Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA
CURSO DE LICENCIATURA EM BIOLOGIA
PORTFÓLIO DE BIOFÍSICA
Alda Lorenn
Anna Carolina
Kelvin Paixão
Mirella Silva
Recife, PE
2018
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA
CURSO DE LICENCIATURA EM BIOLOGIA
PORTFÓLIO DE BIOFÍSICA
Recife, PE
2018
1
Sumário
1. Introdução 3
2. Procedimento Experimental 8
3. Resultados e Discussão 13
4. Referências Bibliográficas 14
2
1. Introdução
Em 1828, o botânico inglês Robert Brown foi o primeiro cientista que conseguiu
demonstrar analisando ao microscópio o grãos de pólen de plantas diferentes
dispersas em água, que tanto para corpúsculos orgânicos quanto para partículas
inorgânicas o fenômeno numa solução tinham uma espécie de movimento errático,
irregular conhecido, posteriormente, como movimento browniano (Figura 1) [1].
O pensamento de Brown foi refutado devido ele atribuir a uma força vital presentes
em todos os compostos orgânicos repetindo o experimento com vários tipos de
partículas inorgânicas observando que o mesmo fenômeno ocorria, concluindo que
toda a matéria era composta por moléculas primitivas, deixando de ser com isso
considerado um fenômeno puramente biológico, sendo considerado posteriormente,
um fenômeno físico que precisaria então de um trabalho matemático.
Contudo, a teoria completa do movimento Browniano foi criada por Einstein em uma
série de importantes artigos escritos a partir de 1905.
3
Einstein estudou o movimento de pequenas partículas dispersas em líquidos
obtendo o coeficiente de difusão relacionando a outras variáveis como a viscosidade
e a temperatura absoluta do líquido dispersante. Obteve também a expressão que
caracteriza um movimento Browniano que é a distribuição do número de partículas
suspensas em um ponto x do espaço em um instante temporal t. No mesmo
trabalho, Einstein deduziu uma fórmula para o cálculo das dimensões moleculares
lançando as bases de uma das teorias mais bem sucedidas para a modelagem de
sistemas naturais. Portanto, o movimento Browniano pode ser aplicado a qualquer
sistema dotado de movimentos aleatórios cuja distribuição de probabilidades seja
gaussiana, ou seja, podemos analisar desde o estudo de partículas dispersas em um
líquido até a precificação de uma opção no mercado financeiro.
O primeiro grande fenômeno estudado por Einstein como base para a teoria do
movimento Browniano é a difusão. Consideremos um gás monoatômico em um
recipiente com x moléculas por unidade de volume em estado de equilíbrio (Figura
2).
4
estado de agregação que a estrutura se mantém intacta, em um movimento aleatório
intermitente.
5
final, observamos que as partículas passarão a executar um movimento intermitente
e irregular.
Assim, no processo de difusão descrito observamos a força gerada pela pressão
osmótica e a força de resistência imposta pelo líquido ao movimento das partículas
que se dispõem em sentidos contrários cancelando-se mutuamente fazendo com
que o sistema líquido mais as partículas suspensas fiquem em equilíbrio dinâmico o
que nos permite a utilização das grandezas termodinâmicas.
Portanto, as colisões existentes entre as partículas suspensas que permitem o
processo de difusão sendo estas tão mais freqüentes quanto maior for a temperatura
da substância dispersa, pois as partículas em si disporão de uma maior energia
cinética facilitando o processo de difusão que implicará em um valor maior para o
coeficiente de difusão. fazendo com que o coeficiente de difusão de um sistema
seja diretamente proporcional à temperatura absoluta da substância dispersa.
Outro fator que interfere diretamente no processo de difusão se refere à resistência
oferecida pelo líquido ao movimento das partículas. Quanto menor for o coeficiente
de viscosidade do líquido dispersante, menor será esta resistência, e,
conseqüentemente, mais freqüentes serão as colisões entre as partículas. Deste
modo, será facilitado o processo de difusão, que implica em um maior valor para o
coeficiente de difusão. Podemos assim dizer que, do ponto de vista empírico, o
coeficiente de difusão é inversamente proporcional à viscosidade do líquido.
O deslocamento efetuado por uma partícula entre duas colisões consecutivas quanto
à direção depende do ‘arranjo’ instantâneo das partículas que estiverem à sua frente
(Figura 4).
6
Concluímos que o deslocamento futuro de uma dada partícula é independente de
seu deslocamento imediatamente anterior, ou seja, as colisões entre as partículas
ocorrem aleatoriamente.
7
Na termodinâmica, que estuda as transformações de energia que ocorrem em certa
quantidade de matéria, vemos que a segunda lei trata sobre transferência ou
transformação de energia aumentando a entropia do entorno. Por entropia
entende-se como a quantidade de desordem ou aleatoriedade de um sistema.
Em sistemas com processos energeticamente favoráveis ocorrem por si só, ou seja,
ele acontece sem a necessidade de aporte de energia, e aumentam a entropia.
Esse processo é dito espontâneo. Alguns processos espontâneos podem ser
praticamente instantâneos, como uma explosão, ao passo que outros são muito
mais lentos, como o aumento da ferrugem de um carro velho ao longo do tempo [3].
Uma das consequências da segunda lei da termodinâmica é o Enunciado de
Clausius expresso como : “O calor não pode fluir, de forma espontânea, de um corpo
de temperatura menor, para um outro corpo de temperatura mais alta.”
Em suma para este trabalho, a segunda lei da termodinâmica diz que o sentido
natural do fluxo de calor é da temperatura mais alta para a mais baixa, mostrando
que um soluto difunde de um meio mais concentrado para um meio menos
concentrado porque o calor sempre flui do quente para o frio.
2. Procedimento Experimental
Os materiais utilizados para o experimento foram dois beckeres iguais, corante
alimentício, água em temperatura ambiente e água fria.
8
Em seguida, pingamos uma gota de corante alimentício em cada copo e não
mexemos os copos.
9
Para compor a gravação do vídeo utilizamos, além da filmagem feita no laboratório,
desenhos feitos a mão com traços simples.
Desenho mostrando que no primeiro dia de aula a professora nos passou o plano de
aula e não entendemos nada
10
Desenho mostrando a decepção, o desespero e a dificuldade encontrada
11
Desenho mostrando o experimento no momento da inclusão do corante
12
Desenho mostrando a felicidade de entrar no Sig@ e ver que tiramos nota 10 em
biofísica
3. Resultados e Discussão
Percebemos que mesmo sem mexer na água o corante se espalhou por todo copo.
Ocorreu uma difusão das moléculas no sentido mais concentrado para o menos
concentrado de acordo com a segunda lei da termodinâmica.
Esse movimento de partículas é chamado de movimento Browniano que, como
explicado mais detalhadamente acima, se caracteriza pelo movimento intermitente
de partículas suspensas causado por colisões sucessivas umas com as outras de
forma que os deslocamentos são exclusivos e independentes entre si.
A princípio houve discordância no grupo por alguns acharem que explicando apenas
o movimento Browniano o trabalho estaria completo e outros acharam que só
abordando este sem fazer a relação com a segunda lei da termodinâmica estaria
fugindo do tema proposto pela professora.
Após algumas discussões, foi acordado em fazer a relação movimento Browniano e
segunda lei da termodinâmica e gravar um segundo vídeo incluindo esta explicação.
13
Ao final, ficamos satisfeitos com nosso desempenho, levando em consideração a
complexidade deste movimento em sua teoria e a dificuldade em encontrar materiais
de referências para desenvolver o trabalho.
4. Referências Bibliográficas
[1] SILVA E LIMA. Quatro abordagens para o movimento browniano. Revista
Brasileira de Ensino de Física, v. 29, n. 1, p. 25-35, 2007.
[2] BESSADA, DENNIS. Generalizações do Movimento Browniano e suas
Aplicações à Física e a Finanças. Dissertação de Mestrado. Instituto de Física
Teórica Universidade Estadual Paulista, 2005.
[3] JANE B. REECE. Biologia de Campbell, 10ª edição, 2015.
14