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Membrana

PLASMÁTICA
Docente: Dr. Nilton Akio Muto
Discente de Mestrado: David Rodrigues

BIOLOGIA CELULAR
• Circunda a célula, define seus limites
e mantem as diferenças essenciais
entre o citosol a o ambiente
extracelular.

• Podem conter proteínas que


circunda a célula, define seus limites e mantem as diferenças
transferem informações ao invés de
essenciais entre o citosol a o ambiente extracelular.

moléculas

• Sua estrutura é fluida e atua como


uma barreira relativamente
impermeável

CARACTERÍSTICAS GERAIS
• Possui uma fina camada de lipídica e
proteica unidas, principalmente por
ligações covalentes.

circunda a célula, define seus limites e mantem as diferenças


• A membrana plasmática
essenciais entre o citosol possui
a o ambiente extracelular.

característica anfifílica, possuem uma


extremidade hidrofílica ou polar e
outra extremidade hidrofóbica ou
apolar.

CARACTERÍSTICAS GERAIS
FOSFOLIPÍDIOS
.
FOSFOLIPÍDIOS
Os lipídios mais abundantes na
membrana plasmática são os
fosfolipídios (cabeça polar
contendo um grupo fosfato e
duas caudas hidrocarbonadas
hidrofóbicas). Nos animais, nas
plantas e nas células
bacterianas, as caudas
. normalmente são ácidos graxos.
FOSFOLIPÍDIOS
Geralmente, uma cauda possui
uma ou mais ligações duplas
cis-atuantes (i.e., ela é
insaturada), enquanto a outra
cauda não possui essa ligação
(i.e., ela é saturada).
.
FOSFOLIPÍDIOS
Os principais fosfolipídeos da
maioria das membranas das
células animais são
fosfoglicerídeos, os quais
possuem uma cadeia principal
de glicerol de três carbonos
.
FOSFOLIPÍDIOS
A fosfatidiletanolamina, a
fosfatidilserina
e a fosfatidilcolina são os mais
abundantes fosfoglicerídeos das
membranas das células
de mamíferos
.
.
ESFINGOLIPÍDIOS
Outra importante classe de
fosfolipídeos são os
esfingolipídeos, que são
constituídos por esfingosina
no lugar do glicerol

.
ESFINGOLIPÍDIOS
Além dos fosfolipídeos, a bicamada
lipídica de muitas membranas
celulares contém glicolipídeos e
colesterol.

.
.
OS FOSFOLIPÍDIOS
FORMAM BICAMADAS
ESPONTANEAMENTE
As moléculas hidrofílicas
interagem facilmente
em água

As moléculas
hidrofóbicas, por outro
lado, são insolúveis em
água.
Quando as moléculas anfifílicas são
expostas a um ambiente aquoso elas
se agregam de modo espontâneo,
escondendo suas caudas
hidrofóbicas no interior onde ficam
protegidas da água, expondo suas
cabeças hidrofílicas para a água.

Resultando em duas possíveis


formas: as micelas ou bicamadas
A BICAMADA LIPÍDICA É UM
FLUIDO BIDIMENSIONAL
Fechamento espontâneo de
uma bicamada lipídica para formar
um compartimento selado.

A estrutura fechada é estável porque evita a


exposição de caudas hidrocarbonadas
hidrofóbicas à água, que seriam
energeticamente desfavoráveis

Lipossomos
(A) Micrografia eletrônica de
lipossomos
(B) Representação esquemática de um
pequeno lipossomo esférico visto
em corte transversal.
Servem como carreadores de
fármacos, biomoléculas ou agentes
de diagnóstico.

Tanto as empresas Pfizer (EUA) e


BioNtech (Alemanha) quanto a
Moderna (EUA) usaram a técnica em
seus imunizantes
Flip-Flop
Movimento da molécula fosfolipídica de um lado para o
outro da monocamada, porém ocorre muito raramente.

Difusão Lateral
Moléculas lipídicas se movimentam lateralmente na
membrana a uma taxa média de 2 µm por segundo.

Rotação
Moléculas lipídicas giram rapidamente ao redor de
seu eixo maior e suas cadeias de hidrocarbonos são
flexíveis.

Flexão
Os fosfolipídios se movimentam lateralmente
A fluidez de uma bicamada lipídica
depende de sua composição
Transição de fase
Uma bicamada sintética feita de um único tipo de fosfolipídio
muda de um estado líquido para um estado cristalino rígido (ou
gel) bidimensional em uma temperatura característica, e a
temperatura em que isso ocorre é mais baixa (i.e., a membrana
torna-se mais difícil de congelar) se as cadeias de hidrocarbonos
forem curtas ou possuem ligações duplas.
A influência de ligações duplas cis-
atuantes nas cadeias de
hidrocarbonos.

As ligações duplas dificultam o


agrupamento das cadeias tornando mais
difícil de congelar a bicamada lipídica.
Além disso, devido às cadeias de
hidrocarbonos de lipídeos insaturados
estarem mais distantes, as bicamadas
lipídicas por eles formadas são mais
delgadas do que as bicamadas formadas
por lipídeos saturados.
A influência de ligações duplas cis-
atuantes nas cadeias de
hidrocarbonos.

Bactérias, leveduras e outros


organismos quando a baixas
temperaturas sintetizam ácidos graxos
com mais ligações múltiplas evitando a
redução da fluidez.
em certas misturas lipídicas nas
bicamadas artificiais, pode-se
observar uma segregação de
fase onde determinados lipídeos
se agrupam formando domínios
separados, denominados de
(B) Por outro lado, lipossomos
(A) Lipossomos gigantes balsas lipídicas
produzidos por uma produzidos
por uma mistura 1:1:1 de
mistura 1:1 de
fosfatidilcolina,
fosfatidilcolina e esfingomielina e colesterol
esfingomielina formam formam bicamadas com duas
bicamadas uniformes. fases separadas.
As gotas lipídicas são circundadas por uma monocamada
fosfolipídica
Gotas lipídicas, o que são?
excesso de lipídios armazenado pela maioria das células
(ex.: adipócitos).

Pra quê serve?


Delas podem ser obtida a matéria-prima para a síntese
de membranas ou uma fonte de alimento.

Como surgem?
Acredita-se que elas se formem de regiões discretas
na membrana do RE onde estão concentradas muitas
enzimas do metabolismo dos lipídeos.
Advêm da síntese de ácidos graxos e colesterol por
enzimas na membrana do RE. Elas armazenam
triacilglicerídeos e ésteres de colesterol.
Como surgem?
Elas são moléculas exclusivamente hidrofóbicas e
agregam-se em gotas tridimensionais em vez de em
bicamadas, pois esses lipídeos não contêm
grupamentos de cabeças hidrofílicas.
As gotas lipídicas se formam rapidamente quando as
células são expostas as altas concentrações de ácidos
graxos.
A assimetria da bicamada lipídica é funcionalmente
importante
As composições de lipídeos das duas
monocamadas da bicamada lipídica de
muitas membranas são
surpreendentemente distintas.
Quase todas as moléculas de fosfolipídeos que
possuem colina – (CH3)3N+CH2CH2OH – em seu
grupamentos de cabeças (fosfatidilcolina e
esfingomielina) estão na monocamada externa,
enquanto quase todas que contêm um grupo amino
primário terminal (fosfatidiletanolamina e
fosfatidilserina) estão na monocamada interna.
ERITRÓCITOS
Funcionalidade
A assimetria lipídica é funcionalmente importante,
em especial na conversão de
sinais extracelulares em sinais intracelulares.

PKC – Proteína Cinase C


Funcionalidade
Os animais exploram a assimetria dos fosfolipídeos de sua membrana plasmática
para distinguir entre células vivas e células mortas.

Apoptose (morte celular programada)

A fosfatidilserina, que normalmente está confinada à monocamada citosólica


(ou interna) da bicamada lipídica da membrana plasmática, rapidamente se
transloca para a monocamada extracelular (ou externa).
A fosfatidilserina exposta na superfície celular sinaliza para as células
vizinhas, como os macrófagos, para fagocitar e digerir a célula morta.
Como ocorre?
Acredita-se que a translocação da fosfatidilserina nas células apoptóticas ocorra
por meio de dois mecanismos:

1 2
Inativação do translocador de fosfolipídeo Ativação da “scramblase” (de scramble,
embaralhar)
que normalmente transporta esse lipí-
deo da monocamada externa para a que transfere os fosfolipídeos
monocamada interna. de forma inespecífica nas duas direções
entre as duas monocamadas.
Os glicolipídeos são encontrados na superfície de todas as
membranas plasmáticas eucarióticas
Glicolipídios
Moléculas lipídicas que contêm açúcar. São
encontradas exclusivamente na monocamada
mais distante do citosol. Nas células animais elas
são constituídas de esfingosina.
Gangliolipídios
São glicolipídios mais complexos contendo
oligossacarídeos com uma ou mais porção de
ácido siálico, que confere aos gangliosídeos uma
carga negativa.
Algumas funções

• Protege a membrana contra as graves condições, como baixo pH e altas


concentrações de enzimas degradantes;
• Sua presença altera o campo elétrico através da membrana e a
concentração de íons.
• Processos de reconhecimento celular
Gangliolipídios Gm1
Atua como um receptor de superfície celular para
a toxina bacteriana que causa a diarreia
debilitante da cólera.
PROTEÍNAS DE MEMBRANA
As proteínas de membrana podem se associar à bicamada
lipídica de várias maneiras
Embora a bicamada lipídica forneça a estrutura básica das membranas biológicas,
as proteínas de membrana desempenham a maioria das funções específicas da
membrana e, portanto, fornecem a cada tipo de membrana celular suas
características e propriedades funcionais.

As proteínas de membrana são anfifílicas, possuindo uma região


hidrofóbica e uma hidrofílica. Elas atravessam a bicamada lipídica, com
uma porção em cada lado, devido a essas característica também são
chamadas de proteínas transmembrana.
Âncora de glicosilfosfatidilinositol (GPI): são estruturas
essenciais para a ancoragem de glicoconjugados e proteínas
na superfície celular. A âncora de GPI é adicionada,
deixando a proteína ligada a superfície não citosólica da
membrana do RE somente por essa âncora.
Proteínas associadas à membrana não se estendem
para o interior hidrofóbico da bicamada lipídica. Elas ficam
ligadas a uma das faces da membrana por meio de
interações não covalentes com outras proteínas da
membrana.
Muitas das proteínas deste tipo podem ser liberadas da
membrana por procedimentos de extração suaves, como a
exposição a forças iônicas muito altas ou muito baixas ou a pH
extremo, que interferem nas interações proteína-proteína,
mas deixam a bicamada lipídica intacta. Essas proteínas
normalmente são referidas como proteínas periféricas de
membrana.
As âncoras lipídicas controlam a localização de algumas
proteínas de sinalização na membrana
Os receptores da superfície celular, por exemplo, são
geralmente proteínas transmembrana que ligam moléculas
sinalizadoras do espaço extracelular e geram sinais
intracelulares diferentes do lado oposto da membrana
plasmática.
Por outro lado, proteínas que atuam em um único
lado da bicamada lipídica com frequência estão
associadas exclusivamente a um dos lados da
monocamada lipídica ou a um domínio da proteína
daquele lado. Algumas proteínas de sinalização
intracelular, por exemplo, que auxiliam na
transmissão de sinais extracelulares para o
interior das células são ligados a porção citosólica
da membrana plasmática por um ou mais grupos
lipídicos ligados covalentemente, os quais podem
ser cadeias de ácidos graxos ou grupos prenila.
A cadeia polipeptídica cruza a bicamada lipídica em uma
conformação de α-hélice na maioria das proteínas
transmembrana
Todas as ligações peptídicas da bicamada são dirigidas para
formação de ligações de hidrogênio, pois as ligações
peptídicas são polares e há ausência de água. As ligações
de hidrogênio entre as ligações peptídicas são
maximizadas se a cadeia polipeptídica formar uma α-
hélice irregular na região que cruza a bicamada, e
esta é a forma como a maioria dos segmentos de cadeias
polipeptídicas que cruzam a membrana atravessam a
bicamada.
1 2
Proteínas transmembrana de Proteínas transmembrana de
passagem única passagem múltipla

a cadeia polipeptídica passa apenas a cadeia polipeptídica cruza a


uma vez a membrana. membrana várias vezes.
Uma alternativa para que as ligações peptídicas
da bicamada lipídica supram suas necessidades
de ligações de hidrogênio é o arranjo das cadeias
polipeptídicas em múltiplas fitas transmembrana
ordenadas como folhas β em forma de cilindro
Processo de cristalografia por raios X de proteínas de membrana permitiu
determinar a estrutura tridimensional de muitas proteínas. As estruturas
confirmaram que frequentemente é possível predizer, a partir da sequência de
aminoácidos da proteína, qual parte da cadeia polipeptídica se estende através
da bicamada lipídica. Segmentos contendo de 20 a 30 aminoácidos com alto
grau de hidrofobicidade são longos o suficiente para atravessar a bicamada
como uma α-hélice e frequentemente podem ser identificados.

Gráficos de hidropatia
Sialoglicoproteína dos Uma proteína usada
euritrócitos pela Archaea

Os gráficos de hidropatia não podem identificar os


segmentos transmembrana em forma de barril β
As proteínas transmembrana de passagem
múltipla também podem conter regiões que
se enovelam na membrana, de qualquer
lado, encaixando-se nos espaços entre as
a-hélices da membrana sem fazer contato
com o centro hidrofóbico da bicamada
lipídica.

Devido ao fato de tais regiões interagirem


somente com outras regiões polipeptídicas,
elas não precisam maximizar as ligações de
hidrogênio e, portanto, podem formar várias
estruturas secundárias, incluindo hélices que
se estendem somente parcialmente através da
bicamada lipídica
As a-hélices transmembrana frequentemente
interagem umas com as outras
As a-hélices transmembrana são inseridas sequencialmente na bicamada
lipídica por uma proteína translocadora. Após deixar a translocadora, cada
hélice é transientemente circundada por lipídeos, o que requer que a
hélice seja hidrofóbica. É somente quando a proteína se enovela em sua
estrutura final que ocorre o contato entre as hélices adjacentes, e o
contato proteína-proteína substitui alguns dos contatos proteína-lipídeo
Alguns barris β formam grandes canais
As proteínas de folhas β, em que as proteínas de passagem múltipla são
constituídas, são as primeiras estruturas a serem determinadas na
cristalografia de raios X.

As proteínas na forma de barril β são abundantes na membrana externa


das bactérias, mitocôndrias e cloroplastos.
Algumas são
Nem todas asproteínas
proteínasformadoras de poros
de barril β são que permitem
proteínas a passagem
de transporte de
mas atuam
moléculas hidrofílicas
como receptores (ex.: as(ex.:
ou enzimas porinas)
OmpA e OMPLA)
E outras, são proteínas mais complexas de transporte de íons de ferro
através da membrana bacteriana. (ex. FepA)’
Muitas proteínas de membrana são glicosiladas
O ambiente redutor da região citosólica faz
com que não haja ligações dissulfeto (S-S)
inter e intracadeias entre cisteínas da proteína
transmembrana de passagem única da porção
citosólica da membrana. Isso pode auxiliar na
estabilização da estrutura enovelada da cadeia
polipeptídica ou na sua associação com outras
cadeias polipeptídicas.
Glicocálice ou Revestimento Celular ou
Camada de Carboidratos: zona da superfície
celular rica em carboidratos. Essa camada pode
ser visualizada com a ajuda de alguns corantes
Apesar
Funçãoda
damaioria
camada de de
grupos açúcares estar
carboidratos
ligada a moléculas intrínsecas de membrana
plasmática,
Proteger a acélula
camada de carboidratos
contra também
danos químicos ou
contém glicoproteínas
mecânicos e proteoglicanos
e manter outras que
células a distância,
são secretados
prevenindo para o
interações espaço extracelular
indesejáveis e
célula-célula.
então adsorvidos na superfície celular
As proteínas de membrana podem ser solubilizadas e
purificadas em detergentes
Detergentes
Quando suas
Rompem concentrações são
as associações
aumentadas eacima
hidrofóbicas do limiar,
destroem a o que
é denominado
bicamada concentração
lipídica podem solubilizar
micelar crítica
proteínas (CMC), eles se
de membrana.
agregam formando micelas
Os detergentes são mais solúveis
em água do que os lipídeos. Suas
extremidades polares
(hidrofílicas) podem ser
As micelas
carregadas são estruturas
(iônicas), como no
esféricas estáveis formadas
dodecilsulfato de sódio (SDS,
por moléculas anfifílicas
sodium dodecyl sulfate), ou não
carregadas (não iônicas), como
no octilglicosídeo e no Triton
Quando misturadas às membranas, as
extremidades hidrofóbicas dos detergentes se
ligam às regiões hidrofóbicas das proteínas das
membranas, onde deslocam as moléculas lipídicas
como um colar de moléculas de detergente.
Como a outra extremidade da molécula de
detergente é polar, esta ligação tende a colocar as
proteínas de membrana em solução como
Molécula de SDS
complexos proteína-detergente.
Se a concentração de detergente de uma solução de proteínas de
membrana solubilizada é reduzida (p. ex., por diluição), as
proteínas de membrana não permanecem solúveis. Na presença
de um excesso de moléculas de fosfolipídios em tal solução,
contudo, as proteínas de membrana incorporam-se em pequenos
lipossomos, que se formam espontaneamente. Dessa forma,
sistemas de proteínas de membrana funcionalmente ativas podem
ser constituídos de componentes purificados, proporcionando um
poderoso meio para a análise da atividade dos transportadores
de membrana, canais iônicos, receptores de sinalização, e assim por
diante.
As proteínas de membrana também podem ser reconstituídas a
partir de detergente em solução em nanodiscos, que são pequenos
segmentos de membrana de tamanho uniforme circundados por um
cinturão de proteínas, que cobre as bordas expostas da bicamada
para manter o segmento em solução.
O cinturão é derivado de lipoproteínas de alta densidade (HDLs),
que mantém os lipídios solúveis para o transporte no sangue.
A bacteriorrodopsina é uma bomba de prótons (H+)
dirigida por luz que atravessa a bicamada lipídica
como sete a-hélices
A “membrana
proteína atua púrpura”
como umada arqueia
bomba de H+
Halobacterium
ativada pela luzsalinarum é uma
que transfere H+região
para
especializada
fora da célula da
da membrana plasmática
arqueia. Como as
que contém
moléculas dauma única espécie desão
bacteriorrodopsina
molécula proteica,
densamente a bacteriorrodopsina
empacotadas e organizadas
(Figura
como um10-30A).
cristal bidimensional planar
(Figura 10-30B e C)
Cada molécula de bacteriorrodopsina é
enovelada em sete α-hélices
transmembrana bastante próximas e
contém um único grupo de absorção de
luz, ou cromóforo (neste caso, o
retinal), que confere a cor púrpura à
proteína.

O retinal é a vitamina A
na forma de aldeído.
Quando ativado por um único fóton de
luz, o cromóforo excitado muda sua
forma e causa uma série de mudanças
conformacionais na proteína,
resultando na transferência de um H+
do interior para o exterior da célula.
A transferência de prótons estimulada pela luz estabelece um gradiente de H+
através da membrana plasmática que, por sua vez, estimula a produção de ATP
por uma segunda proteína da membrana plasmática da célula. A energia
armazenada no gradiente de H+ também conduz outros processos que requerem
energia na célula. Assim, a bacteriorrodopsina converte a energia solar em um
gradiente de prótons, o qual fornece energia para a arqueia.
A estrutura cristalina de alta resolução da bacteriorrodopsina revelou muitas
moléculas lipídicas ligadas em locais específicos na superfície da proteína.
Acredita-se que interações com lipídeos específicos auxiliem a estabilizar muitas
proteínas de membrana,
Muitas proteínas de membrana difundem-se no
plano da membrana
Difusão Rotacional:
movimento de giro da
RELEMBRANDO
proteína sobre um eixo
perpendicular ao plano da
bicamada

Difusão Lateral:
movimento lateral da
proteína dentro da
membrana.
Experimento célula híbrida (heterocarionte)
Experimento de proteínas de células de camundongo artificialmente fusionada
com proteínas de células humanas para produzir células híbridas
(heterocariontes) comprovaram esses movimentos de proteínas na membrana.
Técnica FRAP
As taxas de difusão lateral das proteínas da O método normalmente envolve a
membrana podem ser medidas utilizando- marcação da proteína de membrana
se a técnica de recuperação da de interesse com um grupamento
fluorescência após fotoclareamento fluorescente específico. Isso pode ser
(FRAP, flurescence recovery after feito com um ligante fluorescente ou
photobleaching). com tecnologia do DNA recombinante
para expressar a proteína fusionada a
uma proteína fluorescente.
Técnica FRAP Então, o grupamento fluorescente é clareado em uma pequena
área da membrana por um feixe de laser, e mede-se o tempo
que as proteínas de membrana adjacentes, carregando ligantes
não clareados ou a GFP, levam para se difundir dentro da área
clareada.
As células podem confinar proteínas ou lipídios
em domínios específicos em uma membrana
Em células que
Acredita-se epiteliais, comoformadas
as barreiras aquelas que
por revestem o intestino
um tipo específico deou os túbulos
junção renais,
intercelular
determinadas junção
(denominada enzimas e proteínas
compacta) de transporte
mantenham da membrana
a separação plasmática
das moléculas de proteína
estão confinadas na superfície apical da célula, enquanto outras estão confinadas
e de lipídeos.
na superfície lateral ou basal.
Uma célula também pode criar domínios de membrana sem usar as junções
intercelulares. Como já vimos, acredita-se que a regulação das interações proteína-
proteína na membrana cria domínios de balsas em nanoescala que atuam na
sinalização e tráfego de membrana.
4 maneiras comuns de imobilização de proteínas de
membrana específicas por meio de interações proteína-
proteína.

1 3
As proteínas podem se
Presas por interações com
4
grupos de macromoléculas de

2
auto-organizar em grandes
fora Presas por interações com
agregados
grupos de macromoléculas
da célula

Presas por interações com


grupos de macromoléculas de
dentro
4 maneiras comuns de imobilização de proteínas de
membrana específicas por meio de interações proteína-
proteína.
O citoesqueleto cortical proporciona força mecânica e
restringe a
difusão das proteínas de membrana
Uma maneira comum pela qual a célula restringe a mobilidade lateral de proteínas
específicas de membrana é prendê-las a grupos de moléculas dos dois lados da
membrana. Por exemplo, a forma bicôncava característica dos glóbulos vermelhos
(eritrócitos), é resultante das interações entre as proteínas da membrana
plasmática com o citoesqueleto adjacente, o qual consiste, principalmente, em
uma rede de proteína filamentosa, a espectrina.
O citoesqueleto de espectrina é fixado na membrana através de várias proteínas de
membrana. O resultado é uma malha flexível em forma de rede que cobre toda a
superfície citosólica da membrana do eritrócito.
Anormalidade genética na espectrina resulta em anemia e em eritrócitos esféricos
e frágeis.
As barreiras podem ser detectadas
A rede cortical do citoesqueleto restringe
quando a difusão das proteínas individuais
a difusão. Os filamentos do citoesqueleto
da membrana é seguida por rastreamento
podem formar barreiras mecânicas, essas
de uma única partícula em alta
barreiras dividem a membrana em
velocidade. As proteínas difundem-se
pequenos domínios ou currais, os quais
rapidamente, mas ficam confinadas em
podem ser permanentes ou transitórios.
seus currais individuais.
As proteínas de curvatura da membrana
deformam as bicamadas
As membranas celulares assumem muitas formas diferente. As proteínas de
curvatura da membrana são cruciais na produção dessas deformações que
controlam a curvatura local da membrana.

1 Algumas inserem domínios proteicos hidrofóbicos ou ligam âncoras lipídicas


em um dos folhetos da bicamada lipídica (B)
2 Algumas proteínas de curvatura da membrana formam rígidos arcabouços
que deformam a membrana ou estabilizam uma membrana já curvada (C)

3 Algumas proteínas de curvatura da membrana causam agregação dos


lipídeos de membrana, induzindo uma curvatura (D)

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