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RETIFICAÇÃO

Prof. Dr. Amauri Hassui


INTRODUÇÃO
Principais características da retificação:
• possibilidade de obtenção de tolerâncias apertadas
(IT4 – IT6) e baixas rugosidades (Ra 0,2 – 1,6µm)
• baixa capacidade de remoção de cavaco
• em geral é a última operação em uma superfície –
alto valor agregado
• Rebolo – ferramenta composta de grãos
abrasivos (arestas de corte) + aglomerante
OPERAÇÕES DE
RETIFICAÇÃO

Retificação cilíndrica externa longitudinal entre pontas


OPERAÇÕES DE
RETIFICAÇÃO

Retificação Cilíndrica Externa de Mergulho entre Pontas


OPERAÇÕES DE
RETIFICAÇÃO
 

Retificação Cilíndrica Sem Centros


OPERAÇÕES DE
RETIFICAÇÃO

Retificação Cilíndrica Interna


OPERAÇÕES DE
RETIFICAÇÃO

Retificação Plana Tangencial


OPERAÇÕES DE
RETIFICAÇÃO

Retificação Plana Frontal


SELEÇÃO DO REBOLO
Elementos característicos do rebolo:
• Natureza do abrasivo
• Tamanho do grão
• Dureza do rebolo
• Estrutura ou porosidade

• Tipo de liga
NATUREZA DO ABRASIVO
Al2O3 – retificação de aços e fofos
• Comum (A) - 96 a 97% de Al2O3 - desbaste,
exceto em aços de alta dureza
• Branco (AA) - 99 % de Al2O3 - alta dureza
e friabilidade - usinagens leves
• Rosa - adição de Cr2O3 - dureza levemente
superior ao branco
• Zirconado - rebolos c/ ligas resinóides -
desbaste de lingotes de aços especiais -
ZrO de 10 a 40% - alta tenacidade
NATUREZA DO ABRASIVO –
cont.
Carboneto de Silício (SiC) - retificação de ferro
fundido, metais não ferrosos (metal duro) e
não metálicos

• Comum (C) - retificações em geral

• Verde (GC ou 39C) - para trabalhos com


metal duro
NATUREZA DO ABRASIVO –
cont.
Nitreto de Boro Cúbico (CBN) - retificação de
materiais ferrosos
• 1o. tipo - recobrimento de 60% de Ni.
Ferramentas com ligantes resinóides
• 2o. tipo - sem recobrimento - ligas
vitrificadas ou metálicas
NATUREZA DO ABRASIVO –
cont.
Diamante Sintético - retificação de materiais não
ferrosos - recobrimento de 50 a 60% de Ni ou Cu
- rebolos com ligas resinóides ou metálicas
NATUREZA DO ABRASIVO –
cont.
Al2O3 SiC CBN Diamante

Estr. Hexago- Hexago- Cúbica Cúbica


Crist. nal nal
Densidad 3.98 3.22 3.48 3.52
e
Pto 2040 ~2830 ~3200 a ~3700 a
Fusão 105 kBar 130 kBar

Dureza 2100 2400 4700 8000


Knoop
TAMANHO DO GRÃO
Número que corresponde ao número de malhas
por polegada linear
• Grãos Grossos - materiais moles e dúteis,
desbaste, onde não se exige boa qualidade
superficial, grandes áreas de contato
• Grão finos - materiais duros ou quebradiços,
qdo se deseja bom acabamento superficial,
pequenas áreas de contato, p/ manutenção
de bordas e perfis de pequenas dimensões
TAMANHO DO GRÃO
Grosso Médio Fino

16 36 100

20 46 120

24 54 150

30 60 180

70 220

80 240

90
DUREZA DO REBOLO
Grau de coesão dos grãos com o aglomerante.
Coesão forte - rebolo duro
Coesão fraca - rebolo mole
E - F - G - rebolos muito moles
H - I - J - K - rebolos moles
L -M - N - O - dureza média
P - Q -R - rebolos duros
S - T- U - V - rebolos muito duros

Peça dura, rebolo mole. Peça mole, rebolo duro


ESTRUTURA
Concentração volumétrica de grãos abrasivos no
rebolo
de 1 a 4 - rebolo fechado
de 8 a 12 - estrutura aberta
de 5 a 7 - estrutura média
acima de 12 - rebolo aberto

Estrutura mais aberta de grãos idênticos -


acabamento mais grosseiro, mas retira rapidamente
o cavaco da zona de retificação
LIGA OU AGLOMERANTE
• Vitrificada (V) - p/ retificações de precisão.
Velocidade Periférica até 33 ou 60 m/s)
• Resinóide (B) - podem operar até 100 m/s.
Operações de desbaste pesado ou quando se exige
alto acabamento.
ESPECIFICAÇÃO DO
REBOLO
Exemplo de especificação de um rebolo:
A 60 L 6 V 10W
Abra T.G. Dure Estru Liga Liga
sivo za tura

Para rebolos superabrasivos 2 outros dígitos são


incluídos:
• Concentração - qtidade de abrasivo no rebolo.
Concentrações típicas - de 50 a 200
• Profundidade do Abrasivo - em polegadas ou mm
FATORES DE INFLUÊNCIA
NA SELEÇÃO DO REBOLO
A) MATERIAL DA PEÇA
Influi na escolha do tipo de abrasivo, do tamanho
do grão e da dureza
• Aços - óxido de alumínio ou CBN
• Fofo, metais não ferrosos e não metálicos - SiC
• Materiais frágeis (cavacos curtos) - grãos finos
•Materiais dúteis (cavacos longos) - grãos grossos
• Materiais duros (tratados termica/e) - rebolo mole
• Materiais moles - rebolos duros
FATORES DE INFLUÊNCIA
NA SELEÇÃO DO REBOLO
B) VOLUME DE MATERIAL REMOVIDO E
ACABAMENTO
• Quanto maior o grão, maior a remoção de material
da peça e pior o acabamento
• Grãos grossos - desbaste;
• Grãos finos - acabamento
• Para acabamentos muito bons - altas velocidades
periféricas - liga resinóide
• Acabamento médio - liga vitrificada
• Rebolos resinóides - grande retirada de material
FATORES DE INFLUÊNCIA
NA SELEÇÃO DO REBOLO
C) FLUIDO DE CORTE
Operações refrigeradas/lubrificadas eficiente/e
possibilitam o uso de rebolos mais duros
D) VELOCIDADE DO REBOLO
Limitada pela resistência da liga aglomerante
Quanto maior a velocidade, maior a vida do
rebolo, menores as forças e melhor o
acabamento
FATORES DE INFLUÊNCIA
NA SELEÇÃO DO REBOLO
E) ÁREA DE CONTATO
Quanto maior a área de contato, maior deve ser
o grão e mais macio e mais poroso o rebolo
F) POTÊNCIA DA MÁQUINA
Rebolo duro precisa de máquina com maior
potência
CARACTERÍSTICAS DA
RETIFICAÇÃO

Fases da formação do cavaco na retificação


CARACTERÍSTICAS DA
RETIFICAÇÃO – cont.
Este mecanismo de formação do cavaco +
altas velocidades de corte geram:
• Forças normais bem maiores que as forças
tangenciais;
• Energia requerida é bem maior que para outros
processos de usinagem - calor;
• Altas temperaturas de corte;
• 85% do calor vai para a peça, 5% p/ o cavaco,
10% p/ o rebolo.
DESGASTE E VIDA DO
REBOLO
Um rebolo chega ao fim da vida devido a dois
fenômenos:
a) Desgaste do rebolo – perda volumétrica
b) Perda de afiação – arredondamento das
arestas cortantes e entupimento dos poros do
rebolo.
Dependendo do tipo do rebolo e da operação, um
ou outro fenômeno pode ser mais importante
DESGASTE E VIDA DO
REBOLO – cont.
Desgaste do rebolo causa:
• perda de tolerância dimensional e de forma;
• vibração
Perda de afiação causa:
• aumento de esforços e vibração;
• queima da peça;
• aumento da rugosidade da peça
DESGASTE E VIDA DO
REBOLO – cont.
Dressagem é a operação de reconstituição da
camada exterior do rebolo.
É realizada para:
• conferir forma ao rebolo;
• devolver ao rebolo sua forma original
• conferir agressividade ao rebolo
• informar à máquina a real posição da
superfície externa do rebolo
FAISCAMENTO DO
REBOLO
avanço

avanço real

avanço teórico

T1 T T T4 T T tempo
2 3 5 6

Ciclo de Retificação Cilíndrica de Mergulho

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