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ENGENHARIA DE

RESERVATÓRIOS AVANÇADA

ISPTEC - Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e


Ciências
Docente: Geraldo A. R. Ramos, PhD
NOÇÕES BÁSICAS DE ENGENHARIA
DE RESERVATÓRIOS

ENGENHARIA DE RESERVATÓRIOS AVANÇADA


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GERALDO RAMOS, PhD
Capítulo 1 – Noções Básicas de Engenharia de
Reservatórios
 1.1. Sistema de Produção versus Sistema Petrolífero;
 1.2. Engenharia de Reservatórios: funções e objectivos;
 1.2. Tipos de reservatórios definidos pelo diagramas de fases;
 1.5. Mecanismos de produção de reservatórios.
 1.6. Propriedades dos fluidos
 1.7. Propriedades das rochas
 1.8. Cálculo de Contacto água/hidrocarbonetos
 1.9. Cálculo de volumes originais e Reservas

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Alfabeto Grego

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Propriedades Básicas dos Fluidos de Reservatório
 As propriedades dos fluidos podem ser determinadas em laboratório por
meio de amostras ou através de correlações desenvolvidas por alguns
cientistas.

Obtenção de amostras para ensaio/testes


 Amostragem em superfície.
 Amostragem em fundo de poço.
 Amostragem em teste da formação.

O conhecimento da composição, propriedades físico-químicas e do


comportamento de fase são necessários para a determinação de:
 Volume de hidrocarboneto presente no reservatório;
 Volume de hidrocarboneto recuperável;
 A taxa de recuperação;
 Estudo do fluxo no reservatório;
 Condições para o gestão do reservatório
 Implementação de estratégias de produção.

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Propriedades Básicas dos Fluidos de Reservatório
ANÁLISES NORMALMENTE REALIZADAS:
 Determinação da composição.
 Análise de contaminantes.
 Determinação de propriedades tecnológicas: Bo, Rs etc.
 Testes de compatibilidades de fluidos.
 Análises PVT (comportamento de fase).
 Algumas propriedades são fundamentais para a análise de um fluido e
representam a base para o estudo e desenvolvimento de campos
petrolíferos. Dentre estas propriedades, destacamos:
 Massa específica (ρ)
 Densidade ºAPI (γ ou d)
 Viscosidade (µ)
 Composição
 Compressibilidade (C) e factor de compressibilidade (Z)
 Cor
 Factor Volume de Formação (B)

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Propriedades Básicas dos Fluidos de Reservatório
 Massa Específica - representa a relação entre a massa de uma determinada
substância e o volume ocupado por ela. A massa específica pode ser
quantificada pela equação:
𝒎
𝝆=
𝑽
 Volume específico - definido como a razão entre o volume da substância (V)
e sua massa (m). É o recíproco da massa específica:
𝑽 𝟏
𝒗𝒔 = = = 𝝆−𝟏
𝒎 𝝆
 A densidade é uma relação entre as massas específicas do óleo e da água
calculadas a 60ºF (15,56 ºC):
𝜌𝑜
𝛾𝑜 =
𝜌𝑤
 O grau de API é dado pela relação
141,5 141,5
ΑΡΙ = − 131,5 ; 𝛾𝑜 =
𝛾𝑜 ΑΡΙ+131,5

 Nesta escala a água apresenta API = 10 e a graduação aumenta com a


diminuição da densidade do óleo.

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Propriedades Básicas dos Fluidos de Reservatório
Os reservatórios podem também ser classificados tendo em conta o ºAPI do
óleo
Reservatório ºAPI GOR (scf/STB) COR
Black Oil 15º < API < 40º 200 < GOR < 700 Marron a verde escuro
Baixa contração API < 35º GOR < 200 scf/STB Preto
Alta contração 4,5º < API < 55º 2000 < GOR < 3.200 Verde a laranja
Ponto crítico ------ GOR > 3.000 scf/STB -------
Gás húmido API > 60º 60.000 < GOR < 100.000 --------
Gás seco ----------- GOR > 100.000 ---------

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Densidade, Viscosidade Vs. oAPI do Óleo

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oAPI do Óleo

 Os óleos presentes em reservatórios de petróleo geralmente são menos


densos que a água, com grau API variando entre 20 e 35, mas podem
ocorrer casos em que o óleo é mais denso que a água.
 Na Venezuela e no Canadá, por exemplo, podem ser encontrados
reservatórios de óleo com graus API tão baixos quanto 8

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Misturas e Soluções
 Uma mistura é um sistema composto por mais de um componente. Uma
mistura pode ser homogênea ou heterogênea.

Mistura Homogênea Mistura Heterogênea


Mistura de duas ou mais espécies químicas Mistura de duas ou mais espécies químicas
diferentes que apresentam as mesmas diferentes que não apresentam as mesmas
propriedades em toda sua extensão. propriedades em toda sua extensão.
Apresenta sempre uma fase, ou seja, sistema Apresentam duas ou mais fases, ou seja, um
monofásico sistema polifásico

 Quando uma mistura forma uma fase homogênea, é denominada solução.


 Exemplo: Fase gasosa, líquida e sólida de um sistema.
 As soluções são formadas por um ou mais solutos (substâncias dissolvidas) e
um solvente, que é a substância presente em maior quantidade e que
dissolve as outras substâncias.

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Misturas e Soluções
 As soluções podem ser ideais ou reais
 As soluções ideias representam a maior dos casos dos sistemas estudados na
engenharia química e servem como referência para o efeito de
comparação com as soluções reais.
 Solução ideal é aquela na qual consideramos que tanto o solvente quanto
o soluto da solução são muito semelhantes entre si, em outras palavras,
todas as forças intermoleculares são iguais. Sob o ponto de vista
termodinâmico, entalpia (∆H), variação do volume da mistura (∆V), calor de
mistura (∆C), é nula.
 Uma causa principal de não-idealidade surge quando ocorre não-
aditividade (química) de volume na mistura.

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Misturas - Classificação
Soluções Colóides Suspensões
Característcas
Sistema Homogêneo Sistema Heterogêneo

Visibilidade das Não são visíveis com São visíveis ao São visíveis a olho nu
partículas nenhum tipo de ultramicroscópio ou ao microscópio
dispersas aparelho comum
Sedimentação das Não ocorre Ocorre sedimentação Ocorre sedimentação
partículas sedimentação por com auxílio de espontânea
dispersas nenhum processo ultracentrífugas (gravidade) ou com
auxílio de centrifugas
Filtração das Não são retidas por São separadas por São separados por
partículas nenhum tipo de filtro meio de ultrafiltros meio de filtros
dispersas comuns

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Propriedades básicas das misturas homoêneas ideais
 Percentagem em massa: quociente da massa do componente pela
massa total da mistura multiplicado por 100.
𝑚𝑖
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 % = 𝑛𝑐 × 100
𝑗=1 𝑚𝑗

 Percentagem em volume: quociente do volume do componente pelo


volume total da mistura multiplicado por 100.
𝑉𝑖
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 % = 𝑛𝑐 × 100
𝑗=1 𝑉𝑗

 Percentagem em mol: quociente do número de mols do componente


pelo número de mols total da mistura multiplicado por 100.
𝑛𝑖
𝑚𝑜𝑙 % = 𝑛𝑐 × 100
𝑛
𝑗=1 𝑗

 Em vez de mols, usa-se geralmente a fracção molar:


𝑛𝑖 𝑛𝑖
𝑦𝑖 = 𝑛𝑐 =
𝑗=1 𝑛𝑗
𝑛𝑡

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Propriedades básicas das misturas homoêneas ideais
 Massa molecular de uma substância: soma das massas atômicas que
constituem a molécula dessa substância. Onde yi fracção molar, Mi massa
molecular e Ma massa molecular aparente.
𝑛𝑐 𝑛𝑐
1
𝑀𝑎 = 𝑦𝑖 𝑀𝑖 = 𝑛𝑖 𝑀𝑖
𝑛𝑡
𝑖=1 𝑖=1

 Coordenadas pseudocríticas: conhecida a composição da mistura, as


propriedades calculam-se usando as equaçõe abaixo. Onde ppc e Tpc são a
pressão e temperatura pseudocríticas. Tci e pci são temperatura e pressão
críticas.
𝑛𝑐 𝑛𝑐
 𝑝𝑝𝑐 = 𝑖=1 𝑦𝑖 𝑝𝑐𝑖 e 𝑇𝑝𝑐 = 𝑖=1 𝑦𝑖 𝑇𝑐𝑖

 Coordenadas pseudo-reduzidas: em vez de propriedades reduzidas


calculam-se as chamadas propriedades pseudo-reduzidas.
𝑝 𝑇
𝑝𝑝𝑟 = e 𝑇𝑝𝑟 =
𝑝𝑝𝑐 𝑇𝑝𝑐

 Lei dos estados correspondentes (Van der Waals – 1873): “todos os fluidos
exibem o mesmo comportamento quando submetidos à mesma pressão e à
mesma temperatura reduzida.”

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Propriedades dos gases
 Os gases podem ser classificados como gases ideais ou gases reais:
 Gás ideal é um fluido hipotético que obedece as seguintes condições:
 O volume ocupado pelas moléculas é insignificante quando
comparado com o volume total do fluido
 Não existem forças atrativas ou repulsivas entre as moléculas ou entre
as moléculas e as paredes do recipiente que contém o fluido.
 As colisões entre moléculas são perfeitamente elásticas.
 Os gases ideais: Gases são considerados como ideais quando submetidos
a baixas pressões e altas temperaturas

 Equação de estado é uma expressão que relaciona a pressão, a temperatura


e o volume de um gás ou líquido. Combinando as leis de Charles, Boyle-
Mariotte e Advogadro, obtém-se uma equação de estado para um gás
ideal.
𝑝𝑉 = 𝑛𝑅𝑇

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Equação de Estado dos Gases Ideais
 Aplicando os conceitos da massa de um número de mols de gás e massa
específica na equação de estado, tem-se:
𝒑𝑴
𝝆=
𝑹𝑻
Onde:
𝑚 𝑚
𝜌= 𝑒 𝑛=
𝑉 𝑀
 Usando o conceito de densidade e assumindo que as massas específicas
do gás e ar foram medidas nas mesmas condições de temperatura e
pressão, tem-se:
𝝆𝒈 𝑴𝒈
𝜸= =
𝝆𝒂𝒓 𝑴𝒂𝒓

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Equação de Estado dos Gases Reais
 Para gases reais a equação de estado toma a seguinte forma:
𝑝𝑉 = 𝑧𝑛𝑅𝑇
 Onde z é o factor de compressibilidade ou factor de desvio de gases reais

 O factor de compressibilidade z e definido como a relação entre o volume que


uma dada massa de gás ocupa em certas condiçõess de pressão e
temperatura e o volume que essa massa ocuparia nas mesmas condições de
temperatura e pressão se fosse um gas ideal.
𝑉𝑟𝑒𝑎𝑙
𝑧=
𝑉𝑖𝑑𝑒𝑎𝑙

 O factor de compressibilidade z varia com a composição de gás, com a


temperatura e com a pressão.
 Os valores de compressibilidade podem ser aproximados com uma boa
precisão usando tabelas ou gráficos obtidos experimentalmente ou usando as
propriedades pseudo-reduzidas de pressão e temperatura, mediante gráficos ou
correlações.

Nota: Erros de até 500% são observados no uso da equação de estado do gás
ideal para pressões mais altas, comparando com erros de 2–3% na pressão
atmosférica.

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Equação de Estado dos Gases Reais
GRÁFICO DE STANDING AND KATZ

PRESSÃO E TEMPERATURA
PSEUDO-REDUZIDAS
𝑛𝑐

𝑝𝑝𝑐 = 𝑦𝑖 𝑝𝑐𝑖
𝑖=1

𝑛𝑐
𝑇𝑝𝑐 = 𝑖=1 𝑦𝑖 𝑇𝑐𝑖

𝑝
𝑝𝑝𝑟 = 𝑝
𝑝𝑐

𝑇
𝑇𝑝𝑟 = 𝑇
𝑝𝑐

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Equação de Estado dos Gases Reais
CONSTANTES FÍSICAS PARA COMPONENTES PUROS

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Equação de Estado dos Gases Reais
CORRELAÇÕES

Sistema de Gás Natural - Gás Natural Seco (Standing, 1977):


𝑝𝑝𝑐 𝑝𝑠𝑖𝑎 = 677,0 + 15,0𝛾𝑔 − 37,5𝛾𝑔2

𝑇𝑝𝑐 °𝑅 = 168,0 + 325,0𝛾𝑔 − 12,5𝛾𝑔2


Gás natural húmido, gás de reservatório de óleo ou condensado (Standing, 1977):
𝑝𝑝𝑐 𝑝𝑠𝑖𝑎 = 706,0 − 51,7𝛾𝑔 − 11,1𝛾𝑔2

𝑇𝑝𝑐 °𝑅 = 187,0 + 330,0𝛾𝑔 − 71,5𝛾𝑔2

Gás natural húmido, gás de reservatório de óleo ou condensado (Sutton):


𝑝𝑝𝑐 𝑝𝑠𝑖𝑎 = 169,2 + 349,5𝛾𝑔 − 74,0𝛾𝑔2

𝑇𝑝𝑐 °𝑅 = 756,8 − 131,07𝛾𝑔 − 3,6𝛾𝑔2

onde 𝜸𝒈 é a densidade da mistura gasosa


NOTA: Mais correlações na página 43 do Vol 2. Indústria do Gás Natural de Geraldo Ramos

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Equação de Estado dos Gases Reais
EFEITOS DOS NÃO HIDROCARBONETOS NO FACTOR Z DE GÁS

 Principais não hidrocarbonetos: Dióxido de Carbono (CO2), Sulfado de Hidrogénio (H2S),


Nitrogénio (N2), Enxofre (S).
 Não hidrocarbonetos influenciam na composição de gás natural. Por exemplo, tornando-o
como ácido ou não ácido (doce):
 Gás natural ácido:
 Apresenta mais de 5,7 milhões de H2S por metro cúbico de gás. Valor é
equivalente a 4ppm por volume;
 Excesso de composto de Enxofre;
 Quantidade considerável de CO2

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Equação de Estado dos Gases Reais
EFEITOS DOS NÃO HIDROCARBONETOS NO FACTOR Z DE GÁS
 Correção das propriedades pseudo-reduzidas com a presença de não hidrocarbonetos
𝒑 𝑻
𝒑𝒑𝒓 = , 𝑻𝒑𝒓 =
𝒑𝒑𝒄 𝑻𝒑𝒄
 Wichert e Aziz (1972) desenvolveram fórmulas matemáticas para ajustar a presença de H2S e
CO2 no gás:

𝑨 = 𝒚𝑯𝟐 𝑺 + 𝒚𝑪𝑶𝟐
 onde A é a soma das fracções molares de H2S e CO2; B a fracção molar de H2S; ϵ o
ajustamento da temperatura pseudocrítica; T’pc a temperatura pseudocrítica corrigida em ◦R;
p’pc a pressão pseudocrítica corrigida em psia.

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Equação de Estado dos Gases Reais
EFEITOS DOS NÃO HIDROCARBONETOS NO FACTOR Z DE GÁS - Wichert e Aziz (1972)

O ajustamento da temperatura pseudocritica ϵ


PASSOS COMPUTACIONAIS
1. Calcule as propriedades pseudo-
críticas da mistura do gás
(Correlações).
2. Calcule o ajustamento da
temperatura pseudocrítica (ϵ).
3. Ajuste as propriedades
pseudocríticas do ponto 1 (p’pc e
T’pc).
4. Calcule as propriedades pseudo-
𝒑 𝑻
reduzidas (𝒑𝒑𝒓 = 𝒑 , 𝑻𝒑𝒓 = 𝑻 ).
𝒑𝒄 𝒑𝒄

5. Calcule o factor de compressibilidade


do gás usando a figura de
compressibilidade de gás (Standing &
Katz).

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Equação de Estado dos Gases Reais
EFEITOS DOS NÃO HIDROCARBONETOS NO FACTOR Z DE GÁS - Carr, Kobayashi e
Burrows (1954)

Nota: Consultar o Vol.2 da Indústria do Gás Natural (Ramos, 2020), página 50 sobre os
procedimentos.
OUTROS

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Equação de Estado dos Gases Reais - CORRELAÇÕES
FACTOR Z DO GÁS - CORRELAÇÃO DE Hall e Yarborough (1973)

ppr e a pressao pseudo-reduzida, t é o inverso da temperatura pseudo-reduzida (Tpc/T)


e Y é a densidade reduzida que pode ser determinada na equação não linear seguinte:

−𝑌 + 1 𝑌 + 1 𝑌
𝑋2 =
1−𝑌 3
𝑋3 = − 4,58𝑡 − 9,76 𝑡 + 14,76 𝑡𝑌 2
2,18+2,82𝑡
𝑋4 = 42,4𝑡 − 242,2 𝑡 + 90,7 𝑡𝑌
NOTA: Não é válida para temperaturas pseudo-reduzidas < 1
Consultar os procedimentos na página 53 (Vol.2 do Gás Natural) ou página 105 Aplicação de
VBA nos fundamentos da Engenharia de petróleos – G. Ramos.

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Equação de Estado dos Gases Reais - CORRELAÇÕES
FACTOR Z DO GÁS – CORRELAÇÃO DE Dranchuk e Bou-Kassem (1975)
Correlação baseada na massa específica reduzida do gás e é definida como sendo a razão
entre a massa específica de gás a dada temperatura e pressão crítica, ou seja[1]:
0,27𝑝𝑝𝑟
𝜌𝑟 =
𝑧𝑇𝑝𝑟
Os autores propuseram as seguintes equações de estado para calcular o factor de z:

Nota: Ver os procedimentos na pág. 53 do Vol.2 da Indústria do Gás Natural ou 107 da


Aplicação de VBA- G. Ramos.
Válido para 1,05 ≤ Tpr ≤ 3,0; 0,2 ≤ Ppr ≤ 3,0

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Exemplos
Um reservatório de gás com pressão e temperatura iniciais de 3.000 psia e
180 ◦F apresenta a seguinte composição:
1. Calcule a compressibilidade de gás sob as condições iniciais do
reservatório.
2. Assumindo o comportamento de gas real, calcule a massa específica da
fase de gás sob condições iniciais do reservatório e compare os resultados
com o de comportamento de gas ideal.
3. Torne a resolver a pergunta 2 usando as correlações de Standing para
resolver as propriedades pseudo-críticas.

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Exemplos
SOLUÇÃO
1. Propriedades críticas são extraídas na tabela. As duas últimas colunas são calculadas
usando as equações das propriedades pseudo-críticas.

𝑛𝑐
𝑝 3000
𝑝𝑝𝑐 = 𝑦𝑖 𝑝𝑐𝑖 = 667,668 𝑝𝑠𝑖𝑎 𝑝𝑝𝑟 = = = 4,49
𝑝𝑝𝑐 667,668
𝑖=1
𝑇 (180+460)
𝑛𝑐 𝑇𝑝𝑟 = = = 1,67
𝑇𝑝𝑐 = 𝑇𝑝𝑐 384,085
𝑖=1 𝑦𝑖 𝑇𝑐𝑖 = 384,085 º𝑅

Usando o gráfico de Standing e Katz das propriedades pseudo-reduzidas, z≈0,85

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Exemplos - Solução
2. Ma a partir da tabela anterior

𝑛𝑐
𝑝𝑀 3000 × 20,23 𝑙𝑏
𝑀𝑎 = 𝑦𝑖 𝑀𝑖 = 20,23 𝜌= = = 8,84 3
𝑅𝑇 (180 + 460) × 10,73 𝑓𝑡
𝑖=1

𝑝𝑀 3000 × 20,23 𝑙𝑏 10,40 − 8,84


𝜌= = = 10,40 3 𝐸𝑟𝑟𝑜 = × 100 = 15%
𝑧𝑅𝑇 0,85 × (180 + 460) × 10,73 𝑓𝑡 10,40

O resultado demonstra que a equação de gás ideal estima a massa específica com um erro
absoluto de 15% quando comparado com o valor da massa específica determinada a partir da
equação do gás real.

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3.
Exemplos - solução

𝝆𝒈 𝑴𝒂 𝟐𝟎, 𝟐𝟑
𝜸𝒈 = = = = 𝟎, 𝟔𝟗𝟖
𝝆𝒂𝒓 𝟐𝟗 𝟐𝟗
𝑝𝑝𝑐 𝑝𝑠𝑖𝑎 = 677,0 + 15,0𝛾𝑔 − 37,5𝛾𝑔2 = 677,0 + 15,0 × 0,698 − 37,5 × 0,6982 = 669,22𝑝𝑠𝑖𝑎

𝑇𝑝𝑐 °𝑅 = 168,0 + 325,0𝛾𝑔 − 12,5𝛾𝑔2 = 168,0 + 325,0 × 0,698 − 12,5 × 0,6982 = 388,62 º𝑅

𝑝 3000
𝑝𝑝𝑟 = = = 4,48
𝑝𝑝𝑐 669,62 𝑝𝑀 3000 × 20,23 𝑙𝑏
𝜌= = = 10,52 3
𝑧𝑅𝑇 0,84 × (180 + 460) × 10,73 𝑓𝑡
𝑇 (180+460)
𝑇𝑝𝑟 = = = 1,65
𝑇𝑝𝑐 388,62
𝑝𝑀 3000 × 20,23 𝑙𝑏
𝜌= = = 8,84 3
𝑅𝑇 (180 + 460) × 10,73 𝑓𝑡
Z=0,84

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Exemplos - solução

Revisar o conceito de:


Anisotrópica e Anisotrópica

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Propriedades das Rochas

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Propriedades das Rochas
 Os engenheiros de reservatórios realizam as suas análises baseando nas:
 Propriedades das rochas;
 Propriedades dos fluidos;
 Propriedades de interacção Rocha-Fluido.
 Esses dados são factores decisivos para o estudo de comportamento de
reservatórios de petróleo.
 Normalmente são obtidos com medições de campo ou de laboratório.
 Na indisponibilidade de dados usa-se, correlações aceites pelo sector
petrolífero para gerar dados ausentes.
 Para análises detalhadas, os dados obtidos pelas medições são preferidos;
 Entretanto, os dados das correlações desempenham um papel vital na
geração de dados para análises rápidas.
 Propriedades das rochas: Porosidade, Compressibilidade, Saturação de
fluidos, Permeabilidade, Capilaridade e pressão capilar, Molhabilidade;

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Propriedades das Rochas
PETROFÍSICA é o estudo das propriedades físicas e químicas das rochas e suas
interações com fluidos.
A petrofísica pode ser dividida em petrofísica da análise de carote (CORE
PETROPHYSICS) e petrofísica da análise da perfilagem de poços (WIRELINE
PETROPHYSICS).
Neste Capítulo, abordaremos principalmente a petrofísica da análise de
testemunho (carote) que requer a realização de experimentos laboratóriais
em amostras de testemunhos trazidas do reservatório para a superfície.
A petrofísica da análise da perfilagem de poços, que envolve o uso de
registos ou diagrafias para determinar propriedades, não será abordado
nesta disciplina.
As amostras de rocha são extraídas do reservatório por meio de cascalhos ou
carotes, podendo ser submetidas a duas categorias de análises laboratoriais:
análise de rotina de carote e análise especial de carote.

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Propriedades das Rochas
ANÁLISE DE ROTINA DO CAROTE (TESTEMUNHO)
Conhecido em Inglês como Routine Core Analysis (RCAL) usada para
determinar as propriedades básicas da rocha reservatório:

RCAL

SATURAÇÃO DO
POROSIDADE MASSA ESPECÍFICA PERMEABILIDADE
FLUIDO

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Propriedades das Rochas
ANÁLISE ESPECIAL DO TESTEMUNHO (CAROTE)
Conhecido em Inglês como Special Core Analysis (SCAL) é uma extensão de RCAL e
serve para medir os dados que são mais representativos nas condições do
reservatório:

SCAL

PROPRIEDADES PERMEABILIDADE
MOLHABILIDADE PRESSÃO CAPILAR
ELÉCTRICAS RELATIVA

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Propriedades das Rochas
PORQUE PRECISAMOS ENTENDER A PETROFÍSICA?
 A petrofísica é uma ciência fundamental para engenheiros de petróleo em
particular os engenheiros de reservatórios.
 A maioria dos tópicos de engenharia de petróleo ramificam-se de conceitos
petrofísicos.
 A compreensão das propriedades petrofísicas ajuda-nos a:
 Estimar os hidrocarbonetos presentes nos reservatórios(por exemplo,
porosidade e saturação de fluido).
 Compreender como os hidrocarbonetos irão fluir do reservatório para o
poço durante a produção (por exemplo, permeabilidade,
molhabilidade e permeabilidade relativa).

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POROSIDADE
 A porosidade é a capacidade da rocha ou material sólido em armazenar
fluidos.
 Em outras palavras, porosidade (ϕ) é definida como uma porcentagem ou
fracção do volume poroso (Vp) em relação ao volume total da rocha (Vt),
ou seja:
𝑉𝑝
𝜙=
𝑉𝑡
 O volume total da rocha é definido como:
𝑉𝑡 = 𝑉𝑝 + 𝑉𝑠

 O volume total da rocha é definido como:

 Vs é o volume de sólidos ou grãos.

Nota: A porosidade é adimensional e é 0 1.

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POROSIDADE
 O valor da porosidade fraccionária é frequentemente multiplicado por 100
para torná-lo uma porcentagem; no entanto, deve ser sempre uma fracção
quando usado em cálculos.

 A porosidade das rochas reservatório geralmente varia de 5% a


40%.

Avaliação qualitativa da
Porosidade de rochas reservatório porosidade de rochas reservatório

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CLASSIFICAÇÃO DA POROSIDADE
A porosidade pode ser classificada quanto a conecção e a origem:
 Conexão de poros (Classificação de Engenharia)
 Porosidade Absoluta (фt) é a relação entre o volume total de vazios (poros
interconectados mais os isolados) de uma rocha e o volume total da mesma.
 Porosidade Efectiva (фe) é a razão entre o volume de poros interconectados e
o volume total da rocha. É o parâmetro importante para a engenharia de
reservatórios, pois representa o volume máximo de fluidos que pode ser
extraído da rocha.
 Normalmente em arenitos, фt = фe visto que são rochas relativamente homogêneas.
 Rochas carbonáticas por outro lado, geralmente têm фt > фe, uma vez que os
carbonatos são tipicamente heterogêneos.

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CLASSIFICAÇÃO DA POROSIDADE
 Origem (Classificação Geológica de Porosidade)
 Porosidade Primária (original) é definida como porosidade em uma rocha
devido ao processo de sedimentação. Ou seja, é aquela que se desenvolve
durante a deposição do material sedimentar.
 Porosidade Secundária (induzida) é definida como porosidade em uma rocha
que ocorre após o processo de sedimentação, por exemplo, fraturamento e
recristalização.

Porosidade quanto a origem


Porosidade primária: A e D
Porosidade secundária: B e C
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GERALDO RAMOS, PhD
POROSIDADE - CLASSIFICAÇÃO DE POROS
 Catenárias – são aqueles que se comunicam com os outros por mais de uma
graganta de poro.
 Os hidrocarbonetos podem fluir através do mecanismo de produção por
influxo de água ou artificial .
 Cul—de-sac(beco sem saída) – têm ligação com o outro poro por apenas uma
graganta.
 Não são afectados por quaisquer fluxos, mas podem produzir óleo ou gás
pela expansão destes fluidos com a redução da pressão do reservatório.
 Fechado – são isolados dos outros poros.
 São incapazes de produzir hidrocarbonetos. O óleo ou gás que encheu o
poro quando este estava ainda aberto e sendo fechado posteriormente
devido a compactação ou cimentação.

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GERALDO RAMOS, PhD
MEDIÇÃO DA POROSIDADE
 Métodos de medição da porosidade de rocha-reservatórios:
 Amostragem (medição em laboratório a partir de pequenas
amostras de testemunhos);
 Perfilagem do poço ou análise de testes de pressão, em
algumas situações especiais;
 O método mais comum é o que usa pequenas amostras da
rocha-reservatório.
 Na medição da porosidade em laboratório é necessário a
determinação de somente dois de três parâmetros básicos:
volume total, volume de vazios (volume poroso) e volume de
sólidos.

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Saturação de Fluídos
 Saturação de um determinado fluido no meio poroso é definida como sendo a
fracção ou percentagem do volume poroso ocupado pelo fluido, ou seja:
𝑉𝑓
𝑆𝑓 =
𝑉𝑝

𝑉𝑓
𝑆𝑓 % = × 100%
𝑉𝑝
 Onde Sf é a saturação do fluido (exemplo: água, óleo, ou gás), Vf é o volume
do fluido.
𝑉𝑜
𝑆𝑜 =
𝑉𝑝
𝑉𝑔
𝑆𝑔 =
𝑉𝑝
𝑉𝑤
𝑆𝑤 =
𝑉𝑝

𝑆𝑜 + 𝑆𝑤 + 𝑆𝑔 = 1

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GERALDO RAMOS, PhD
Métodos de determinação da saturação
Os métodos de determinação da sarturação de fluidos: métodos indirectos e
directos
 Métodos inderectos - determinação da saturação pela medida de
alguma propriedade física da rocha. Exemplo:
 Registos eléctricos (perfilagem do poço);
 Uso de medidas de pressão capilar.
 Métodos directos – determinadas das saturações a partir de amostras de
formação.

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GERALDO RAMOS, PhD
Saturação - Exemplos
Usando a definição da saturação de óleo (So) e da porosidade (𝝓), prova que 𝑽𝒐 = 𝝓𝑽𝒕 𝑺𝒐 :
Solução
Por definição
𝑉𝑝
(1) Porosidade: Φ = 𝑉
𝑡
𝑉
(2) Saturação de óleo: 𝑆𝑜 = 𝑉𝑜
𝑝
Resolvendo em ordem a Vp Equações (1) e (2), tem-se:
(3) 𝑉𝑝 = 𝜙 × 𝑉𝑡
𝑉
(4) 𝑉𝑝 = 𝑆𝑜
𝑜
Comparando as Equações (3) e (4), tem-se:
𝑉𝑜
(5) 𝑆𝑜
= 𝜙 × 𝑉𝑡
Resolvendo Equação (5) em ordem a Vo, tem-se:

𝑉𝑜 = 𝜙 × 𝑉𝑡 × 𝑆𝑜

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GERALDO RAMOS, PhD
Permeabilidade
Permeabilidade é a medida da capacidade da rocha permitir o fluxo
de fluido. Quando existe apenas um fluído saturando a rocha, pode-se
obter a permeabilidade absoluta (lei de Darcy por Henry Darcy, 1856).
𝑞𝜇𝐿
𝑘=
𝐴 𝑝1 − 𝑝2

q (vazão) = 1 cm³/s,
μ (viscosidade) = 1cp,
L (comprimento) = 1 cm,
K (constante de permeabilidade)= 1 Darcy,
A (área) = 1 cm² ,
(P1 – P2) = 1 atm.
1 Darcy = 1000 mD

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GERALDO RAMOS, PhD
Permeabilidade

 Condição única: é a existência de Continuidade entre os poros.


 Unidade de Permeabilitdade “Darcy”.
 Definido como a permeabilidade que permite um fluído de
um centripoise de viscosidade (1cp) fluir a velocidade de um
centímetro por Segundo para uma queda de pressão de um
centimetro atmosférico.

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AVANÇADA GERALDO
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Permeabilidade absoluta
FLUXO LINEAR FLUXO RADIAL
PERMANENTE PERMANENTE
FLUIDO INCOMPRESSÍVEL 𝑘𝐴 𝑝1 − 𝑝2 2𝜋𝑘ℎ 𝑝𝑒 − 𝑝𝑤
𝑞= 𝑞=
𝜇𝐿 𝑟
𝜇 𝑙𝑛 𝑒
𝑟𝑤
FLUIDO COMPRESSÍVEL 𝑘𝐴 𝑝1 − 𝑝2 2𝜋𝑘ℎ 𝑝𝑒 − 𝑝𝑤
𝑞= 𝑞=
𝜇𝐿 𝑟
𝜇 𝑙𝑛 𝑒
𝑟𝑤
μ = viscosidade do fluído.
Pe =pressão estática se for
inicial ou na periferia.
Pw= pressão no poço.
h=altura do meio poroso.
k = constante de
permeabilidade
𝑞 𝑘 𝑑𝑝
𝜈𝑥 = =−
𝐴 𝜇 𝑑𝑥
NOTA: Para fluido compressível a vazão é medida à pressão média 𝑞 𝑘 𝑑𝑝
𝒑 +𝒑 𝒑 +𝒑 𝜈𝑟 = = −
𝒑 = 𝟏 𝟐; 𝒑 = 𝒆 𝒘 𝐴 𝜇 𝑑𝑟
𝟐 𝟐

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AVANÇADA GERALDO
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Permeabilidade

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AVANÇADA GERALDO
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Permeabilidade - Unidades
Permeabilidade absoluta: Para usar unidades de campo multiplicar a formula pela
constante 1,127 x 10ˉ³, exemplo:
2𝜋𝑘ℎ 𝑝𝑒 − 𝑝𝑤
𝑞 = 1,127 x 10ˉ³ ×
𝑟
𝜇 𝑙𝑛 𝑟𝑒
𝑤

VARIÁVEL SÍMBOLO UNIDADE DE UNIDADE DE UNIDADES SI


DARCY CAMPO
Vazão q cm3/s bbl/d m3/s
Permeabilidade k Darcy ou D md ou mD m2
Área A cm2 ft2 m2
Pressão p atm psi Pa
Viscosidade µ cp cp Pa.s
Comprimento L cm ft m
Espessura h cm ft m
Raio r cm ft m
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Permeabilidade Efectiva
 Permeabilidade efectiva: a rocha reservatório contém sempre dois ou mais fluídos
e a permeabilidade absoluta não é suficiente para medir a facilidade de cada um
dos fluidos de se movimentar.
 As permeabilidades efectivas para óleo, gás, e água são ko, kg e kw.
 As Permeabilidades efectivas dependem da saturação de cada fluído no meio
poroso. Cada valor de saturação corresponde a uma valor de permeabilidade
efectiva aquele fluído.

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Permeabilidade Relativa
Permeabilidade relativa: é a permeabilidade efectiva normalizada, ou seja, dividida
pela permeabilidade absoluta.
As permeabilidades relativas ao óleo, gás e água são Kro, Krg e Krw.
𝑘
𝑘𝑟𝑜 = 𝑘𝑜 𝑘; 𝑘𝑟𝑔 = 𝑔 𝑘; 𝑘𝑟𝑤 = 𝑘𝑤 𝑘
1. Injecta-se óleo num cilindro poroso cheio de água (exp.
2. Darcy). Enquanto o volume de óleo é insuficiente, só
flui água.
3. O óleo apenas reduz o espaço para a água se deslocar. A
partir da saturação crítica de óleo o fluido resultante
passa a ser de água-óleo. A medida que se injecta óleo
o “kro” aumenta e o “krw” diminui.
4. O experimento termina quando a água para de fluir e
fica a saturação irredutível.
5. Fazendo o processo inverso, saturação de 100% de óleo,
a água irá fluir quando atingir a saturação irredutível. O
óleo para de fluir quando atingir a saturação de óleo
residual.

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GERALDO RAMOS, PhD
Permeabilidade Média
PERMEABILIDADE MÉDIA PARA CAMADAS PARALELAS (HORIZONTAL):
𝑛
𝑗=1 𝑘𝑗 ℎ𝑗
𝑘𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 𝑛
𝑗=1 ℎ𝑗

𝑛
𝑗=1 𝑘𝑗 𝐴𝑗
𝑘𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 𝑛
𝑗=1 𝐴𝑗

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GERALDO RAMOS, PhD
Permeabilidade Média
PERMEABILIDADE MÉDIA HARMÓNICA (VERTICAL):
𝑛
𝑗=1 𝐿𝑗
𝑘𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
𝑛 𝐿
𝑗=1 𝑘 𝑗

PERMEABILIDADE MÉDIA RADIAL:


𝑟
𝑙𝑛 𝑒 𝑟𝑤
𝑘𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
𝑛 𝑙𝑛 𝑟𝑗 𝑟𝑗−1
𝑗=1 𝑘𝑗

PERMEABILIDADE MÉDIA GEOMÉTRICA:


𝑛
𝑖=1 ℎ𝑖 𝑙𝑛 𝑘𝑖
𝑘𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 𝑛
𝑖=1 ℎ𝑖

Em 1961, Warren and Price desenvolveram


Esta fórmula experimentalmente para uma
formação heterogénea

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GERALDO RAMOS, PhD
Permeabilidade - Correlações
EQUAÇÃO DE TIMUR (1968):
𝜙 4,4
𝐾 = 8,58102 2
𝑆𝑤𝑐
EQUAÇÃO DE MORRIS -BIGGS (1967): Primeira para reservatório de óleo e a
segunda para o gás
2
𝜙3
𝐾 = 2,5
𝑆𝑤𝑐
Água conata e porosidade em fracção e absoluto em Darcy

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Revisar os conceitos de:
 Processos de Embebição e Drenagem

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GERALDO RAMOS, PhD
TRABALHO DE CASA

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BIBLIOGRAFIA
1 - ROSA, A. J.; CARVALHO, R. D. S.; XAVIER, J. A. D. Engenharia de
Reservatórios de Petróleo. 1ª. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2006, 808 p..
2 - MCCAIN, W. D. The Properties of Petroleum Fluids. 2nd. ed. Tulsa:
PennWell Books, 1990. 548 p..
3 - AHMED, T. H. Reservoir Engineering Handbook. 3rd. ed. Burlington, MA,
USA: Gulf Professional Publishing, Elsevier, 2010. 1376 p.
4 - Ramos, G. A. R. (2016). Aplicação de VBA Nos Fundamentos da
Engenharia de Petróleos. Mayamba Editora.
5 - Ramos, G. A. R. (2020). Indústria do Gás Natural. Engenharia de Produção
do Gás Natural., volume 2. Editora Dois.
6 - Guo, B. (2011). Petroleum production engineering, a computer-assisted
approach. Elsevier.

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Gestão de Reservatórios
Dados
 Geológicos
 Geofísicos
 Engenharia
 Financeiros
Tecnologia Ferramentas
 Sísmica  Interpretação sísmica
 Geológica Integração  Tomografia
 Geostatística  Aquisição de dados
 Engenharia  Logging/coring
 Perfuração e  Completação e
completação Pessoas instalações
 EOR  Gestão  Modelagem
 Ambiental  Geocientistas geológica
 Computador  Engenheiros  Pressão transiente
 Land/legal  Fraturamento
 Campo (Field)  Simuladores de
 Financeiros reservatórios
 EOR
 Softwares e
Hardwares

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