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Classificação da DHPN:
Por anti-D
Histórico:
1961 e 1962: crianças com doença hemolítica por incompatibilidade ABO, porém
evoluíram bem após exsanguíneo-transfusão.
Etiologia:
Em famílias nas quais essa doença é moderada, uma criança afetada pode ser
seguida por uma criança clinicamente não-afetada.
Fisiopatologia:
Doença hemolítica perinatal (DHPN) por incompatibilidade materno-fetal Rh
Etiologia:
Uma vez produzido o anti-D (que pode estar associado a outro anticorpo, sendo os
mais frequentes anti-C e/ou anti-E), e se essa mulher gerar posteriormente uma
criança de fenótipo Rh(D) positivo,
Quando uma mãe já se imunizou, esse tipo de tratamento não é mais necessário,
Aspectos laboratoriais:
Reticulocitose
Presença de eritroblastos
Etiologia:
Mas sabemos que, após o advento da profilaxia da DHPN por anti-D, aumentou a
incidência da DHPN por outros anticorpos.
Sendo indicado que, neste caso, seja feita a genotipagem do feto para predizer o
valor clínico e para determinação de fator de risco
Se negativo: Ok
Se positivo:
Titulação do aloanticorpo
Exames imuno-hematológicos no RN
Tipagem do antígeno D
Se negativo: Ok
Se positivo:
Tratamento
Exsanguíneo-transfusão:
Pode ser:
Parcial imediata, com papa de Hcs ao nascimento e posterior
exsanguíneo-transfusão completa, se o RN apresentar hidropsia,
hepatoesplenomegalia considerável, icterícia, palidez
Total baseada nos níveis de Bb e, em menor grau, na severidade da anemia
Imunoprofilaxia
Nas mulheres Rh- com filhos Rh+ até 72 horas após o parto é feita com Rhogan
(anti-D).
TESTE DA ANTIGLOBULINA HUMANA ( SLIDE 7 )
Princípio do teste:
A aglutinação das Hcs ocorre quando existe uma diminuição das forças de repulsão
das Hcs, ou seja,
diminuição da diferença de potencial elétrico (potencial zeta) até determinado valor,
Potencial Zeta Crítico
Princípio do teste:
Os Acs IgG, quando ligados a Ags específicos, na maioria das vezes
Não diminui as forças de repulsão a ponto de atingir o Potencial Zeta Crítico
Não permitindo que as Hcs aglutinem, apesar da diminuição da diferença de
potencial elétrico
Assim, p/ visualizar a reação Ag-Ac, utilizamos o soro de antiglobulina humana, que
diminui ainda mais o Potencial Zeta Crítico até o ponto crítico, promovendo a
aglutinação
As duas porções Fab dos Acs contidos no soro AGH formam uma ligação entre os
Acs adjacentes, produzindo a aglutinação
Princípio do teste:
Células que não apresentem Acs ligados não serão aglutinadas pelo soro AGH
Como esses Acs podem reagir com qualquer imunoglobulina humana (não somente
as antieritrocitárias), no teste
é necessário lavar as Hcs após a etapa de sensibilização e antes de acrescentar o
soro de AGH,
a fim de remover qualquer traço de soro ou plasma,
deixando-as recobertas apenas com os Acs específicos
Monoespecífico:
São preparados especificamente contra determinada classe de Ig ou fração do
complemento, como IgG, IgA, IgM, C3 ou C4
Tipos:
Teste da Antiglobulina Direta – TAD (Coombs Direto)
Definição:
É utilizado para demonstrar a ligação in vivo de Acs e/ou frações de complemento
às Hcs
Definição:
Pesquisa a presença de Acs no soro/plasma.
Indicações: situações:
Hemácias conhecidas X soro desconhecido:
Ex: Pesquisa e identificação de aloanticorpos eritrocitários
Métodos:
Pode ser realizado através do Método convencional (em tubo) ou Método de
Gel-Teste Centrifugação
Temperatura:
Anticorpo IgM: reage na fase salina, Ac frio
Anticorpo IgG: reage na fase de albumina ou de Coombs, Ac quente
Tempo de incubação:
Hemácias suspensas em Liss: 15 minutos
Hemácias suspensas em SF 0,9%: 30 minutos
Pré-aquecimento:
Para evitar reações indesejadas por anticorpos frios na fase de antiglobulina,
podem-se preaquecer as Hcs, o soro/plasma e materiais utilizados para execução
do teste (tubos, ponteiras, solução fisiológica, etc)
Redução da temperatura:
Anticorpos frios, que reagem fracamente à temperatura ambiente, poderão ter sua
reatividade aumentada se o teste for realizado a 4ºC.
A albumina (20% a 30%) e o PEG são os meios mais utilizados para testes em tubo,
propiciando diminuição no tempo de incubação e aumento na sensibilidade do teste.
HEMOCOMPONENTES ( SLIDE 8 )
Hemoterapia
Banco de Sangue
Hemocomponentes e hemoderivados
Após o processamento do sangue, obtém-se os seguintes hemocomponentes:
Concentrado de hemácias (CH)
Crioprecipitado (CRIO)
Concentrado de Hemácias
É obtido por meio da centrifugação de uma bolsa de sangue total (ST) e da remoção
da maior parte do plasma.
Seu volume varia entre 220ml e 280ml.
Deve ser mantido entre 2°C e 6°C
Sua validade varia entre 35 e 42 dias, dependendo da solução conservadora.
Bolsa sem solução aditiva: devem ter hematócrito entre 65% e 80%.
Bolsa com solução aditiva: devem ter hematócrito entre 50% e 70%.
Contra-Indicações:
Aumentar a sensação de bem-estar;
Profilaticamente;
Anemias carenciais;
Cicatrização.
Concentrado de Plaquetas
Pode ser obtido a partir de unidade individual de sangue total ou por aférese,
coletadas de doador único.
Indicações:
Plaquetopenia por insuficiência medular:
PQ < 10.000/μL
PQ < 20.000/μL com manifestações hemorrágicas
Contra-indicações:
Expansor volêmico;
Reposição Protéica.
Crioprecipitado
Contra-indicações:
Outras deficiências em fatores da coagulação que além daqueles supracitados.
Indicações:
Prevenção de infecção por CMV;
História de 2 reações febris;
Politransfundidos;
Transplantados;
RN;
Gestantes CMV negativo.
Irradiação
Indicações:
Prevenção de reação alérgica às proteínas do plasma;
Portadores de deficiência de IgA.
Indicações:
Pacientes politransfundidos;
Pacientes PAI positivos;
Evitar aloimunização (transfusão crônica);
PAI positivo no passado.
TESTES PRÉ-TRANSFUSIONAIS
Conceito:
É um agravo ocorrido durante ou após a transfusão de sangue e a ela relacionada.
Classificação:
Tempo entre transfusão e a ocorrência:
A) Agudas: até 24 horas (média 2 h);
B) Tardias: após 24 horas.
Mecanismo:
A) Reações imunológicas;
B) Reações não imunológicas.
Mecanismo Imune:
Quadro laboratorial:
Hemoglobinúria;
Aumento de LDH;
Hiperbilirrubinemia;
Baixo nível de Haptoglobina.
Conduta:
Suspensão da transfusão;
Conferir identificação da bolsa.
Mecanismo imune:
PACIENTE DOADOR
Anticorpos X Leucócitos ou
Anti Leucocitários citocinas
Conduta:
Suspensão da transfusão. Não reutilizá-la;
Antipiréticos: paracetamol;
Calafrios intensos: meperidina.
Prevenção:
Leucorredução (filtração) do CH e CP;
Antipiréticos antes da transfusão.
Sinais e sintomas:
São leves, urticária e prurido. Não há febre;
Conduta:
Suspensão da transfusão, anti-alérgico e corticóide. Se a reação for leve pode ser
reiniciada a transfusão;
Profilaxia:
Anti-histamínicos/corticóides, CH lavadas (desplasmatizados).
Reação Anafilática
Mecanismo imune:
Mecanismo imune:
Sinais e Sintomas:
Tosse, estridor laríngeo, broncoespasmo, insuficiência respiratória, hipotensão,
taquicardia, perda de consciência, náuseas, vômitos;
Não há febre!
A anafilaxia pode variar desde uma urticária leve e prurido até choque grave e
morte.
Prevenção:
Anti-histamínicos/corticóides;
CH lavado;
Utilizar componentes de pacientes com deficiência de IgA.
TRALI – Insuficiência Pulmonar Aguda Relacionada à Transfusão
Mecanismo Imune:
Sinais e Sintomas:
Febre, calafrios, hipotensão arterial, Insuficiência respiratória aguda, choque.
Há aumento da permeabilidade da microcirculação pulmonar com consequente
extravasamento de líquido para os alvéolos;
Prevenção:
Evitar novas doações do doador implicado.
Sobrecarga de volume
Aumento do volume sanguíneo (transfusão).
Sinais e Sintomas:
Edema pulmonar, cianose, tosse, hipertensão, dispnéia.
Prevenção:
Infusão lenta, cuidado com volume para RN.
Contaminação Bacteriana
Transfusão de hemocomponente contaminado por bactérias.
Sinais e Sintomas:
Tremores intensos, febre acima de 40°C, hipotensão, sinais e sintomas de sepse.
Conduta:
Interromper a transfusão;
Hemoculturas (paciente e da bolsa de hemocomponente);
Antibióticos amplo espectro;
Tratamento de suporte para sepse;
Diferenciar de outras reações febris.
Sinais e Sintomas:
São brandos devido à hemólise extravascular, há queda nos níveis de Hb, pode
gerar febre, anemia, icterícia.
Conduta:
Transfusões de eritrócitos fenotipados em caso de anemia sintomática.
Púrpura Pós-transfusional
Mecanismo imune:
Sinais e sintomas:
Trombocitopenia pode ser intensa, com plaquetometrias inferiores a 10.000/mm3.
Conduta:
Deve-se evitar transfusão de plaquetas durante o período de tratamento da PPT.
Doença do Enxerto-versus-hospedeiro
Associada à Transfusão
Sinais e Sintomas:
Pancitopenia e outros efeitos como: febre, elevação nas enzimas hepáticas,
diarréia, erupção cutânea eritematosa progredindo para eritrodermia e descamação.
Prevenção:
Utilização de hemocomponentes irradiados.