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CONCRETO ARMADO I

CURSO: ENGENHARIA CIVIL

DISCIPLINA: CONCRETO ARMADO I

PROF. CRISTIANE DAEMON


cristiane.daemon@usu.edu.br
CONCRETO ARMADO I

DISCIPLINA CONCRETO ARMADO I

AULA 3 – DEFORMAÇÕES E AÇOS DAS


ARMADURAS

I) DEFORMAÇÕES (RETRAÇÃOI E FLUÊNCIA)


II) AÇO DAS ARMADURAS
CONCRETO ARMADO I

I – DEFORMAÇÕES
➢ Estrutura interna do concreto:

• O concreto representa um material capilar pouco


poroso, sem continuidade da massa, no qual se acham
presentes os três estados da agregação – sólido, líquido
e gasoso (vapor d’água e ar).

• A estrutura interna do concreto resulta bastante


heterogênea.

➢ As deformações do concreto dependem essencialmente


de sua estrutura interna.
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I – DEFORMAÇÕES
Retração

•A quantidade de água empregada na fabricação do


concreto é sempre maior do que a quantidade necessária
para as reações químicas com o cimento.

•A água em excesso é necessária para dar trabalhabilidade


ao concreto fresco.

•Em contato com o ar, o concreto perde parte da água não


fixada quimicamente durante sua secagem, ocorrendo
assim uma diminuição do seu volume, ou retração.
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I – DEFORMAÇÕES
Retração

•Se o concreto for imerso em água, ocorre o fenômeno


inverso, expansão.

Fonte: Notas de Aula Prof. Emil (UFF)


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I – DEFORMAÇÕES
Retração

•A retração é, portanto, a deformação, independente de


carregamento, que ocorre devido à “pega do concreto”
(fase de endurecimento do concreto, com expulsão da
água que não está quimicamente associada ao concreto,
devida ao contato com o ar).

•Não tem direção preferencial, ou seja, é uma deformação


volumétrica, e é sentida com maior intensidade nos
primeiros dias após a concretagem. Parte da retração é
irreversível.
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I – DEFORMAÇÕES
Fatores que influenciam a retração

•Umidade do meio ambiente: a retração aumenta com a


diminuição da umidade.

• Espessura da peça: a retração aumenta com a


diminuição da espessura da peça.

• Composição do concreto: a retração aumenta com o


consumo de cimento e com o aumento do fator
água/cimento.

• Temperatura do meio ambiente: a retração aumenta


com a temperatura.
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I – DEFORMAÇÕES
Retração

•A retração não é uma força, mas sim uma deformação


imposta, que provoca tensões de tração e,
consequentemente, fissuras no concreto que esteja
impedido de se deformar livremente.

•O elemento estrutural perde água mais rapidamente nas


fibras externas, o que leva a deformações diferidas na
massa, resultando tensões capazes de provocar a
fissuração na superfície da peça.
Fonte:
Fonte: Apostila Prof.Libânio Pinheiro Notas de Aula
USP – São Carlos Prof. Emil (UFF)
UNESP(Bauru/SP) – Prof. Dr.
Paulo Sérgio dos Santos Bastos
CONCRETO ARMADO I

I – DEFORMAÇÕES
Retração

Fonte: Notas de Aula Prof. Emil (UFF)


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I – DEFORMAÇÕES
Retração
➢Pode-se definir retração como a redução de volume que ocorre
no concreto, mesmo na ausência de tensões mecânicas e de
variações de temperatura.

➢As causas da retração são:

• Retração química: contração da água não evaporável,


durante o endurecimento do concreto.

• Retração capilar: ocorre por evaporação parcial da água


capilar e perda da água adsorvida. O tensão superficial e o
fluxo de água nos capilares provocam retração.

• Retração por carbonatação: Ca(OH)2 + CO2 → CaCO3


+ H2O (ocorre com diminuição de volume).
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I – DEFORMAÇÕES
Retração

➢Uma cura adequada do concreto tende a minorar, ou até


evitar, a fissuração dos elementos estruturais por retração.

➢ No concreto armado o efeito tende a ser menor do que no


concretomassa (barragens, por exemplo), uma vez que as
barras de armadura se opõem a esta redução de volume do
concreto.

➢A deformação específica de retração do concreto pode ser


calculada de acordo com o Anexo A da norma, segundo o
item 11.3.3.1.
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I – DEFORMAÇÕES
Retração

➢Nos casos correntes de obras de concreto armado, em


função da restrição à retração do concreto que é imposta pela
armadura, pode-se adotar uma deformação devida à retração
igual a (-15 x 10-5), para elementos estruturais de dimensões
usuais, entre 10 cm e 100 cm, em locais com umidade
ambiente não inferior a 75% (item 11.3.3.1 da norma).

➢Assim, tendo em vista que o coeficiente de dilatação térmica


do concreto vale (𝛼 = 10−5/ºC), tal recomendação, para
consideração simplificada da retração, equivale a uma
diminuição uniforme de temperatura, em toda a estrutura, de
15ºC.
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I – DEFORMAÇÕES
Expansão

➢Expansão é o aumento de volume do concreto, que ocorre


em peças submersas.

➢Nessas peças, no início tem-se retração química. Porém, o


fluxo de água é de fora para dentro.

➢As decorrentes tensões capilares anulam a retração química


e, em seguida, provocam a expansão da peça.
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I – DEFORMAÇÕES
Deformação imediata

➢A deformação imediata se observa por ocasião do


carregamento.

➢Corresponde ao comportamento do concreto como sólido


verdadeiro, e é causada por uma acomodação dos cristais
que formam o material.
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I – DEFORMAÇÕES
Fluência

➢Quando uma peça de concreto é mantida sob tensão,


constante por certo período de tempo, observa-se uma
deformação inicial (deformação instantânea), e um aumento
desta deformação ao longo do tempo (deformação lenta, ou
fluência).

➢Tal fenômeno decorre da expulsão da água existente nos


microporos do gel de cimento, não fixada quimicamente, o
que provoca a contração do gel.

➢Se submetermos a peça a um processo de carga-descarga,


a evolução das deformações ao longo do tempo é mostrada
na Figura:
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I – DEFORMAÇÕES
Fluência
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I – DEFORMAÇÕES
Fluência
➢As deformações eci1 e eci2 são deformações instantâneas
provocadas pela aplicação e retirada da tensão s1 (eci1 > eci2 ).

➢A deformação e ecc representa a deformação lenta do concreto.

➢Pode-se constatar que parte da deformação lenta é


recuperável:

• a deformação ecr representa a fluência recuperável;

• a deformação ecf corresponde à parcela irrecuperável da


fluência.
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I – DEFORMAÇÕES
Fatores que influenciam a deformação lenta:

➢Idade do concreto – quanto mais cedo for aplicado o


carregamento, maior a deformação lenta.

➢Umidade relativa do ar – quanto mais seco, maior a


deformação lenta.

➢Espessura média da peça (dada pela relação entre


“área/perímetro de contato com a atmosfera”) – menores
espessuras médias induzem maior deformação lenta.

➢Fator água/cimento – quanto mais água no traço, maior a


fluência.
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I – DEFORMAÇÕES
Fluência

➢Fluência é uma deformação diferida, causada por uma força


aplicada. Corresponde a um acréscimo de deformação com o
tempo, se a carga permanecer.

➢No caso de muitas estruturas reais, a fluência e a retração


ocorrem ao mesmo tempo e, do ponto de vista prático, é
conveniente o tratamento conjunto das duas deformações.

➢A deformação decorrente da fluência do concreto pode ser


calculada de acordo com o Anexo A da norma, segundo o
item 11.3.3.2.
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I – DEFORMAÇÕES
Deformações térmicas

➢Define-se coeficiente de variação térmica αte como sendo a


deformação correspondente a uma variação de temperatura
de 1°C.

➢Para o concreto armado, para variações normais de


temperatura, a NBR 6118 permite adotar αte = 10-5 /°C.
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Definição

➢ Aço é uma liga metálica composta principalmente de ferro e


de pequenas quantidades de carbono (em torno de 0,002%
até 2%).

➢ Os aços estruturais para construção civil possuem teores


de carbono da ordem de 0,18% a 0,25%.

➢ Entre outras propriedades, o aço apresenta resistência e


ductilidade, muito importantes para a Engenharia Civil.

➢ Este material, adequadamente dimensionado e detalhado,


resiste muito bem à maioria dos tipos de solicitação.
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Classificação

Os aços empregados no concreto armado (armadura passiva)


estão previstos e são classificados na norma NBR 7480/2007,
com as categorias a seguir, em função do valor característico
da resistência de escoamento:
➢ Barras de aço (ou vergalhões), das categorias:
• CA-25 (𝑓𝑦𝑘 = 250 𝑀𝑃𝑎) : superfície lisa
• CA-50 (𝑓𝑦𝑘 = 500 𝑀𝑃𝑎) : superfície corrugada

➢ Fios de aço, da categoria CA-60 (𝑓𝑦𝑘 = 600 𝑀𝑃𝑎).


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II – AÇO DAS ARMADURAS


Classificação
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Classificação

Aço mais
utilizado
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Aço CA-50 (catálogo Gerdau)
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Classificação
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Aço CA-60 (catálogo Gerdau)
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Classificação

Aço CA-25 (pouco utilizado)


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II – AÇO DAS ARMADURAS


Aço CA-25 (catálogo Gerdau)
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Classificação

De acordo com a NBR 7480/2007, barras e fios são:

• Barras – produtos de diâmetro nominal 6,3 mm ou superior,


obtidos exclusivamente por laminação a quente, sem
processo posterior de deformação mecânica.

• Fios – produtos de diâmetro nominal 10 mm ou inferior,


obtidos a partir de fio-máquina por trefilação ou laminação
a frio
• As siderúrgicas produzem ainda malhas soldadas, com fios
de aço, com diferentes diâmetros e espaçamento de malha
retangular (para lajes, pisos, tubos de concreto, túneis,
canais, estruturas de argamassa armada etc).
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Tratamento mecânico dos aços

➢ O aço obtido nas aciarias apresenta granulação grosseira,


é quebradiço e de baixa resistência.

➢ Para aplicações estruturais, ele precisa sofrer


modificações, o que é feito basicamente por dois tipos de
tratamento: a quente e a frio.
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Tratamento mecânico dos aços

a) Tratamento a quente (CA-25 e CA-50):


➢ Este tratamento consiste na laminação, forjamento ou
estiramento do aço, realizado em temperaturas acima de
720°C (zona crítica).

➢ Nessas temperaturas há uma modificação da estrutura interna


do aço, ocorrendo homogeneização e recristalização com
redução do tamanho dos grãos, melhorando as características
mecânicas do material.

➢ Apresenta melhor trabalhabilidade, aceita solda comum, possui


diagrama tensão-deformação com patamar de escoamento, e
resiste a incêndios moderados, perdendo resistência, apenas,
com temperaturas acima de 1150 °C.
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Tratamento mecânico dos aços

a) Tratamento a quente (CA-25 e CA-50):


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II – AÇO DAS ARMADURAS


b) Tratamento a frio ou encruamento (CA-60):
➢ Neste tratamento ocorre uma deformação dos grãos por meio de
tração, compressão ou torção, e resulta no aumento da
resistência mecânica e da dureza, e diminuição da resistência à
corrosão e da ductilidade, ou seja, decréscimo do alongamento e
da estricção.

➢ O processo é realizado abaixo da zona de temperatura crítica


(720 °C). Os grãos permanecem deformados e diz-se que o
aço está encruado.

➢ Nesta situação, os diagramas de tensão-deformação dos aços


apresentam patamar de escoamento convencional, torna-se
mais difícil a solda e, à temperatura da ordem de 600°C, o
encruamento é perdido.
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Tratamento mecânico dos aços

b) Tratamento a frio (CA-60):


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II – AÇO DAS ARMADURAS


Características mecânicas

➢ Limite elástico: máxima tensão que o material pode suportar


sem que se produzam deformações plásticas ou
remanescentes, além de certos limites.

➢ Resistência: máxima força de tração que a barra suporta,


dividida pela área de seção transversal inicial do corpo-de-
prova.

➢ Alongamento na ruptura: aumento do comprimento do


corpo-de-prova correspondente à ruptura, expresso em
porcentagem.

Essas características são determinadas através de ensaios de


tração.
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Propriedades do Aço

Massa específica
➢ A massa específica do aço de armadura passiva pode ser
considerada igual a 7.850 kg/m3 .

Coeficiente de dilatação térmica


➢ Para temperaturas entre -20ºC e 150ºC, pode ser
considerado igual a 10-5 /ºC.

Módulo de elasticidade
➢ Na falta de ensaios ou valores fornecidos pelo fabricante, o
pode ser admitido igual a 210 GPa.
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Diagrama tensão-deformação
(NBR6118:2014 item 8.3.6)
➢ O diagrama tensão-deformação do aço, os valores
característicos da resistência de escoamento fyk, da resistência à
tração fstk e da deformação na ruptura euk (Figura 8.4) devem ser
obtidos em ensaios de tração realizados segundo a NBR ISO
6892-1 – Materiais Metálicos – Ensaio de Tração – Parte 1:
Método de Ensaio à Temperatura Ambiente.

➢ Para cálculo nos estados-limite de serviço e último pode-se


utilizar o diagrama simplificado mostrado na Figura 8.4.

➢ Este diagrama é válido para intervalos de temperatura entre -


20ºC e 150ºC e pode ser aplicado para tração e compressão.
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Diagrama tensão-deformação para aços de armaduras
passivas
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Diagrama tensão-deformação para aços de armaduras
passivas (figura 8.4 NBR6118:2014)
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Diagrama tensão-deformação

➢ Os parâmetros que aparecem na Figura 8.4 são definidos


como:
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Características de ductilidade

➢ Ductilidade é a capacidade de deformação do material, ou


seja, quanto maior o alongamento de ruptura, maior a
ductilidade.

➢ Pode ser medida por meio do alongamento (ε) ou da


estricção.

➢ Contrariamente, os materiais frágeis são aqueles que


pouco de deformam antes da ruptura (ferro fundido,
concreto sob tração etc).
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Características de ductilidade

➢ Os aços CA-25 e CA-50, que atendam aos valores mínimos


de fst/fyk e euk indicados na NBR 7480, podem ser
considerados como de alta ductilidade.

➢ Os aços CA-60 que obedeçam também às especificações


dessa Norma podem ser considerados como de ductilidade
normal.

➢ Em ensaios de dobramento a 180°, realizados de acordo


com a NBR 6153 e utilizando os diâmetros de pinos
indicados na NBR 7480, não deve ocorrer ruptura ou
fissuração (item 8.3.7 da norma).
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Soldabilidade

➢ Para que um aço seja considerado soldável, sua


composição deve obedecer aos limites estabelecidos na
NBR 8965.

➢A aptidão do aço para soldagem depende,


fundamentalmente, de sua composição química (teor
máximo de carbono, manganês e outros elementos
químicos).

➢ A emenda de aço soldada deve ser ensaiada à tração


segundo a NBR 8548.

➢ A carga de ruptura e o alongamento na ruptura devem


satisfazer as condições estabelecidas na NBR 7480.
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Aderência

➢ A própria existência do material concreto armado decorre


da solidariedade existente entre o concreto simples e as
barras de aço.

➢ Qualitativamente, a aderência pode ser dividida em:


aderência por adesão, aderência por atrito e aderência
mecânica.

➢ A adesão resulta das ligações físico-químicas que se


estabelecem na interface dos dois materiais, durante as
reações de pega do cimento.
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Aderência

➢ O atrito é notado ao se processar o arrancamento da barra


de aço do bloco de concreto que a envolve.

➢ As forças de atrito dependem do coeficiente de atrito entre


aço e o concreto, o qual é função da rugosidade superficial
da barra, e decorrem da existência de uma pressão
transversal, exercida pelo concreto sobre a barra.

➢ A aderência mecânica é decorrente da existência de


nervuras ou entalhes na superfície da barra.

➢ Este efeito também é encontrado nas barras lisas, em


razão da existência de irregularidades próprias originadas
no processo de laminação das barras.
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Aderência

➢ As nervuras e os entalhes têm como função aumentar a


aderência da barra ao concreto, proporcionando a atuação
conjunta do aço e do concreto.

➢ A influência desse comportamento solidário entre o


concreto simples e as barras de aço é medida
quantitativamente através do coeficiente de conformação
superficial das barras (η).

➢ A NBR 7480 (1996) estabelece os valores mínimos para


η1, apresentados na Tabela a seguir.
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Aderência

➢ As barras da categoria CA–50 são obrigatoriamente providas de


nervuras transversais ou oblíquas.

➢ Os fios de diâmetro nominal inferior a 10mm (CA–60) podem ser


lisos (η = 1,0), mas os fios de diâmetro nominal igual a 10mm ou
superior devem ter obrigatoriamente entalhes ou nervuras, de
forma a atender o coeficiente de conformação superficial η.
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Bitolas comerciais

A norma NBR-7480/2007 fixa as bitolas e seções transversais


nominais para fios e barras, embora os fabricantes possam
não produzir todas elas.
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Bitolas comerciais
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II – AÇO DAS ARMADURAS


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II – AÇO DAS ARMADURAS


Resistências Características do Concreto e do Aço

➢ Os valores característicos do aço são definidos de


modo semelhante ao do concreto:
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Resistências Características do Concreto e do Aço
➢ A resistência característica fck do concreto é muito
importante e, segundo a NBR 6118, deve constar nos
desenhos de armaduras e fôrmas, de modo bem
destacado, junto com a categoria e a classe do aço.

➢ Para o aço pode-se admitir que as resistências à


compressão e à tração são iguais, isto é, fyck = fytk.

➢ De modo geral representam-se ambas as resistências


por fyk.
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Resistências de Cálculo do Concreto e do Aço
➢ Para efeito de cálculo e com o objetivo de introduzir
uma margem de segurança às estruturas de concreto,
são considerados os valores de cálculo da resistência
dos materiais, que são obtidas a partir dos valores
característicos divididos por um fator de segurança γm,
de minoração da resistência dos materiais.

➢ A resistência de cálculo fd de um dado material é


definida pela expressão:
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Resistências de Cálculo do Concreto e do Aço
No caso da resistência de cálculo do concreto (fcd), a
NBR 6118/03 (item 12.3.3) define o valor de cálculo em
função da idade do concreto, como segue:
a) quando a verificação se faz em data j igual ou superior
a 28 dias, adota-se a expressão (com γc definido na
Tabela 5):

Nesse caso, o controle da resistência à compressão do


concreto deve ser feita aos 28 dias, de forma a confirmar
o valor de fck adotado no projeto.
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Resistências de Cálculo do Concreto e do Aço
b) quando a verificação se faz em data j inferior a 28
dias, adota-se a expressão:
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II – AÇO DAS ARMADURAS


Resistências de Cálculo do Concreto e do Aço
De modo semelhante ao concreto, a resistência de
cálculo de início de escoamento do aço (fyd), é definida
como:
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II – AÇO DAS ARMADURAS

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