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Cada tecido responde diferentemente a depender de cada hormônio que se liga às células.
- A glicose é absorvida pelo fígado e pelo músculo. Em ambos a glicose será estocada sob a forma de
glicogênio! A glicose que entra na glicólise terá destinos diferentes em ambos os tecidos.
- Após os níveis se normalizarem, o glucagon entra em ação e ativa a gliconeogênese hepática para manter
os níveis de glicose dentro da normalidade.
A ação da adrenalina também é notável se assemelhando muito à ação do glucagon pois sinaliza
pelas mesma vias. No fígado, no músculo e no pâncreas ela atuará da seguinte forma:
- Atentar para o fato de que o glucagon, no tecido adiposo, possui duas ações enquanto que a adrenalina
não reduz a absorção de glicose (tendo apenas 1 ação)
*No músculo, o GH favorece muito a síntese de proteínas e a síntese de outros aminoácidos pela absorção
destes.
O hormônio tireoidiano (T4) regula o metabolismo basal (tanto favorecendo o anabolismo, quanto
o catabolismo) além de regular a temperatura. Ele é liberado no ciclo cicardiano e em resposta ao
frio. No hipotireoidismo e no hiper, haverá sinais específicos:
- Além disso, esse hormônio se destaca por ativar neurônicos noradrenérgicos que ativam a
termogenina no tecido adiposo marrom produzindo calor pelo desacoplamento da cadeia transp.
*O calor também é produzido a partir de ciclos paradoxais de síntese-degradação tanto no músculo quanto
no tecido adiposo. Ex: a tetraiodotironina promove um uptake de glicose no tecido adiposo levando à síntese
de ácidos graxos e degradação destes liberando calor para o corpo.
Os glicocorticoides são uma classe de hormônios que atuam em situações de escassez
principalmente de glicose favorecendo a sobrevivência. Diminuem a síntese de ácidos nucleicos,
favorecem a lipólise e proteinólise muscular e a gliconeogênese a partir do glicerol e dos
aminoácidos provenientes dessas quebras. Tomemos o cortisol como exemplo:
- O cortisol não age igual ao glucagon. A gliconeogênse hepática terá o fim de produzir glicose para ser
estocada no próprio fígado.
- O ATP necessário à gliconeogênese provirá da oxidação dos ácidos graxos vindos ao fígado.
Regulação hormonal do metabolismo
Além disso, os capilares nervosos são distintos dos capilares sistêmicos. Os astrócitos e os
pericuitos circundam o endotélio que, além disso, é dotado de junções de oclusão não havendo
fenestrações neles o que dificulta o acesso de moléculas grandes, células imunes e patógenos. Via
sangue.
- Repare que
as junções
apertadas
não
permitem a passagem facilitada de nutrientes e a transcitose é mínima se comparada com os capilares
sistêmicos.
A estrutura dos capilares permite a passagem livre de água, O2 (para a respiração celular) e de
CO2 (resultado da oxidação do piruvato pelo ciclo ciclo de Krebs). Outras moléculas necessitam
de transportadores específicos para chegarem ao cérebro:
- Glut1: presentes no cérebro, no músculo cardíaco e nas hemácias; são capazes de difundir moléculas de
glicose até 50.000 vezes mais rápido.
- Ácidos graxos, como ômega três, não são biossintetizados e passam ao cérebro por um mecanismo
desconhecido.
- MCT1 (Monocarboxilic acid transporter): são muito expressos nos bebês, devido à pobreza de glicose e
riqueza de corpos cetônicos no leite. Transporta ácidos.
*Caso não houvesse esse bloqueio, aminoácidos como glicina, alanina e prolina, seriam intensamente
transportados ao cérebro após uma refeição. Isso poderia interferir nas sinapses, pois alguns deles são
neurotransmissores ou participam da síntese deles.
- Transcitose: proteínas, como insulina, são transportadas por meio de endocitose mediada por receptores
e transferidos ao cérebro.
Os neurônios são largamente dependentes de glicose e de O2, uma vez que a disponibilidade
lipídios ao neurônio é limitada. Além disso, intermediários da glicólise e do ciclo de Krebs são
percussores de aminoácidos que servem para sintetizar neurotransmissores:
1. O nível de glicose cai, mas isso consegue ser compensado até certo ponto pela alta afinidade do GLUT-1
pela glicose.
3. Se a glicose cair mais, o ciclo de Krebs não mais funcionará cessando a produção de
neurotransmissores (glicose > ATP + neurotransmissores).
5. Morte de neurônios.
- A síntese de glicina está acoplada à redução de 1 NADH, à doação de 1 NH3 pelo glutamato e também
à doação de uma grupo metil ao tetra-hidrofolato.
- A glicina pode ser tanto usada na sinalização, quanto na formação de proteínas.
- O processo de síntese destes neurotransmissores passa pelas células da glia e só então ocorre a formação
de GABA nos neurônios propriamente:
NH2
Nem todos os neurotransmissores são derivados da glicólise ou do ciclo de Krebs. As
catecolaminas, por exemplo, derivam todas da tirosina.
- A tirosina pode ser obtida pela dieta ou sintetizada pelo fígado a partir do aminoácidos essencial
fenilalanina.
*As células nervosas produtoras de catecolaminas não são capazes de sintetizar tirosina!!
*?? Na síntese de Dopamina para Nora, 2 átomos de O são consumidos. O que ocorre com o outro??
- A V-ATPase usa ATP para transportar H+ para dentro da vesícula (contra o gradiente) criando um
gradiante.
Além do alto consumo de glicose e O2, muito ATP é necessário para sintetizar os
neurotransmissores e também lipídios pelas células nervosas.
*Este último processo possui um alto custo energético, especialmente porque apenas ácidos graxos
essenciais passam ao cérebro.
Fenilcetonúria
O metabolismo normal da fenilalanina passa por sua hidroxilação a tirosina pela fenilalanina-
hidroxilase que necessita de BH4 como confator.
- Defeitos na PAH, levam a um acúmulo tóxico tanto no sangue, quanto nos tecidos (retardamento). A
fenilalanina em excesso é então excretada sob a forma de fenilpiruvato pelos rins.
O teste do pezinho é importante porque nas primeiras horas de nascimento, já é possível detectar se
a criança possui ou não a doença.
A FAH faz parte de um grupo de enzimas dependentes de biopterina que hidroxilam aminoácidos
com cadeias aromáticas:
A depender do sítio da mutação, se na enzima que converte BH2 em BH4, ou na própria FAH, o
paciente terá manifestações mais graves (fenilcetonúria clássica) ou leve (hiperfenilalaninemia não-
fenilcetonúrica ou fenilcetonúria moderada):
*É extremamente importante notar que genes diferentes estão envolvidos na fenilcetonúria clássica e nos
demais tipos. Ex: na HPA, geralmente, genes mutantes na enzima DHPR (relacionada à BH4) estão
envolvidos.
A FAH ativa é um tetrâmero unida pelo domínio de autoassociação. A grande maioria das mutações
afeta o domínio catalítico, enquanto cerca de 6% afeta o domínio que une os monômeros:
- A fenilalanina se liga ao sitio regulador mudando a conformação da enzima do estado inativo (Ei) para o
estado ativo, expondo o sítio catalítico para ligação. A tirosina só é produzida em altas [fenilalanina]:
Mesma em baixas [fenilalanina], quando a PKA está ativa, a fosforilação do sítio regulador leva à
síntese de tirosina a partir da fenilalanina:
- Essa via é importante porque a PKA ATUA COMO UM LINK entre o metabolismo dos aminoácidos e o
metabolismo dos carboidratos porque os aminoácidos sintetizados (como fenilalanina) podem ser
convertidos em intermediários do ciclo de Krebs
- O que está em vermelho está errado; deveria ser glicose em vez de glicólise, não?
- O dicloridrato só é prescrito nos pacientes com defeitos na enzima que converte BH2 em BH4.
- Estress oxidativo: a dieta pobre em antioxidantes naturais + a dieta também pobre em outros nutrientes
leva à síntese diminuída de antioxidantes. Além disso, a fenilalanina em excesso inibe a síntese de
antioxidantes e também seus derivados levam à intensa produção de ROS. Eles oxidam DNA, membrana e
proteínas diversas levando à inflamação e à morte de neurônios.
- Síntese de neurotransmissores: o excesso de fenenilalanina diminui o transporte de triptofano e de tirosina ao
cérebro o que impacta na síntese de catecolaminas (a partir da tirosina) e serotonina ( a partir de triptofano). Além
disso, a fenilalanina inibe enzimas-chave na síntese de catecolominas.
- O DHA faz parte das membranas, presente na retina, atua no transporte de metabólitos e também está
presente na bainha de mielina. Deficiências na sua ingestão estão associadas a diversos danos ao SNC e
inclusive à depressão severa
.
- Bioenergética: a fenilalanina inibe a creatina-quinase cerebral de modo que menos ATP é sintetizado pelo
sistema creatina-creatinaP e também a piruvat-quinase é inibida. Este último fato é crucial para a
ocorrência de anemia devido às hemácias disformes pela carência de ATP levando à sua destruição.
*Além disso, a síntese de corpos cetônicos é inibida!