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Estrutura celular

1. definir o átomo, identificando os mais abundantes no corpo humano.


- Átomo é uma partícula formada por matérias que não podem ser
subdivididas. A parte central e densa do átomo é o seu núcleo. E no núcleo
encontram-se os prótons(com carga elétrica positiva), os nêutrons(sem
carga), e os elétrons(com carga negativa). Os átomos unidos formam
moléculas, e essas moléculas são fundamentais para o ser humano, como
por exemplo:

● Oxigênio – Necessitam do gás para respiração celular e, consequentemente,


produção de energia;
● Carbono – Presente no ciclo da fotossíntese, respiração e decomposição;
● Hidrogênio – Auxilia no ciclo fotossíntese, respiração e decomposição;
● Nitrogênio – Os animais e seres humanos conseguem acesso ao nitrato a partir da
ingestão de plantas que absorveram essa substância ou, através da cadeia
alimentar;
● Cálcio – Encontrado nos ossos e dentes. Responsável pela formação das estruturas,
além de auxiliar a coagulação sanguínea, contração da musculatura e informação de
impulsos nervosos;
● Fósforo – Componente de ácidos nucleicos e do ATP. Sua função é formação da
estrutura óssea e na construção e manutenção, dando suporte aos órgãos e
músculos;
● Potássio – Mais abundante no líquido intracelular, necessário para a geração de
potenciais de ação;
● Enxofre – Possui ação anti-inflamatória, além de ser antioxidante;
● Sódio – Mais abundante no líquido extracelular, é essencial para a manutenção do
equilíbrio hídrico e é necessário para gerar potenciais de ação;
● Cloro – Mais abundante no líquido extracelular, é essencial para a manutenção do
equilíbrio hídrico;
● Magnésio – é necessária para a ação de muitas enzimas(moléculas que catalisam
reações químicas nos organismos);
● Ferro – Fazem parte da hemoglobina(proteína carreadora de oxigênio nos
eritrócitos) e de algumas enzimas.

2. Conceituar célula, caracterizando sua estrutura e função.


● Unidades e estruturas funcionais dos seres vivos;
● Todas as células possuem membrana plasmática, citoplasma e material genético.

Membrana plasmática - Forma a superfície externa flexível da célula, separando o ambiente


interno da célula do ambiente externo. Logo, ela é uma barreira seletiva que regula o fluxo
de material do que entra e sai;
Citoplasma – Está entre o núcleo e a membrana plasmática, tem dois componentes: Citosol
e Organelas. E também há o citoesqueleto(Sustentação, forma, movimento, adesão, malha
de filamentos protéicos);

O núcleo - É uma organela grande que abriga a maior parte do DNA de uma célula. No
núcleo, cada cromossomo, uma única molécula de DNA associada a várias proteínas,
contém milhares de unidades hereditárias denominadas genes, que controlam os principais
aspectos da estrutura e da função celulares.

3. Descrever a composição da membrana plasmática, destacando a bicamada


lipídica e suas estruturas acessórias.
A membrana é uma estrutura celular que atua delimitando as células, separando o que
entra e o que sai. Formada por lipídios e proteínas, no qual, os lipídios atuam garantindo a
estrutura da membrana, enquanto as proteínas estão relacionadas com as funções
desempenhadas pela célula.

Os lipídios mais abundantes nessa estrutura são os fosfolipídios, que formam uma
bicamada. Os fosfolipídios apresentam uma região hidrofílica e outra hidrofóbica.

Além dos fosfolipídeos, também são encontrados na membrana o glicocálice, colesterol,


proteínas integrais e proteínas periféricas:

● Glicocálice – Atua no reconhecimento e união entre células;

● Proteínas Integrais – Penetram a bicamada lipídica, chegando a atravessar


completamente a membrana; Algumas proteínas integrais estão ligadas firmemente
a um lado da bicamada por ligações covalentes com os ácidos graxos. Assim como
os lipídios de membrana, as proteínas integrais de membrana são anfipáticas. Suas
regiões hidrofílicas se projetam para o líquido extracelular aquoso ou para o citosol e
suas regiões hidrofóbicas se estendem entre as caudas de ácidos graxos. A maioria
das proteínas integrais são glicoproteínas, proteínas com grupos de carboidratos
ligados à extremidade que se projeta para o líquido extracelular. Os carboidratos são
oligossacarídeos, cadeias de 2 a 60 monossacarídeos que podem ser lineares ou
ramificadas.

● Proteínas Periféricas – Aquelas que não penetram na membrana plasmática,


estando apenas conectadas a essa estrutura fracamente;

● Proteínas transmembranas - o que significa que elas atravessam toda a bicamada


lipídica e se projetam tanto para o citosol quanto para o líquido extracelular.

● As porções glicídicas dos glicolipídios e das glicoproteínas formam um revestimento


glicídico extenso chamado glicocálice. O padrão de carboidratos no glicocálice varia
de uma célula para outra. Portanto, o glicocálice age como uma “assinatura”
molecular que permite que as células se reconheçam. Por exemplo, a capacidade de
um leucócito detectar um glicocálice “estranho” é uma das bases da resposta imune
que ajuda a destruir organismos invasores. Além disso, o glicocálice permite que as
células adiram umas às outras em alguns tecidos e protege as células contra a
digestão por enzimas no líquido extracelular. As propriedades hidrofílicas do
glicocálice atraem uma fina camada de líquido para a superfície de muitas células.
Essa ação torna os eritrócitos “escorregadios” conforme fluem através dos vasos
sanguíneos estreitos e protege as células que revestem as vias respiratórias e o
sistema digestório do ressecamento.
4. Explicar a composição do citoplasma, destacando suas organelas com as
respectivas funções.
● Mitocôndria:
- possui também uma dupla membrana;
- Organelas presentes nos eucariontes;
- Apresentam formatos arredondados ou alongados;
- Possuem o próprio DNA; Auto replicáveis;
- Tem ribossomos no seu interior;
- Presente em grande quantidade nos músculos esqueléticos.

● Ribossomos:
- Atuam na síntese protéica. Alguns ribossomos são ligados à superfície externa da
membrana nuclear : sintetizam proteínas destinadas a organelas específicas. Estão
associados ao retículo liso e rugoso, mas mais precisamente ao rugoso.

● Retículo endoplasmático rugoso:


- síntese de proteínas para exportação fora da célula; Possuem enzimas capazes de
processar as proteínas que são produzidas pelos ribossomos. Formado por redes de
tubo da membrana.

● Retículo endoplasmático liso:


- sintetiza lipídios, atua na desintoxicação e limpeza da célula;

● Complexo de golgi:
- Secreta substâncias, forma os lisossomos e o acrossomo dos espermatozóides.
Modifica, seleciona e transporta proteínas recebidas pelo retículo endoplasmático
rugoso;

● Lisossomos:
- vesículas que formam-se a partir do complexo de golgi. Atua na digestão de
partículas fagocitadas(moléculas sólidas) e pinocitadas (moléculas líquidas) pela
própria célula heterofágica, quando há necessidade de renovação das
mesmas(autofagia).

● Peroxissomos:
- Atuam na modificação de substâncias tóxicas tornando-as inofensivas para a célula.
Possui uma enzima, chamada catalase, responsável por transformar o peróxido de
hidrogênio em oxigênio e água para que a célula não intoxique.

● Vacúolos:
- Finalidade de bombear, por transporte ativo, água para o meio extracelular,
impedindo que a célula estoure(autólise);
- Tem sua denominação de vacúolos contráteis ou pulsáteis;
- Só existe nos vegetais.

● Centríolo:
- Separa o material genético na divisão celular e tem a capacidade de formar cílios e
flagelos. Organizam as células de forma que as duas células filhas, na mitose,
tenham a mesma unidade de cromossomos que a célula mãe; Eles possuem 9
trincas de microtúbulos e os microtúbulos formam os centríolos.

● Microtúbulos:
- Ajudam na movimentação das células, uma vez que formam os cílios e flagelos, e
na movimentação dos cromossomos no processo de divisão celular e das organelas;

● Cílios:
- movimento, limpeza, umidificação;

● Flagelos:
- Movimentação.

5. Esquematizar a estrutura nuclear.

- Envolvido por uma dupla membrana (envoltório nuclear e carioteca);


- Rico em poros circulares. São importantes para garantir a comunicação entre o
interior do núcleo e o citoplasma celular;
- Armazena o material genético;

Nucleoplasma: encontramos a cromatina, definida como DNA associado a proteínas


histonas. A cromatina pode ser heterocromatina(em que a dupla hélice de dna está muito
condensada), e a eucromatina(em que o DNA está menos condensado);

Nucléolo: Formado por RNA E DNA, mas a sua maior composição é o RNA ribossômico,
que vai ajudar na formação dos ribossomos;

Matriz celular : Estrutura fibrilar que se espalha pelo núcleo.

OBS – “todas as moléculas do RNA do citoplasma são sintetizadas no núcleo e todas


as moléculas proteicas do núcleo são sintetizadas no citoplasma”.

6. Diferenciar os tipos de transporte celular: passivo x ativo.


Passivo – A substância move-se a favor do seu gradiente de concentração, utilizando sua
energia cinética, sem gasto de energia. Existem a difusão simples, facilitada e a osmose:

Difusão simples e osmose


Hiper – Mais soluto;
Hipo – Menos soluto, mais água.

Difusão facilitada – transporte de substâncias que não se dissolvem em lipídios. Assim, as


substâncias contam com o auxílio de proteínas(carreadoras ou de canal), utilizadas para
atravessar a membrana (Solutos que são muito polares, ou altamente carregados, para se
moverem pela camada lípidica). E essas proteínas são chamadas de permeáveis.

Transporte ativo – A substância vai contra o gradiente de concentração e há um gasto de


energia. Um exemplo é a bomba de sódio e potássio. Pode ter dois tipos:

Quando forem transportadas na mesma direção, chama-se co-transporte ou simporte,


ocorre quando as células transferem grandes substâncias para dentro e para fora do meio
extracelular, na mesma direção. Atua nas alterações morfológicas das células.
Contra transporte ou anti transporte – quando ocorre em direção oposta, quando o
mecanismo ativo aproveita a carga energética de algumas substâncias que são
transportadas a favor do seu gradiente eletroquímico, com as duas substâncias sendo
transportadas em direções contrárias.
7. Identificar e descrever os canais de comunicação.

- A comunicação celular é caracterizada pela conversão de um sinal intercelular(entre


células) em intracelular (reações químicas desencadeadas dentro da célula).

● Por contato direto – Através de ligação direta entre as membranas de células


vizinhas. Isso ocorre quando ambas as células possuem proteínas complementares
em sua membrana, ou seja, quando se encaixam perfeitamente.

● Por sinalização parácrina(Em curta distância) – Através da liberação de mensageiros


químicos que se difundem no meio entre estas.

● Sinalização endócrina – De longas distâncias, por meio de hormônios.

● Sinalização autócrina – comunicação da célula dela, pra ela mesma.


● 8. Nomear as junções celulares, descrevendo os seus tipos.

São pontos de contato entre as membranas plasmáticas das células do tecido.


- Zônulas de oclusão – União das superfícies externas das membranas adjacentes,
através de filamentos reticulados de proteínas transmembranas. Esse tipo de comunicação
faz um bloqueio, como uma vedação, na entrada e na saída de substâncias entre células.

- Zônulas de adesão – contém uma placa,uma camada densa de proteínas na face


interna da membrana plasmática que se liga a proteínas de membrana e aos
microfilamentos do citoesqueleto. Glicoproteínas transmembranas chamadas de
caderinas unem as células. Cada caderina se insere na placa no lado oposto da
membrana plasmática, atravessa parcialmente o espaço intercelular (o espaço entre
as células) e se conecta às caderinas de uma célula adjacente. Nas células
epiteliais, elas envolvem a célula de um modo semelhante a como um cinto envolve
a cintura. As zônulas de adesão ajudam as superfícies epiteliais a resistirem à
separação durante várias atividades contráteis, como quando os alimentos se
movem através dos intestinos.

- Desmossomos: assim como as zônulas de adesão, os desmossomos contém placas e


possuem proteínas transmembrana (caderinas) que se estendem para o espaço
intercelular entre membranas celulares adjacentes e ligam uma célula à outra.
Entretanto, as placas dos desmossomos não se ligam aos microfilamentos. Em vez
disso, uma placa de desmossomo se liga aos elementos do citoesqueleto
conhecidos como filamentos intermediários ,que consistem na proteína queratina.
Os filamentos intermediários se estendem dos desmossomos de um lado da célula,
atravessam o citosol e chegam aos desmossomos no lado oposto da célula. Esse
arranjo estrutural contribui para a estabilidade das células e do tecido. Essas
junções semelhantes a soldas pontuais são comuns entre as células que compõem
a epiderme (a camada mais externa da pele) e entre as células musculares
cardíacas. Os desmossomos evitam que as células epidérmicas se separem sob
tensão e também que as células musculares cardíacas se separem durante a
contração.

- Hemidesmossomos: lembram os desmossomos,mas eles não conectam células


adjacentes. O nome surge do fato de que eles parecem metade de um
desmossomo. Entretanto,as glicoproteínas transmembranares dos
hemidesmossomos são integrinas e não caderinas. Na face interna da membrana
plasmática,as integrinas se ligam aos filamentos intermediários compostos pela
proteína queratina. Na face externa da membrana plasmática,as integrinas se ligam
a proteína laminina,que está presente na membrana basal. Assim,os
hemidesmossomos ancoram as células não uma às outras,mas sim à membrana
basal.

- As junções comunicantes: proteínas de membranas chamadas de conexinas, formam


pequenos túneis preenchidos por líquidos chamados de conexons, que conectam as
células vizinhas. As membranas plasmáticas das junções comunicantes não estão
fundidas como nas zônulas de oclusão,elas estão separadas por um espaço
intercelular muito pequeno. Graças aos conexons, íons e moléculas pequenas
podem se difundir do citosol de uma célula para outra,mas a passagem de
moléculas grandes,como proteínas intracelulares vitais, é evitada. A transferência de
nutrientes,e talvez das escórias metabólicas,ocorre por intermédio das junções
comunicantes nos tecidos avasculares,como o cristalino (lente,segundo a
Terminologia Anatômica) e a córnea. As Junções comunicantes permitem a
comunicação intercelular de um tecido.No embrião em desenvolvimento, alguns
sinais químicos e elétricos que regulam o crescimento e a diferenciação celulares se
propagam pelas junções comunicantes. As junções comunicantes também permitem
que os impulsos nervosos ou celulares se espalhem rapidamente pelas células,um
processo crucial para o funcionamento normal de algumas partes do sistema
nervoso e para a contração muscular no coração,no sistema digestório e no útero.

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