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Alberto Amade

Anastácio Cosme

Augusto Martins

Elias Alberto Laquimane

Movimento Das Partículas Em Meio Líquido

Licenciatura em ensino de química com habilitações em gestão de laboratórios

Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado

2022
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Alberto Amade

Anastácio Cosme

Augusto Martins

Elias Alberto Laquimane

Movimento Das Partículas Em Meio Líquido

Trabalho de caraacter avaliativo a ser


entregue ao docente da cadeira de Quimica
Coloidal, no curso de Quimca, 4º Ano, 2º
Semestre, Leccionada pelo:

Dr. Chande J.J. Paulo

Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado

2022
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Índice

Introdução................................................................................................................................... 3

1.1. Movimento das partículas em meios líquidos ..................................................................... 4

1.2.Movimento Browniano e Difusão translacional................................................................... 4

1.2.1. Movimento Browniano .................................................................................................... 4

1.2.2. Movimento de difusão translacional ................................................................................ 5

1.3. Ultracentrifuga e Pressão Osmótica .................................................................................... 5

1.3.1. Ultracentrifuga ................................................................................................................. 5

1.3.2. Pressão Osmótica ............................................................................................................. 6

Conclusão ................................................................................................................................... 8

Referências bibliográficas .......................................................................................................... 9


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Introdução

O presente trabalho aborda do movimento das partículas em meios líquidos, o movimento


irregular de pequenas partículas imersas numa solução foi originalmente observado em 1828
pelo botânico inglês Robert Brown. Ele notou que as partículas em suspensão adquiriam uma
espécie de movimento errático que posteriormente ficaria popularmente conhecido pelo nome
de movimento Browniano (MB), SILVA et al, (2006).

O presente trabalho apresenta os seguintes objectivos

Objectivo geral:

 Abordar o movimento das partículas em meios líquidos.

Objectivos específicos:

 Descrever o movimento Browniano e Difusão translacional;


 Falar da Ultracentrifuga e Pressão Osmótica.

Para a realização do presente trabalho optou –se como metodologia o uso de manuais
pertinentes ao tema e recomendados no plano analítico, onde os autores dos mesmos encontram
–se citados na pagina bibliográfica do trabalho.
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1.1. Movimento das partículas em meios líquidos

O movimento das partículas em meios líquidos pode ser gerado por movimento térmico e do
movimento ocasionado pela influência de campos gravitacionais (ou centrífugos) apresentado
por moléculas ou partículas coloidais dispersas em meios líquidos (particularmente em água).
SHAW, 1975.
O movimento térmico se manifesta em escala microscópica, na forma do movimento
Browniano, e em escala macroscópica sob as formas de difusão e osmose. A gravidade (ou um
campo centrifugo) é a forca responsável pele sedimentação.

1.2.Movimento Browniano e Difusão translacional

1.2.1. Movimento Browniano

Uma importantíssima consequência da teoria cinética é o facto de todas


as partículas em suspensão, qualquer que seja sua forma, terem em
ausência de forcas externas, a mesma energia cinética translacional
media. A energia cinética translacional media para qualquer partícula é
3/2𝑘𝑇, ou seja, 1/2𝑘𝑇 ao longo de cada eixo dado: 1/2𝑚(𝑑𝑥/𝑑𝑡)2 =
1/2𝑘𝑇, etc., em outras palavras, a velocidade media da partícula
aumenta com a diminuição da massa da partícula. SHAW, 1975.

O movimento das partículas individuais muda continuamente de direcção, como consequência


de colisões ao acaso com as moléculas do meio de suspensão, com outras partículas e com as
paredes do recipiente. Cada partícula segue uma complicada trajectória irregular em
ziguezague. Quando as partículas são suficientemente grandes, podendo assim ser observadas,
este movimento é conhecido como movimento Browniano, em homenagem ao botânico Inglês
Robert Brown em 1828, que por primeiro observou este fenómeno, com grãos de pólen
suspensos em agua. Quanto menores forem as partículas, mais nítido será seu movimento
browniano.

Segundo BORGES ‘‘O movimento browniano é um fenómeno pelo qual partículas pequenas
suspensas em um líquido tendem a se mover em caminhos pseudo-aleatórios ou estocásticos
através do líquido, mesmo se o líquido em questão estiver calmo’’.

Considerando o movimento browniano como um ‘‘movimento ao acaso’’ tridimensional, o


̅ de uma partícula que se afasta de sua posição original ao
deslocamento browniano médio 𝒙
longo de um dado eixo, será dado, depois de um tempo 𝒕, pela equação de Einstein:

𝑥̅ = √2𝐷𝑡,
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Onde: D é o coeficiente de difusão.

A teoria do movimento aleatório ou ao acaso ajuda a compreender o comportamento de altos


polímeros lineares em solução. Os diferentes segmentos de uma molécula linear flexível de um
polímero estão submetidos a uma agitação térmica independente em contínua mudança e um
tanto ao acaso (aleatória).

1.2.2. Movimento de difusão translacional

A difusão é a tendência que as moléculas apresentam de migrar de uma região de concentração


elevada para outra região de baixa concentração, e é uma consequência directa do movimento
browniano. SHAW, 1975.
A primeira lei de Fick para a difusão (análoga à equação da condução térmica) diz que a massa
de substancia dm que difunde segundo a direcção 𝒙 num tempo 𝒅𝒕, através de uma área 𝑨, ee
proporcional ao gradiente de concentracao 𝒅𝒄/𝒅𝒙 no plano em questao,

𝐝𝒄
𝐝𝒎 = −𝑫𝑨 𝒅𝒕.
𝐝𝒙

(O sinal menos significa que a difusão se processa no sentido da concentração decrescente).

A velocidade de alteração de concentração em um ponto qualquer dado é dada por uma


expressão exactamente equivalente, a segunda lei de Fick, isto é:

𝐝𝒄 𝐝𝟐 𝒄
=𝑫 𝟐
𝐝𝒕 𝐝𝒙

O factor de proporcionalidade D é chamado de coeficiente de difusão. Não se trata de uma


constante no sentido mais correcto desse termo, pois depende ligeiramente da concentração.

1.3. Ultracentrifuga e Pressão Osmótica

1.3.1. Ultracentrifuga

Uma ultracentrifuga é uma centrífuga de alta rotação, acoplada a um sistema óptico adequado
(usualmente schieren) para registrar o comportamento da sedimentação, e provida de
dispositivos que eliminam perturbações proveniente de efeitos de vibração e correntes de
convecção. SHAW, 1975.

A amostra é colocada numa célula de forma de sector de esfera, montada num rotor (geralmente
com cerca de 18 cm de diâmetro), o qual gira numa camara termoestatizada contendo
hidrogénio à pressão reduzida. Muitos dispositivos para accionar o rotor forma investigados –
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Svedberg, pioneiro nesse campo, empregou uma turbina a óleo, que foram substituídas por
instrumentos mais simples e menos dispendiosos, eléctricos ou a ar comprimido.

A ultracentrifuga pode ser utilizada de dois métodos distintos na investigação de substâncias


em suspensão coloidal. No chamado ‘‘método das velocidades’’ aplica –se um campo
centrifugo muito alto (até cerca de 400 000g), e mede –de, em intervalos de tempo apropriados,
o deslocamento da separação surgida na cela por acção da sedimentação das partículas
coloidais.

No método do equilíbrio, a solução coloidal é submetida a um campo centrifugo bem mais


baixo, até que as tendências de sedimentação e de difusão se equivalem e compensam, atingindo
– se uma distribuição de equilíbrio de partículas através de toda a amostra. SHAW, 1975.

1.3.2. Pressão Osmótica

A medição de uma propriedade coligativa (abaixamento da pressão de vapor, abaixamento do


ponto de congelamento, aumento do ponto de ebulição ou pressão osmótica) constitui um
método tradicional para a determinação da massa molecular relativa de uma substancia em
solução. Destas propriedades, a única que apresenta importância prática no caso de
macromoléculas é a pressão osmótica. Considere, por exemplo, uma solução de 1 grama de
material macromolecular, de massa molecular relativa igual a 50 000, dissolvido em 100cm3
de água. Supondo comportamento ideal da solução, isto é:

Abaixamento do ponto de congelamento,

𝐾𝑓 𝑐 1,86 𝐾 𝑘𝑔 𝑚𝑜𝑙 −1 𝑥10−2


= = = 0,0037𝐾.
𝑀 50 000 𝑥 10−3 𝑘𝑔 𝑚𝑜𝑙 −1

Pressão Osmótica a 20ºC:

10 kg m−3 x 8,314 J K −1 mol−1 x 293 K


=
50 000 x 10−3 kg mol−1

= 495 𝑁 𝑚−2 = 5 𝑐𝑚 de água.

A diminuição do ponto de congelamento que ocorreu é pequena demais para ser medida com
exactidão requerida pelos métodos comuns, e, o que é ainda mais importante, ela é demasiado
sensível a pequenas quantidades de impurezas de baixa massa molecular porventura presentes;
verifica-se que o abaixamento acima seria duplicado pela presença de apenas 1 mg de impurezas
de massa molecular relativa 50. A pressão osmótica não somente se manifesta como um efeito
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fácil de medir. Na determinação da pressão osmótica o efeito de qualquer substância de baixa


massa molecular relativa, e à qual a membrana é permeável, pode ser virtualmente eliminado.

Ocorre a osmose quando uma solução e o solvente (ou duas soluções de concentrações
diferentes) são separadas uma da outra por uma membrana semi – permeável, isto é, uma
membrana permeável em relação ao solvente mas impermeável ao soluto. A tendência de
igualar os potenciais químicos (e portanto as concentrações) em ambos os lados da membrana
provoca uma difusão de solvente através da mesma. A pressão oposta necessária para
equilibrar esse fluxo osmótico é chamado de pressão osmótica. SHAW, 1975.

A osmose pode ocorrer também em géis e constitui um importante mecanismo de inchação ou


dilatação de géis.

A pressão osmótica 𝚷 de uma solução é descrita, em termos gerais, pela assim chamada equação
virial

1
𝚷 = cRT( + 𝐵2 𝑐 + 𝐵3 𝑐 2 + ⋯ )
𝑀

Onde: c é a concentração da solução

M é a massa molar do soluto e 𝐵2 , 𝐵3 , 𝑒𝑡𝑐. São constantes.

Portanto:

𝑀 = 𝑅𝑇/ lim Π /𝑐
𝑐→0
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Conclusão

Apos várias pesquisas relevantes ao tema principal: Movimento das partículas em meios
líquidos, concluímos que, o movimento das partículas em meios líquidos pode ser gerado por
movimento térmico e do movimento ocasionado pela influência de campos gravitacionais (ou
centrífugos) apresentado por moléculas ou partículas coloidais dispersas em meios líquidos
(particularmente em água).
A teoria do movimento aleatório ou ao acaso ajuda a compreender o comportamento de altos
polímeros lineares em solução.
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Referências bibliográficas

SHAW, Duncan James. Introdução à química dos colóides e de superfícies; tradução: Juergen
Heinrich Maar. São Paulo, Edgard Blücher, Ed. da Universidade de São Paulo, 1975.

BORGES, Valdecir de Godoy. Movimento Browniano e suas aplicações matemáticas na


Medicina.

SILVA, J.M, et al. Quatro abordagens para o movimento browniano (Four approaches to the
brownian motion). São Paulo, 2006.

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