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INTRODUÇÃO À DISCIPLINA

1. MICROSCOPIA DE LUZ OU ÓPTICA


1.2 Microscópio de luz:
- O microscópio de luz é o mais comum e o mais utilizado nas técnicas rotineiras de laboratório. A
maioria dos microscópios ópticos fornece um aumento de 1.000 vezes
- Constituintes:
↳ Pé ou base: sustenta todas demais peças
↳ Fonte de luz: lâmpada halógena.
↳ Parafusos de foco (Macrométrico): permite grandes
avanços ou recuos da platina em relação à objetiva.
(Micrométrico) - permite pequenos avanços ou recuos da
platina em relação à objetiva.
↳ Braço: liga a base à parte superior do microscópio
↳ Condensador: lente que concentra o feixe luminoso em
direção ao objeto (lâmina histológica). Diafragma –
controla mecanicamente a entrada de luz para o
condensador.
↳ Platina ou Mesa: recebe o material (lâmina) para a
análise.
↳ Parafusos do charriot: localizam-se abaixo da platina, e
servem para movimentar o charriot. Charriot – dispositivo
que prende e movimenta a lâmina sobre a platina.
↳ Objetivas: lentes de aumento que estão presas no
revólver, próximas ao objeto de estudo. aumento máximo
deve utilizar óleo de imersão.
↳ Revólver: disco que suporta as lentes objetivas.
↳ Cabeçote, tubo ou canhão: suporta os tubos onde se
localizam as oculares, a escala de ajuste de dioptrias e a
da distância interpupilar.
↳ Lentes Oculares: lentes de aumento que se localizam próximas aos olhos do observador.
↳ Filtro: converte a luz de halogênio em luz branca.
↳ Seletor de intensidade luminosa: regula a intensidade da luz
2. TÉCNICA PARA OBTENÇÃO DE LÂMINAS
- Colheita do material: é a obtenção da peça, por biópsia ou necropsia. Deve ser rápida devido à autólise
(degradação dos tecidos pelas enzimas) e pela contaminação.

Fixação: a fixação química é feita banhando a peça em fixadores que podem ser
simples ou compostos. Como exemplo o formol e, de composto, citamos o líquido de
Bouin (uma mistura de formol, ácido pícrico e ácido acético). a fixação impede a
autólise e a contaminação por bactérias. A fixação visa ainda enrijecer os tecidos
- Desidratação: visa retirar a água dos tecidos, a fim de permitir a impregnação da
peça com parafina. (que não tem afinidade com água) Para isto, a peça é submetida a
banhos sucessivos em álcoois de teor crescente (ex.:
álcool a 70%, 80%, 90% e 100%).
- Diafanização: visa impregnar a peça com um solvente de parafina. O mais usado é o xilol.
- Impregnação pela parafina fundida: deixa a peça dura para serem realizados cortes bem finos para
serem observados ao microscópio. Para isso, os tecidos devem ser submetidos a banhos de parafina a
60°C, no interior da estufa. Em estado líquido, a parafina penetra nos tecidos, dando-lhes, depois de
solidificada, certa dureza.
- Inclusão: é a passagem da peça que estava na estufa para um recipiente retangular (forma) contendo
parafina fundida que, depois de solidificada à temperatura ambiente, dá origem ao chamado “bloco de
parafina”. A inclusão pode também ser feita com celoidina, gelatina ou resorcina epóxi.
- Microtomia: cortes microscópicos da parafina através do micrótomo, que possui navalha de aço. A
espessura dos cortes geralmente varia de 5 a 10 um (micrômetros). (1 um = 0,001 mm)
- Extensão: os cortes provenientes da microtomia são “enrugados”. Para desfazer estas rugas, são
esticados num banho de água e gelatina a 58°C, e “pescados” com uma lâmina. Leva-se então, à estufa
a 37°C, por 2 horas, para que se dê a colagem do corte à lâmina, pela coagulação da gelatina contida na
água quente.

- Coloração: dá contraste aos componentes dos tecidos, tornando-os visíveis e destacados uns dos
outros. Para realizá-la, são observados 3 itens: a) Eliminação da parafina - por meio de banhos
sucessivos em xilol, benzol ou toluol. b) Hidratação - Deve ser gradativa, com álcoois de teor
decrescente, para evitar o rompimento dos tecidos. c) Coloração - os corantes são compostos químicos
com determinados radicais ácidos ou básicos que possuem cor.

- Desidratação: visa retirar a água, a fim de


permitir perfeita visualização dos tecidos, pois a
água possui índice de refração diferente do
vidro, e ainda prevenir a difusão dos corantes.
Para isto usam-se banhos em álcoois de teor
crescente.
- Diafanização: banho em xilol, a fim de tornar os cortes perfeitamente transparentes.
- Montagem: colagem da lamínula sobre o corte, com bálsamo do Canadá, que é solúvel em xilol e
insolúvel em água. A lamínula impede que haja hidratação do corte pela umidade do ar
ambiente, permitindo então que estas lâminas se mantenham estáveis por tempo
indefinido. Após a montagem, levam-se as lâminas à estufa, para secagem do bálsamo
do Canadá
2.1 Coloração técnica h.e
- Utilizado compostos quimicos com radicais acidos ou básicos que irão combinar com
estruturas opostas, “OS OPOSTOS SE ATRAEM”
- hematoxilina: corante básico, que se liga atraindo tecidos ácidos. Essas substâncias
são chamadas de basófilas, porque fixam corantes básicos. (SUBS. ÁCIDAS: presença
de dna/rna)
- eosina: corante ácido que se atrai a tecidos básicos. Essas substâncias são chamadas
de acidófilas, porque fixam corantes ácidos. (SUBS. BÁSICAS: citoplasma).
BIOLOGIA CELULAR
1. CÉLULA
- Se agrupam formando tecidos ⟶ órgãos ⟶ sistemas ⟶ organismo
- Tipos:
↳ Célula procariótica: sem núcleo e organela;
- Seres unicelulares
- DNA (solto no citoplasma), ribossomos, citoplasma;
- Membrana, parede celular, cápsula, flagelo.
↳ Célula eucariótica vegetal: núcleo e organelas;
- Parede celular e cloroplastos (capta a energia e realiza a fotossíntese. dá a cor verde a planta);
↳ Célula eucariótica animal: núcleo e organelas;

1. ORGANELAS
1.1 Membrana plasmática
- Envolve externamente a célula;
- Todas as células possuem;
- Constituída por lipídeos (fosfolipídeos, colesterol e carboidratos) que formam uma bicamada;
- Proteínas que compõem: função estrutural, transporte, receptores, transdução de sinais
- Funções: mantém a estrutura e forma da célula;
↳ Seleciona o que entra e o que sai (importante para entrada de substâncias necessárias ao
metabolismo e saída de secreções e produtos residuais;
↳ Transporte de substâncias, canais e bombas para a passagem de íons e nutrientes;
↳ Proteínas são inseridas na membrana lipídica;
↳ Interação célula-célula

1.2 Retículo endoplasmático


- Mais perto do núcleo;
- Rede de membranas que delimitam cavidades (cisternas ou túbulos) que se intercomunicam;
- Tipos: granular (rugoso) e agranular (liso) = diferenças: estrutural, funcional e química
↳ Retículo endoplasmático liso: participa da síntese de lipídio que compõem as membranas;
- Produção de ácido graxos, fosfolipídios;
-Síntese de hormônios esteróides (estrógeno, progesterona, testosterona);
- Desintoxicação de drogas (antibióticos, anestésicos, álcool, sedativos), hidroxiliza compostos
tóxicos, tornando-os mais solúveis em água, para serem eliminados;
- Faz regulação e atua como reservatório do cálcio (Ca+) intracelular (células musculares usam muito,
r. sarcoplástico)
↳ Retículo endoplasmático rugoso: cisternas achatadas e paralelas, intercomunicantes
- apresenta ribossomos aderidos (grânulos) na parede externa;
- produção de proteínas e transporte;

1.3 Ribossomos
- Estrutura: duas subunidades, maior e menor;
- Constituição: RNA ribossomal (RNAr) + proteínas;
- Função: tradução (síntese de proteínas). Quando não estão aderido ao RER a produção de proteínas é
voltada para ficarem no citoplasma para servir de estruturação e acopladas no RER, servem para
exportação e são usadas em outro local;

1.4 Complexo de Golgi


- Formado por um conjunto de cisternas achatadas e empilhadas, interligadas;
- Apresenta uma face cis, convexa, e uma face trans (mais longe do núcleo), côncava;
- Proteínas produzidas no RER passam para o golgi, para ele processar, empacotar e em seguida
secreta-las;
- Transporta as proteínas para o citoplasma por vacúolos (bolinhas);
- Transforma proteínas em forma utilizável ou adiciona lipídios e carboidratos;
- Função: de glicosilação de proteínas; síntese de glicídios para as proteoglicanas; síntese de
glicolipídios; sulfatação de proteínas, glicídios, glicoproteínas, glicosaminoglicanas.

1.5 Mitocôndria
- Forma arredondada;
- Possui bimembrana, sendo internamente cheia de dobras e externamente lisa;
- Possui DNA próprio;
- Produz energia para a célula (ATP) através da respiração celular (atividade celular
que necessita de energia);
- Mitocôndria quebra glicose (açúcares = energia) e gera ATP.
- Respiração aeróbia: ocorre em duas etapas, uma no ciclo de krebes e a cadeia respiratória que produz
ATP.
- Quanto mais energia a célula necessitar, mais mitocôndrias haverão nela.
1.6 Lisossomos
- Morfologia e tamanho variável;
- Possuem membrana interna;
- Formada pelo RER e golgi.
- Coletores de “lixo” quebram os restos celulares;
- Tiram ou reutilizam no citosol as macromoléculas;
- Exocitose: saída de substâncias;
- Contém interior com enzimas hidrofílicas (fazem a digestão celular) que agem em pH ácido; autofagia:
destrói organelas velhas;
- Digestão celular:
↳ Endocitose, célula ingere e engloba a substância;
- Fagocitose: engloba partículas maiores, emite pseudópodes;
- Pinocitose: entrada de pequenas partículas);

1.7 Peroxissomos
- Organelas membranosas, vesículas arredondadas;
- Fazem oxidação de substâncias orgânicas por meio de enzimas que utilizando O2;
- Oxidação de ácidos graxos;
- Abundantes nas células do fígado e rins;
1.8 Citoesqueleto
- São o esqueleto da célula, rígidos;
- Não possui membrana, não é uma organela;
- Tem função estrutural, mantém a fórmula da célula e participam dos movimentos celulares (movimento
das membranas e organelas);
- Citoesqueleto pode ser de filamentos intermediários, microtúbulos e filamentos de actina;

1.9 Núcleo:
- Estrutura presente nas células eucarióticas, onde está alojado o material genético (DNA);
- controla todas as atividades celulares;
- Onde os genes localizam-se (depósito de informação genética);
- Possui o estágio de interfase (célula descansa) e divisão (parte ativa, células são produzidas, ex.:
cicatrização).
- DNA é alongado;
- Ribossomos na face externa;
- Composto por: carioteca, cromatina, nucléolo, nucleoplasma (líquido
onde está o nucleolo, cromatina e produtos acumulados da atividade
nuclear “rna, proteinas”) e bimembrana nuclear;
- Cromatina: portador de informação genética, complexo de DNA e
proteínas;
↳ Regiões claras são a eucromatina (dna ativo), que é mais solta e
espiralada;
↳ Regiões mais escuras são a heterocromatina (dna inativo), mais
condensada, função estrutural;
- Cromossomos: são filamentos de cromatina muito condensados que só aparecem na divisão celular
(Primeiro tem o frio de cromatina solto, ele faz uma duplicação de dna, após de condensa, formando o
cromossomo.), após a duplicação (pronto para divisão) do DNA (replicação).
- Mitose: divisão celular que resulta na formação de duas células-filhas idênticas à
mãe (cicatrização);
- Meiose: forma células germinativas (espermatozóide ovócito);
- Ácido desoxirribonucleico - dna: duas hélices em espiral que contém nucleotídeos,
elas ligam-se através de pontes de hidrogênio. (na duplicação as cadeias de nucleotídeos se juntam
formando a dupla hélice, onde cada nova formada possui as informações da molécula antiga);
1.10 Nucléolo:
- Fica dentro do núcleo e produz os ribossomos (O RNA ribossomal “RNAr” é
produzido e associado a proteínas, formando os ribossomos).
- Os ribossomos são exportados para fora do núcleo através de poros
nucleares (seletivos);
- Transcrição: é a formação de RNA a partir de uma fita de DNA (cópia de
informações do DNA); importante pois as informações copiadas são
passadas para as proteínas. Os ribossomos se prendem ao RNA que sai do
núcleo.
- DNA: citosina, guanina, adenina e tinina.
- RNA: “ “ “ e uracila.

TECIDO EPITELIAL
- Tecido formado exclusivamente por células, onde essas são justapostas (muito unidas) e estão
aderidas umas às outras, ou seja, não há nada entre elas;
- Formam membranas contínuas, que podem ser uma camada ou mais de células.
- Tipos:
↳ De revestimento,
↳ Glandular;
- Tipos especiais de epitélio: recepção de estímulos (ex.: sensações quimiotáticas - olfação e gustação);
↳ Neuroepitélio (epitélio sensorial):
↳ Mioepitélio: células que se contraem para auxiliar a saída da secreção das glândulas exócrinas.
- abraçam externamente (ficam enrolados) uma porção secretora, onde há secreção acumulada, e
quando o organismo precisa dessa secreção as células mioepiteliais apertam a porção para que a
secreção saia para o sistema de ductos).
- Origem dos epitélios: é o único tipo de tecido que se origina das três camadas germinativas;
↳ Ectoderma: origina todos os epitélios da pele (pelo, unhas, glândulas sebáceas e sudoríparas) e das
cavidades externas (cavidades que têm contato direto com o meio externo do corpo, por exemplo as
fossas nasais, a boca, o ânus, a vagina);
↳ Endoderma: origina todos os tecidos dos sistemas digestivo e respiratório;
↳ Mesoderma: origina todos os outros tecidos epiteliais que não foram citados anteriormente, como por
exemplo os epitélios do sistema urinário
- Funções dos epitélios:
↳ Proteção: desempenhada por todos os epitélios de revestimento, em maior ou menor grau;
- O número de camadas depende da necessidade do local, quanto maior o atrito, mais camadas o
epitélio vai possuir.
- Aqueles que possuem apenas uma camada protege menos do que os que possuem mais de uma.
↳ Absorção: desempenhada por algumas células epiteliais que têm constituintes celulares para
desempenhar essa função, como, por exemplo, os epitélios que revestem todo o intestino (onde a maior
parte das células são as absortivas);
↳ Secreção: desempenhada principalmente nos epitélios glandulares, que secretam produtos. Também
ocorre nas células de revestimento, como, por exemplo, o epitélio do intestino;
- No mesmo tecido epitelial existem células que fazem absorção e células que fazem secreção.
↳ Sensorial: é mais restrita aos epitélios sensoriais, ou seja, os epitélios dos órgãos dos sentidos.
1. CARACTERÍSTICAS GERAIS E COMUNS DE TODOS TECIDOS EPITELIAIS:
- Células com formato variado:
- Podem ser: planas, cúbicas ou cilíndricas.
↳ A forma do núcleo acompanha o formato da célula, ou seja, o núcleo das planas é achatado, das
cúbicas é esférico e das cilíndricas é elíptico;
↳ Também podem apresentar em algum formato intermediário;
↳ Para classificar o tipo de epitélio, com relação ao formato, é preciso analisar a forma e a disposição do
núcleo.

- Ausência de substâncias intersticiais:


↳ Substância intersticial é tudo aquilo que existe entre as células, separando-as umas das outras;
- Possui glicocálix: que é o responsável por conseguirmos enxergar os limites da célula.
↳ Camada de carboidratos que envolve externamente as células eucarióticas, ligados às proteínas e
lipídios da membrana.
- Participa da adesão celular (são extremamente viscosos/grudentos);
- Participa dos processos de endocitose (a partícula a ser endocitada fica presa ao glicocálix para entrar
na célula);
- Participa do reconhecimento entre as células (as células de um mesmo organismo se reconhecem
pelo glicocálix e quando há o contato com uma célula de um organismo estranho o sistema imune as
reconhece através do glicocálix
- São avasculares: não apresentam vasos sanguíneos, e realizam a nutrição pelo tecido conjuntivo.
1.1 Presença de lâmina basal:
- É uma camada acelular, formada por proteínas, que ao mesmo tempo limita (limita) e prende o tecido
epitelial ao tecido conjuntivo;
- Funções da lâmina e/ou membrana basal: sustentação do epitélio;
↳ Filtro molecular (separa moléculas por tamanhos e carga);
↳ Filtro celular (permite a passagem de células de defesa e impede a passagem de outras células do
conjuntivo);
↳ Dirigir a migração das células epiteliais (quando ocorre cicatrização e reconstituição do tecido);
- Apresenta duas camadas distintas:
↳ Lâmina Lúcida: fica logo abaixo das células epiteliais e não é visível nem ao microscópio. É formada
principalmente pela proteína laminina;
- Prende as proteínas de membrana das células epiteliais no colágeno IV da lâmina densa;
↳ Lâmina Densa: fica escura na microscopia eletrônica. É formada principalmente pela proteína
colágeno IV.
↳ Lâmina Reticular: maioria dos epitélios apresentam, a qual tem fibras reticulares (formadas por
colágeno III) e é a lâmina mais espessa (quando ela aparece, temos a Membrana Basal);
- Faz parte do tecido conjuntivo subjacente e os componentes dessa lâmina (colágeno VII e III) são
produzidos pelo tecido conjuntivo;
- Dá para se dizer que a lâmina reticular é o componente conjuntivo da membrana basal.
- A lâmina reticular é a única das lâminas que é visível à microscopia óptica.
- Colágeno VII: é um colágeno de ancoragem, ou seja, ele prende colágeno IV, da lâmina densa, no
colágeno III, das fibras reticulares;
- Casos especiais: nos alvéolos pulmonares e nos glomérulos renais a lâmina basal separa dois epitélios,
ou seja, são separados por duas lâminas basais (as lâminas densas ficam em contato) e, dessa forma,
passa a ser possível enxergar na microscopia óptica. Ambos os casos não precisam de tecido conjuntivo
por que possuem contato com vaso sanguíneo.

- Existência de forte coesão (adesão) entre as células: especializações da membrana entre células
epiteliais vizinhas
↳ Interdigitações: ligações de pregas na membrana em forma de dedos entrelaçados;
- Aumentam a aderência entre as células;
- Aumentam a superfície de contato entre as células;
- abundantes em epitélios que transportam grande quantidade de água e íons.

↳ Junções Celulares: formadas por proteínas específicas da membrana;


- Junções Impermeáveis (oclusiva, íntima ou estreitas): vedam o espaço entre duas células. São
feitas pelas proteínas Ocludinas;
- Zônula de Oclusão (efeito selador): um cinturão formado pelas junções impermeáveis ao redor das
células, de forma que uma fique presa a outra e não permite a passagem de substâncias.

↳ Junções de Adesão: prendem de fato as células epiteliais entre si, as membranas se afastam e, entre
elas, têm proteínas chamadas Caderinas;
- Para as caderinas se grudarem, é preciso ter cálcio, caso contrário, elas se separam;
- Caderinas atravessam a membrana e ligam-se a proteínas e prendem-se ao citoesqueleto (junções
bem fortes);

↳ Zônula de Adesão (contínua): forma um cinturão ao redor da célula (semelhante à zônula de oclusão),
possui placa de proteína delgada (fina) e com filamentos de actina;
↳ Mácula de Adesão (desmossomo): possui uma placa de proteína espessa e com filamentos de
queratina (mais forte que a actina), sendo as mais fortes ligações.

↳ Hemidesmossomos: metade do desmossomo, vai ocorrer a ligação da célula epitelial com a lâmina
basal.

↳ Junções comunicantes (GAP): fazem a comunicação entre uma célula e outra formando canais
hidrofílicos que passam água e pequenos íons, cada canal possui 6 proteínas, chamadas conexinas,
esses canais podem abrir e fechar, conforme a concentração de íons.

↳ Complexo unitivo: 1= Zônula de oclusão, 2= zônula de adesão, 3= desmossomos.


1.2 Existência de polaridade nas células:
- A parte da célula que fica voltada para a lâmina basal, chama-se polo basal, e a parte que fica voltada
para a superfície, chama-se polo apical;
- Células funcionam no sentido vertical (baixo p/cima)
- Dependendo a função que a célula epitelial as organelas se distribuem, de forma diferente.

1.3 Especializações da membrana superficial das células epiteliais


- Microvilos: são projeções da membrana plasmática, na forma de dedos de luva, com o objetivo de
aumentar a superfície de contato da célula com o ambiente e facilitar a absorção de substâncias;
↳ Possuem citoplasma e filamentos de actina;
↳ Existem nas células absortivas (ex.: células do intestino);
↳ Não possuem mobilidade;
↳ Glicocálix é bem desenvolvido em células que apresentam microvilos;
↳ Não são visíveis na microscopia óptica, enxergando apenas uma estrutura mais acidófila (e
embaçada) em cima das células epiteliais que já sabemos que são microvilos, sendo essa estrutura
chamada de borda de escova.

- Cílios: maiores que as microvilosidades;


↳ São estruturas móveis e coordenadas que tem função de movimentar substâncias pelas células;
↳ Internamente possuem microtúbulos, 9 pares que formam um círculo e um par no centro, existindo
contato entre os pares vizinhos através de braços de dineína, a qual possibilita a movimentação nos
cílios;
↳ Na base há uma estrutura, chamada de corpúsculo basal, com microtúbulos ordenados em trincas
(aqui que o movimento é gerado e depois refletido no corpo dos cílios).
↳ A maior parte das células do epitélio respiratório possuem Cílios
- Estereocílios:
↳ Função absortiva
↳ Parecem com cílios, porém são imóveis.
↳ Existe apenas epidídimo (órgão do sistema reprodutor masculino, onde os espermatozóides
amadurecem);

1.4 Classificação dos epitélios


- De acordo com o formato do núcleo:
↳ De revestimento ou glandulares.
2. TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO
- Número de camadas:
↳ Estratificado: mais de 1 camada de células;
↳ Simples: 1 camada de células;
- Formato: pode ter dois tipos de nomenclatura conforme a sua localização:
↳ Pavimentoso ou plano: células planas;
- Endotélio: quando reveste vasos sanguíneos. Por ser um epitélio muito delgado, permite a
oxigenação e transporte de substâncias;
- Mesotélio: quando reveste cavidades dos órgãos, ajuda no deslizamento do movimento. Presente
nos tecidos peritoneal (caixa toráxica), pleural (pulmão) e pericárdica (coração).

↳ Cúbico: presentes nos ductos de glândulas exócrinas e nos túbulos;


↳ Cilíndrica ou colunar: presente no epitélio do intestino e da vesícula biliar, núcleo fica no terço basal;

2.1 Epitélio de revestimento pavimentoso/plano simples:


- Pode ter dois tipos conforme a sua localização:
↳ Endotélio: quando reveste vasos sanguíneos. Por ser um epitélio muito delgado, permite a oxigenação
e transporte de substâncias;
↳ Mesotélio: quando reveste cavidades dos órgãos, ajuda no deslizamento do movimento. Presente nos
tecidos peritoneal (caixa toráxica), pleural (pulmão) e pericárdica (coração).

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