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DOENÇA HEMOLÍTICA PERINATAL MEDIANTE ALOIMUNIZAÇÃO

RhD: UMA REVISÃO DE LITERATURA.

PERINATAL HEMOLITIC DISEASE THROUGH RhD


ALOIMUNIZATION: A REVIEW OF THE LITERATURE.

POLYANNE SOARES DE BARROS, BIOMÉDICA, HABILITADA EM


ANÁLISES CLÍNICAS, NO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFBV -
WYDEN, E-MAIL: POLYAANESOAAREES@ICLOUD.COM ,

ORCID: HTTPS:// ORCID.ORG/0000-0003-3134-1185.¹

ANA LETÍCIA DA SILVA, BIOMEDICINA, ACADÊMICA DE


BIOMEDICINA, NO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFBV – WYDEN,
EMAIL: ANA-LETICIASILVA@HOTMAIL.COM , ORCID:
HTTPS://ORCID.ORG/0000-0001-7216-597X.²

Revista Brasileira de Biomedicina – RBB v.1, n.1, jan./jun. 2022 01


DOENÇA HEMOLÍTICA PERINATAL MEDIANTE ALOIMUNIZAÇÃO RHD: UMA REVISÃO DE LITERATURA

acompanhamento pré-natal para ser


RESUMO diagnosticado previamente e tomar as medidas
Esta revisão de literatura visa caracterizar a profiláticas como o uso da Imunoglobulina anti-
doença hemolítica perinatal (DHPN) sendo D.
causada pela incompatibilidade Rh do feto com PALAVRAS-CHAVE: Erythroblastosis,
o sangue da mãe, onde o feto é Rh positivo e a Alloimmunization, Anemia.
mãe Rh negativo, com o resultado obtido pela ABSTRACT
tipagem sanguínea e confirmada com a pesquisa
de Rh D fraco. Essa revisão tem como principal
objetivo caracterizar a DHPN, enfatizando seu
diagnóstico laboratorial e suas medidas
profiláticas. Foi realizado uma revisão da
literatura acerca do diagnóstico utilizado para
DHPN, além da fisiopatologia da doença através
de uma busca sistêmica nas bases de dados
como EBSCO, Dynamed, Scielo, Pubmed,
NCBI, biblioteca virtual do Centro universitário
UniFBV/Wyden no período de 2015 a 2022,
além da inclusão de artigos de anos de
publicações fora do período proposto para a
investigação literária. Foram analisados um total
de 268 artigos e 10 livros, por autor, ano,
metodologia, diagnósticos utilizados, a
fisiopatologia da doença e fatores individuais e
contextuais relativos à doença, e restaram um
total de 24 artigos mais livros, após a definição
dos critérios de inclusão e exclusão. Conclui-se
que o diagnóstico prévio da DHPN previne que
o feto ou o recém-nascido gere uma anemia
severa que não seja possível ser tratada, ao
ponto de levar ao óbito. Por isso é necessário o

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This literature review aims to criteria. It is concluded that the previous
characterize the perinatal hemolytic diagnosis of NSHP prevents the fetus or
disease (PNHD) being caused by Rh the newborn from generating severe
incompatibility of the fetus with the anemia that is untreatable to the point of
mother's blood, where the fetus is Rh death. Therefore, prenatal care is
positive and the mother Rh negative, with necessary to be previously diagnosed and
the result obtained by blood typing and to take prophylactic measures, such as
confirmed by Rh D weak. The main the use of anti-D
objective of this review is to characterize KEYWORDS: Erythroblastosis,
PNHD, emphasizing its laboratorial Alloimmunization, Anemia.
diagnosis and prophylactic measures. A INTRODUÇÃO
review of the literature was conducted
A doença hemolítica perinatal (DHPN) é
about the diagnosis used for DHPN, in ocasionada pela formação de anticorpos
addition to the pathophysiology of the maternos contra antígenos eritrocitários do feto
disease through a systemic search in devido à incompatibilidade sanguínea materno-
databases such as EBSCO, Dynamed, fetal. Essa incompatibilidade ocorre pela
Scielo, Pubmed, NCBI, virtual library of travessia dos anticorpos maternos pela barreira
the University Center UniFBV/Wyden in placentária, com a formação do complexo
the period 2015 to 2022, in addition to antígeno-anticorpo, que irá promover a
the inclusion of articles from years of hemólise fetal (SOUZA et al., 2021).
publications outside the proposed period Aloimunização é uma resposta imunológica que
for the literary investigation. A total of se dá pela respectiva formação de anticorpos
268 articles and 10 books were analyzed, depois de uma exposição do indivíduo a
antígenos não próprios, podendo ocorrer, por

by author, year, methodology, diagnoses exemplo, em transfusões de sangue


used, the pathophysiology of the disease, incompatível e com a exposição das gestantes a
and individual and contextual factors um antígeno presente nas células sanguíneas do
relating to the disease, and a total of 24 feto (BAIOCHI; NARDOZZA, 2009).
articles plus books remained, after A incompatibilidade sanguínea materno-fetal é
defining the inclusion and exclusion desenvolvida pelo sistemas sanguíneos como

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ABO e fator Rh, porém, o que será abordado anemia vai depender da intensidade da
é o desenvolvimento pelo fator Rh (LIMA, hemólise. E para prevenir a grávida e o feto é
2015). Na incompatibilidade pelo sistema ABO, feito a administração da imunoglobulina anti-D
que se dá frequentemente em crianças cujo tipo (NARDOZZA, 2018).
sanguíneo se caracteriza do tipo A ou B, elas Dentre as principais consequências da hemólise
são geradas por mães do grupo O. Por mais fetal, está a anemia fetal como já foi citada,
comum que seja, tem perfil benigno em além hidropisia fetal, Kernicterus,
comparação ao Rh (BAIOCHI; NARDOZZA, hiperbilirrubinemia, hepatoesplenomegalia,
2009). icterícia, hipoalbunemia, presença de células
Existe uma variação do fator Rh, relacionado à imaturas na circulação fetal e dos piores casos o
variação populacional, conforme a raça e etnia, aborto.
onde existe uma prevalência de Rh negativo em Com isso o objetivo principal desse artigo é
raças brancas e pardas em relação aos caracterizar a DHPN, enfatizando seu
afroamericanos. Na literatura, é apresentada diagnóstico laboratorial e suas medidas
uma média de 45 a 50 antígenos ligados ao profilátias.
sistema Rh, porém, dentre os existentes, o mais MATERIAS E MÉTODOS
importante o antígeno D, por ser o que possui O presente trabalho trata-se de uma revisão de
mais imunogenicidade sendo o principal literatura baseado nos bancos de dados EBSCO,
responsável pela aloimunização (SOUZA et al., Dynamed, Scielo, Pubmed, NCBI, biblioteca
2021). A incompatibilidade gerada pelo Rh, virtual do Centro universitário UniFBV/Wyden,
ocorre quando a gestante é RhD negativo é teses e monografias de instituições fidedignas,
sensibilizada por antígenos de hemácias fetais num espaço de tempo de 2015 a 2021, e
contendo o antígeno D (VAZ et al., 2018).
inclusão de artigos mais relevantes sobre o tema
Devido a essa incompatibilidade, é gerado pelas
mesmo não sendo atual, no idioma inglês e
gestantes anticorpos contra os antígenos dos
português. O critério de exclusão dos artigos
pesquisados, foram os que não se aprofundou no
tema, ano de publicação fora do período
eritrócitos fetais. Quando atravessam a placenta
e chegam na circulação fetal, os anticorpos
maternos geram um processo de hemólise, como proposto para investigação literária, que não
resultado uma anemia fetal, a gravidade da abordava o diagnóstico. Foram utilizadas as

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palavras-chaves: Erythroblastosis, artigos que estão fora do ano do período de
Alloimmunization, Anemia. publicação proposto para investigação literária e
RESULTADOS FINAIS artigos repetitivos do mesmo autor. Na Figura 1

No total foram encontrados nos 268 artigos nas é possível verificar todo o fluxograma da

bases de dados e 10 livros na biblioteca virtual revisão sistemática.


Além das pesquisas de artigos e livros, foi feito
do Centro Universitário UniFBV/Wyden.
uma pesquisa no Departamento de Informática
Desses, 100 artigos foram selecionados através
do Sistema Único de Saúde (DATA SUS),
da leitura do título, onde 50 falava sobre os
relacionado a taxa de mortalidade de acordo a
diagnósticos em geral, dentre esses 18 sobre
raça no ano de 2015 a 2019 no Brasil, como
diagnóstico clínico e 32 diagnósticos
pode ser observado na Tabela 1, observase um
laboratoriais, 22 sobre as manifestações clínicas
total de 235 mortes registradas nesses anos,
da DHPN, 13 sobre o uso da imunoprofilaxia
além de uma alta taxa de mortalidade em pardos
anti-D, 10 dos principais tratamentos utilizados,
e brancos, pois essas raças possuem uma alta
10 artigos falando sobre a doença em geral, 9
prevalência de ser Rh negativo e se relacionar
relacionados a processos imunológicos e 9 a
com homem Rh positivo.
procedimentos feitos no diagnóstico
Os livros utilizados para a elaboração do artigo
laboratorial.
foram, Medicina Fetal de Souza et al, onde é
Nos 10 livros encontrados somente 2 foram
abordado todo desenvolvimento da DHPN,
utilizados para esta revisão, foram todos falando
desde a epidemiologia da doença onde a doença
sobre aspectos gerais da DHPN. Os critérios de
vai mudar conforme as características étnicas e
inclusões para a construção da revisão
raciais que envolver a frequência em cada
sistemática foram: artigos em inglês e
população.
português, data de publicação, artigos que
enfatizassem a fisiopatologia da DHPN, o
diagnósticos laboratoriais, tratamento e a sua
Os outros livros abordados nesse artigo falam
profilaxia. O total de artigos final foram 22
sobre os aspectos da DHPN, como a
dentro desses critérios de inclusão, gerando um
Epidemiologia, Etiopatogenia, Fisiopatologia,
total de 24 trabalhos inclusos neste presente
Diagnósticos Laboratoriais e Clínicos, o uso da
trabalho.
Imunoprofilaxia anti-D como prevenção das
Em relação aos critérios de exclusão foram
doenças e seus devidos tratamentos a serem
utilizados.

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Figura 1 – Fluxograma da revisão da

literatura

Fonte: Elaborado pelo autor

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Tabela 1- Óbitos pela Doença hemolítica do feito e do recém-nascido pela categoria de raça no período de
2015 a 2019, CID 10: P55.
Categoria Branca Preta Amarela
CID 10:
P55 80 3 1
Total 80 3 1

CID: Classificação Internacional de Doença, CID 10- P55: Classificação da Doença hemolítica do feto e do
recém-nascido

Rh positivo, assim correndo um risco elevado de


sensibilização
(HALL; AVULANKUNTA, 2021).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Mais de 50 antígenos eritrocitários já foram A resposta imune se dá de acordo com seu

relacionados ao fator Rh, mas somente cinco foram organismo individual, não é regra que sempre que
descritos como envolvidos na patologia como: D, C, E, houver uma exposição de um antígeno irá ter a
c, e, porém os casos mais graves da doença está produção de anticorpos. Existem fatores associados
associado ao antígeno D (NARDOZZA, 2018). A a essa possível produção de anticorpos, como a
capacidade do antígeno D de gerar uma resposta imunogenicidade do antígeno.
imune é tão elevada que menos de 0,1 ml de Em testes convencionais de detecção de Rh, as
sangue já é o suficiente para ocorrer a pacientes são consideradas Rh positivas mesmo
sensibilização materna (BAPTISTA et al., 2014). sendo D parcial, essas podem sofrer a
A prevalência da variação do fator Rh, irá variar sensibilização através de transfusões de sangue
entre diferentes populações, como raça e etnia. O Rh positivo ou em gestação de feto Rh positivo,
tipo sanguíneo Rh negativo é mais predominante sempre que houver essa detecção é preciso haver
em raças brancas 15% em comparação com os afro- a profilaxia com imunoglobulina anti-D.
americanos de 5% a 8% e dos asiáticos e nativos A aloimunização materna acontece através de
americanos o fenótipo D é extremamente raro um mecanismo de reações hipersensibilidades,
(NASSAR; WEHBE, 2022). Quando se fala de essas reações muitas vezes se dar de forma
mulheres brancas, a qual existe uma prevalência de exorbitante ou inadequada contra algum
Rh negativo, citado acima, essas mulheres possuem antígeno, ou alérgeno. No caso da sensibilização
85% de chances de ter relações com um homem de materna pelo Rh positivo, se caracteriza uma

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hipersensibilidade do tipo II, onde os anticorpos presença de células imaturas, como reticulócitos e
IgG e IgM intercedem respostas contra proteínas eritroblastos, no sangue periférico. (NARDOZZA,
da superfície celular e da matriz extracelular 2018)
(VAILLANT et al., 2022). O aumento do fígado acaba sendo persistente
Em relação ao cruzamento da barreira devido ao processo de hemólise contínuo, e acaba
transplacentária o organismo conta com a ajuda trazendo consequências para a circulação hepática
da FcRn (receptor fetal/neonatal) responsável (NARDOZZA; PARES, 2012). Em consequência
por transportar os subtipos de IgG maternos da funcionalidade hepática estar prejudicada, isso
através da placenta diretamente para circulação provoca a hipoalbuminemia. A albumina é uma
fetal, essa condução depende de alguns fatores proteína plasmática onconticamente ativada, e
como: nível total de IgG materno e anticorpos quando temos a diminuição da mesma, se tem o
específicos; idade gestacional da gravidez; aumento da taxa de transudação do fluido do
características de IgG; integridade da placenta e compartimento vascular, isso é um fator para a
natureza do antígeno (CASTLEMAN et al., formação de edema, caracterizando a hidropisia
2020). fetal (NETO, 2020; GRECA, 2018).
Após o processo hemolítico causado pela passagem O edema é encontrado em duas ou mais cavidades
de imunoglobulina G para corrente sanguínea do e em diversos tecidos, principalmente derrame
feto, existe a formação do complexo antígeno- pleural, ascite, derrame pericárdio, edema
anticorpo essa ligação é formada com os anticorpos cutâneo. Se o feto for gravemente acometido pode
eritrocitários que se aderem a seu determinado ocorrer um aborto espontâneo ou morte logo após
antígeno. Esse complexo acaba sendo o nascimento. A hidropisia por possuir uma alta
eritrofagocitado pelos monócitos com ajuda de seus taxa de mortalidade, é caracterizada com uma
receptores presente na corrente sanguínea, essa condição de mau prognóstico (NETO, 2020).
fagocitose ocorre no baço (NARDOZZA, 2018). A hidropisia fetal deixou de ser recorrente por
Com o processo de hemólise acontecendo, o feto efeito da administração de um medicamento na
tenta compensar esse desequilíbrio que está sendo forma de injeção chamado RhoGAM ou
causado por meio da eritropoetina fetal, que Matergan (imunoglobulina para fator Rh) feita em
consequentemente estimula a eritropoiese medular e mulheres que são Rh negativas e seu feto é Rh
extramedular que acontece no fígado, baço e positivo, ela é administrada na 28 a 32 semanas
placenta, como consequência desses eventos de gestação, a fim de prevenir a sensibilização
acontecendo ocorre a hepatoesplenomegalia e a materna (GRECA, 2018; KANESHIRO; ZIEVE,

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2021). Kernicterus, sendo uma encefalopatia com a
Se esse processo de hemólise for se prolongando principal manifestação clínica, danos neuronais,
e se intensificando irá se instalar a anemia fetal como paralisia cerebral, disfunção auditiva,
podendo ser grave ou não. Pela deficiência no deficiência intelectual entre outras (DELANEY;
transporte de oxigênio pelas hemácias imaturas e MATTHEWS, 2021).
intensa hemólise ocasionam a anoxia anêmica, Mesmo após o parto, o anticorpo anti-D ainda
comprometendo os tecidos pela carência de pode afetar as hemácias neonatais, ocasionando
oxigênio (NARDOZZA; PARES, 2012). uma anemia continua, até ser eliminado todo
Através do processo de hemólise vai existir a anticorpo materno que poder levar semanas ou
degradação de bilirrubina através da quebra do meses. Essa anemia pode ser derivada a hemólise
grupo heme da hemoglobina fetal. Assim ou a supressão da medula eritropoiética dos anti-
ocorrendo o aumento na produção de bilirrubina D maternos. Além quem em recém-nascidos que
não conjugada, a hiperbilirrubinemia, essa passaram pelo processo de transfusão in útero, a
bilirrubina tem que ser transportada e a sua anemia pode só aparecer depois (BAPTISTA et
locomoção é feita no plasma pela albumina. Não al., 2014).
é possível verificar a icterícia fetal, pois a No diagnóstico laboratorial, a determinação do
bilirrubina metabolizada no fígado da mãe, assim tipo sanguíneo Rh materno é um dos primeiros a
não o agredindo (NARDOZZA, 2018). serem avaliados em consultas do pré-natal. Em
O processamento da bilirrubina após o parto alguns casos o fenótipo não corresponde a
ocorre com a ajuda da enzima genotipagem, por isso pode ser pesquisado
glucoroniltransferase que age transformando a anticorpos irregulares pelo meio da genotipagem.
bilirrubina não conjugada em bilirrubina Se por meio da tipagem sanguínea a mulher for
conjugada, após essa conversão a bilirrubina pode Rh negativo, é preciso fazer a determinação no
ser excretada na bile (HALL; AVULANKUNTA, pai da criança também, pois existe um risco de
2021). Após o parto pode haver a presença da sensibilização quando o pai é Rh positivo
icterícia neonatal, pois não irá ter a placenta que (NARDOZZA; PARES, 2012).
estava protegendo o feto, assim, a bilirrubina se Existem duas possibilidades para a determinação
depositando na criança através do parto do antígeno do pai, se ele for positivo e
(NARDOZZA; PARES, 2012). heterozigoto para tal antígeno, é feito o uso da
Níveis elevados de bilirrubina não conjugada nos genotipagem fetal por PCR (reação de cadeia
tecidos do sistema nervoso central podem causar polimerase), por um líquido amniótico obtido pela

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técnica de cordocentese, ou por uma técnica não é feito com sangue materno, é um método não
invasiva através de amostra de sangue periférico invasivo (NARDOZZA, 2018; GENEONE,
materno. Mas caso o pai for positivo e 2020). Caso não seja possível ter a detecção do
homozigoto ou o resultado da genotipagem antígeno pode ser considerado um Rh negativo,
mostre que ele carrega o antígeno pelo qual a mãe ou que ainda não houve passagem do DNA para a
está sensibilizada, é feito o encaminhamento da circulação materna.
gestante para realização do pré-natal (BAIOCHI; O teste de Coombs direto e indireto é usado para
NARDOZZA, 2009). confirmar se o título de anticorpos é positivo. A
Se o teste para detecção de RhD for negativo, ou sensibilização materna só é caracterizada quando
seja, sem a aglutinação presente, é necessário os exames são positivos. No teste indireto, é
fazer o teste para pesquisa de D fraco. Pois, realizado na mãe sendo usado para triagem pré-
mesmo que a gestante se apresente como natal e visa a determinação de sensibilização de
negativa, ela pode expressar os antígenos na hemácias “in vitro” (BRASIL, 2014; MYLE; AL-
membrana eritrocitária, contudo em baixa KHATTABI, 2021). No teste de Coombs direto,
quantidade (BRASIL, 2014). ou teste de antiglobulina direto (TAD), é feito em
Como foi dito anteriormente, a genotipagem fetal, recém-nascido e permite a detecção de hemácias
vai determinar se o pai é heterozigoto ou revestidas “in vivo” por imunoglobulinas ou
homozigoto para o antígeno Rh positivo. Se o pai frações do complemento. O teste depende do soro
for homozigoto e a mãe for Rh negativo, ele só antiglobulina humana (AGH) (BRASIL, 2014).
pode gerar filho Rh positivos, mas caso o pai for No teste de Coombs Indireto mesmo que o
heterozigoto com gestante Rh negativo, poderá resultado se apresente negativo, ainda sim, a
gerar tanto filhos Rh positivos e negativos, por gestante pode apresentar algum risco para
isso a importância de fazer a genotipagem fetal, sensibilização futura (NARDOZZA, 2018). No
caso o pai se apresente como Rh positivo. Em caso do resultado positivo, os anticorpos terão
conjunto com esse exame, existe o exame de que ser titulados. Se o resultado for menor de
Determinação de Rh fetal (GENEONE, 2020). 1:16 a grávida terá que passar pôr
O exame de Rh fetal, consiste em detectar o DNA acompanhamento a cada trimestre da gravidez, se
fetal no começo da gravidez de modo a seguir for maior 1:16 a repetição deverá ser feita a cada
com os protocolos necessários para então evitar a quatro semanas, nessa titulação deverá ser feito a
sensibilização materna. O DNA fetal pode ser amniocentese seriada para determina o status Rh
detectado a partir quinta semana de gestação. Ele fetal, cerca de 16 a 20 semanas de gravidez

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(GENEONE, 2020; BAPTISTA et al., 2014). sérica no valor menor que 12 mg/dL, se instala a
Quando o TAD for positivo, com a utilização de icterícia fisiologia. Se a bilirrubina atingir níveis
AGH poliespecífico, a investigação laboratorial críticos é necessário fazer a
deverá ser seguida, utilizando AGH exsanguineotransfusão (NASSAR; WEHBE,
monoespecífico e fazer também a eluição de 2022; HALL; AVULAKUNTA, 2021;
anticorpos. A positividade do teste é resultante da DELANEY; MATTHEWS, 2015).
travessia de anticorpos da classe IgG através da O hemograma completo é feito tanto para a
placenta, atingindo a circulação fetal (BRASIL, avaliação da hiperbilirrubinemia, quanto para a
2014). diagnóstico e avaliação da anemia. Na avaliação
Mesmo a mulher sendo Rh negativo existe um da hemoglobina, pode estar bem próximo aos
teste que ajuda a descartar a DHPN, chamado valores normais em formas leves da anemia (Hb >
Teste de Roseta, por meio desse teste é possível 10 g/dL), pode apresentar reduzidos em formas
identificar uma possível sensibilização materna moderadas (Hb 8-10 g/dL), formas graves (Hb 6-
causada por HFM (Hemorragia feto-materna) 8 g/dL) e formas muito severas (Hb 6 g/dL). No
(MYLE; AL-KATTABI, 2021). Segundo Kim e esfregaço sanguíneo, fazer a contagem de
Makar (2012), esse teste consiste em usar reticulócitos, que podem apresentar aumentados,
anticorpos anti-D que vão se aderir em células Rh em função da atividade hematopoiética da medula
positiva do feto em sangue materno Rh negativo óssea (MENDONÇA et al., 2010).
com formação de rosetas. Além da Reticulocitose, pode também apresentar
A Citometria de fluxo é a melhor maneira de Neutropenia ou Neutrofilia, Trombocitopenia,
quantificar e identificar hemácias fetais na Macrocitose. Devido à hemólise dos eritrócitos,
circulação materna. Essa metodologia tem uma tem se o estímulo para a eritropoiese, através da
grande sensibilidade para detecção, pode eritropoetina que faz com o que a medula óssea
conseguir caracterizar um pequeno número de produza mais hemácias de modo a suprir essa
células presentes em uma grande população hemólise, com esse estímulo as hemácias não
celular (NARDOZZA; PARES, 2012). conseguem atingir sua maturação, por isso é
Um indicativo do fator de risco da possível ver eritroblastos na circulação periférica
hiperbilirrubinemia é a albumina, a 3,0 g/dL ou (NARDOZZA; PARES, 2012; CLOHERTY et
inferior a isso, se não tiver albumina suficiente al., 2019).
para se ligar a bilirrubina, irá ter o aumento da O tratamento intrauterino é feito por transfusões
bilirrubina livre conjugada. Com a bilirrubina sanguíneas intrauterinas, é uma técnica utilizada

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em casos graves de anemia. Existes duas em pequenas quantidades e substituída por
categorias de transfusão, a intraperitoneal, hemácias com o antígeno compatível, é retirado
consiste em um procedimento mais simples, além entre 5 e 10 ml de cada vez. A
de gerar uma resposta mais lenta essa técnica não exsanguineotransfusão pode ser necessária para
trata fetos hidrópicos, pois o sangue é absorvido tratamento de anemias graves, tratamento da
indiretamente, a técnica consiste em uma punção hiperbilirrubinemia grave e hidropisia. Com a
da cavidade peritoneal e uma infusão de sangue, remoção desses eritrócitos sensibilizados faz com
já a intravascular, é a infusão de hemácias Rh que haja a redução do nível de bilirrubina sérica.
negativas do tipo sanguíneo O (MENDONÇA et A AAP recomenda exsanguineotransfusão em
al., 2010; SANDLER et al., 2017). recém-nascidos com 35 semanas de gestação ou
O objetivo da infusão das hemácias é aumentar o mais (MYLE; AL-KHATTABI, 2021,
hematócrito, onde antes estava abaixo do valor SANDLER et al., 2017).
adequado. Ficando entre 30 e 60%, porém mais O feto pode ser submetido ao tratamento com
frequente 40 a 50%, além da regularização do corticoides, o uso dessa classe de medicamento
hematócrito, ajuda na dosagem de hemoglobina visa o amadurecimento dos pulmões, é possível
que fica entre 14 e 18 g/dL (BAIOCHI; ser feito com 12 mg de betametasona, e repetido
NARDOZZA, 2009; SANDLER et al., 2017). após 24 horas ou 6 mg de dexametasona 2 vezes
Nardozza (2018) relata que essa transfusão pode ao dia (12 em 12 horas), a corticoterapia pode ser
ser realizada a partir da 18 semana de gestação a feito entre 24 semanas e a 34 semanas (SOUZA et
34 semanas. al., 2021).
A fototerapia é o tratamento mais utilizado para a A prevenção da sensibilização pelo fator Rh é
hiperbilirrubinemia, pois é o que menos apresenta feita pela administração da imunoglobulina anti-
efeitos colaterais e tem mais eficácia (ACOG, D. Foi a partir da década de 60 que o uso dessa
2017). É um equipamento capaz de emitir uma profilaxia foi aprovado, primeiramente pela FDA
luz clara, essa luz tem capacidade de converter a (Food and Drug Administration), aprovou a
bilirrubina indireta em forma de um isômero utilização dessa imunoprofilaxia após o parto.
hidrossolúvel que pode ser excretado pelos rins e Para a aplicação dessa profilaxia são necessárias
fezes sem precisar processar no fígado. (HALL; algumas condições, como mulher ser Rh
AVULAKUNTA, 2022). negativo, que não possua anticorpo anti-D,
Outro tratamento é a exsanguineotransfusão, onde através do teste de coombs indireto com resultado
o sangue sensibilizado do recémnascido é tirado negativo, que o marido seja Rh positivo ou

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tipagem indeterminada (NARDOZZA, 2018). programa de saúde adequado ou meios de
As situações a qual pode ser aplicada são após implementação de conscientização do pré-natal.
procedimentos invasivos em mulheres já Além do marco mais importante é a forma de
gestantes, como amniocentese e cordocentese. prevenção presente desde a década de 60, que
Além de abortos, gravidez ectópica e ajuda as pacientes em risco de aloimunização, a
sangramento obstétrico com risco de hemorragia Imunoprofilaxia anti-D. Mesmo com essa forma
feto-materna. (BRASIL, 2012). de profilaxia disponível, ainda sim, é possível

A dose padrão é administrada entre o segundo e ocorrer erros e a gestante ser sensibilizada.

terceiro semestre e se necessário no pósparto, a Conclui-se que o conhecimento do sistema Rh, e

dose é de 300 mcg, essa dose pode destruir entre seus fatores genéticos são de suma importância
para compreender o desenvolver da doença. Além
15 a 30 ml de sangue total dos eritrócitos fetais.
dos métodos diagnósticos presentes, como
Caso ocorra a necessidade de ser aplicada no
determinação de Rh fetal, Genotipagem fetal,
primeiro semestre a dose é de 150 mcg. Com a
Teste de Coombs e a Citometria de fluxo são
dose sendo administrada para mulheres
técnicas que ajudam no diagnóstico da doença
suscetíveis dentro de 72 horas após o parto
além de aumentar a sobrevida dos fetos, pois, são
reduziu a taxa de aloimunização Rh D cerca de
testes que apresentam alta taxa de especificidade
90% (HALL; AVULAKUNTA, 2022;
para diagnosticar a DHPN.
HOCKENBERRY; WILSON, 2014). Porém,
REFERÊNCIAS
existem evidências que a imunoprofilaxia proteja
ACOG – American College of Obstetricians and
se administrada em até 13 dias após o parto
Gynecologists. Practice Bulletin No. 181:
(BRASIL, 2012).
Prevention of Rh D Alloimmunization.
CONCLUSÃO
ACOGClinRev, New York, v. 130, n. 2, p. 57–70,
Mesmo com os avanços que a ciência trouxe para
2017.
a Doença hemolítica Perinatal, principalmente no
BAIOCHI, E.; NARDOZZA, L. M. MACHADO.
seu diagnóstico, mas também no tratamento e sua
Aloimunização. %20Determina
profilaxia, ainda é possível observar um
%C3%A7%C3%A3o%20do%20RH
importante problema para saúde pública. Esse
%20Fetal.pdf.
problema é devido à falta de informações para a
[S.l]: 2014. Disponível em:
população sobre a importância do pré-natal, onde https://www.spneonatologia.pt/wpcontent/uploads
é possível observar essa precariedade em /2016/11/2014-D_Hemolitica.pdf.
BAPTISTA, M.; NABAIS, I.; CARVALHOSA,
populações mais pobres, onde não existe um G.; PALARÉ, M. J.; MATONO, J.; COHEN, A.

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