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MÓDULO INICIAL

A célula
1. O que é a teoria celular?
Todos os organismos vivos são compostos de uma ou mais células; a célula é a unidade básica de
estrutura e organização nos organismos; as células surgem de células pré-existentes.
2. O que são seres procariontes?
Procariontes organismos unicelulares que não possuem o nível de complexidade interna associada aos
eucariontes, e em particular não possuem núcleo protegido por membrana nem mitocôndrias. Têm
genomas circulares (ao contrário dos eucariotas, que têm genomas lineares), e não formam organismos
multicelulares. (Bactérias e Archaea).
3. O que são seres eucariontes?
Seres vivos com células eucarióticas, ou seja, com um núcleo celular cercado por uma membrana (DNA
compartimentado, logo, separado do citoplasma) e com vários organelos.
4. O que é a membrana plasmática?
A membrana plasmática/citoplasmática é a estrutura que delimita todas as células vivas, tanto as
procarióticas como as eucarióticas. Ela estabelece a fronteira entre o meio intracelular (citoplasma) e o
ambiente extracelular. A membrana celular não é estanque, mas uma “porta” seletiva que a célula
utiliza para captar os elementos do meio exterior que lhe são necessários para o seu metabolismo e
para libertar as substâncias que a célula produz e que devem ser enviadas para o exterior (sejam elas
produtos de excreção, das quais deve se libertar, ou secreções que a célula utiliza para várias funções
relacionadas com o meio).
5. Quais os organelos das células animais?
Núcleo abriga os cromossomos da célula e é o local onde quase toda a replicação de
DNA e síntese de RNA (transcrição) ocorrem.
Mitocôndrias geram energia para a célula. são organelos autorreplicantes e encontram-se no
citoplasma. a respiração ocorre nas mitocôndrias celulares, que geram a
energia da célula por fosforilação oxidativa, usando oxigênio para liberar
energia armazenada em nutrientes celulares (tipicamente pertencente a
glicose) para gerar ATP
Retículo é uma rede de transporte para moléculas direcionadas para certas
modificações e destinos específicos, em comparação com moléculas que
endoplasmático
flutuam livremente no citoplasma. O ER possui duas formas: o ER rugoso, que
possui ribossomos em sua superfície que secretam proteínas no ER, e o ER liso
que não possui ribossomas (desempenha um papel no sequestro e na liberação
de cálcio).
Complexo de golgi processar e empacotar as macromoléculas, tais como proteínas e lipídios que
são sintetizados pela célula.
Lisossomas e lisossomas contêm enzimas digestivas que digerem organelos em excesso ou
desgastados, partículas de alimentos e vírus ou bactérias. Peroxissomos têm
peroxissomos
enzimas que livram a célula de peróxidos tóxicos.
Centrossoma o centrossoma produz os microtúbulos da célula - uma componente chave do
citoesqueleto. Dirige o transporte através do ER e do aparelho de Golgi. Os
centrossomos são compostos de dois centríolos, que se separam durante a
divisão celular e ajudam na formação do fuso mitótico.
Ribossomas grande complexo de moléculas de RNA e proteína. Cada um deles consiste em
duas subunidades e atuam como uma linha de montagem onde o RNA do
núcleo é usado para sintetizar proteínas a partir de aminoácidos. Os ribossomas
podem ser encontrados flutuando livremente ou ligados a uma membrana (o
retículo endoplasmático rugoso).

6. Quais são os elementos químicos mais abundantes nos organismos?


Oxigénio, carbono, azoto (nitrogénio) e hidrogénio. Constituem as principais moléculas orgânicas
(Proteínas, hidratos carbono, lípidos e ácidos nucleicos).
7. Quais os compostos inorgânicos mais destacados? E como se caracterizam?
Água e sais minerais. Não resultam da ligação entre o carbono e hidrogénio.
8. Principais características da água?
É reguladora térmica; densidade menor em gelo do que no estado líquido; solvente ideal na maioria das
reações químicas; entre as moléculas de água existem pontes de hidrogénio que permitem que a
molécula fique mais coesa.
9. Porque são os sais minerais importantes para os seres vivos?
Pouco abundantes, mas importantes funcionalmente e estruturalmente. Formação de esqueleto e
dentes (Ca), são ativadores de moléculas, intervém na atividade de músculos e células nervosas.
(Importantes: flúor, ferro, magnésio, potássio, sódio e iodo).
10. O que são macromoléculas?
Molécula orgânica de elevada massa molecular.
11. O que são polímeros? E quais são?
Macromolécula constituída por várias unidades de repetição (monómeros). Os naturais/orgânicos são:
Proteínas, Hidratos de carbono/glícidos, lípidos e ácidos nucleicos.
12. Qual a unidade fundamental das proteínas?
Aminoácidos.
13. Como se forma/ é formada uma proteína?
Ligação entre dois aminoácidos/ ligação peptídica (reação de polimerização) formando-se um dipéptido.
A formação de uma cadeia longa origina um polipéptido (proteína).
14. Quantos tipos de aminoácidos há e o que são?
20 que se podem ligar de formas diferentes para formar inúmeras proteínas.
15. Como podem ser organizadas as proteínas?

16. Quais as funções das proteínas?


Função estrutural, enzimática (aceleram a velocidade das reações químicas), reserva energética,
transporte de substâncias, proteção (sistema imunitário) e regulação hormonal.
17. O que são hidratos de carbono/glícidos?
Compostos orgânicos formados por C, H e O – proporção de 1:2:1. (exemplos: amido, açúcar).
18. Que tipos há?
Monossacarídeos – hidratos de carbono formados por apenas um monómero: glicose e frutose com
função energética.
Dissacarídeos – dois monómeros: sacarose (ligação de uma glicose e uma frutose; açúcar normal) e
maltose (dissacarídeo com duas moléculas de glicose).
19. O que são lípidos?
Classificados pelo facto de não serem solúveis em água, mas solúveis em componentes orgânicos (e não
pela estrutura química).
20. Quais as funções dos lípidos?
Função: reservas energéticas e função estrutural (são um dos componentes da membrana celular).
21. Que tipos há?
Gorduras neutras: uma molécula de glicerol e um, dois ou três ácidos gordos (há 30 ácidos gordos
diferentes, o que dá origem a muitos tipos de gorduras). Triglicerídeos: glicerol + 3 ácidos gordos (longas
cadeias formadas por H e C) são os mais abundantes.
Esteroides: colesterol (presente nas membranas celulares) e hormonas sexuais.
22. Que tipos de ácidos nucleicos há? E qual a sua estrutura química?
Há dois tipos: DNA e RNA.
São polímeros formados pela ligação de nucleótidos.
Os nucleótidos são compostos por: pentose (açúcar com 5 carbonos) que pode ser ou ribose (RNA) ou
dexoribose (DNA), um grupo fosfato (torna a molécula ácida) e
uma base azotada (guanina, adenina, citosina, timina ou uracilo).
São designados pela sua base azotada (para simplificação).

O DNA e RNA são formados pela ligação de diferentes nucleótidos,


dando origem a um código. RNA – 1 cadeia; DNA – 2 cadeias
ligadas por pontes de hidrogénio.
As sequências nucleotídicas de DNA contém toda a informação
genética das células e coordenam toda a sua atividade. Este processo requere a passagem da
informação do DNA para as proteínas, que posteriormente vão coordenar as atividades celulares. O RNA
é necessário neste processo porque estabelece a ligação entre o DNA e proteínas.
Assim, as sequências nucleotídicas da molécula de DNA correspondem aos genes que definem as
características biológicas dos seres vivos.
UNIDADE 1 - Obtenção de Matéria
Seres heterotróficos
1. O que são seres heterotróficos?
Não conseguem sintetizar o seu próprio alimento a partir de compostos inorgânicos e por isso precisam
de consumir outros organismos (matéria orgânica) para conseguir obter matéria e energia.
2. Como difere/ é comum a obtenção de matéria das células dos heterotróficos uni e
multicelulares?
Multicelulares: conjuntos de células responsáveis pelo processamento do alimento, que depois é
distribuído às restantes células. Unicelulares: uma só célula é responsável por todo o processamento da
matéria. Comum a nível celular: transporte de substâncias do meio intra para o extracelular.
3. Porque é essencial o estudo da composição e estrutura da membrana plasmática no que toca
à obtenção de matéria?
Para compreender como funcionam as células e como obtém a sua matéria, porque como as células se
encontram delimitadas por uma membrana plasmática, todos os compostos têm de a atravessar.
4. Quais as funções gerais da membrana plasmática?
Controlar a entrada de substâncias para o interior da célula e impedir que a célula perca compostos
essenciais.
5. Qual a composição da membrana plasmática?
Lípidos, proteínas e glícidos (hidratos de carbono). (A proporção dos constituintes varia conforme o tipo
de célula).
Tipo de lípidos mais abundante: fosfolípidos – ligação entre uma molécula de glicerol e um grupo fosfato
associado a um componente hidrofílico (polar; ex. serina ou colina). À molécula de glicerol ligam-se ois
ácidos gordos, formados por uma cadeia longa de átomos de
carnono e hidrogéneo. A parte da molécula que contém os
ácidos gordos é apolar (não tem afinidade com solventes
polares tais como a àgua). A região da molécula que contém
o grupo fosfato compõe a cabeça hidrofílica, com afinidade
para a água. Os fosfolípidos são então moléculas anfipáticas
(têm regiões polares e apolares). Quando em contacto com
meio aquoso, o fosfolípido dispõe-se de modo a que as suas
regiões polares se orientem para a fase aquosa, formando micelas ou bicamadas.
As membranas possuem também colesterol, para consistência e estabilidade.
As proteínas têm estrutura e função muito diversa nas membranas, tais como estrutural, auxiliar na
integridade celular, transportadoras membranares e recetores membranares.
Os glícidos estão associados aos lípidos ou proteínas, originando os glicolípidos e glicoproteínas e
constituem componentes de muitos recetores celulares.
6. Qual é o modelo mais aceite acerca da membrana celular e o que defende?
Singer e Nicholson – Modelo do Mosaico Fluido (1972). A membrana é como ummosaico, com lípidos e
proteínas. Estes dois constituintes podem possuir glícidos associados. É fluido porque as proteínas e
lípidos podem mudar a sua posição.
A membrana tem uma bicamada lipídica com proteínas associadas que podem ser:
intrínsecas (estabelecem interações com as regiões hidrofóbicas da membrana, sendo também
designadas por proteínas integradas porque penetram a membrana) ou extrínsecas (na periferia da
membrana, estabelecendo interações com as regiões hidrofílicas).
7. De que depende o transporte de substâncias através da membrana
plasmática?
Da dimensão, carga elétrica do composto, solubilidade do composto (o que
por sua vez depende da carga e da dimensão). Por isso a permeabilidade da
membrana é seletiva. Moléculas mais pequenas e sem carga passam mais
facilmente, tal como os compostos solúveis em lípidos. Os polares
(hidrossolúveis) de elevadas dimensões não passam.
8. Como funciona o transporte de substâncias através da membrana
plasmática?
Há diferentes mecanismos para o transporte de diferentes compostos.

DIFUSÃO SIMPLES
ÁGUA (principal solvente dos seres vivos)
Pequenas moléculas polares e sem carga elétrica (etanol e água por exemplo) podem
atravessar as membranas por difusão simples (com baixa eficiência). Difusão:
movimento de partículas de um local de maior para menor concentração, a favor de
um gradiente eletroquímico.
As moléculas de água movem-se través de uma barreira semipermeável do local onde a sua
concentração é mais elevada e a concentração de solutos mais baixa para o local onde a concentração
de moléculas de água é mais baixa e a concentração de soluto é mais elevada.
Solução I – Solução hipotónica (baixa concentração solutos); Solução II – hipertónica.
Quando as duas soluções têm concentrações iguais para um soluto são isotónicas e o movimento da
água entre os meios é igual nos dois sentidos.

Osmose – não envolve gastos de energia – é o movimento por difusão simples da água ocorre contra o
gradiente de concentração do soluto (da menor concentração de solutos para a maior).

Movimento de água, por difusão simples, através de uma membrana seletivamente permeável, de um
meio com elevada concentração de água para um meio com menor concentração de água.

Como a molécula de água é pequena atravessa a dupla camada lipídica que é parcialmente permeável à
água; mas também há proteínas que servem como canais para os movimentos rápidos da água –
aquaporinas.

Quando as células são colocadas em soluções hipertónicas, a água movimenta-se do meio interno para o
externo. Quando são postas em meio hipotónico ocorre o movimento de água para o meio interno das
células. Meios isotónicos – movimento de água igual nos dois sentidos.

Quando entra água para a célula aumenta o seu volume e pode rebentar – lise. As células de muitas
bactérias, fungos e protistas encontram-se revestidas por uma parede celular rija que impede a lise.

GASES:
Gases e outros compostos polares de reduzidas dimensões e compostos lipossolúveis podem atravessar
a membrana por difusão simples até se difundirem por todo meio (ex. açúcar em água). Como as células
consomem O2 e produzem CO2 obrigam ao movimento permanente de gases por difusão simples.

Porquê que a difusão simples não é dispendiosa energeticamente? Pois é um processo físico a favor de
um gradiente de concentração.
TRANSPORTE FACILITADO
As células necessitam de muitas moléculas, aminoácidos e iões carregados que não conseguem
atravessar diretamente a bicamada lipídica, logo o seu transporte é mediado por transportadores –
proteínas transmembranares. Isto é o transporte facilitado – difusão de iões ou moléculas efetuada por
uma proteína membranar específica (transportador) a favor de um gradiente de concentração.

Vários tipos de transportadores e cada um especializado no transporte de uma substância.


GLICOSE
As proteínas que transportam as moléculas de glicose não formam um poro contínuo entre o meio
interno e externo, pois quando uma molécula de glicose se liga ao transportador este sofre alterações
da sua conformação, formando um poro que permite a passagem de glicose. A proteína transportadora
retoma a sua conformação original, sendo necessária a ligação de outra molécula de glicose para que o
processo se inicie novamente.
Para reduzidas concentrações de soluto a velocidade deste mecanismo de transporte facilitado é
proporcional à concentração. No entanto, o aumento da concentração do soluto provoca a saturação de
todos os transportadores existentes na membrana, que se encontram ligados às moléculas. Para
concentrações elevadas, o aumento da concentração destas não acarreta um aumento da velocidade de
transporte.
Alguns compostos podem competir pela mesmo proteína transportadora, implicando uma redução das
taxas de transporte. Este mecanismo é usado pelos investigadores para estudar os mecanismos de
transporte transmembranar, bem como para desenvolver novos fármacos para tratamento de
patologias.

TRANSPORTE ATIVO
Transporte de solutos através das membranas contra o gradiente de concentração e,
consequentemente, com consumo de energia química.

Acontece porque as células precisam de manter no seu interior determinados tipos de moléculas e iões
em concentrações diferentes das que se encontram no seu exterior. Ex. as células do fígado acomulam
elevadas quantidades de glicose que são provenientes do plasma sanguíneo, sendo transportads contra
o seu gradiente de concentração.
Exemplo: TRANSPORTE DE IÕES Na+ E K+
A concentração de iões K+ no meio intracelular é dez vezes superior à concentração à concentração do
mesmo ião no meio extracelular. Por outro lado, a concentração de iões Na+ é 10 vezes superior no
meio extracelular. Estas diferenças de concentração provocam a difusão de iões Na+ para o meio
interno e a difusão de iões K+ para o meio externo (por transporte facilitado). Para compensarem os
movimentos da difusão e serem capazes de manter as diferenças de concentração, as células
transportam iões Na+ do meio interno para o meio externo e iões K+ no sentido inverso. Este transporte
ocorre contra gradientes de concentração.

O transporte de compostos contra o gradiente de concentração e com gastos de energia é efetuado por
proteínas designadas bombas. Podem transportar mais do que uma molécula simultaneamente.

O transporte de iões de sódio e potássio é processado pela bomba de Na+/K+. Este transportador
transporta simultaneamente 3 iões de sódio do meio interno para o meio externo, seguindo-se o
transporte de dois iões de
potássio para o meio interno.
Como é um transporte contra
um gradiente de concentração
dos dois compostos, implica o
dispêndio de energia,
proveniente da conversão do
ATP em ADP + Pi (grupo
fosfato).
Como é o próprio transportador
a quebrar a ligação química na
molécula de ATP, considera-se
que possui atividade de ATPase.
A energia proveniente do ATP é
essencial para que o
transportador sofra alterações
na sua conformação e permita o
transporte dos referidos iões.
Os gastos energéticos mantidos no transporte ativo destes dois iões são aproveitados para as células. O
gradiente de concentração que se gera permite a difusão facilitada destes iões através de outros
transportadores membranares, que são usados para o transporte de outros compostos. Por exemplo, a
entrada de dois iões de sódio para o meio interno possibilita o transporte de uma molécula de glicose
em simultâneo pelo mesmo transportador, contra o gradiente de concentração.

TRANSPORTE DE CÉLULAS DE GRANDES DIMENSÕES


Endocitose: transporte de material do meio externo para o meio interno, por formação de invaginações
na membrana plasmática, que resultam na formação de vesículas contendo as partículas.
- Fagocitose: processo através do qual a célula emite prolongamentos citoplasmáticos (pseudópodes)
que englobam as partículas sólidas ou mesmo células, formando uma vesícula que se separa da
membrana plasmática. Este processo é utilizado, por exemplo, por protistas unicelulares para obter
alimento e pelos glóbulos brancos do sangue como processo de defesa, eliminando microorganismos
patogénicos e impedindo infeções.
- Pinocitose: semelhante à fagocitose, mas o material a englobar encontra-se no estado líquido e as
vesículas que se formam são mais pequenas. É por este processo que as células do epitélio intestinal
capturam gotículas de lípidos da cavidade intestinal.

Exocitose: fusão de vesículas com a


membrana plasmática e libertação de
compostos para o meio externo.
Fundamental para as células
transportarem material para o meio
externo. O material pode ser sintetizado
pelas células e inserido nas vesículas (e.g.,
hormonas, enzimas, neurotransmissores),
que se deslocam para a periferia da
membrana plasmática, acabando por
fundir com esta e libertar o seu conteúdo.
Este processo também é importante para
as células libertarem compostos não
digeridos.
UNIDADE 2 – Distribuição de Matéria – o transporte nos animais

1. O que permite o sistema circulatório em animais mais complexos?


Permite o transporte dos compostos resultantes dos processos de digestão extracelulares, em cavidades
do sistema digestivo, de forma a serem rapidamente utilizados pelas restantes células.
2. Quais as principais características dos sistemas circulatórios animais?

3. Quais as características dos sistemas circulatórios abertos?


Do coração projetam-se artérias que transportam o sangue até um sistema de cavidades – lacunas ou
seios – que no seu conjunto formam o hemocélio. O fluido circulante percorre o organismo dentro de
vasos sanguíneos até ao hemocélio para banhar as células.
Há mistura do sangue com o líquido intersticial – Hemolinfa.
Depois quando a hemolinfa chega ao hemocélio, ela banha todos os tecidos permitindo trocas. A
hemolinfa retorna ao coração quando ele está relaxado através dos ostíolos (válvulas que impedem o
refluxo).
4. Quais as características dos sistemas circulatórios fechados?
O sangue percorre o organismo sempre dentro de um sistema contínuo de vasos sanguíneos. Logo, não
há mistura com o líquido intersticial. Sangue circula com mais velocidade e mais eficácia na distribuição
de gases e nutrientes, essencial a seres vivos com maior taxa metabólica.
Todos os vertebrados e alguns invertebrados possuem este tipo de sistema:
Coração – musculoso cujas contrações rítmicas bombeiam o sangue através de artérias que se ramificam
por todo o corpo.
Artérias – dividem-se em arteríolas que por sua vez se distribuem por capilares. Como estes são finos
facilitam as trocas.
A fusão de capilares – forma vénulas que por sua vez formam veias, que levam o sangue de volta para o
coração.
ARTÉRIAS ligam-se aos Ventrículos (que têm paredes musculares espessas) – bombeiam sangue do
coração.
VEIAS ligam-se às Aurículas (que têm paredes musculares finas) – recebem sangue venoso no coração.
5. O que é circulação simples? (dentro do sist. circ. fechado)
Há diferenças no sistema circulatório entre vertebrados, principalmente a nível da estrutura do coração.
Circulação simples – apenas 1 circuito, em que o sangue venoso passa uma vez no coração, segue para
as brânquias e depois para o resto do organismo. (peixes)
6. O que é circulação dupla? (dentro do sist. circ. fechado)
O sangue é bombeado para duas circulações - pulmonar e sistémica. (anfíbios)
Circ. pulmonar (pequena circ.): transporta o sangue para os pulmões onde é oxigenado, regressando
posteriormente para a aurícula esquerda pelas veias pulmonares.
Circ. sistémica (grande circ.): sangue arterial bombeado pelo ventrículo esquerdo para todo o
organismo, onde ocorre a troca de O2 por CO2, originando sangue venoso que regressa ao coração
entrando pela aurícula direita.

A circ. dos anfíbios é uma circ. dupla incompleta: há a possibilidade de o sangue venoso se misturar com
o arterial no ventrículo. No entanto, os repteis também apresentam esta configuração, mais eficaz que
os anfíbios, porque reduzem a mistura do sangue arterial com o venoso.

7. Que aspetos caracterizam a eficácia dos sistemas


circulatórios de mamíferos?
Têm mais sangue que os vertebrados inferiores que é
distribuído sob maior pressão, não ocorrendo mistura do
sangue venoso e arterial – circulação dupla completa.
Confere-lhes alta eficácia do suprimento de oxigénio para
todas as células, por não haver mistura.

8. A pressão que o coração exerce sobre o sangue


quando este o abandona é suficiente para fazer percorrer todo o corpo? Que estratégias
possuímos para garantir esse processo?
Circulação dupla completa (sistémica e pulmonar) e morfologia interna do coração:
M
9. Quais os fluidos circulantes e suas funções?
Sangue – formado por plasma (amarelo), glóbulos vermelhos (hemácias), glóbulos brancos (leucócitos;
defesa imunitária) e plaquetas (coagulação sangue. Transporte de nutrientes, oxigénio e produtos de
excreção.

Linfa – forma-se a partir do sangue. Fluido incolor, que banha as células e circula no sistema linfático –
veias linfáticas. Composição parecida com o plasma.
Funções: recolher e transportar o líquido intersticial de volta para o sistema circulatório sanguíneo.;
absorver os lípidos digeridos no sistema digestivo; defender o organismo de agentes patogénicos, via
sistema imunitário.

UNIDADE 3 – Transformação e utilização de energia


Fermentação e Respiração
1. Que processos metabólicos utilizam os seres vivos para obter energia a partir dos alimentos?
2.

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