Estudo dirigido: Biologia celular I Data: 12/09/2016
Aluno: Bruna Paim de Oliveira
Camila Esteves Müller Camille Brun Feletti Lunz Victor Cirilo do Amaral
1. Descreva os componentes proteicos (as proteínas) que compõe a
membrana plasmática. Cite as principais funções de cada um deles.
RESPOSTA: As proteínas da membrana plasmática exercem grandes
variedades de funções: atuam nos mecanismos de transporte, permitindo a passagem de substâncias para dentro e para fora da célula, funcionam como receptores de membrana, encarregadas de receber sinais de substâncias que levam alguma mensagem para a célula, favorecem a adesão de células adjacentes em um tecido, servem como ponto de ancoragem para o citoesqueleto. Proteínas de adesão: em células adjacentes, as proteínas da membrana podem aderir umas às outras; Proteínas de reconhecimento: determinadas glicoproteínas atuam na membrana como um verdadeiro “selo marcador”, sendo identificadas especificamente por outras células; Proteínas receptoras de membrana (integrais e periféricas); Proteínas de transporte: podem desempenhar papel na difusão facilitada, formando um canal por onde passam algumas substâncias, ou no transporte ativo, em que há gasto de energia fornecida pela substância ATP. O ATP (adenosina trifosfato) é uma molécula derivada de nucleotídeo que armazena a energia liberada nos processos bioenergéticos que ocorrem nas células (respiração aeróbia, por exemplo). Toda vez que é necessária energia para a realização de uma atividade celular (transporte ativo, por exemplo) ela é fornecida por moléculas de ATP. Proteínas de ação enzimática: uma ou mais proteínas podem atuar isoladamente como enzima na membrana ou em conjunto, como se fossem parte de uma “linha de montagem” de uma determinada via metabólica. Proteínas com função de ancoragem para o citoesqueleto.
2. Descreva os componentes lipídicos (os lipídeos) que compõe a
membrana plasmática. Cite as principais funções de cada um deles.
RESPOSTA: Os lipídios que compõe a membrana plasmática são:
fosfolipídios, esteróis e glicolipídio. A estrutura básica é uma bicamada lipídica é formada por moléculas de fosfolipídios. Uma parte de cada molécula de fosfolipídio é solúvel em água, isto é, é hidrofílica. A outra parte é só solúvel em gordura, isto é, é hidrofóbica. A porção fosfato do fosfolipídio é hidrofílica, enquanto a porção dos ácidos graxos é hidrofóbica. Como as porções de hidrofóbicas das moléculas fosfolipídios são repelidas pela agua, ao mesmo tempo em que são atraídas umas pelas outras, elas representam tendência natural de se alinharem lado a lado no centro da membrana. A bicamada lipídica da membrana e a barreira importante, impermeável às substâncias hidrossolúveis usuais tais como os íons, a glicose e a ureia. Por outro lado, as substancias lipossolúveis, como o oxigênio, o dióxido de carbono e o álcool, podem atravessar facilmente essa parte da membrana. Essas características especiais da bicamada lipídica é um ser fluido e não sólido. Partes da membrana são capazes de, literalmente, fluir de um ponto para o outro ao longo da superfície da membrana. Outras substâncias dissolvidas na bicamada lipídica podem difundir-se para todas as áreas da membrana celular. As moléculas de colesterol na membrana também tem natureza lipídica, vista que seu núcleo esteroide e extremamente lipossolúvel. Em certo sentido, essas moléculas estão dissolvidas na bicamada fosfolipídicas da membrana. Elas são, em grandes partes, responsáveis pelo grau de permeabilidade da bicamada lipídica aos constituintes hidrossolúveis dos líquidos corporais. Por outro lado, o colesterol também controla o grau de fluidez da membrana. 3. Descreva os carboidratos que compõe a membrana plasmática. Cite as principais funções de cada um deles.
RESPOSTA: Os carboidratos que compõe a membrana plasmática são:
Glicose, Galactose, Manose, Fucose, N-acetilgalactosamina e ácido N- acetilneuramínico (ou ácido siálico). Estes ficam voltados para o meio extracelular da membrana. Os carboidratos, principalmente ácido siálico, presentes na superfície celular compõe um tipo de camada denominada como cobertura celular ou glicocálix. O glicocálix é em parte responsável pela carga negativa encontrada na superfície da célula. O reconhecimento molecular é uma das funções mais relevantes dos carboidratos nas membranas, também responsável pela comunicação intercelular (para isso é necessário a presença das proteínas denominadas lectinas, existem lectinas específicas para diferentes tipos de carboidratos), como por exemplo, na remoção de glicoproteínas do plasma sanguíneo pelas células hepáticas e mesmo na resposta inflamatória. A classificação dos grupos sanguíneos do sistema ABO também caracterizam uma das atividades biológicas dos carboidratos na membrana plasmática. Os diferentes tipos sanguíneos contem uma sequência dos carboidratos (glicose, galactose, N- acetilgalactosamina, galactose e fucose). São essas sequencias que determinam qual o tipo sanguíneo, o que também, pelo início ou final da sequencia, definem quais tipos podem ser doares e receptores uns dos outros.
4. Explique porque a membrana é considerada como um “mosaico fluido”.
RESPOSTA: As membranas plasmáticas são compostas por uma bicamada
lipídica, tendo os fosfolipídios posicionados com uma área hidrofílica para as partes ligadas a água (liquido extracelular e liquido intracelular), e sua parte hidrofóbica voltada para o centro da dupla camada. E na sua estrutura as membranas também possuem proteínas, que tem como função transportar moléculas polares para dentro e fora da célula. Porém essa superfície não e estática, portanto a denominação de “mosaico fluido” é atribuída, pois a dupla camada de fosfolipídios da membrana tem textura oleosa, portanto fluida, e as proteínas podem se deslocar e alterar suas posições na membrana de acordo com a necessidade e estímulos dados à célula. Sendo assim a membrana celular é um mosaico de lipídeos e proteínas em sua estrutura que são fluidas e alteram seu formato e posição.
Bibliografia:
CARVALHO, Hernandes F.; RECCO-PIMENTEL, Shirlei M.; A célula. 2º ed.
Barueri, SP: Manole, 2007.
GUYTON, Arthur C.; HALL, John E.; Tratado de fisiologia médica. 9º ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.