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OSTEOARTROSE
Doença degenerativa articular
Quadro frequente em idosos
Destruição da cartilagem articular lesão subcondral neoformação óssea (osteófitos)
Clínica
o Dor crônica que melhora com repouso
o Rigidez pós repouso < 30min
o Dor uniarticular no início, progressiva
o Sem manifestações sistêmicas
o Exames normais (VHS normal e FR negativo – idosos tem FR em baixos títulos em até 20% dos casos)
Articulações acometidas: cervical e lombar, quadril, joelho, interfalangeanas
o Nódulos IFD: Heberden (na AR, IFD são poupadas; na psoriática, são acometidas também)
o Nódulos IFP: Bouchard
Diagnóstico: radiografia simples (osteófitos, diminuição do espaço articular, esclerose subcondral)
Tratamento: fisioterapia (reforço muscular), perder peso, sintomáticos (AINE)
LOMBALGIA MECÂNICA
Espasmo doloroso muscular
Clínica: dor lombar, raramente irradiada, súbita, com duração média de 3 a 4 dias
Diagnóstico: exclusão (baseado na história clínica – sem sinais de alarme)
Tratamento: repouso e sintomáticos
HÉRNIA DE DISCO
Local mais comum: L4-L5 e L5-S1
Clínica:
o Lombociatalgia
o Diminuição da força, sensibilidade e reflexos
o Sinal de lasègue positivo
Diagnóstico: RM
Tratamento: repouso, analgésico/AINE, corticoide
o Cirurgia se: refratário ao tratamento clínico, fraqueza, síndrome cauda equina (incontinência,
anestesia em sela)
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
Entesite ascendente (coluna vertebral)
Sempre começa com uma sacroileíte
Homem jovem (média 23 anos)
Clínica
o Lombalgia + rigidez matinal
o Melhora com atividade física
o Posição do esquiador (coluna rígida)
o Uveíte anterior (extra-articular mais comum)
o Sinovite/entesite de outras articulações (calcâneo)
Diagnóstico: clínica (> 3 meses) + sacroileíte (imagem)
o HLA B27 positivo/ FR e anti-CCP negativos
Tratamento: parar de fumar, AINE, anti-TNF alfa (infliximab)
MIELOMA MÚLTIPLO
Tumor de plasmócitos
Plasmócitos produz excesso de imunoglobulina (anticorpos – gamaglobulina)
o Eletroforese de proteínas: gamopatia monoclonal (pico do componente M ou paraproteína, base
estreita na leitura) – não é patognomônico
Clínica C álcio
o Paciente clássico: homem, idoso, negro
A nemia
o Anemia: invasão da medula e doença crônica
R rim
o Lesão óssea lítica: ativação de osteoclastos, FA e cintilografia óssea
O sso
normais
o Hipercalcemia: pela lesão óssea lítica
o Insuficiência renal: cadeia leve (proteinúria Bence-jones), ácido úrico, nefrocalcinose, amiloidose
primária (macroglossia, ICC, síndrome nefrótica)
o Outros: VHS aumentado (rouleaux), compressão medular, predisposição a infecções
Diagnóstico: > 10% de plasmócitos na MO ou plasmocitoma + um componente do “CARO”
o > 10% de plasmócitos e se não tiver CARO = mieloma indolente (smoldering mieloma)
o > 10% plasmócitos e CARO, mas sem componente M = mieloma não secretor
Estadiamento: B2 microglobulina (principal fator prognóstico)
Tratamento: quimioterapia (lenalinomida, bortezomib e dexametasona), transplante autólogo de MO (< 76
anos com boa resposta à QT)
PIELONEFRITE
Dor lombar + febre alta com calafrios (com ou sem Giordano)
NECROSE DE PAPILA
Associado com pielonefrite, anemia falciforme, DM, nefropatia por analgésicos
Clínica: dor lombar súbita + febre + disúria + hematúria
Diagnóstico: “ring shadows” à urografia excretora
NEFROLITÍASE
Para o cálculo se formar, é necessária uma urina supersaturada ou superconcentrada em ácido úrico. Surge o
processo de nucleação, com cristais de ácido úrico na urina, os quais não são cálculos. Esses cristais crescem e se
juntam, formando o cálculo!
Os cálculos renais, de modo geral, sempre vão conter cálcio. Porém, o cálculo de ácido úrico é radiotransparente
porque não tem cálcio!
pH < 5 pH > 6
Ácido úrico e cistina Estruvita e hidroxiapatita
Sais de Cálcio: são os mais comumente encontrados (70-80%)
o Oxalato de Ca: é o mais frequente dos cálculos de cálcio!
o Alterações metabólicas predispõem a formação desses cálculos!
Hipercalciúria idiopática
Cistina
o Fatores predisponentes: hipercistinúria e urina ácida.
o Tratamento: alcalinização da urina com citrato de potássio e restrição sódica
Quadro clínico
Indivíduos com cálculo renal podem ser assintomáticos.
Os cálculos renais são irregulares, bastante espiculados. Quando tentam descer pelo trato urinário, lesionam
e causam hematúria macro ou microscópica. Também cursam com cólica nefrética pela lesão do trato urinário, mas
também pela distensão ureteral (espasmo ureteral).
Diagnóstico
TC sem contraste
o Exame de escolha (padrão-ouro); tem maior acurácia e confirma o diagnóstico!
o Lesão hiperdensa em topografia de trato urinário.
Rx simples
o Aparecem em topografia de trato urinário como uma imagem radiopaca.
o Cálculos de ácido úrico puro não aparecem!
Urografia excretora (pielografia)
o Contraste administrado é filtrado pelos rins e excretado junto à urina.
o Falha de enchimento demonstra cálculo renal.
o Perdeu espaço para TC por conta do uso de contraste!
USG de vias urinárias
o Lesão hiperecogênica em trato urinário!
o Escolha para gestantes!
Tratamento
AGUDO
Analgesia:
o AINE ± opióides
o Alfa-bloqueadores (tamsulosin)
Hidratação: repor perdas volêmicas apenas!
Intervenção urológica
o Sintomático com cálculo > 7-10mm
o Assintomático com
Cálculo coraliforme
Cálculo causando obstrução ureteral total em rim único, com insuficiência renal
Cálculo associado a pielonefrite não drenada
o Sintomas refratários ou recorrentes
o Cálculo coraliforme
Os AINES relaxam a musculatura ureteral! São obrigatórios! Associar opióides se a dor for refratária!
Os alfa-bloqueadores são melhores que os BCCa!
Necessariamente iniciar com AINE + alfa-bloqueador... associar opióide se necessário; se não houver alfa-
bloqueador, utilizar BCCa!
Litotripsia Extracorpórea por Choques de Onda (LECO): fragmentação dos cálculos por força externa através de
ondas mecânicas direcionadas para o cálculo.
Indicações: cálculo proximal e < 2cm (pelve / ureter proximal), < 1000 UH e < 10 cm da pele
Densidade >1000 UH na TC: ureteroscopia flexível! São cálculos duros (pedras), e não serão quebrados por
LECO!
Gestantes e aneurisma de aorta são contra-indicações!
Nefrolitotripsia Percutânea: cria-se um pertuito que chega ao rim e fragmento o cálculo in loco, retirando o
fragmento ou deixá-lo para ser eliminado na urina.
Indicações
o Cálculo proximal > 2cm (pelve / ureter proximal) ou > 1000 UH ou > 10cm da pele
o Cálculo de qualquer tamanho em polo inferior do rim ou coraliforme
CRÔNICO
Descobrir composição do cálculo e o fator predisponente!
Causas
Hipercalciúria idiopática, hipercalciúria secundária a hipercalcemia (hiperpara, sarcoidose, mieloma
múltiplo), hiperuricosúria, hipercistinúria...
Tratamento
Estimular ingesta hídrica
Oxalato de cálcio: Restrição de sal e proteínas da dieta, tiazídicos nos refratários, não restringir cálcio
(aumenta absorção de oxalato no intestino), citrato de potássio e magnésio
Estruvita: tratar infecção, acido aceto-hidroxâmico (inibidor de urease)
Acido úrico: dieta com restrição de purinas, citrato de potássio (alcalinizar urina), alopurinol