Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
net/publication/317580424
CITATIONS READS
0 1,761
8 authors, including:
Some of the authors of this publication are also working on these related projects:
All content following this page was uploaded by Maria Manuel Campos on 14 June 2017.
Introdução: A deteção e identificação de anticorpos antiplaquetários (AAP), bem como a positividade do crossmatch (XM) plaquetário são decisivos para o
diagnóstico, a terapêutica transfusional e imunomoduladora, no contexto de Trombocitopénia fetal/neonatal aloimune (TFNA) e por aloimunização
leucoplaquetária devido a outras causas. Um método simples de despiste é importante, quando complementado por métodos diferenciados. Nos doentes
politransfundidos, a presença de aloanticorpos HPA (Antigénios Plaquetários Humanos) corresponde a 2%, HPA e HLA (Antigénios Leucocitários Humanos) a 3%
e HLA a 25%. Embora 23% dos doentes aloimunizados se tornem refratários, as causas não imunes de refratariedade plaquetária correspondem a 88%.
Os anticorpos HLA ocorrem em >32% das mulheres com ≥4 gestações e podem estar presentes em 1,7% dos indivíduos sem transfusões ou gestações prévias.
Materiais e métodos: A fase sólida (FS) em plasma/ soro é utilizada na pesquisa de AAP pelas técnicas direta e indireta, no XM plaquetário e no
procedimento com solução de difosfato de cloroquina (PSDC), através do qual a remoção de antigénios HLA Classe I conduz a ausência de reatividade nas
cavidades anteriormente positivas pela técnica indireta, quando estão presentes anticorpos anti-HLA Classe I. O método imunoenzimático (ELISA) em soro
permite a identificação de anticorpos dirigidos contra glicoproteínas da membrana plaquetária e antigénios HLA Classe I, conjugado com a FS em plaquetas de
sangue total; as genotipagens HPA e HLA e a identificação de anticorpos HLA por citometria com esferas/ fluorescência são estudos avançados.
Caso Clínico 1 – Mulher de 32 anos, de cuja 1ª gestação nasceu um filho Caso Clínico 2 – Jovem de 32 anos em que foi detetada, na 2ª gestação,
com Doença de von Willebrand (DvW) tipo 2M (idêntico ao pai); a 2ª incompatibilidade HPA 15: grávida (15b/b) e pai (15a/b) do feto. O 1º filho do
gestação culminou com recém-nascida, falecida aos 5 dias devido a casal é saudável e ocorreu nascimento de filha (2ª gravidez) sem
hemorragia e trombocitopénia. Genotipagem HPA (julho 2015): 3a/a (pai); complicações. Pesquisa de AAP continuava positiva 9 meses após o parto.
3a/b (mãe). A genotipagem HLA Classe I/II de ambos foi realizada e
identificados múltiplos anticorpos anti-HLA na mãe, 6 contra antigénios (B35, Caso Clínico 4 – Adolescente do sexo masculino, de 12 anos, com aplasia
B50, A2, DQ2, DR7 e DR9) do pai. A 3ª gestação está em curso. medular idiopática e intercorrências infeciosas graves, dependente de suporte
transfusional. Foi realizado XM de produtos plaquetários com plasma do
Caso Clínico 3 – Rapaz de 7 anos, com drepanocitose associada a crises doente: contagem plaquetária passou de 11x109/L para 7x109/L após transfusão
hemolíticas e vaso-oclusivas abdominais, síndrome torácica aguda, de 1 CPP compatível (resultados de D-1 e D+2 respetivamente). Os fatores de
hipertrofia ventricular esquerda, tiroidite autoimune e lupus eritematoso natureza não imune (sépsis/infeção grave, febre, esplenomegália, fármacos,
sistémico. Presença de aloanticorpos anti-HLA Classe I. disfunção hepática, mielossupressão) foram determinantes. Proposto para
transplante de medula óssea (MO) – Dador não relacionado compatível.
Transfusões CEs
Hb
Plaq