspeção sobre os demais aparelhos (ISDA):


Cabeça, olhos, ouvidos, nariz, garganta (COONG): Nada digno de nota (n.d.n).
Aparelho respiratório (AR): Nada digno de nota (n.d.n).
Aparelho cardiovascular (ACV): Nada digno de nota (n.d.n).
Aparelho digestivo (AD): Nada digno de nota (n.d.n).
Aparelho geniturinário (AGU): Vide HMA.

Exame físico (EF):


Ectoscopia: Paciente ativa, com fáceis atípica, corada, hidratada, acianótica,
anictérica, afebril ao toque, sem edemas.
Aparelho respiratório (AR):
Inspeção: Tórax simétrico, sem retrações ou abaulamentos. Expansibilidade
preservada.
Percussão: presença de som claro pulmonar.
Ausculta: Murmúrio vesicular fisiológico sem ruídos adventícios (M.V.F. sem R.A.)
Frequência respiratória (FR): 19 irpm (incursões respiratórias por minuto).

Aparelho cardiovascular (ACV):


Inspeção e exame do precórdio: Ictus cordis não visível e não palpável.
Ausculta: Bulhas normorítmicas e normofonéticas, em dois tempos, sem sopros
(B.N.R.N.F em 2T)
Pulso radial cheio, simétrico e rítmico.
Frequência cardíaca (FC): 91 bpm (batimentos por minuto).
Pressão arterial (PA) em membro superior direito com o paciente sentado: 115x70
mmHg.
Aparelho digestivo (AD):
Inspeção: Abdome plano, sem escavações ou massas visíveis. Ausência de
circulação colateral.
Ausculta: Ruídos Hidroaéreos positivos.
Palpação: Abdome indolor à palpação superficial e profunda. Sem massas ou
visceromegalias palpáveis.

Aparelho genital e urinário (AGU): Vulva de aspecto normal. Ao exame especular


apresenta corrimento abundante, de coloração amarelada e aspecto grumoso.
Hipóteses diagnósticas (HD):

Conduta (CD):

Tratamento:

Profilaxia:
Hipóteses diagnósticas (HD): tricomoníase, IST

- Conduta (CD): coleta do fluido vaginal com swab ou espéculo para


preparações a fresco ou esfregaços corado e fixados

- Tratamento: Metronidazol (cura em 95%)


Secnidazol
Tinidazol
Ornidazol
Gestante: apenas creme vaginal
Tratar o parceiro

Profilaxia: prática do sexo seguro, uso de preservativos, abstinência sexual com


pessoas contaminadas, tratamento dos doentes e dos parceiros
Malária
AGENTES ETIOLÓGICOS: Plasmodium vivax, Plasmodium
falciparum, Plasmodium malariae, P. ovale

FORMA DE VIDA INFECTANTE: esporozoitos

CICLO EVOLUTIVO: heteroxênico

HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Anopheles

HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: ser humano

TRANSMISSÃO: picada do mosquito, transfusões de sangue,


compartilhamento de agulhas, gestacional
Ciclo de vida
Formas de vida
• Formas eritrocíticas
– Trofozoíto jovem (forma de anel)
– Trofozoíto maduro
Trofozoítos maduros

Trofozoítos jovens
– Gametócitos

Esquizonte
Hora de desenhar

Pigmento malárico no fígado


(hemozoína): degradação da Hb pelo
parasita (acumula-se nos macrófagos do Trofozoíto de Plasmodium sp.
fígado, baço, medula óssea, linfonodos e
outros locais).
Quadro clínico- caso suspeito
Indivíduo procedente de área de risco para malária, no período
de 8 a 30 dias * anterior à data dos 1º sintomas, COM UM ou
MAIS sintomas como:
Febre
Cefaleia
Calafrios
Fraqueza
Tonteira
Mialgia,
Dor abdominal
Náusea
Vômitos
tosse
Outros Áreas de risco para malária
Diagnóstico

Viagem e: quadros febris; sudorese intensa; calafrios


(acesso malárico); cefaleia; vômitos, diarreia;
Hepatoesplenomegalia

Áreas de risco para malária


Vamos trabalhar
Teste rápido
Esterilizar o dedo
Puncionar com lanceta

Imunocromatografia
Questões apostila

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2012 – RESIDÊNCIA MÉDICA DO ESTADO DO


AMAPÁ – AP – Em uma paciente com coinfecção por Plasmodium
vivax e Plasmodium falciparum, o esquema terapêutico é composto
por:

A-Cloroquina + lumefantrina + primaquina


B-Quinino + doxiciclina +primaquina
C-Doxiciclina + artemeter + primaquina
D-Artemeter + lumefantrina + primaquina
E-Lumefantrina + doxiciclina + primaquina
Questões apostila

RESIDÊNCIA MÉDICA – 2012 – RESIDÊNCIA MÉDICA DO ESTADO DO


AMAPÁ – AP – Em uma paciente com coinfecção por Plasmodium
vivax e Plasmodium falciparum, o esquema terapêutico é composto
por:

A-Cloroquina + lumefantrina + primaquina


B-Quinino + doxiciclina +primaquina
C-Doxiciclina + artemeter + primaquina
D-Artemeter + lumefantrina + primaquina
E-Lumefantrina + doxiciclina + primaquina

Ou artesunato+mefloquina+primaquina- Existem 12 tabelas de


esquemas de tto
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2012 – SANTA CASA DE GOIÂNIA – GO – Homem, 37 anos,
caminhoneiro, trazendo uma carga de Rondônia, chega a Campinas com queixa de
mal-estar geral, cefaleia, cansaço e mialgia generalizada há uma semana. Há dois dias
apresentou um episódio de calafrios que perdurou por 15 minutos, seguidos de febre
alta (40ºC) que persistiu por três horas, após o que a temperatura caiu rapidamente,
seguindo-se sudorese profusa e sensação de intensa fraqueza. Hoje, após episódio
semelhante ao anterior, teve rabaixamento progressivo do nível de consciência,
acompanhado de náuseas e vômitos e, após 2 horas, entrou em coma. Exame físico:
descorado 2+/4; Glasgow = 9; Fígado palpável na borda direita, e baço palpável.
Marque a alternativa que contem exame complementar indicado?

A-Encefalite por herpesvírus e ressonância magnética.


B-Dengue e sorologia específica.
C-Febre tifoide e reação de Widal.
D-Malária e pesquisa de plasmódio em gota espessa de sangue.
E- Meningite bacteriana e punção de LCR.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2012 – SANTA CASA DE GOIÂNIA – GO – Homem, 37 anos,
caminhoneiro, trazendo uma carga de Rondônia, chega a Campinas com queixa de
mal-estar geral, cefaleia, cansaço e mialgia generalizada há uma semana. Há dois dias
apresentou um episódio de calafrios que perdurou por 15 minutos, seguidos de febre
alta (40ºC) que persistiu por três horas, após o que a temperatura caiu rapidamente,
seguindo-se sudorese profusa e sensação de intensa fraqueza. Hoje, após episódio
semelhante ao anterior, teve rabaixamento progressivo do nível de consciência,
acompanhado de náuseas e vômitos e, após 2 horas, entrou em coma. Exame físico:
descorado 2+/4; Glasgow = 9; Fígado palpável na borda direita, e baço palpável.
Marque a alternativa que contem exame complementar indicado?

A-Encefalite por herpesvírus e ressonância magnética.


B-Dengue e sorologia específica.
C-Febre tifoide e reação de Widal.
D-Malária e pesquisa de plasmódio em gota espessa de sangue.
E- Meningite bacteriana e punção de LCR.

Glasgow = avalia estado neurológico (nível do coma)


RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 - CLÍNICA DE CAMPO
GRANDE – MS
Sobre a malária, podemos afirmar que:
a) As espécies mais prevalentes no Brasil são P.
falciparum e P. malariae.
b) A transmissão vetorial ocorre pela picada de
mosquitos do gênero Lutzomyia.
c) O período de incubação é inferior a 7 dias,
independente da espécie de plasmódio.
d) O homem é o único reservatório com importância
epidemiológica
e) Mato Grosso do Sul é considerada área endêmica.
RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 - CLÍNICA DE CAMPO
GRANDE – MS
Sobre a malária, podemos afirmar que:
a) As espécies mais prevalentes no Brasil são P.
falciparum e P. malariae. (vivax)
b) A transmissão vetorial ocorre pela picada de
mosquitos do gênero Lutzomyia. (Anopheles)
c) O período de incubação é inferior a 7 dias,
independente da espécie de plasmódio.(varia de
espécie..vivax 12 a 17 dias)
d) O homem é o único reservatório com importância
epidemiológica
e) Mato Grosso do Sul é considerada área endêmica.
(Mato Grosso sim)
Identificação (ID):
Nome: C.R.M.
Caso clínico
Idade: 35 anos.
Cor: Faioderma.
Naturalidade: BH – MG.
Procedência: Porto Velho – RO.
Estado civil: Casado.
Profissão: Engenheiro.

Queixa principal (QP): “Febre alta”.

História de moléstia atual (HMA):


Paciente chega ao serviço acompanhado da esposa, que relata o aparecimento de febre
alta (40°C) há 15 dias e que não melhora com uso de antitérmicos. A febre não é
contínua e, quando presente, os picos febris não atingem os mesmos valores. A crise
febril é precedida de mal-estar, náuseas e mialgia. Esposa relata ainda que o marido faz
viagens a Porto velho (Rondônia) há 1 mês, devido à administração de uma obra.

História pregressa (HP):


Nega internações prévias e comorbidades.
Nega contato com triatomíneos e planorbídeos.
Nega transfusões sanguíneas e uso de drogas injetáveis
História social (HS):
Paciente com bom nível sociocultural.
Nega etilismo e tabagismo.

História familiar (HF):


Pai: Hígido
Mãe: Hígida.
Esposa: Hígida.

Inspeção sobre os demais aparelhos (ISDA):


Cabeça, olhos, ouvidos, nariz, garganta (COONG): Nada digno de nota (n.d.n).
Aparelho respiratório (AR): Nada digno de nota (n.d.n).
Aparelho cardiovascular (ACV): Nada digno de nota (n.d.n).
Aparelho digestivo (AD): Vide HMA
Aparelho geniturinário (AGU): Nada digno de nota (n.d.n).

Exame físico (EF):


Ectoscopia: Paciente hipocorado (+++/++++), ictérico (++/++++), acianótico, hipoativo, com
fácies atípica, febril (41°C), sem edemas.

Aparelho respiratório (AR):


Inspeção: Tórax simétrico, sem retrações ou abaulamentos. Expansibilidade preservada.
Percussão: presença de som maçico
Ausculta: Murmúrio vesicular diminuído. Presença de crepitações basais difusas.
Frequência respiratória (FR): 26 irpm (incursões respiratórias por minuto).
Aparelho cardiovascular (ACV):
Inspeção e exame do precórdio: Ictus cordis não visível e não palpável.
Ausculta: Bulhas normorítmicas e hiperfonéticas, com sopro sistólico (II/IV).
Pulso radial fino, simétrico e taquirrítmico.
Frequência cardíaca (FC): 130 bpm (batimentos por minuto).
Pressão arterial (PA) em membro superior direito com o paciente sentado:
150x90 mmHg.

Aparelho digestivo (AD):


Inspeção: Abdome globoso, sem escavações ou massas visíveis.
Ausculta: Abdome peristáltico.
Palpação: Abdome difusamente doloroso à palpação superficial. Fígado
doloroso e palpável a 3cm da reborda costal direita, com bordas rombas.
Baço palpável ao nível da cicatriz umbilical (Boyd III), de consistência friável.

Aparelho genital e urinário (AGU): Nada digno de nota (n.d.n).


Hipóteses diagnósticas (HD):

Conduta (CD)

Tratamento:

Profilaxia:
Hipóteses diagnósticas (HD): malária

Conduta (CD): esfregaço sanguíneo

Tratamento: primaquina+cloroquina

Profilaxia: Individual
- Uso de repelente

Coletiva
- Borrifação com inseticidas
- Controle das larvas
- Saneamento básico: criadouros de mosquito
- Melhoria das condições de vida
- Vacina
Doença de Chagas
AGENTE ETIOLÓGICO: Trypanosoma cruzi

FORMA DE VIDA INFECTANTE: tripomastigota

CICLO EVOLUTIVO: heteroxênico

HABITAT: células musculares, macrófago,


fibroblastos, mastócito

HOSPEDEIRO VERTEBRADO: mamíferos

HOSPEDEIRO INVERTEBRADO: Triatoma infestans,


Rhodnius prolixus, Panstrogylus megistus
TRANSMISSÃO: oral, vetorial, transfusional,
transplante, vertical
Formas de transmissão (2008 a 2017)

•72% -Oral

•9% -Vetorial

•18% -Sem identificação

http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-
saude/53710-doenca-de-chagas-uma-nova-realidade-de-
enfrentamento
Ciclo biológico
Formas de vida
Tripomastigota Epimastigota
Amastigota
Hora de desenhar
Tripomastigota

Amastigota
Epimastigota
Diagnóstico- fase aguda
❖ Exames parasitológicos diretos (90 a 100%
sensibilidade)

⇨ Esfregaço sanguíneo ou gota espessa

⇨ Pesquisa de parasito no líquor ou no leite


materno

. Indireto: Xenodiagnóstico e hemocultura

❖ PCR, sorologia (IgM -recém-nascido)


Diagnóstico- fase crônica

Xenodiagnóstico

Exames sorológicos
⇨ RIFI
⇨ Hemaglutinação indireta
⇨ Elisa – IgG
Reação de imunofluorescência indireta
(RIFI)
Hemaglutinação indireta
ELISA
Questões da apostila
1- Mack - A imprensa tem noticiado, nestes últimos meses, que
centenas de pessoas ficaram contaminadas com a Doença de
Chagas, por terem tomado caldo de cana, na região de Santa
Catarina. Nesse caso, é correto afirmar que:
A-O ser humano se tornou o hospedeiro definitivo do Trypanosoma
cruzi.
B-O ser humano continua sendo o hospedeiro intermediário do
Trypanosoma cruzi.
C-O inseto “barbeiro” não pode ser considerado como hospedeiro
definitivo.
D- A forma do Trypanosoma cruzi encontrada no caldo de cana se
encontrava nas glândulas salivares do inseto “barbeiro”.
E- O Trypanosoma cruzi passou para o sangue do homem durante o
processo de absorção do alimento no intestino grosso.
Questões da apostila
1- Mack - A imprensa tem noticiado, nestes últimos meses, que
centenas de pessoas ficaram contaminadas com a Doença de
Chagas, por terem tomado caldo de cana, na região de Santa
Catarina. Nesse caso, é correto afirmar que:
A-O ser humano se tornou o hospedeiro definitivo do Trypanosoma
cruzi.
B-O ser humano continua sendo o hospedeiro intermediário do
Trypanosoma cruzi.
C-O inseto “barbeiro” não pode ser considerado como hospedeiro
definitivo.
D- A forma do Trypanosoma cruzi encontrada no caldo de cana se
encontrava nas glândulas salivares do inseto “barbeiro”.
E- O Trypanosoma cruzi passou para o sangue do homem durante o
processo de absorção do alimento no intestino grosso.
2) TEP- Título de Especialista em Pediatria 2006 -
Lactente de 11 meses é internado com quadro de
dispneia e hipoatividade intensa. A anamnese revela que
havia sido levado ao serviço médico há quatro semanas
com queixa de febre baixa e discreto edema indolor no
olho esquerdo. Exame físico: linfadenopatia generalizada,
taquicardia, taquipneia, edema periférico e
hepatoesplenomegalia. O exame complementar indicado
é:
A-Eletroforese de hemoglobina
B- Testes sorológicos treponêmicos
C- Fixação do complemento para tripanosoma
D- Pesquisa de plasmódio no sangue periférico
E- Biópsia aspirativa de medula para pesquisa de
leishmania
2) TEP- Título de Especialista em Pediatria 2006 - Lactente
de 11 meses é internado com quadro de dispneia e
hipoatividade intensa. A anamnese revela que havia sido
levado ao serviço médico há quatro semanas com queixa de
febre baixa e discreto edema indolor no olho esquerdo.
Exame físico: linfadenopatia generalizada, taquicardia,
taquipneia, edema periférico e hepatoesplenomegalia. O
exame complementar indicado é:
A-Eletroforese de hemoglobina
B- Testes sorológicos treponêmicos
C- Fixação do complemento para tripanosoma
D- Pesquisa de plasmódio no sangue periférico
E- Biópsia aspirativa de medula para pesquisa de leishmania
3) Prova de Residência Médica – Aliança Saúde 2008
- Existem doenças maternas que exigem cuidados
especiais referentes à amamentação. Qual das
situações abaixo contraindica o aleitamento materno:
A-Doença de Chagas na fase aguda ou com
sangramento mamilar evidente
B-Hepatite C
C-Malária em tratamento com cloroquina, quinina e
tetraciclina
D-Tuberculose em tratamento adequado por mais de
duas a três semanas
E-Hanseníase Virchowiana em tratamento, já com 28
dias de rifampicina
3) Prova de Residência Médica – Aliança Saúde 2008
- Existem doenças maternas que exigem cuidados
especiais referentes à amamentação. Qual das
situações abaixo contraindica o aleitamento materno:
A-Doença de Chagas na fase aguda ou com
sangramento mamilar evidente
B- Hepatite C
C-Malária em tratamento com cloroquina, quinina e
tetraciclina
D-Tuberculose em tratamento adequado por mais de
duas a três semanas
E-Hanseníase Virchowiana em tratamento, já com 28
dias de rifampicina
CASO CLÍNICO I
Caso clínico 1
Identificação (ID):
Nome: J.G.F
Idade: 49 anos.
Cor: Leucoderma.
Naturalidade: Bambuí – MG.
Procedência: Bambuí – MG.
Estado civil: Casado.
Profissão: Agricultor.

Queixa principal (QP): “Cansaço e fraqueza”.

História de moléstia atual (HMA):


Paciente chega ao consultório com dispneia relatando que este cansaço vem piorando nos
últimos meses. Informa que há 06 anos iniciou com quadro de tosse seca, que passou a ser
acompanhado de dispneia a grandes esforços, como por exemplo, ao carregar lenha. O
quadro clínico evoluiu com piora da tosse, aparecimento de edema de membros inferiores,
hepatomegalia e dispneia de repouso que melhora com ortostatismo. Queixa-se de dores
precordiais ocasionais, desencadeadas por ansiedade e esforço físico, melhorando com
repouso absoluto. Não faz uso de nenhum medicamento
História pregressa (HP):
Nega cirurgias anteriores.
Nega contato com caramujo. Conhece o triatomíneo, mas nega contato.
Nega comorbidades.

História social (HS):


Paciente mora em casa de pau-a-pique. Faz uso de água filtrada.
Tabagista (06 cigarros/dia desde os 14 anos).
Etilista (01 dose de cachaça/dia desde os 20 anos).

História familiar (HF):


Pai: Falecido (Problema no coração).
Mãe: Portadora de colelitíase (cálculo na vesícula biliar).
Esposa: Hígida.
Filhos: Hígidos.

Inspeção sobre os demais aparelhos (ISDA):


Cabeça, olhos, ouvidos, nariz, garganta (COONG): Nada digno de nota (n.d.n).
Aparelho respiratório (AR): Vide HMA.
Aparelho cardiovascular (ACV): Vide HMA.
Aparelho digestivo (AD): Hábito intestinal fisiológico. Relata dor localizada no hipocôndrio
direito.
Aparelho geniturinário (AGU): Nada digno de nota (n.d.n)
Exame físico (EF):
Ectoscopia: Paciente com fáceis atípica, corado, acianótico, anictérico, afebril, com
edema de membros inferiores (++/++++), ingurgitação das jugulares. Biótipo: brevilíneo.
(hipertensão venosa no sistema da veia cava superior e aparece quando há compressão
desta veia, insuficiência ventricular direita ou pericardite constritiva)

Aparelho respiratório (AR):


Inspeção: Tórax simétrico, com aumento do diâmetro ântero-posterior, não
apresentando retrações ou abaulamentos, expansibilidade dos lobos superior, médio e
inferior preservadas.
Percussão: Presença de som claro pulmonar.
Ausculta: Murmúrio vesicular fisiológico sem ruídos adventícios (M.V.F sem R.A.)
Frequência respiratória (FR): 20 irpm (incursões respiratórias por minuto).

Aparelho cardiovascular (ACV):


Inspeção e exame do precórdio: Ictus cordis não visível, palpável ao nível da linha axilar
anterior (2 polpas digitais).
Ausculta: Bulhas arrítmicas e hipofonéticas, sem sopros. Pulso radial fino, assimétrico e
arrítmico.
Frequência cardíaca (FC): 60 bpm (batimentos por minuto).
Pressão arterial (PA) em membro superior direito com o paciente sentado: 95x70 mmHg.
Aparelho digestivo (AD):
Inspeção: Abdome plano, sem retrações ou abaulamentos. Ausência de circulação
colateral.
Ausculta: Abdome peristáltico.
Palpação: Abdome indolor à palpação superficial e profunda. Fígado palpável a 3,5cm
da reborda costal direita. Baço não palpável.

Aparelho genital e urinário (AGU): Nada digno de nota (n.d.n).

Hipóteses diagnósticas (HD): Doença de Chagas crônica

Conduta (CD): sorologia

Tratamento: paliativo, tratar a ICC

Profilaxia: melhoria das habitações, controle vetorial, controle dos alimentos,


vigilância na doação de sangue e doação de órgãos, tratar a mãe
Identificação (ID):
Caso clínico 2-
Nome: R.L.N.
Idade: 57 anos.
Cor: Leucoderma.
Naturalidade: Teófilo Otoni – MG.
Procedência: Teófilo Otoni – MG.
Estado civil: Casado.
Profissão: Comerciante.

Queixa principal (QP): “Mau hálito, dificuldade para engolir”.

História de moléstia atual (HMA):


Fomos chamados a uma visita domiciliar, pela filha do paciente, que relatava que
seu pai agonizava na cama há cerca de 1 mês, sem condições de levantar-se e
procurar um serviço médico. O doente apresentava-se em estado de caquexia,
sendo informado que o mesmo iniciou com disfagia leve para alimentos sólidos há
aproximadamente 3 anos, progredindo para alimentos pastosos e, atualmente, para
líquidos. Além disso, filha relata que o paciente não evacua há 01 mês e apresenta
sialorreia.
História pregressa (HP):
Nega cirurgias anteriores.
Nega contato com caramujo. Relata contato com triatomíneo.
Nega comorbidades.

História social (HS):


Paciente mora atualmente em casa de alvenaria, mas há relato de já ter
morado em casa de pau-a-pique. Faz uso de água filtrada.
Tabagista (04 cigarros/dia desde os 12 anos).
Não etilista.

História familiar (HF):


Pai: Falecido.
Mãe: Falecida.
Esposa: Hígida.
Filhos: Hígidos.

Inspeção sobre os demais aparelhos (ISDA):


Cabeça, olhos, ouvidos, nariz, garganta (COONG): sialorreia.
Aparelho respiratório (AR): Apresenta dispneia e tosse produtiva.
Aparelho cardiovascular (ACV): Nada digno de nota (n.d.n).
Aparelho digestivo (AD): Vide HMA
Aparelho geniturinário (AGU): Nada digno de nota (n.d.n).
Exame físico (EF):
Ectoscopia: Paciente caquético, com hipertrofia das parótidas, afebril, cianótico
(++/++++), anictérico.

Aparelho respiratório (AR):


Inspeção: Tórax simétrico.
Ausculta: Presença de crepitações basais difusas e síbilos inspiratórios.
Frequência respiratória (FR): 23 irpm (incursões respiratórias por minuto).

Aparelho cardiovascular (ACV):


Inspeção e exame do precórdio: Ictus cordis visível e palpável ao nível da linha
hemiclavicular (1 polpa digitais).
Ausculta: Bulhas normorrítmicas e normofonéticas, com sopro sistólico (I/IV).
Pulso radial fino, simétrico e rítmico.
Frequência cardíaca (FC): 96 bpm (batimentos por minuto). Pressão arterial (PA) em
membro superior direito com o paciente deitado: 140x80 mmHg.

Aparelho digestivo (AD):


Inspeção: Abdome escavado.
Ausculta: Abdome peristáltico.
Palpação: Abdome indolor à palpação superficial e profunda. Presença de massa pétrea
em fossa ilíaca esquerda. Fígado e baço não palpáveis.

Aparelho genital e urinário (AGU): Nada digno de nota (n.d.n).


Hipóteses diagnósticas (HD): Chagas digestivo e cardíaco crônico

Conduta (CD): sorologia

Tratamento: internação, cirurgia, paliativo

Profilaxia: melhoria das habitações, controle vetorial, controle dos alimentos, vigilância
na doação de sangue e doação de órgãos, tratar a mãe
CASO CLÍNICO III

Identificação (ID):
Nome: J.D.I.
Idade: 5 anos.
Cor: Leucoderma.
Naturalidade: Bambuí – MG.
Procedência: Bambuí – MG.
Estado civil: Solteiro.
Profissão: Estudante.

Queixa principal (QP): “Olho direito inchado e doendo”.

História de moléstia atual (HMA): J.D.I chega acompanhado pela mãe na Unidade de Saúde,
muito irritadiço e queixando dores e incomodo no olho direito. A acompanhante relata que o
inchaço iniciou há um dia, acordando assim e tendo piora dos sintomas no período seguinte.
Apresenta edema periorbital no olho acometido, em Sinal de Romanã, com “Chagoma de
Inoculação”. A criança está febril, prostrada e cansada, está com dificuldade de dormir e seu
sono está prejudicado pelo estado geral. Mãe relata dormirem com “mosquiteiro”, porém a
família ainda sofre muito com os animais, e relatam muitas “picadas”
História pregressa (HP):
Nega cirurgias anteriores.
Nega contato com caramujo. Relata contato com triatomíneo.
Nega comorbidades.

História social (HS):


Paciente mora em uma casa de pau-a-pique na zona rural de Bambuí. Faz uso de água filtrada.
Não tabagista.
Não etilista.
Cartão de vacinas em dia.

História familiar (HF):

Pai: Apresenta uma cardiopatia e não soube informar sua causa.


Mãe: Hígida.
Irmão: Hígido.
Avô: morreu de cardiopatia dilatada avançada, e problemas esofágicos.

Inspeção sobre os demais aparelhos (ISDA):


Cabeça, olhos, ouvidos, nariz, garganta (COONG): Sinal de Romaña.
Aparelho respiratório (AR): Nada digno de nota (n.d.n.).
Aparelho cardiovascular (ACV): Nada digno de nota (n.d.n.).
Aparelho digestivo (AD): Nada digno de nota (n.d.n.)
Aparelho geniturinário (AGU): Nada digno de nota (n.d.n.).
Exame físico (EF):
Ectoscopia: Paciente com fáceis atípica, corado, hidratado, febril (38°C), acianótico,
anictérico, linfadenopatia região pescoço

Aparelho respiratório (AR):


Inspeção: Tórax simétrico, sem abaulações ou retrações.
Ausculta: Murmúrio vesicular fisiológico sem ruídos adventícios (M.V.F. sem R.A.).
Frequência respiratória (FR): 23 irpm (incursões respiratórias por minuto).

Aparelho cardiovascular (ACV):


Inspeção e exame do precórdio: Ictus cordis visível e palpável.
Ausculta: Bulhas normorrítmicas e normofonéticas, em dois tempos, sem sopros
(B.N.R.N.F em 2T).
Frequência cardíaca (FC): 96 bpm (batimentos por minuto). Pressão arterial (PA) em
membro superior direito com o paciente deitado: 100x60 mmHg.

Aparelho digestivo (AD):


Inspeção: Abdome plano, sem escavações ou massas visíveis. Ausência de circulação
colateral.
Ausculta: Abdome peristáltico.
Palpação: Abdome indolor à palpação superficial e profunda. Sem massas ou
visceromegalias palpáveis.

Aparelho genital e urinário (AGU): Nada digno de nota (n.d.n).


Hipóteses diagnósticas (HD): Chagas agudo

Conduta (CD): esfregaço sanguíneo

Tratamento: benzonidazol

Profilaxia: melhoria das habitações, controle vetorial, controle dos alimentos,


vigilância na doação de sangue e doação de órgãos, tratar a mãe

Você também pode gostar