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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO:

TREFILAÇÃO
ADIÇÃO DE
ESTEARATO DE
SÓDIO SÓLIDO.

• PROF. Me ROBSON BUSSOLOTI


1
HISTÓRICO
Países de origem: Alemanha e
França.
Período: século Treze.
TREFILAÇÃO
A trefilação é um processo de conformação plástica que se realiza pela
operação de conduzir um fio (ou barra ou tubo) através de uma ferramenta
(fieira), que contem um furo em seu centro, por onde passa o material.
VANTAGENS
 Ausência de oxidação – A matéria prima para a trefilação é
uma barra com o mesmo tipo de secção do produto final é
decapada antes de se iniciar a trefilação;

 Ausência da rebarba de laminação;

 Maior precisão dimensional e melhor acabamento superficial


como conseqüência da ausência de oxidação;

 Possibilidade de se ter um produto com uma camada


superficial endurecida.Para isto basta que após um último
recozimento,sejam feitas algumas passagens.

 Alta precisão dimensional ao longo do comprimento.


• • Produtos mais comuns:
TIPOS DE TREFILADOS
TREFILAÇÃO
TREFILAÇÃO
Endurecimento por trabalho à frio (encruamento)
TREFILAÇÃO


processo a frio

produção mais freqüente  produtos com seção circular

pequenas reduções de seção por passe (passagens por
sucessivas fieiras de diâmetros finais decrescentes)

propriedades mecânicas controladas

excelente qualidade superficial e dimensional

Recozimento intermediário é
necessário quando a queda de
ductilidade associada ao
aumento da resistência
provoca a queda
de trabalhabilidade.
FIEIRA
•Geometria da Fieira para Trefilaçãode Arames

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FERRAMENTAL DE TREFILAÇÃO
FERRAMENTAL DE
TREFILAÇÃO
Dimensionais importantes do
ferramental
TREFILAÇÃO
TIPOS DE FIEIRAS
MATRIZ DE DIAMANTE

Para Cobre e ligas:


D < 2.0 a 2.5mm.
FERRAMENTAS DE TREFILAÇÃO
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO.
• Carbeto de Tungstênio (Metal Duro)
• Moderada resistência ao impacto;
• Durabilidade mediana para baixa;
• Mais utilizada devido ao menor custo, maior possibilidade de ser trabalhada e por estar
disponível em maiores dimensões.

• Diamante sintético
• Ótimo acabamento superficial;
• Excelente durabilidade;
• Alto custo, principalmente para dimensões maiores (Melhor se comparado ao natural);
• Pode ser danificado em temperaturas acima de 700ºC.

• Diamante Natural
• Excelente resistência mecânica e acabamento superficial;
• Alta durabilidade;
• Custo extremamente elevado, mesmo em dimensões pequenas.
FERRAMENTAS DE TREFILAÇÃO
RECOMENDAÇÃO DE CLASSES

GD03 – Recomendável para fieiras de trefilação de arames de aço até 1,0mm e não ferrosos de até 2,50 mm
GD05 – Recomendável para fieiras de trefilação de arames de aço até 3,0mm e não ferrosos de até 5,0mm,
Mandris flutuantes de até 8,0mm
GD10 – Recomendável para fieiras de trefilação de arames de aço até  8,0mm e não ferrosos até 12,0mm,
Mandris flutuantes de até 14,0mm
GD 15 - Recomendável para fieiras de trefilação de barras de aço de até 12,0mm e não ferrosos de até 15,0mm,
Mandris flutuantes de até 18,0mm
GD 20 - Recomendável para fieiras de trefilação de barras de aço de até 50,0mm e não ferrosos até 60,0mm,
Mandris flutuantes (Soldado até 20mm e montagem mecânica até 40mm),
GD 30 - Recomendável para fieiras de trefilação de barras de aço acima de 50,0mm e não ferrosos acima
de 60,0mm, Mandris fixos de montagem mecânica acima de 40mm,

Referência fabricante: Durit


ATRITO-
REGIMES DE LUBRIFICAÇÃO
Interfaces
LUBRIFICAÇÃO

A seco :com lubrificante a base de


Úmido: à base de óleo lubrificante
Estanhanato de cálcio ou sódio.
LUBRIFICAÇÃO
• Características:

(a) Manter inalteradas as condições de lubrificação a altas pressões e


temperaturas;
(b) Diminuir o atrito;
(c) Dissipar eficazmente o calor gerado durante o processo de deformação;
(d) Impedir a adesão metálica entre a matriz e o metal processado;
(e) Eliminar as partículas abrasivas da superfície de trabalho;
(f) Manter condições aceitáveis de acabamento superficial e características
metalúrgicas dos produtos acabados;
(g) Ser de fácil remoção da superfície do produto nas operações de
acabamento;
(h) Possuir condutividade elétrica aceitável para assegurar o desaparecimento
de cargas elétricas estáticas produzidas pelo atrito
FATORES QUE AFETAM A
LUBRIFICAÇÃO
• Temperatura na interface
• Viscosidade
• Velocidade de trefilação
• Pressão de trefilação( função da redução )
TIPOS MAIS COMUNS DE
LUBRIFICANTES
Secos:
• Ceras
• Sabões
• Sólidos Minerais
• Sólidos Metálicos (chumbo, cádmio, cobre )
• Vidros
• Materiais Sintéticos
• Plásticos (polietileno, “nylon” e teflon )
TIPOS MAIS COMUNS DE
LUBRIFICANTES
Úmidos
• Água (emulsão)
• Óleos Minerais Puros
• Óleos e Ácidos Graxos
LUBRIFICAÇÃO À SECO

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EQUIPAMENTOS

• Os elementos básicos de uma máquina de trefilação são:

• Carretel alimentador

• Porta-fieira

• Garra ou mordaça para puxar a primeira porção do arame

• Tambor

• Sistema de acionamento do tambor

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EQUIPAMENTOS

• Os equipamentos podem ser classificados


em dois grupos:

• Bancadas de trefilação

• Trefiladoras de tambor

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• Bancadas de trefilação – utilizadas para
produção de componentes não bobináveis
como barras e tubos
TREFILADORAS DE TAMBOR

• Simples (1 só tambor)- para arames grossos


• Duplas para arames médios
• Múltiplas (contínuas) para arames médios a
finos.
EQUIPAMENTOS

• Bancadas de trefilação

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TREFILAÇÃO
MAQUINAS
RETILÍNEAS
TREFILAÇÃO
MAQUINAS
MÚLTIPLOS
TAMBORES
TREFILAÇÃO
MAQUINAS
ROTATIVAS
EQUIPAMENTOS
• Máquina de Trefilar Contínua do tipo
acumulativo

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TIPOS DE TREFILAÇÃO
•Por Matriz

34
Tipos de Trefilação

•Por rolos

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TREFILAÇÃO
EQUIPAMENTOS
TREFILAÇÃO
EQUIPAMENTOS
TREFILAÇÃO
EQUIPAMENTOS
TREFILAÇÃO
EQUIPAMENTOS
TREFILAÇÃO
CORDOALHAS
Aplicações:
• eletricidade (cabos)
• soldagem (eletrodos para solda)
ETAPAS DO PROCESSO
42
43
"ESCOLA SENAI NADIR DIAS DE 44
FIGUEIREDO"
"ESCOLA SENAI NADIR DIAS DE 45
FIGUEIREDO"
46
47
PREPARAÇÃO DO FIO-MÁQUINA
PREPARAÇÃO DA
MATÉRIA PRIMA PARA
A CONFORMAÇÃO.
TRATAMENTOS TÉRMICOS DOS
ARAMES
Recozimento:
-OBJETIVO:
Remover efeitos do encruamento através da
recristalização e aumentar a ductilidade do
material.

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ESFEROIDIZAÇÃO

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BOBINA DE AÇO

a) Recebimento da matéria prima em forma de bobina. b) Microscopia da superfície antes da


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fosfatização. Sem ataque, sem polimento. 1000x
AS PRINCIPAIS ETAPAS NO
PROCESSO DE FOSFATIZAÇÃO

Etapas do processo de fosfatização. 54


55
METAL BASE
CRISTAIS DE
FOSFATO

56
APLICAÇÃO DO ESTEARATO
(SABÃO)

57
Matéria Prima: Bobina de aço com aplicação do sabão.
Cortesia Chemetal (2013).
FIO MÁQUINA

Fio-máquina
PROCESSO (PRIMEIRA REDUÇÃO)

trefila
EQUIPAMENTOS DE
ARMAZENAGEM
DESBOBINADOR
FABRICAÇÃO DE TUBOS
COM COSTURA
PROCESSO DE
FABRICAÇÃO
DE TUBOS POR
SOLDAGEM
PROCESSO DE
TREFILAÇÃO
DE TUBOS
• A trefilação é feita através da
passagem do tubo por uma matriz, pela
qual seu diâmetro externo é diminuído
à frio.
• Processo inicial que consiste na formação
da ponta do tubo para possibilitar a tração
quando da trefilação. A extremidade do
tubo é colocada numa prensa formadora
de ponta.
TUBOS

mandril passante
TUBOS

sinking Plug fixo

Plug flutuante mandril


MÉTODOS DE TREFILAÇÃO DE
TUBOS

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TREFILAÇÃO DE TUBOS

Pilger Mill

Planetary
Rolling

Piercing Mill
TREFILAÇÃO A SECO

Com lubrificante a base de estanhanato de cálcio ou sódio.


PROCESSO

O tratamento por ultra-som, é feito para retirar todas as impurezas restantes


do processo de trefilação.
PROCESSO

Alinhamento e armazenamento na forma de carretel.


ARMAZENAMENTO

armazenamento em forma de bobinas


TRATAMENTOS TÉRMICOS
DOS ARAMES

• Depois da trefilação os arames são submetidos


a tratamentos térmicos para alívio de tensões
e/ou obtenção de propriedades mecânicas
desejadas.
RECOZIMENTO
• Indicação: principalmente para arames de
baixo carbono
Tipo: subcritico, entre 600 a 700°C
Objetivo: remover efeitos do encruamento
e esferoidização dos carbonetos.
PATENTEAMENTO
• Indicação: aços de médio a alto carbono
(C> 0,25 %)
Tipo: aquecimento acima da temperatura
crítica (região austenítica) seguido de
resfriamento controlado, ao ar ou em banho
de chumbo mantido entre 450 e 550°C.
Objetivo: obter uma melhor combinação de
resistência e ductilidade que a estrutura
resultante (perlita fina ou bainita) fornece.
TRATAMENTO DE
BENEFICIAMENTO
Têmpera
 A têmpera consiste num aquecimento acima do ponto de
transformação A3 e um rápido esfriamento à temperatura
ambiente.Surge a dura martensita em forma de agulhas.

Revenimento
 Quanto mais alta a temperatura de revenimento ,maior é a
ductilidade que se consegue.As temperaturas pode variar desde
150ºC até 650ºC,como é o caso do aço para mola.

Zincagem
 È uma proteção de zinco contra a corrosão.È realizada através da
passagem do arame por uma cuba contendo zinco fundido (estado
de fusão)
GALVANIZAÇÃO À FOGO

Metalografia dos Produtos


Siderúrgicos Comuns –
Metalografia dos Produtos
Siderúrgicos Comuns –
Metalografia dos Produtos
Siderúrgicos Comuns –
Metalografia dos Produtos
Siderúrgicos Comuns –
Metalografia dos Produtos
Siderúrgicos Comuns –
Metalografia dos Produtos
Siderúrgicos Comuns –
Metalografia dos Produtos
Siderúrgicos Comuns –
CONTROLE DE QUALIDADE
• Utiliza equipamento de Eddy Current que por
meio de emissão e resposta de um campo
eletromagnético o aparelho detecta possíveis
defeitos na estrutura do material como
trincas ou falhas na costura do tubo. Caso o
tubo apresente defeito, ele é rejeitado.
https://www.youtube.com/watch?v=oriFJByl6Hs
DEFEITOS NA
TREFILAÇÃO
DEFEITOS DOS PRODUTOS
TREFILADOS

Diâmetro escalonado Fratura irregular Fratura com risco


lateral

Fratura com trinca Marcas em V ou em Ruptura taça-cone


ângulo
DEFEITOS NA TREFILAÇÃO

INCLUSÕES

TRINCAS
LONGITUDINAIS

RUPTURAS

ESTRIAS
DEFEITOS EM TREFILADOS
Podem resultar:

• De defeitos na matéria-prima (fissuras,


lascas, vazios, inclusões);
• Do processo de deformação.
TENSÃO(RELATIVA) DE TREFILAÇÃO E SEMI-
ÂNGULO DA FIEIRA

Tensão ruptura
Tensão trefilação
Faculdade de Tecnologia
Termomecânica
Foto mais adiante
CHEVRONS

•Exemplo de defeito:Trincas internas


em ponta de flecha ("chevrons")

•Cast: tendência da espiras abrir ou


fechar ao sair do extrator (efeito oito)

•Helix: Fieira desalinhada, empena o


fio (hélice)

98
CHEVRONS
“chevron marks” / “marcas de sargento”
marca de sargento .xls
DEFEITOS DE DEFORMAÇÃO
DEFEITOS DE DEFORMAÇÃO
DOBRAS DE LAMINAÇÃO
BIBLIOGRAFIA
Conformação mecânica
2º edição
Editora imprensa livre
Autor:Lírio Schaeffer

Manual de siderugia vol.:2


Autor: Luiz Antônio Araújo
Editora: Arte e Ciência

Sites: www.infomet.com.br
Site:www.trefilacao.eng.br
Site:meusite.mackenzie.com.br/carlosmonezi/seminarios
Site://www.usoline.com.br/page008.html
SIte://www.wikipédia.org/wiki/arame_farpado

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