As vias metabólicas para a geração de energia durante o exercício físico.
A primeira é pelo sistema ATP-CP, o sistema fosfagênico, com ação imediata. As células musculares possuem determinada quantidade de ATP que pode ser usada imediatamente, cerca de apenas três segundos. Para reconstituir rapidamente os níveis de ATP, as células musculares contêm fosfocreatina, que é um composto de fosfato altamente energético. O fosfato é extraído da fosfocreatina, por ação da enzima creatina fosfoquinase (CPK), e é transferido para o ADP para produzir ATP. O sistema do fosfato pode supre as necessidades energéticas dos músculos em atividade, por cerca de apenas 8 ou 10 segundos, por isso é considerado um sistema imediato.
A segunda via metabólica para utilização de nutrientes
é a via glicolítica. Quando a energia provinda do sistema ATP-CP começa a declinar, a frequência cardíaca aumenta sinalizando maior necessidade de oxigênio. Quando a demanda de glicose não consegue ser atendida, as reservas de glicogênio no músculo são quebradas pelas células e transformadas em glicose. Usada para produção de ATP na ausência de oxigênio, fermentando piruvato à ácido láctico ou lactato (o qual atua como um tampão muscular), e que pode servir de substrato na síntese de glicose através da gliconeogênese, a produção de glicose por precursores não-glicídicos, como piruvato, lactato e glicerol.
A terceira via metabólica é o sistema aeróbio, considerado um
sistema de longo prazo. Trata-se de uma via com predominância da obtenção de energia pela via oxidativa, por ser aeróbico, depende de oxigênio para que ocorra. Neste caso, o ATP é formado na mitocôndria na presença de oxigênio a partir da oxidação de carboidratos, lipídios e proteínas provenientes do próprio músculo ou da corrente sanguínea, tendo como produtos finais ATP, CO2 , H2O, radicais livres e calor. O sistema oxidativo produz ATP em ritmo mais lento, mas pode continuar o fornecimento por muitas horas, contanto que o suprimento de combustível esteja presente.