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Areias de Fundição

A prática de moldagem existe há pelo menos 7000 anos


antes de Cristo quando o Homem manipulou pela primeira
vez o cobre utilizando como molde, pedras com
depressões para receber o metal líquido.
O Homem desenvolveu outros processos que lhe
permitissem maior grau de liberdade, inclusive na obtenção
de peças mais complicadas.

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Areias de Fundição

Brasão fundido em cobre da Chaleira chinesa


região de Ur, na Mesopotâmia, fundida em bronze
datada de 3100 AC. com detalhes em ouro
e prata datada de
2000AC.

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Areias de Fundição

Balança egípcia
Utensílios
datada de 1400 AC
domésticos egípcios
datados de 2000 AC

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Areias de Fundição

Processos de fundição

A base do processo de fundição consiste em alimentar


o metal no estado líquido, na cavidade de um molde
com o formato requerido, seguindo se um resfriamento
a fim de se produzir um objeto sólido resultante da
solidificação.
Há vários processos de fundição no que se refere aos
processos de moldagem.

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Classificação dos processos de fundição

Argila Moldagem em areia à verde

Moldagem em cascas de shell


Uso de areia
Resina Cura à frio
Fundição por
gravidade CO2

Sem aglomerantes “Lost foam”

Uso de molde metálico Coquilha

Cera perdida
Processos especiais
Fundição centrifugada
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Classificação dos processos de fundição

Câmara quente

Alta pressão

Câmara fria
Fundição
sob
pressão

Baixa pressão

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Exemplo esquemático de um
processo de fundição em
areia

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Areias de Fundição

Definição dos diversos tipos de areia de fundição


Quanto à origem

Areia natural - Depósitos naturais, originados de arenitos de


cimento argiloso ou da alteração de rochas feldspáticas
(saibros).

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Areias de Fundição

Definição dos diversos tipos de areia de fundição


Quanto à origem

Areia sintética - Obtida artificialmente, misturando os


materiais-base (areia silicosa e aglomerante).

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Areia de macho

Areia de
faceamento

Areia de
enchimento

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Quanto ao estado de umidade

Areia à verde - Possui no momento do vazamento


aproximadamente o mesmo estado de umidade que tinha ao
ser preparada, constitui os chamados moldes verdes.

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Força de abertura

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Propriedades exigidas de uma areia de fundição

Plasticidade e consistência

Retenção da forma original uma vez cessada a aplicação


dessas forças.

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Propriedades exigidas de uma areia de fundição

Moldabilidade
Uma areia deve-se permitir :

 Ao socamento (moldagem manual),


 A compressão e batida (máquina de moldagem),

A areia de moldagem deve ser facilmente socável.


Com pequeno esforço deve tornar-se bem
compacta, reproduzindo a forma do modelo.

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Areias de Fundição

Propriedades exigidas de uma areia de fundição

Resistência

O molde deve ter certa resistência para poder ser


manuseado e para resistir ao peso e a força do metal líquido
durante o vazamento.

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Areias de Fundição

Propriedades exigidas de uma areia de fundição


Ventilação

Durante o vazamento da peça, o ar que ocupa a cavidade do


molde bem como os gases do próprio metal e da areia,
gerados durante o período de vazamento, devem escapar
afim de que a peça fundida seja completamente maciça.

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Propriedades exigidas de uma areia de fundição


Refratariedade

A areia não deve sofrer uma fusão nem mesmo um


amolecimento excessivo fazendo ceder a parede do molde
sob pressão do metal.

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Areias de Fundição

Características de uma areia base

Formato dos Grãos

Grãos angulares: Usados em


areia para machos por
permitirem maior permeabilidade
para um dado grau de
compactação. Especialmente
empregado em fundição de não
ferrosos.

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Areias de Fundição

Características de uma areia base

Formato dos Grãos

Grãos sub-angulares: Os
mais aconselhados para
areias de faceamento.

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Areias de Fundição

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Areias de Fundição

Constituintes das areias de fundição

Areia de Sílica – SiO2

Areia de Cromita - FeOCr2O3

Areia base Areia de Zirconita - ZrO2SiO2

Olivina - 2MgO.SiO2

Chamote

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Areia de Cromita
A cromita – FeOCr2O3 – É um minério refratário de
composição química nas seguintes faixas:

Cr2O3 – 35 a 50%

Fe2O3 – 15 a 25%

Al2O3 – 12 a 25%

MgO – 13 à 18%
SiO2 – 3% Max. pois em teores maiores favorece a
penetração do metal entre os grãos de areia.
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Areia de Zirconita

A zirconita é um silicato de zircônio – ZrO2SiO2 - em que o


mineral puro contém 67,2% de ZrO2 e 32,8% de SiO2.
Apresenta o menor coeficiente de dilatação entre as areias
utilizadas em fundição – cerca de 1/6 da areia de sílica. Entre
20 e 1000ºC apresenta excelente estabilidade térmica.
Temperatura de fusão 2571ºC, apresenta menor reatividade
com os metais sendo indicado na moldação para peças de
aço de grande porte e altamente ligados.

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Dilatação linear da zirconita em


função da temperatura.
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Olivina
A Olivina é um ortosilicato de ferro e magnésio composto
de forsterita (2MgO.SiO2) e de faialita (2FeO.SiO2) de
coloração verde oliva.

O coeficiente de dilatação da Olivina só é inferior ao quartzo


conforme mostra o gráfico 05 comparando inclusive, com
as areias já estudadas.

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Olivina

A expansão térmica da olivina de 20 à 1000ºC é cerca de


30% menor que a sílica apresentando boa estabilidade
dimensional. Sua condutibilidade térmica é superior à da
sílica.
A Olivina é utilizada para a fabricação na moldação para
fabricação de peças de aço ao manganês com 13% de Cr
ou aços ao Ni-Cr do tipo 18-8 ou 27-4.

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Chamote

O chamote é um material obtido através de um processo de


beneficiamento da argila caulinitica que inclui calcinação,
britagem e classificação granulométrica. Em função deste
processamento, esta argila transforma-se em material
refratário em cuja estrutura se encontram a mulita e a
cristobalita.

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Quadro comparativo entre as areias bases

Características Sílica Cromita Zirconita Olivina Chamote


Composição química
Sílica % SiO2 > 99 <3 30 a 34 40 a 43 52 a 60
Alumina % Al 2O3 12 a 25 43 a 45
Óxido de cromo % Cr2O3 36 a 50
Magnésio % MgO 13 a 18 49 a 52
Óxido de zircônio % ZrO3 64 a 68
Óxido férrico % Fe 2O3 15 a 25 < 01
Óxido ferroso % FeO 5 a 7
Perda ao fogo % <1 < 0,5 < 0,5 ~ 0,5
Características físicas
Densidade real 2,20 a 2,65 4,45 a 4,65 4,60 a 4,70 3,25 a 3,40 2,60 a 2,70
Densidade aparente 1,7 2,70 a 2,90 3,0 a 3, 1 2,10 a 2,30 1,35
Dilatação média até 1000 ºC % 1,5 0,9 0,4 1,1 0,6
Temperatura de fusão ºC 1650 a 1750 1900 a 2200 2550 1300 a 1800  1840
Ponto de sinterização ºC 1350 a 1450 1350 a 1500 1400 1250 a 1600

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Aditivos
Os aditivos são produtos adicionados a areia de fundição
para lhe conferir melhorias de suas propriedades.

Aditivos orgânicos
Aditivos carbonáceos
Pó de carvão mineral (Pó Cardiff) e piche

Apresentam a desvantagem de formar poeira abundante e


riscos de incêndio durante a estocagem sendo necessário
cuidados especiais.

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Areias de Fundição

Mistura dos constituintes

Todos os constituintes, areia base, aglomerantes,


aditivos e água devem formar uma massa homogênea em
que cada grão de areia base deve ser envolvido pelo
aglomerante e aditivos umidecidos pela água.

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Mistura dos constituintes

Quando a areia de fundição


é submetida à compactação
nos moldes, os grãos
envolvidos pela argila (1a)
aproximam-se formando
uma massa argilosa (1b)
visto que as lamelas de
argila são separadas por
finas camadas de água e
nos pontos de contato entre
eles formam se as
chamadas pontes argilosas
que ligam os grãos (1c).
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Grãos de
areia

Argila

Grãos de areia envolvidos por argila sem água.


Não existe coesão entre os grãos.
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Grãos de areia envolvidos por argila com água.


Existe coesão entre os grãos.
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Mistura dos constituintes da areia à verde

Grão de areia não recoberto totalmente com a argila

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Mistura dos constituintes da areia à verde

Grãos de areia recoberto totalmente com a argila


misturados em Misturador intensivo.
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Defeito superficial de inclusão


de materiais estranhos na peça
fundida devido impurezas na areia
do molde.

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Defeito de penetração de metal provocado pelo exposição


excessiva da superfície do molde ao calor do metal. O
socamento excessivo contribui para este defeito.
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Quebra do molde de areia devido


socamento insuficiente
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Região
deformada
no produto.

Socamento desigual do molde provocou uma


deformação no modelo.
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CUIDADOS COM A SILICOSE:

A inalação prolongada de partículas de sílica menores que


10 mícron provocam modificações nos pulmões que, em
geral, são agravadas por doenças oportunistas
(tuberculose) e freqüentemente fatais

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