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UNIVERSIDADE ROVUMA

FACULDADE DE CIÊNCIAS ALIMENTARES E AGRÁRIAS


CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS ALIMENTARES

I – SEMESTRE 3o ANO Regime: Pós-Laboral

Embalagens de Produtos Alimentares


Materiais de embalagens

MSc. Porfírio Américo

Ano académico: 2023


Embalagens metálicas
Materiais e fabricação de embalagens
metálicas para alimentos
O aço (minério de Ferro, carvão e cal)
Na fabricação do aço, a etapa principal é o
recozimento, pois é nesta etapa que se confere
ao material as suas características de dureza, por
meio da recristalização da estrutura, melhorando as
propriedades de dobramento, estampagem e
embutimento do aço.
Materiais e fabricação de embalagens
metálicas para alimentos

O aço-base, devido a sua espessura e dureza,


confere à embalagem as propriedades
mecânicas.
➢ Aço L é para produtos fortemente
corrosivos.
➢ Aço MR é para aqueles produtos de média
corrosividade, sendo o tipo mais empregado
para as folhas de flandres.
➢ MC destinado a produtos pouco agressivos.
Cont.
Cont.
Funções dos elementos presentes
no aço base
➢ Resistência mecânica
➢ Resistência à corrosão

C - esta diretamente relacionado as propriedades mecanicas da folha de


flandres. Quanto mais dutil se desejar a folha e quanto maior for a
estampagem a que estara sujeita, menor devera ser seu teor de carbono.

Mn - 0,30% e 0,50% a principal função o papel compensador do enxofre que


acelera a corrosão. A quantidade de Mn deve ser suficiente para reagir todo o
enxofre presente,
pois o excesso deste elemento forma um composto com o ferro, com ponto
de fusão mais baixo, trazendo dificuldades à laminação a quente e tornando o
aço mais frágil.
Cont.
Funções dos elementos presentes
no aço base
P - aumenta a rigidez da folha e diminui sua resistência à corrosão. O teor
máximo deve ser de 0,015%.

Si deve estar entre 0,01% e 0,02%. A elevada concentração deste elemento


diminui a facilidade de estampagem da folha e prejudica o processo de fabricação
do aço.

Cu, sua presença em quantidade superior a 0,1% acelera a corrosão da


folha de flandres em algumas conservas alimentícias.
Cont.

Revestimento de passivação
Consiste na deposição de uma fina camada
de óxido de estanho, cromo metálico e
óxido de cromo, Ela pode ser obtida por
via química ou eletroquímica, melhorar a
resistência à corrosão atmosférica e à
sulfuração e a aderência dos
revestimentos orgânicos (tintas e
vernizes)
Cont.
Camada de óleo
A camada de óleo permite minimizar os
danos mecânicos causados pela abrasão e
facilita a manipulação das folha durante a
fabricação da lata.
Este óleo deve ser apropriado para uso em
embalagens destinadas a alimentos e os
comumente utilizados são o sebacato de
dioctila ou acetil tributil citrato.
A massa do filme de óleo é expressa em
mg/m2, e os valores mínimo e máximo são
de 5 e 15.
Classificação das embalagens metálicas

Embalagens de
duas peças
Embalagens
de três peças

Folha de flandres,
Folha de flandres folha cromada e
folha de alumínio
Classificação das embalagens metálicas

Formatos das latas


➢ Redondas;
➢ Rectangulares;
➢ Ovais;
➢ Trapezoidais
➢ Outros
A lata redonda é a mais popular, não só por ser a que permite uma
soldagem mais eficaz, como também por permitir um melhor
aproveitamento da chapa metálica.
A lata retangular é muito usada para acondicionar conservas de peixe,
porque este formato favorece a apresentação do produto ao consumidor.
As aplicações das embalagens metálicas em
diferentes tipos de produtos
Materiais das embalagens metálicas

➢ A folha-de-flandres (FF);
➢ Folha cromada;
➢ Folha Stancron;
➢ Folha não revestida;
➢ Folha de alumínio (Al);
Materiais das embalagens metálicas
➢ A folha-de-flandres (FF);

A espessura da lamina
de aço é de 0,15 a 0,40
mm e o peso da
camada de Sn é de 1%
em relação ao aço
Materiais das embalagens metálicas
➢ A folha-de-flandres (FF);

sebacato de dioctila
ou
acetil tributil citrato
Materiais das embalagens metálicas

➢ Folha cromada;
Materiais das embalagens metálicas
➢ Folha cromada;

❑ Não solda facilmente;


❑ Não apresenta grande resistência à corrosão;
❑ Baixa resistência mecânica da camada de cromo;
❑ necessidade de envernizar os dois lados e alta dureza superficial.
❑ Baixa resistência produtos de alta acidez.
Quando envernizado adequadamente, oferece uma proteção compatível
com grande número de produtos alimentares de baixa acidez,
apresentando excelente aderência a certos vernizes.
Materiais das embalagens metálicas
➢ Folha cromada;

As principais características da folha cromada são:


❑ Boa aderência a vernizes;
❑ resistente à corrosão atmosférica;
❑ resistente à sulfuração superficial;
❑ resistente à temperatura superior a 32ºC;
❑ custo inferior a folha de flandres:
❑ Excelente para compostos sulfurosos.
Devido a suas características específicas, a folha cromada é aplicada,
principalmente, no fabrico de cápsulas, tampas e fundos. Em menor
escala é, também, aplicada em latas de embutimento simples (latas de
duas peças).
Materiais das embalagens metálicas

➢ Folha Stancron;

É uma folha de aço de menor revestimento de Sn e com


um filme de Cr superior ao das folhas convencionais, o
que acrescenta uma protecção adicional à corrosão. Foi
desenvolvida como alternativa à folha-de-flandres, a um
custo mais baixo.
Materiais das embalagens metálicas

➢ Folha não revestida;

A folha não revestida é um laminado de aço, sem


qualquer tipo de revestimento. Deve-se aplicar verniz em
ambas as faces, por apresentar baixa resistência à
corrosão. Tem baixo custo, mas só é permitida a sua
utilização para óleos e produtos desidratados.
Materiais das embalagens metálicas
➢ Folha de alumínio (Al);
O alumínio é um material não ferroso, muito leve, de fácil
transformação e apresenta boa resistência à oxidação
atmosférica.
É utilizado nas mais variadas formas, embalagens rígidas
(latas de refrigerante e cerveja), embalagens semirrígidas
(formas e bandejas), embalagens flexíveis (sacos e
embalagem de salgadinhos) que compõe o plástico ou
papel, folha de alumínio para acondicionamento culinário e
em embalagem longa vida, que confere barreira à luz.
Materiais das embalagens metálicas
➢ Folha de alumínio (Al);

O alumínio provém da bauxita tratada, e pode formar


embalagens rígidas ou flexíveis, dependendo da
espessura da folha, qualidade da liga e formas da
embalagem. Diferentes formas de embalagens de
alumínio vêm sendo comercializadas, como folhas em
embalagens multicamadas, latas para bebidas
(refrigerantes em lata, cervejas, sucos), tampas
aluminizadas de iogurtes e água mineral, pacotes de
leite, biscoitos e outros.
Materiais das embalagens metálicas
➢ Folha de alumínio (Al);
Materiais das embalagens metálicas
Embalagens metálicas
As interacções entre embalagens metálicas
e alimentos se restringem à corrosão,
sulfuração e à migração de componentes
de vernizes. Essa camada de passivação
evita a formação de óxidos de estanho
resultantes de interacções do estanho da lata
com o alimento.

óleo essencial de cebola


Embalagens metálicas

Como consequências da migração de metais


para o alimento, podem ocorrer
modificações na cor e/ou no sabor do
produto.

óleo essencial de cebola


Embalagens metálicas

Corrosão: oxidação de metais por interacção com


alimento, especialmente os de alta acidez. As
consequências são as mudanças de cor ou sabor do
produto e produção de H2, causando estufamento da
lata. Embora o H2 seja atóxico e não afecte
sensorialmente o alimento, compromete sua aceitação,
já que o consumidor associa o estufamento da lata
com as alterações microbiológicas.
Embalagens metálicas

A sulfuração é uma alteração que pode ocorrer em


latas de folha-de-flandres. Compostos sulfurados,
presentes no alimento, podem reagir com o estanho e
o ferro da lata, produzindo sulfetos escuros, que
formam manchas irregulares na superfície interna da
lata.
Embalagens metálicas

Embora essa alteração represente apenas


um defeito visual, o consumidor pode
interpretar as manchas na lata como sinal
de deterioração do produto. A camada de
passivação é especialmente importante no
caso de latas para produtos sulfurados,
para evitar a sulfuração (Almeida et al.,
2005).
Embalagens metálicas
Vernizes
As embalagens em suas partes internas,
na maioria das vezes, são protegidas
por uma película orgânica.

As de alumínio e de aço cromado


necessitam serem envernizadas
em ambas as faces.

As latas de flandres não Actualmente são poucos produtos


necessitam de envernizamento alimentícios que são conservados em
lata de folha de flandres não
envernizadas ou parcialmente
envernizadas.
Vernizes
Função dos vernizes

Minimizar as interacções dos metais das


embalagens com os produtos enlatados

Evitar o contacto directo do alimento com os


metais como o Fe e Sn. Além disso protegem o
exterior das latas contra a corrosão. Não devem
apresentar riscos de toxicidade.
Vernizes
As propriedades que os vernizes devem apresentar

➢ FISICA: aderência, resistência térmica e não


tenha riscos, elasticidade;
➢ QUIMICAS: resistência a ácidos e bases,
sulfuração;
➢ ESTETICA: cores firmes, brilho e
acabamentos;
➢ SENSORIAIS: ausência de odor e cor.
Vernizes
Características e suas principais utilizações
Tipos de Secagem Flexibilidade Resistência Resistência Principais utilizações
vernizes a sulfuração química e
térmica
Fenólicos 190ºC/12’ Má Muito Boa Muito Boa Vegetais, carnes e pescado

Epoxifenólico 200ºC/10’ Boa Má Boa Vegetais, carnes e pescado

Epoxifenólico 200ºC/10’ Boa Muito Boa Boa Carnes, pescado, pratos

com Al preparados (sólidos)

Epoxifenólico 200ºC/10’ Boa Boa Boa Carnes, pescado, pratos

com OZn preparados (sólidos)

Epoxianidrito 160ºC/10’ Boa Boa Aceitável Frutas e vegetais

Acrilico 190ºC/10’ Muito Boa Muito Boa Aceitável Vegetais e pratos preparados

Poliéster Variável Variável Boa Boa Vegetais e pratos preparados

Vinílico 160ºC/10’ Muito Boa Boa Boa Cervejas e outras bebidas


Embalagens de plásticos
Embalagens de plásticos
Polímeros (do grego: poli, “muitas”; meros,
“partes”) são compostos de moléculas muito
grandes, formados pela repetição de uma
unidade molecular pequena, chamada
monômero.
Principais classes de polímeros
sintéticos
Polímeros de adição
Monômeros, todas iguais entre si.
Principais classes de polímeros
sintéticos
Copolímeros
O polímero é obtido a partir de dois (ou mais) monômeros
diferentes.
Principais classes de polímeros
sintéticos
Polímeros de condensação
Os polímeros de condensação são obtidos pela
reação de dois monômeros, com eliminação de
uma substância mais simples (como, por exemplo,
H2O, HCl, NH3 etc.) e, às vezes, por rearranjos
entre as moléculas dos monômeros.
Estrutura dos polímeros
Os polímeros lineares são termoplásticos
Podem ser amolecidos pelo calor e endurecidos pelo
resfriamento, repetidas vezes, sem perder suas propriedades.
Um caso interessante é o do polietileno, que pode ser de dois
tipos diferentes:
Estrutura dos polímeros
Os polímeros lineares são termoplásticos
O polietileno de baixa densidade (PEBD), obtido
sob pressões elevadas, é formado por cadeias
ramificadas; sendo mais flexível, é usado para a
produção de sacolas, de filmes para embalagens etc.
Estrutura dos polímeros
Os polímeros lineares são termoplásticos
o polietileno de alta densidade (PEAD), obtido sob
pressões ambientes e com o uso de catalisadores
especiais, é formado por cadeias normais, Essas cadeias
normais se compactam melhor, formando um plástico de
maior massa molecular, mais denso e mais rígido do que
o polietileno de baixa densidade; por isso é usado na
fabricação de copos, canecas, utensílios de cozinha etc.
Estrutura dos polímeros
Polímeros tridimensionais são termofixos
Uma vez preparados, eles não podem ser
amolecidos pelo calor e remoldados, sob pena de se
decomporem.
Estrutura dos polímeros
Polímeros tridimensionais são termofixos
A resina fenol-formaldeído-conhecida pelos nomes
comerciais baquelite ou novolac, foi o primeiro polímero
tridimensional a ser produzido. Essa resina é muito
importante até hoje, sendo empregada na fabricação de tintas,
vernizes e objetos moldados (cabos de panela e de talheres,
tomadas, interruptores elétricos etc.).
Embalagens de plásticos

Plásticos são compostos


macromoleculares orgânicos obtidos
por polimerização, policondensação,
poliadição.
Embalagens de plásticos
As principais características das
embalagens plásticas
➢ Elevada propriedade mecânica;
➢ Baixo custo;
➢ Peso reduzido
➢ Facilidade na moldagem,
➢ Apresentando diferentes formas, tamanhos e
outros.
➢ É permeável à luz, gases, vapores.
Embalagens de plásticos
Embalagens plásticas mais utilizadas

➢ Polietileno;
➢ Polipropileno;
➢ Poliestireno,;
➢ Poliésteres;
➢ Poliuretanos;
Poliolefinas
• As poliolefinas são polímeros formados por
moléculas que contêm em sua maioria
carbono e hidrogénio. Como por exemplo,
podemos citar os polietilenos e os
polipropileno.
Polietileno
O polietileno (PE) é obtido da
polimerização do gás etileno. São polímeros
altamente flexíveis, apresentam alta
barreira à água e baixa barreira a gases. Não
são tóxicos e podem ser utilizados em
contato directo com alimentos.
Cont.
• O polietileno pode ser representado por essa
estrutura química.
Polietileno - aplicações
Devido a sua baixa permeabilidade ao
vapor da água; as embalagens que
conservao esses produtos devem ser
perfuradas, para evitar acumulo de
humidade.

Carnes: usado na forma de


envoltório para carnes frescas, pois
tem alta permeabilidade ao
oxigênio, tanto na forma de filme
como em embalagens
termoencolhíveis. Também são
usados para embalar carne e frango
congelados, por apresentar
excelente comportamento a baixas
temperaturas;
Polietileno - aplicações
Os filmes de polietileno, juntamente com
outros plásticos, também são usados para
empacotar produtos alimentícios secos
como cereais, farinhas, café, leite em pó e
usados nos rótulos de refrigerantes, óleos,
principalmente em PET.
Polipropileno
O polipropileno (PP) é caracterizado por ser
um material mais leve, transparente,
resistente, com excelente barreira à gordura
e boa barreira à humidade. Se comparado ao
PE, apresenta melhor barreira a gases. Mas o
custo é mais elevado que o PE.
Polipropileno
É usado, principalmente, nas embalagens de
produtos desidratados e alimentos
gordurosos, como batata frita e
salgadinhos, por apresentar alta barreira ao
vapor e gases.
As bolachas também são acondicionadas em
embalagens de PP, devido a sua boa
aparência e alto brilho, fatores estes que
fazem o material adequado para alimentos
que querem um atrativo a mais para a compra
Politereftalato de etila
É um poliéster desenvolvido por dois químicos
britânicos, com barreira a gases em
aproximadamente 80 vezes maior que o PE, mas
com menor barreira à humidade. É utilizado em
garrafas e pode ser feito enchimento a quente ou
submetidos à pasteurização rápida.
Policloreto de vinila

• O policloreto de vinila (PVC) é obtido a partir da


polimerização do cloreto de vinila.
• caracteriza-se por resistência elevada (é duro).
Pode ser empregado como saco plásticos, película
para embalar alimentos, elaboração de garrafas
plásticas e outros.
Policloreto de vinila
Características gerais

➢ Fácil processamento;
➢ Boa barreira a gases;
➢ Baixa barreira ao vapor de água;
➢ Excelente transparência e brilho;
➢ Boa resistência ao impacto;
❑Quando utilizado modificador de impacto:
➢ Resistente a produtos químicos;
➢ Baixa resistência a solventes;
➢ Baixa resistência térmica
Policloreto de vinila
Aplicação

➢ proteção de carnes estocadas, pois reduz à


perda de peso e evita a descoloração.
➢ mantêm a cor vermelha brilhante da carne,
devido à permeabilidade do filme;
❑Outros produtos que são acondicionados por
recipientes de PVC são:
➢ vinagre e a água mineral, algumas empresas
já estão acondicionando óleo vegetal
Poliestireno – PS
• O poliestireno é um homopolímero resultante da
polimerização de monómeros de estireno. É um material
muito leve, de baixo custo, transparente e de fácil
coloração. É altamente permeável ao vapor de água e
gases. Não pode ser utilizado para alimentos quentes,
porque tem baixo ponto de fusão.
Uso de plásticos em embalagens
de alimentos

Os plásticos são usados como recipientes,


componentes de contêineres e embalagens
flexíveis.
Em peso de uso, eles são o segundo tipo de
embalagem mais utilizado e o primeiro em termos
de valor, com mais de 50% de todos os produtos
sendo embalados em plástico.
Tipos de plásticos e sua simbologia
Moldagem por sopro
• Os processos de moldagem por sopro mais
importantes são: extrusão-sopro e injecção
sopro, cada qual com o seu método
particular, com o objectivo único de produzir
artigos ocos
• fechados a partir de matérias-primas
termoplásticas.
Cont.
• Ilustração
Resistência ao Impacto
• A resistência ao impacto representa a tenacidade ou a
resistência de um material rígido à deformação a uma
velocidade muito alta.
• Segundo Mano (2011), a resistência ao impacto é a
capacidade de um determinado material de absorver a
energia do impacto.
• Os materiais que apresentam pouca resistência ao
impacto são chamados de materiais frágeis. Já os que
apresentam resistência relativamente alta durante o
impacto são chamados de materiais tenazes.
Resistência à tracção
• Resistência à tracção é a máxima tensão que
um material pode suportar ao ser traccionado
antes de se romper. É uma propriedade
intensiva, não dependente do tamanho da
amostra, porém outros factores interferem no
resultado do teste, tais como: presença de
defeitos na superfície e temperatura do
material (MANO, 2011).
Vantagens e desvantagens de embalagens
de plástico
Vantagens Desvantagens
• Versalidade; • Permeabilidade a gases;
• Protecção contra UV; • Migração de aditivos ;
• Baixo custo; • Plásticos transparentes não
• Permite produção de bloqueiam a luz;
embalagens opacas; • Longo período de
• Resistência mecânica. degradação.
Embalagens de vidro
Materiais e fabricação de embalagens de
vidro para alimentos
70% areia (bem fininha do que uma areia da praia
ela tem um pouco de ferro na composição) que vem
a sílica combinado com oxigénio produz dióxido de
silício

Barrilha 2ª matéria-prima do vidro (Na2CO3) a


principal função é baixar ponto de fusão do silício
(fica mais fácil de derreter)

Calcário a 3a matéria-prima (CaCO3) aproveita-se o


CaO faz com que o vidro fique resistente a água

Casco de vidro (rejeitados) mais


económico
Materiais e fabricação de embalagens de
vidro para alimentos
Areia Barrilha Alumina Calcário
14%
2% 11%

72%
Materiais e fabricação de embalagens de
vidro para alimentos
Classificação de embalagens de vidro
para alimentos
Quanto à composição química
Sodo-cálcicos
Constituem a maior parte das garrafas,
frascos e potes. Eles contêm, normalmente,
8-12% do peso em CaO e 12-17% de óxido
alcalino, principalmente Na2O.
Usualmente, 0,6-2,5% de alumina (Al2O3)
é incluída na ormulação para aumentar a
durabilidade química.
Classificação de embalagens de vidro
para alimentos
Quanto à composição química
Borossilicatos

O óxido de boro é frequentemente utilizado em


vidros comerciais, nos quais se deseja
resistência ao choque térmico, apresentando,
em relação aos vidros comuns, um terço da
dilatação pelo calor. são também muito
resistentes ao ataque químico.
Classificação de embalagens de vidro
Quanto à coloração
Transparente ou branco
São utilizados agentes descolorantes – para
mascarar a cor amarelo-esverdeada do Fe
(0,04-0,08%) - selênio combinado ao óxido de
cobalto;
O selênio promove uma cor vermelha, enquanto
o cobalto introduz uma cor azul que associada à
coloração amarelo-esverdeada leva à percepção
de ausência de coloração.
Classificação de embalagens de vidro
Quanto à coloração
Verde (Cr2O3 )
Verde esmeralda (0,125 %)
Verde Georgia (0,018%) e 0,002% de CoO;
Verde Champagne (0,20%), 0,01% de CoO e
0,025% de NiO.

Âmbar
Combinação do Fe (Fe2O3, deve estar entre
0,28-0,30%) e S junto com Na+,
Embalagens de vidro para alimentos
Elementos empregados na coloração de vidros:

Amarela – sulfatos de cádmio, oxido de ferro, oxido de


antimónio.
Amarela fluorescente – fluorescente de urânio
Amarela verde – óxido crómio
Azul - óxido de cobalto
Branca – fluoreto de alumínio
Castanha – férricos
Opala - fluoreto de cálcio
Rosada – dióxido de manganês
Vermelha – óxido cuproso ou cúprico, sulfeto de
cádmio
Violeta – manganês
Classificação de embalagens de vidro
Garrafas (formas cilíndricas, chatas e retangulares)
São utilizadas principalmente em cervejas,
refrigerantes, vinhos, aguardentes,licores, água
mineral e azeites;
Potes - boca larga, que facilita a retirada do
produto em porções (doces de frutas em
pedaços, alimentos em conserva; maioneses,
café solúvel e alimentos infantis);

Copos (alimentos como geléias, requeijão


e extrato de tomate);
Materiais e fabricação de embalagens de
vidro para alimentos

Temperatura de 700-900º C
𝑁𝑎2 𝐶𝑂3 → 𝑁𝑎2 𝑂 + 𝐶𝑂2
𝑁𝑎2 𝑂 + 𝑆𝑖𝑂2 → 𝑁𝑎2 𝑆𝑖𝑂3
𝑁𝑎2 𝐶𝑂3 + 𝑆𝑖𝑂2 → 𝑁𝑎2 𝑆𝑖𝑂3 + 𝐶𝑂2
Temperatura de 800-1200º C
𝐶𝑎2 𝐶𝑂3 → 𝐶𝑎𝑂 + 𝐶𝑂2
𝐶𝑎𝑂 + 𝑆𝑖𝑂2 → 𝐶𝑎𝑆𝑖𝑂3
𝐶𝑎𝐶𝑂3 + 𝑆𝑖𝑂2 → 𝐶𝑎𝑆𝑖𝑂3 + 𝐶𝑂2
Temperatura de 1100-1200º C
𝑁𝑎2 𝑆𝑂4 + 𝑆𝑖𝑂2 → 𝑁𝑎2 𝑆𝑖𝑂2 + 𝑆𝑂2 + 1ൗ2 𝑂2

Temperatura de 1200-1400º C
𝑁𝑎2 𝑆𝑂4 → 𝑁𝑎2 𝑂 + 𝑆𝑂2 + 1ൗ2 𝑂2
Zona de fusão 1450-1500º C
Materiais e fabricação de embalagens de
vidro para alimentos

A maior parte dos ingredientes do


vidro são bombardeados com ar
comprimido ate ao forno que
derrete tudo e fica no topo da
industria (com gás natural e
oxigénio puro ) e chega a atingir
1500ºC.
Materiais e fabricação de embalagens de
vidro para alimentos

As maquinas que moldam o vidro


ficam em baixo.
Materiais e fabricação de embalagens de
vidro para alimentos

Alguns tem um tratamento especial


Materiais e fabricação de embalagens de
vidro para alimentos
Para potes o vidro entra na forma e a maquina injecta o ar
comprimido.
Materiais e fabricação de embalagens de
vidro para alimentos
Materiais e fabricação de embalagens de
vidro para alimentos
Depois que o vidro sai da
forma, passa por uma
requeima, onde o fogo vai
derreter qualquer
imperfeição que tenha ficado
na parte de fora do vidro, para
ficar linho e não machucar a
boca do consumidor
Ultima etapa é o recozimento faz-
se dentro de um forno e vai
diminuir a chace de se quebrar.
Materiais e fabricação de embalagens de
vidro para alimentos
Inspecção manual e automica
Materiais e fabricação de embalagens de
vidro para alimentos
Devolvida para a linha de produção
Materiais e fabricação de embalagens de
vidro para alimentos
O vidro é constituído por uma mistura de materiais que,
após a fusão em forno, podem se moldar em diferentes
formas e tamanhos.
Materiais e fabricação de embalagens de
vidro para alimentos
Partes básicas da garrafa

Importante verificar
para melhor controlo
de qualidade
Fechamento de recipientes

➢ O gargalo é a região onde ocorre a operação


de fechamento do recipiente isto é, o local
em que a tampa é fixada ao vidro.

➢ São partes importantes do sistema de


fechamento, a superfície de vedação, os fios
de rosca do vidro e o filete em rosca
contínua
Sistema de fechamento

• Ampla variedade de tampas:


com um tipo de terminação, em
geral, padronizada.
• Fechamento de recipientes:
Superfície de vedação
Fios de rosca do vidroFilete em
rosca contínua
Vantagens da aplicação de embalagens de
vidro
Vantagens Justificativa
Transparência O consumidor aprecia ver o produto que está comprando
Impermeabilidade O vidro promove barreira total a gases e umidade
Coloração Esse material pode ser pigmentado e utilizado para
produ- tos alimentícios que requerem barreira à luz
Atóxico Não promove nenhuma interação com o produto alimen-
tício, não transmite odor e sabor, sendo totalmente inerte
Resistente à temperatura de Pode ser utilizado em produtos que requerem
esterilização até 100o C pasteurização
Fácil abertura A abertura da embalagem é fácil, e pode ser fechada nova-
mente depois de aberto
Retornável Após o uso pode ser retornável. Por exemplo: os cascos de
refrigerante, cerveja
Reutilizável Após o uso, a embalagem pode ser higienizada e utilizada
para outros fins. Por exemplo: o copo de requeijão
Reciclável É totalmente reciclado: 1 kg de vidro quebrado é igual a 1
kg de vidro reciclado
Desvantagens da aplicação de
embalagens de vidro
Desvantagens Justificativa

O vidro quebra fácil; qualquer quebra


Fragilidade provoca a perda de todo o produto
embalado
Peso relativamente grande Materiais como plásticos são mais leves e
menos frágeis
Custo Embalagens em vidro têm custo mais
elevado em relação às outras
Pouco resistente à O vidro é pouco resistente às temperaturas
temperatura de esterilização acima de 100o C
O fechamento das embalagens de vidro é
Dificuldade de fechamento feito com outros tipos de materiais.
hermético
Embalagens celulósicas
Materiais e fabricação de embalagens
celulósicas para alimentos
A matéria-prima desse tipo de embalagem é a
celulose, como o próprio nome diz. Existem
diferentes tipos de embalagens celulósicas que
têm grande aplicação na área alimentícia, seja
como embalagem primária ou como secundária

Embalagens de papel, papel-cartão e papelão


ondulado se caracterizam principalmente pela
estrutura, resistência e barreira à luz. Mas é
um material poroso formado pelo entrelaçamento
ao acaso das fibras de celulose, o que permite a
passagem de gases e vapor d’água.
Materiais e fabricação de embalagens
celulósicas para alimentos
Materiais e fabricação de embalagens
celulósicas para alimentos
Materiais e fabricação de embalagens
celulósicas para alimentos
Materiais e fabricação de embalagens
celulósicas para alimentos
Materiais e fabricação de embalagens
celulósicas para alimentos
Quando a madeira fica cheio
Para fazer papel, a fábrica
do licor branco, ela vai descer
só precisa da celulose &
lá para o fundo do primeiro
Então a principal missão é
separar a lignina e os vaso para entrar no vaso de
digestor, a madeira vai
extractivos da celulose
cozinhar junto com o licor
branco.
Materiais e fabricação de embalagens
celulósicas para alimentos

Dioxido de cloro ajuda


a celulose a se separar
da lingnina.
Materiais e fabricação de embalagens
celulósicas para alimentos
Essa sofre outro
tratamento que é
chamado de preparo
de massa, (amido,
CaCO3)
Materiais e fabricação de embalagens
celulósicas para alimentos

A alta sensibilidade à umidade dificulta sua


aplicação em ambientes com alta umidade
relativa, ou na presença de água, que acaba
amolecendo o material de embalagem,
alterando seu aspecto e sua função de proteger
o alimento.
Tipos de embalagem celulósica utilizados
em embalagens para alimento

Tipos de embalagem Exemplos


celulósica
Filmes transparentes Celofane, acetato de celulose,
outros
Papel Kraft pardo, Kraft branco,
MONOLÚCIDO, couché, outros
Cartões Cartuchos, embalagens
cartonadas
Papelão ondulado Caixas de papelão
Madeiras Paletes, estrados e caixas
Embalagem celulósica utilizados em
embalagens para alimento
Embalagens de papelão ondulado

O papelão ondulado é um material versátil para


embalagens, pois pode en- vasar produtos
secos, ser utilizado como embalagem
secundária e terciária de transporte. O papelão
é uma embalagem rígida obtida a partir de folha
de papel de elevada gramatura e espessura. É
constituído por elementos ondulados,
denominados miolo, e elementos planos,
denominados capa. Estes são montados
utilizando adesivos aplicados no topo das
ondas.
Embalagens de papelão ondulado
As folhas de papelão se classificam em:
➢ Face simples ou parede simples - 1 capa +
1 miolo
➢ Face dupla - 1 capa + 1 miolo + 1 capa
➢ Face tripla - 1 capa + 1 miolo + 1 capa + 1
miolo + 1 capa
➢ Face múltipla
Embalagens de papelão ondulado

Esse tipo de material tem sido empregado


principalmente na forma de cai- xas, bandejas e
contentores (containers), que desempenham a
função de acondicionar, transportar e proteger os
produtos por um tempo pequeno.

Dependendo das características do produto a ser


acondicionado, e principal- mente buscando a
resistência do papelão ondulado, são utilizados
diferentes tipos de ondas, que mudam a largura,
altura e número
Embalagens de papelão ondulado
Variação de altura das ondas
Tipos de ondas Altura das ondas (mm)
A 4,70-4,80
B 2,46-3,00
C 3,60-4,00
D 1,15

Apesar de outras embalagens apresentarem


melhores propriedades de barreira a gases e
umidade, a embalagem de papelão é uma das
mais empregadas no setor alimentício,
devido ao seu baixo custo, facilidade de
fabricação e montagem e por sua
versatilidade em tamanho e estilo.
Embalagens de papelão ondulado
As vantagens das embalagens de papelão

➢ Baixo peso;
➢ Amortecedor de choques;
➢ Baixo custo;
➢ Reciclagem;
➢ Facilidade de impressão, manuseio, aplicação de
adesivos, grampos.
Embalagens de papel-cartão

O papel-cartão é fabricado a partir da laminação de


várias camadas de polpa celulósica durante o
processo de remoção de água. É classificado pelo
núme- ro de camadas (monoplex, duplex, tríplex e
outros).
Embalagens de papel-cartão

Na área de alimentos, o papel-cartão é muito


utilizado em sacos de papel, como uma das camadas
de laminados flexíveis, cartuchos, tubos e latas. Esse
tipo de embalagem pode acondicionar o alimento
diretamente, não precisa de um envoltório.
Exemplos de aplicação são o amido de milho,
farinhas, macarrão, pós para bolo.
Embalagens de madeira
As embalagens de madeira são utilizadas na forma
de engradados, caixas, caixotes, e geralmente para
transportes de vegetais e frutas frescas. As caixas de
madeira apresentam grande resistência, podem ser
reutilizadas inúmeras vezes, mas podem favorecer o
ataque por insetos, ser foco de contaminação de
microrganismos, principalmente fungos.

Atualmente, esse tipo de embalagem


vem sendo substituída por caixas de
papelão ondulado ou plástico rígido.

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