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MORFOLOGIA APLICADA

À ODONTOLOGIA
Profa. Dra. Priscila L. Mello
Preparação do Material

➢ Preparação a fresco

➢ Método muito simples: observação ao microscópio de células, pequenos


organismos vivos ou fragmentos de tecidos vivos, num meio líquido o mais
próximo possível do meio natural desses organismos.
A finalidade desse método é permitir a observação de estruturas “in vivo”,
de modo a poder observar manifestações funcionais.

➢ Preparação Permanente

➢ São feitos para durarem muitos anos, dependendo de como foram


tratados os objetos (fatias, células etc.) da lâmina.
Etapas na preparação de lâminas histológicas permanentes
contendo tecidos ou órgãos

1ª etapa- COLETA do material ou amostra

Consiste em remover amostras de tecido de


um determinado organismo.

(Rattus norvergicus)
➢ Biópsia: Coleta realizada por meio
de cirurgia, quando o animal está
vivo.

➢ Necrópsia: Coleta realizada após a


morte do animal.

➢ Vivissecção: é o ato de dissecar um


animal vivo com o propósito de
realizar estudos
RATO EM DECÚBITO DORSAL VISÃO GERAL DOS
(FÊMEA) ÓRGÃOS INTERNOS
a fresco

Vivissecção

INCISÃO INICIAL

http://mcb.berkeley.edu/courses/bio1a/Lab/
http://mcb.berkeley.edu/courses/bio1a/Lab/
http://faculty.orangecoastcollege.edu/mperkins/zoo-
review/rat-abdomen/index1.html
2ª etapa – FIXAÇÃO da amostra

Deve ser realizada o mais rápido


possível, após a retirada da amostra

Evitar a autólise

Impedir a atividade e proliferação de


bactérias

Endurecer as células para que elas


resistam melhor as etapas seguintes da
técnica
2ª etapa – FIXAÇÃO da amostra

FÍSICA – calor ou frio (congelamento)

QUÍMICA (Formol, glutaraldeído): é obtida quando se utilizam


substâncias químicas capazes de formar reações com os sítios das
biomoléculas, estabilizando-as e impedindo a alteração tecidual, tanto
química quanto física.
3ª etapa – DESIDRATAÇÃO da amostra

A desidratação consiste na remoção da água dos tecidos, pois

as substâncias previamente utilizadas para inclusão em

parafina não se combinam homogeneamente com a água.


4ª etapa – DIAFANIZAÇÃO OU CLAREAMENTO da amostra

A clarificação visa remover completamente o álcool do interior dos tecidos,


preparando-os para as etapas subsequentes.

A remoção do álcool é de extrema importância, pois a parafina não se mistura


homogeneamente com o álcool.

Para remover o álcool e preparar o tecido para a penetração da parafina


utiliza-se, nessa etapa, o xilol. Conforme o xilol penetra o tecido, em
substituição ao álcool, o material se torna mais claro, transparente. Por essa
razão, essa etapa é denominada clarificação.
5ª etapa – IMPREGNAÇÃO E INCLUSÃO da amostra

O material em recipientes contendo parafina líquida a 60ºC é colocado em estufa na mesma


temperatura, num total de 3 banhos de parafina, cada um com duração de 30 minutos cada.
Em seguida, faz-se a inclusão propriamente dita, derramando-se numa forma plástica a
parafina com o material.

Peças dentro de fracos de vidro contendo Peça em molde de papel sendo incluída em
parafina líquida e mantidas na estufa a 60º C. parafina líquida.
6ª etapa – MICROTOMIA da amostra

Para permitir a análise dos tecidos ao microscópio de luz, eles devem ser
seccionados em fatias bem finas e uniformes.
7ª etapa – BANHO MARIA da amostra

Os cortes são distendidos em água aquecida a 56º C em aparelho


aquecedor com termostato para evitar micro dobras no material.

Cortes do material pronto para serem Cortes sobre a água aquecida em "Banho Maria"
distendidos em água aquecida.
8ª etapa – PESCAGEM da amostra

Consiste em mergulhar a lâmina na água e coletar o material esticado sobre a


lâmina. Em seguida a lâmina é colocada sobre uma platina aquecedora para que
seja feita a secagem, a fusão da parafina impregnada no tecido e evitar o
aparecimento de micro dobras.

Lâminas de vidro com os cortes já


Corte sendo pescado sobre a lâmina de vidro.
distendidos sobre a platina
aquecedora.
9ª etapa – COLORAÇÃO da amostra

A maioria dos tecidos é incolor, o que torna difícil sua


observação ao microscópio óptico. Devido a isso foram
introduzidos métodos para a coloração dos tecidos, de
modo a tornar seus componentes visíveis e destacados uns
dos outros.
9ª etapa – COLORAÇÃO da amostra

Corantes são compostos orgânicos aromáticos e coram seletivamente os


componentes teciduais, como as células e a matriz extracelular. De acordo com a
carga iônica, os corantes podem ser:

Ácidos ou básicos

. Corantes ácidos: possuem auxocromo aniônico (carga elétrica negativa (-), com
afinidade por componentes básicos do tecido (catiônico (+). As estruturas coradas
pelos corantes ácidos são chamadas acidófilas, como, por exemplo, o citoplasma e
matriz extracelular. Um exemplo de corante ácido é a eosina.

. Corantes básicos: possuem auxocromo catiônico (+) com afinidade por


componentes ácidos dos tecidos (aniônico (-). As estruturas coradas pelos corantes
básicos são chamadas basófilas, como o núcleo. A hematoxilina é um exemplo
clássico de corante básico.
Hematoxilina: cora os núcleos (corante básico)

Eosina: cora citoplasma e matriz celular (corante ácido)


10ª etapa – MONTAGEM da amostra
Coloca-se uma gota de resina sintética (Entelan®) sobre o corte ou sobre uma lamínula. Esta é
então, colocada e comprimida sobre o corte, de modo a espalhar-se a resina em fina camada
entre a lâmina e lamínula.

Lâmina e lamínula ( menor) limpas. Demonstração da adição da resina sintética sobre a


lâmina para a montagem.
11ª etapa – SELAGEM da amostra

Tem a finalidade de secar a resina fixando a lâmina sobre a


lamínula. Esta etapa pode ser feita em estufa a 37º C ou deixada
em temperatura ambiente.

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