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ESTUDOS DIRIGIDOS - IMUNO HEMATOLOGIA E BANCO DE SANGUE

ESTUDO DIRIGIDO

Defina anticorpo natural, imune, regular, irregular, completo, incompleto,


aloanticorpo e autoanticorpo eritrocitário. Cite um exemplo de cada.

Anticorpo natural/ Regular: Anticorpos naturais são proteínas produzidas pelo sistema
imunológico como resposta a um agente invasor do organismo, seja ele um agente
infeccioso, célula tumoral ou substância capaz de desencadear uma resposta alérgica,
os Ac formam antes de um contato prévio com o Ag. Ex: sistema ABO.

Imune: Formam após a ativação do sistema imune. Ex: anticorpo produzido em uma
transfusão incompatível.

Irregular: Anticorpos irregulares são todos os anticorpos anti-eritrocitários encontrados


no soro ou plasma, que não sejam os de ocorrência natural, sua ocorrência não é
esperada. Ex: A imunização a antígenos estranhos pode ser resultado de transfusão de
sangue.

Completo: Aglutinam diretamente eritrócitos. Ex: lgG.

Incompleto: São incapazes de aglutinar diretamente os eritrócitos específicos, recobrindo


apenas a sua superfície. Ex: igM.

Aloanticorpo: Resposta imune a um antígeno externo: picada de inseto

Autoanticorpo: Anticorpo produzido pelo pelo sistema imunológico, que atua contra o
próprio organismo, no caso contra os eritrócitos. Ex: Anemia hemolítica.

Qual a diferença entre o anticorpo frio e quente?


Anticorpo quente: reage melhor a 37°C in
vitro. Anticorpo frio: reage melhor a 4-10°C.

Descreva as características principais para ocorrer a interação do Ag com o Ac.

Especificidade; A especificidade na interação do antígeno com o anticorpo é


determinada pelas sequências dos aminoácidos neste fragmento e pelo tipo de
imunoglobulina, que são agrupados em 5 classes principais.

Conceitodechave-fechadura:conceito de reações antígeno-anticorpo é o de uma chave o


antígeno que cabe em uma fechadura, o anticorpo.

Reações cruzadas: Reações cruzadas aparecem porque o antígeno envolvido na reação


cruzada compartilha um mesmo epítopo com o antígeno imunizador ou porque ele tem
um epitopo que é estruturalmente semelhante ao epítopo do antígeno imunizante (multi
especificidade).

Reações químicas não covalentes: As ligações que unem o antígeno ao sítio de ligação
do anticorpo são todas não-covalentes por natureza. Ligações múltiplas entre o antígeno
e o anticorpo garantem que o antígeno será ligado fortemente ao anticorpo.

Reversibilidade: Uma vez que as reações antígeno-anticorpo ocorrem via ligações


não-covalentes, elas são por natureza reversíveis.

Afinidade/Avidez: A afinidade se refere à força de ligação entre um único determinante


antigênico e um sítio de combinação de um anticorpo particular, enquanto que a avidez
se refere à força total de ligação entre antígenos e anticorpos.

Anticorpos frios e quentes: Anticorpos frios: uma variação da entalpia (quantidade de


energia) fortemente negativa indica uma reação com muita liberação de calor.

Então, podemos concluir que na reação entre partes iguais de Ag e Ac, a fixação do Ac
ao Ag é máxima em baixas temperaturas, cerca de 4o C, decrescendo com a elevação
até 37o C. Geralmente uma IgM tem maior afinidade pelo Ag a 4o C (temperatura ótima),
decrescendo com a elevação da temperatura. Ex: Acs ABO

Cite os fatores que podem alterar o potencial zeta.

Redução da carga elétrica das hemácias, fixação de anticorpo e tratamento enzimático,


a variação da composição do meio, adição de substâncias macromoléculas, modificação
da força única pH, temperatura, concentração de acs e localização e número de sítios
antigênicos.

Como ocorre a aglutinação não específica e específica?

Inespecífica: aglutinação de hemácias por interferência de substância no meio presente.


Específica: Ac específico se liga ao epítopo específico gerando reação Ac-Ag.

Descrever 5 características do Sistema Rh.

Do ponto de vista transfusional, é o segundo mais importante depois do ABO. Os


antígenos Rh são exclusivamente eritrocitários, não são encontrados em leucócitos ou
plaquetas e surgem precocemente já em torno da décima semana de vida intrauterina. O
antígeno D é altamente imunogênico. Indivíduos que não possuem ag D nas hemácias
não formam regularmente anticorpo correspondente. A formação de anti-D normalmente
resulta da exposição à hemácia com ags.

Explique a diferença entre D fraco e D parcial.

D fraco, trata-se de variação quantitativa produzindo pós variação qualitativa do


antígeno D. D-parciais caracterizado pela ausência de um ou mais epítopos originais do
antígeno D que foram substituídos para outra sequência de aminoácidos.

Qual é a conduta que geralmente ocorre em relação à transfusão de pacientes que


possuem o antígeno D fraco?
Doadores D fraco devem ser considerados Rh positivos pois podem sensibilizar receptor
de hemácias Rh - para anti-D ou reagir com anti-D previamente formado. Receptores D
fraco, a sugestão para evitar imunizações transfusionais ou fito-maternas de indivíduos D
parciais fracos e fazer prevenção de imunização de mãe D fraco com imunoglobulinas
anti-D.

4. Como ocorre a formação de anticorpos Rh no plasma?

Clinicamente significativa por estarem envolvida em reações transfusionais hemolíticas


anemias hemolíticas autoimunes e doença hemolítica perinatal, quase todos resultam de
aloimunização por transfusão ou gravidez, pertencendo geralmente a classe IgG.
existem outros anticorpos menos frequentes do sistema Rh, mas que possuem
significado clínico, como no caso do anti-f relacionado à reação transfusional hemolítica
tardia

5. Descrever 5 características do Sistema ABO.

1° sistema de grupos sanguíneos descoberto Karl Landsteiner (1900) = grupos A, B e 0


Alfredo Castello e Adriano Sturli (1902) = grupo AB Carboidratos (glicoproteínas e
glicolipídeos) É o mais importante na prática transfusional.

Como ocorre a formação dos anticorpos ABO no plasma?

Podem ocorrer de duas formas, estímulos passivos: as bactérias colonizam o trato


intestinal a partir do nascimento, pois possuem açúcares em suas membranas
semelhantes aos açúcares dos Ag A e B. E estímulos externos: poeira, alimentos.

O que é recomendado para determinação do fenótipo ABO?

Pesquisar os antígenos membranares = prova direta


Pesquisar os anticorpos regulares no plasma/soro = prova reversa
O que é recomendado em relação à transfusão no sistema ABO?

Doador e receptor com o mesmo grupo ABO (isogrupo) sempre que possível.
Excepcionalmente, respeitar a regra transfusional

Dentre os outros sistemas, cite os grupos sanguíneos em ordem decrescente de


imunogenicidade.

DIEGO, MNS, Lewis, KIIDD, DUFFY, KELL.

Dentre os outros sistemas, qual é o que possui a maior probabilidade de reação


transfusional? E de DHPN?

KELL.

Quais são os grupos sanguíneos em que os anticorpos são exclusivamente da


classe IgG? E exclusivamente da classe IgM?

Classe IgG: KELL, DUFFY, DIEGO


Classe IgM: LEWIS

Descreva a fisiopatologia de Kernicterus e da Hidropsia fetal.

Kernicterus: A sensibilidade das hemácias fetais pelo IgG materno diminui a sobrevida
eritrocitária devido a hemólise, aumenta a bilirrubina indireta na criança e ela atravessa a
barreira hematoencefálica causando um deposito no sistema nervoso central.

Hidropsia fetal: A sensibilidade das hemácias fetais pelo IgG materno diminui a
sobrevida eritrocitária devido a hemólise gerando uma anemia progressiva que vai
ocasionar uma sobrecarga cardíaca e posteriormente uma insuficiência cardíaca
congestiva, que gera um edema generalizado.

Descreva a fisiopatologia da Doença Hemolítica Perinatal por incompatibilidade


ABO.
Usualmente devida ao anti-AB, um anticorpo IgG presente no soro de mulheres do grupo
O. Mais raramente pode ser devida a IgG anti-A ou anti-B.

O que é proteção ABO e como ela limita a sensibilização materna?

Quando ocorre a passagem de eritrócitos fetais para a corrente circulatória materna, o


sistema imune pode reconhecer ou não estruturas da membrana eritrocitária como
não-próprias e, dessa forma, desencadear a produção de resposta imune. Se o eritrócito
for retirado rapidamente de circulação, essas estruturas podem não ser reconhecidas e,
desse modo, não ocorrer a sensibilização materna. Uma mulher O- gera uma criança A+:
Se hemácias fetais passarem para a circulação materna, serão rapidamente destruídas
por anticorpos IgG anti-A, impossibilitando que o sistema imune reconheça o antígeno
Rh (D). Uma mulher O- gera uma criança O+:Eritrócitos fetais na corrente circulatória
materna podem promover sua sensibilização.

Descreva a fisiopatologia da Doença Hemolítica Perinatal por incompatibilidade


Rh.

O anticorpo atravessa a barreira placentaria, ligando-se a hemacias fetais, aumentanto o


processo de destruição.

Como ocorre a prevenção de imunização por imunoglobulina anti-D?

Para evitar a produção de anticorpos anti-Rh(D) durante a gestação, quando a mulher é


Rh- e a criança gerada ou recém-nascida é Rh+, administra-se imunoglobulina
anti-Rh(D).

Quais os exames imunohematológicos que devem ser realizados nas gestantes e


no RN?

Gestante: tipagem abo direta e reversa, tipagem do antigeno D/ D fraco, teste de


antiglobulina direto.
RN: tipagem abo direta, tipagem do antigeno D, teste de antiglobulina direto

Descreva a diferença da interação Ag-Ac entre os anticorpos IgM e IgG no teste de


antiglobulina.

A maioria dos Acs IgM, quando ligados a Ags específicos, é capaz de diminuir essas
forças de repulsão, a ponto de atingir o Potencial Zeta Crítico e, assim, promover a
aglutinação das Hcs em meio salino. Os Acs IgG, quando ligados a Ags específicos, na
maioria das vezes. Não diminui as forças de repulsão a ponto de atingir o Potencial Zeta
Crítico . Não permitindo que as Hcs aglutinem, apesar da diminuição da diferença de
potencial elétrico. Assim, p/ visualizar a reação Ag-Ac, utilizamos o soro de antiglobulina
humana, que diminui ainda mais o Potencial Zeta Crítico até o ponto crítico, promovendo
a aglutinação.

Descreva a finalidade e as indicações do teste de antiglobulina direto e indireto.

Teste de antiglobulina direto: É utilizado para demonstrar a ligação in vivo de Acs e/ou
frações de complemento às Hcs.

Indicações: na investigação de: Anemia hemolítica auto-imune, Hemólise induzida por


drogas, Doença hemolítica perinatal, Reações transfusionais hemolíticas.

Teste de antiglobulina indireto: Pesquisa a presença de Acs no soro/plasma.

Indicações: situações: Hemácias conhecidas X soro desconhecido, Hemácias


desconhecidas X soro desconhecido:

Cite as causas de resultados falso negativo e falso positivo no TAD. Causas de


TAD falso-negativo

Lavagem inadequada das hemácias


Interrupção do teste Soro de Coombs inativo
Ausência do soro de Coombs no tubo teste
Causas de TAD falso-positivo: Tubos sujos com reagentes ou sabão
Amostra de sangue contaminada com bactérias ou antibióticos
Solução fisiológica ou tubos com partículas de sílica
Amostra de sangue não colhida em EDTA

Qual a finalidade da lavagem das hemácias no teste de antiglobulina?

A fim de remover qualquer traço de soro ou plasma.

Quais os fatores que afetam a sensibilidade do teste da antiglobulina indireta?


Explique cada um deles.

Fatores que afetam a sensibilidade do TAI:


Força iônica (FI) do meio:
Solução fisiológica 0,9%: alta [ ] iônica
Liss: baixa [ ] iônica
FI = a sensibilidade do TAI ( a ligação do Ac às Hc)
Temperatura:
Anticorpo IgM: reage na fase salina, Ac frio
Anticorpo IgG: reage na fase de albumina ou de Coombs, Ac quente
Tempo de incubação:
Hemácias suspensas em Liss: 15 minutos
Hemácias suspensas em SF 0,9%: 30 minutos

Em caso de TAI positivo, o que deve ser feito?

O próximo passo é identificar a especificidade do(s) Ac(s)


Para identificação do(s) Ac(s) irregular(es), utiliza-se painel de Hcs contendo de 8 a 30
hemácias-teste de grupo O (no Brasil, os kits dispõem de 11 Hcs) de fenótipos
eritrocitários conhecidos
As Hcs do painel são testadas contra o soro ou plasma do indivíduo
O Kit acompanha um diagrama com a fenotipagem para os Ags “mais importantes” em
imunohematologia
Cite os procedimentos que podem ser realizados na identificação de Acs
irregulares.

LISS (Low Ionic Strength Solution):

Reagente Thiol (2-Mercaptoetanol-DTT):

Substâncias macromoleculares (albumina, dextran, ficol, PEG)

Como é obtido cada hemocomponente?

O hemocomponente é obtido por centrifugação de bolsa de sangue, são divididos em


quatro: concentrado de hemácias (CH), concentrado de plaquetas (CP), plasma fresco
congelado (PFC), crioprecipitado (CRIO).

Concentrado de hemácias (CH) : É obtido por meio da centrifugação de uma bolsa de


sangue inteira e removendo a maior parte do plasma.

Concentrado de plaquetas (CP) : Pode ser obtido a partir de unidade individual de


sangue total ou por aférese, coletadas de doador único.

Plasma fresco congelado (PFC): Consiste na porção acelular do sangue obtida por
centrifugação a partir de uma unidade de sangue total e transferência em circuito
fechado para uma bolsa satélite.

Crioprecipitado (CRIO) : Preparado descongelando-se uma unidade de plasma fresco


congelado à temperatura de 1°C a 6°C.Depois de descongelado, o plasma sobrenadante
é removido deixando-se na bolsa a proteína precipitada e 10-15ml deste plasma.

Quais as principais indicações de cada hemocomponente (3 de cada)?

concentrado de hemácias (CH): tratar inadequada liberação de O2 , hemorragias


agudas, hemoglobina inferior a 7 g/dL.
concentrado de plaquetas (CP): cirurgias cardíacas com circulação extracorpórea,
plaquetopenias por diluição (transfusão maciça), plaquetopenias imunes (sangramentos
graves).

plasma fresco congelado (PFC): reposição de fatores de coagulação, intoxicação por


veneno (raro), reversão urgente da anticoagulação.

crioprecipitado (CRIO): hipofibrinogenemia congênita ou adquirida, disfibrinogenemia,


deficiência de fator VIII.

Quais são os prazos de validade e a temperatura de armazenamento de cada


hemocomponente?

Concentrado de hemácias (CH):Deve ser mantido entre 2°C e 6°C, a validade varia entre
35 e 42 dias, dependendo da solução conservadora.

Concentrado de plaquetas (CP):Deve ser mantido entre 20°C e 24°C, a validade é de 5


dias, em agitação constante.

Plasma fresco congelado (PFC):Deve ser mantido entre -18°C a -25°C, a validade é de
12 a 24 meses

Crioprecipitado (CRIO): Temperatura: - 20° C , tem a validade de 12 meses.

Como é obtido os hemocomponentes especiais?

Desleucocitação: É um procedimento realizado através de filtros específicos para


remoção de leucócitos de um componente sanguíneo celular (hemácias e
plaquetas).Com este procedimento ocorre redução de 99% dos leucócitos no produto
inicial, restando no produto final menos que 5 x 106 leucócitos.

Irradiação:Os hemocomponentes são submetidos à irradiação gama impossibilitando a


multiplicação dos linfócitos.
Lavagem com solução salina: É obtida através de lavagens dos hemocomponentes
celulares (hemácias e plaquetas) com solução isotônica de NaCl estéril em quantidade
suficiente (1 a 3 litros).

Fenotipagem: através da interação entre antígeno-anticorpo, facilmente visualizada na


aglutinação que ocorre entre as hemácias (antígeno) e os anti-soros específicos
(anticorpos). A fenotipagem eritrocitária pode ser realizada em duas técnicas diferentes,
a em Gel ou em Tubo.

Quais as principais indicações de cada hemocomponente especial (3 de cada)?

Desleucocitação: politransfundidos, transplantados, gestantes CMV negativo.

Irradiação: transfusões intra-útero, transplantados, imunodeficiências congênitas

Lavagem com solução salina: prevenção de reação alérgica às proteínas do plasma,


portadores de deficiência de IgA.

Fenotipagem: pacientes politransfundidos, pacientes PAI positivos, evitar aloimunização


(transfusão crônica)

Cite os tipos de reações transfusionais agudas e tardias, imunes e não imunes.

Reações agudas imunes:

Reação Hemolítica: hemoglobinúria, aumento de LDH, hiperbilirrubinemia, baixo nível de


Haptoglobina.

Sinais e Sintomas: Febre, calafrios, dor torácica, hipotensão grave, hemoglobinúria.

Febril: Anticorpos Anti Leucocitários

Sinais e Sintomas: Febre, tremores e calafrios.


Alérgica: Sinais e sintomas: urticária e prurido. Não há febre.

Anafilática: Sinais e Sintomas: Tosse, estridor laríngeo, broncoespasmo, insuficiência


respiratória, hipotensão, taquicardia, perda de consciência, náuseas, vômitos.

TRALI: Sinais e Sintomas: Febre, calafrios, hipotensão arterial, Insuficiência respiratória


aguda, choque.

TRALI: Sinais e Sintomas: Febre, calafrios, hipotensão arterial, Insuficiência respiratória


aguda, choque.

Reações agudas não imunes:

Sobrecarga circulatória: Sinais e Sintomas: Edema pulmonar, cianose, tosse,


hipertensão, dispnéia.

Contaminação bacteriana: Sinais e Sintomas: Tremores intensos, febre acima de 40°C,


hipotensão, sinais e sintomas de sepse. Reações tardias imunes

Reações tardias imunes:

Reação Hemolítica: Sinais e Sintomas: São brandos devido à hemólise extravascular, há


queda nos níveis de Hb, pode gerar febre, anemia, icterícia.

Púrpura: Sinais e sintomas: Trombocitopenia pode ser intensa, com plaquetometrias


inferiores a 10.000/mm3 .

DEVH: Sinais e Sintomas: Pancitopenia e outros efeitos como: febre, elevação nas
enzimas hepáticas, diarréia, erupção cutânea eritematosa progredindo para eritrodermia
e descamação.

Aloimunização
Sobrecarga de ferro
Doenças infecciosas
Quais os mecanismos de cada tipo de reação transfusional?

Reação Hemolítica aguda


Anticorpos do paciente ( Anti-A )
x
Antígeno no doador ( antígeno A)

Reação Febril Não hemolítica

Anticorpos anti leucocitários do paciente


x
Leucócitos ou citocinas no doador

RESPOSTAS ABERTAS PROVAS

Em Imunohematologia, procuramos pesquisar in vitro a interação entre antígenos


e anticorpos, seja para pesquisa dos antigenos, seja para pesquisa de anticorpos
regulares e irregulares no soro dos indivíduos por meio do método de aglutinação
de hemácias que culmina com a formação dos aglutinatos. Para incrementar a
formação e visualização desses aglutinatospode-se alterar algumas condições
importantes para formação do aglutinato, tais como, especificidade, afinidade,
avidez e temperatura. Diante do exposto, explique como estas condições podem
favorecer ou não a formação do aglutinato

RESPOSTA

As condições de especificidade, afinidade, avidez e temperatura podem favorecer ou não


a formação do aglutinato.

A especificidade é importante para que haja uma interação entre o antígeno e o


anticorpo. A afinidade é a força da ligação entre o antígeno e o anticorpo. A avidez é a
força total da ligação entre o antígeno e o anticorpo. A temperatura é importante para
que haja uma interação adequada entre o antígeno e o anticorpo.

A temperatura ideal para a formação do aglutinato é de 37°C. Temperaturas abaixo ou


acima dessa faixa podem prejudicar a formação do aglutinato.

Para evitar a produção de anticorpos anti-Rh(D) durante a gestação, quando a


mulher é Rh(D) negativa e a criança gerada ou recém-nascida é Rh(D) positiva,
administra-se imunoglobulina anti-Rh(D). Essa profilaxia promove uma proteção
de 98 a 99%, quando administrada uma dose adequada de imunoglobulina
anti-Rh(D) até 72 horas após o parto. Diante disso, explique o mecanismo de
interação da imunoglobulina anti-Rh(D) na gestante que impede esta produção de
anticorpos

A imunoglobulina anti-Rh(D) é uma proteína que se liga à proteína Rh (D) presente no


sangue fetal e previne a sensibilização da mãe Rh negativa. O mecanismo de ação da
imunoglobulina anti-Rh(D) é baseado na capacidade dos anticorpos presentes no
medicamento em se ligar à proteína Rh (D) presente no sangue fetal e prevenir a
sensibilização da mãe Rh negativa. A profilaxia promove uma proteção de 98 a 99%,
quando administrada uma dose adequada de imunoglobulina anti-Rh(D) até 72 horas
após o parto. A imunoglobulina anti-Rh(D) se liga à proteína Rh (D) presente no sangue
fetal e previne a sensibilização da mãe Rh negativa. Dessa forma, a imunoglobulina
anti-Rh(D) impede a produção de anticorpos anti-Rh(D) durante a gestação.

Descreva como é obtido o plasma fresco congelado e o hemocomponente


deleucotizado

O plasma fresco congelado (PFC) consiste na porção acelular do sangue obtida por
centrifugação de uma unidade de sangue total, com posterior transferência em circuito
fechado para uma bolsa satélite e completamente congelado até 8 horas depois da
doação.
É um procedimento realizado através de filtros específicos para remoção de leucócitos
de um componente sanguíneo celular (glóbulos vermelhos e plaquetas). Uma unidade de
sangue total contém cerca de 2 a 3 x 109 leucócitos. O componente desleucocitado deve
conter menos que 5 x 106 leucócitos.

Descreva como é obtido o concentrado de hemácias e hemocomponente irradiado


É obtido por meio da centrifugação de uma bolsa de sangue total (ST) e da remoção
da maior parte do plasma.

Os hemocomponentes irradiados são submetidos à irradiação gama impossibilitando


a multiplicação dos linfócitos.

Descreva o mecanismo que desencadeia a reação transfusional alérgica.

Anticorpo IgE do paciente X Antígeno no doador (proteína plasmática)

● O sangue do doador contém proteínas plasmáticas específicas que o


sangue do receptor vê como alérgenos;
● O sangue do doador contendo alérgenos alimentares, como amendoim ou
glúten;

● Anticorpos no sangue de um doador reagem com anticorpos no sangue do


receptor.

Descreva o mecanismo que desencadeia a reação transfusional hemolítica


aguda.

A reação hemolítica transfusional aguda (RHTa) é aquela que ocorre dentro de 24


horas após a transfusão. É causada pela rápida interação entre anticorpos do receptor
e antígenos contidos nas hemácias do doador, ou entre antígenos nas hemácias do
receptor e anticorpos no plasma do doador. O principal mecanismo dessa reação é a
incompatibilidade ABO, sendo a classe de imunoglobulina M (IgM) o anticorpo
envolvido no processo, causando hemólise intra ou extravascular.

Anticorpos do paciente X Antígeno no doador


Ex: antígeno A
Ex: Anti-A

Descreva o mecanismo que desencadeia a púrpura pós-transfusional

A púrpura pós-transfusional (PTP) é uma reação adversa tardia a uma transfusão de


sangue ou transfusão de plaquetas que ocorre quando o corpo produziu aloanticorpos
para os antígenos de plaquetas transfundidos alogênicos. O mecanismo preciso que
leva a PTP é desconhecido, mas ocorre mais comumente em indivíduos cujas
plaquetas não possuem o antígeno HPA-1a (nome antigo: PL A1)

Anticorpos antiplaquetários no paciente X Antígeno plaquetário

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