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Escola Politécnica
Autor:
_________________________________________________
Rafael Estevam de A. P. da Silva
Orientador:
_________________________________________________
Prof. Marcio Nogueira de Souza, D. Sc.
Examinador:
_________________________________________________
Prof. Alexandre Visintainer Pino, D. Sc.
Examinador:
_________________________________________________
Prof. Fernando Antonio Pinto Barúqui, D. Sc.
DEL
Janeiro de 2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Escola Politécnica – Departamento de Eletrônica e de Computação
Centro de Tecnologia, bloco H, sala H-217, Cidade Universitária
Rio de Janeiro – RJ CEP 21949-900
ii
AGRADECIMENTO
iii
RESUMO
iv
ABSTRACT
v
SIGLAS
vi
Sumário
1. Introdução 1
2. Fundamentos Teóricos 5
2.1 - Biopotencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
5
2.2 - Eletrocardiograma. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
5
2.3 - Eletrodos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
6
3. Materiais e Métodos 11
11
3.1 - Visão Geral ........................................
12
3.2 - Amplificadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
12
3.2.1. - Amplificador de Instrumentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3.2.2. - Amplificador Passa-Baixa e ajuste de DC . . . . . . . . . . . . . 13
vii
3.3 - Arduino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
16
3.4 - Bluetooth . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
16
3.5 - Alimentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
17
3.6 - LabVIEW. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
4. Resultados 21
4.1. - Hardware desenvolvido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4.2. - Comparações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
4.3. - Discussão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Conclusão 25
Bibliografia
26
viii
Lista de Figuras
2.1 – Representação de um ciclo do Eletrocardiograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
ix
Capítulo 1
Introdução
1.1 – Tema
1.2 – Delimitação
1
1.3 – Localização
1.4 – Justificativa
2
Além da motivação sobre a utilidade do projeto a ser desenvolvido, este tema se
torna mais interessante, pois diversas áreas do conhecimento abordadas durante o Curso
de Graduação serão abordadas, instrumentação, processamento de sinais e
comunicações.
1.5 – Objetivos
Dispositivos ou sistemas conhecidos como wearable, são aqueles que podem ser
“vestidos” pelo paciente e que são capazes de obter informações fisiológicas ou
biomecânicas do sujeito, podendo também transmiti-las para um computador [2]. A
literatura aponta que tais sistemas wearable deverão ser amplamente usados nos
próximos anos. Neste sentido, este projeto faz parte de um esforço do Laboratório de
Instrumentação Biomédica (LIB) do Programa de Engenharia Biomédica da
Coppe/UFRJ em desenvolver tecnologia nacional de sistemas wearable. Mais
especificamente, o projeto que vem sendo desenvolvido no LIB diz respeito ao
desenvolvimento de um sistema de captação e transmissão de biopotenciais que possa
ser acoplado a uma vestimenta. O presente trabalho se insere neste contexto e investiga
os efeitos do acoplamento de um sistema de captação, transmissão e recepção de sinais
de ECG.
1.6 – Metodologia
3
1.7 – Descrição
4
Capítulo 2
Fundamentos Teóricos
2.1 – Biopotencial
2.2 – Eletrocardiograma
5
O ECG é utilizado para avaliar a frequência e o comportamento do batimento do
coração, permitindo a identificação de alterações do ritmo cardíaco e distúrbios na
condução elétrica na musculatura do órgão. O registro pode ser feito em papel termo-
sensível ou em monitores, sendo que distúrbios na sua forma podem representar
problemas como arritmias. A Figura 2.1 apresenta um ciclo do ECG, quando captado
com eletrodos nos braços direito e esquerdo, com uma referência de potencial na perna
direita.
A representação do ECG é bem reconhecida por meio dos sinais mais comuns
que o compõem, chamados de onda P, complexo QRS e onda T (Figura 2.1). Estes
sinais representam, respectivamente, a ativação elétrica nos átrios, a despolarização dos
ventrículos e a repolarização dos ventrículos. A morfologia do sinal no ECG, inclusive
os intervalos entre seus principais constituintes, são alguns indicadores de um
funcionamento normal do coração.
2.3 – Eletrodo
6
termodinâmico, reações de oxirredução na superfície dos eletrodos são responsáveis
pela conversão iônica-elettrônica, dando ainda origem ao aparecimento de um d.d.p.
entre o tecido e o eletrodo, conhecida como potencial de meia-célula [11]. Tais
potenciais podem levar a efeitos indesejáveis na captação dos biopotenciais.
Um dos problemas comumente causados pelos potenciais de meia-célula é
aquele decorrente da movimentação relativa do eletrodo em relação ao tecido biológico.
Esta movimentação causa alterações no potencial de meia-célula, dando origem a sinais
indesejáveis conhecidos como artefatos de movimentos [12]. Logo, para que haja
melhor obtenção do biopotencial de interesse, é desejável que o contato eletrodo-pele
seja estável e apresente o mínimo de movimento relativo possível.
Outro problema associado a boa qualidade do biopotencial captado é a
eliminação da camada de células mortas existentes na superfície da pele, e que se
denomina estrato córneo. Tal camada, por apresentar células com modificação celular
em relação às células mais profundas, funciona como atenuador para os biopotenciais.
Deste modo, antes da captação de biopotenciais é sempre recomendado um
procedimento padrão para limpar a região da pele onde será fixado o eletrodo, que é
realizado esfregando a pele com uma gaze embebida em álcool e, se necessário, a
tricotomia (a retirada de pêlos da área de contato).
Mesmo com a extração do estrato córneo, é comum utilizar-se um gel condutivo
no eletrodo, que além de ajudar a fixar, melhora a interface eletroquímica eletrodo-pele.
As raras contraindicações ou complicações existentes com o uso de eletrodos
estão relacionadas com reações alérgicas leves a substâncias como álcool, o metal de
contato ou o gel condutor.
7
O ECG usado nas investigações clínicas é composto por 12 derivações
separadas, sendo 6 nos membros e 6 precordiais. Cada derivação registra o vetor
elétrico cardíaco a partir de um ângulo diferente, de modo que cada uma delas
representa uma visualização complementar da atividade cardíaca. Os eletrodos estando
em posições diferentes em cada derivação captam, e assim traçam, sinais ligeiramente
diferentes, como pode ser visto na Figura 2.2 e Figura 2.3
Neste projeto usamos três eletrodos, sendo dois para captação diferencial do
biopotencial, colocados no quinto espaço intercostal direito e esquerdo (CC5), e o
terceiro como referência de potencial para os dois primeiros, colocado abaixo do
umbigo. Estas mudanças acarretam em um traçado um pouco diferente do ECG clássico
mostrado na Figura 2.1.
.
Figura 2.3 – Derivações precordiais.
8
2.5 – Rejeição de Ruído
9
Curiosamente, esta tecnologia foi batizada em homenagem ao rei dinarmaquês,
do século X, Harold Bluetooth, que uniu as facções em guerra dos territórios hoje
compreendidos por Noruega, Suécia e Dinamarca. De forma similar, a padronização do
modelo de transmissão permitiu o desenvolvimento de produtos que se conectam entre
si, mesmo sendo de marcas e modelos diferentes.
10
Capítulo 3
Materiais e Métodos
O projeto foi dividido em blocos (Figura 3.1), sendo que o circuito de aquisição,
representado na Figura 3.2, inclui os amplificadores e filtros para tratamento do
biopotencial recebido em In1 e In2 e posterior saída do sinal em ECG_out, ponto aonde
podemos ligar o osciloscópio ou, neste caso, o sistema de transmissão.
11
alimentação. Deste modo, e visando aproveitar toda a faixa dinâmica para maximizar a
relação sinal-ruído, é conveniente posicionar o nível médio do sinal de ECG no meio da
faixa dinâmica (aproximadamente +VCC/2) e amplifica-lo de modo a ocupar toda ela
(de 0 a +VCC).
Além de ser responsável pela digitalização, o microprocessador também
configura os parâmetros necessários e inicializa a rotina de conexão e envio de dados,
executada pelo shield Bluetooth.
3.2– Amplificadores
12
O diagrama do Amplificador de Instrumentação INA128 (Figura 3.3) possui
uma configuração clássica de amplificador de instrumentação com três operacionais.
Para cada uma das duas entradas (+ e -), existe um amp-op agindo como buffer do sinal
de entrada e oferecendo alta impedância de entrada. As saídas dos dois amplificadores
convergem para o último amp-op, configurado para ganho unitário da entrada
diferencial, e este ajusta a impedância a um valor adequado para os próximos estágios.
⁄ RG Equação 3.1
Uma opção que pode ser usada com este integrado é aquela onde ao invés de
utilizarmos um resistor RG , usamos dois resistores de valores iguais à metade do valor
projetado de RG (Figura 3.2). Com esta montagem, e como consequência do topologia
interna do circuito integrado, o ponto entre os dois resistores RG1 e RG2 nos dá uma
estimativa do sinal de modo comum das entradas diferenciais, que poderá ser tratada e
utilizada, injetando-a no indivíduo para implementar a técnica DRL [7][9].
13
Na saída do INA foi implementado um filtro passa altas, com o intuito de
bloquear variações de nível DC na saída deste amplificador de instrumentação, que
ainda estejam associadas a variações de potenciais de meia-célula dos eletrodos. A
frequência de corte deste filtro foi definida em 0,07 Hz por meio dos valores dos
componentes RC (Equação 3.2). Vale ressaltar que a ação do filtro somente é efetiva se
as alterações dos potenciais de meia-célula dos eletrodos alterar o nível DC de saída do
INA, mas não causar saturação do mesmo. Neste caso, o amplificador não fornecerá o
sinal de saída desejado e a saída depois do sinal passa altas será nula.
⁄ Equação 3.2
O integrador degenerado formado pelo amp-op LF353 atua como um filtro passa
baixas de 1ª ordem e tem a função de amplificar o sinal em aproximadamente 68 vezes
dentro de uma banda passante de 48,2 Hz, além de controlar o nível DC do sinal que
será entregue ao bloco Transmissor (Figura 3.4). A maior preocupação nesse estágio é
definir o maior ganho possível, sem que haja saturação, e usar componentes passivos
dentro da faixa de valores comerciais, que satisfaçam a frequência de corte desejada. O
ganho na banda passante é determinado simplesmente pela relação dos resistores R 2 e
R1, e a frequência de corte do filtro passa baixa realizado por este circuito é dada pela
Equação 3.3.
Ao posicionar a frequência de corte (48,2 Hz) dentro da faixa de frequências do
ECG, parte da amplitude do complexo QRS foi cortada. No entanto, dessa forma foi
possível eliminar interferências de frequências mais altas, como 60 Hz.
O sub-circuito divisor resistivo formado pelos resistores R6 e R7 e pelo
potenciômetro R8 foi utilizado para ajustar o nível DC do sinal de saída, de modo a
melhor aproveitar a faixa dinâmica da entrada analógica do Arduino.
14
Figura 3.4 – Filtro de passa baixas 1ª ordem e ajuste de nível DC.
Equação 3.3
3.3 – Arduino
15
entrada. Buscando aproveitar ao máximo a faixa de amplitudes na qual o Arduino aceita
sinais de entrada, houve a necessidade de, antes de transmití-lo, adicionar um nível DC
ao sinal de ECG e ajustar o ganho do último estágio de amplificação para que o sinal
final apresentasse metade da tensão de alimentação e excursionasse toda a faixa de
tensão entre 0 e Vcc.
3.4 – Bluetooth
Para este projeto foi escolhido um shield Bluetooth (Figura 3.5) devido às suas
vantagens como baixo consumo de energia, pequenas dimensões e possibilidade de
transmitir o sinal adquirido do ECG para diferentes dispositivos como notebooks, PC’s
e celulares. Por outro lado, a desvantagem desta tecnologia é o seu pequeno alcance,
causado pelo uso em baixa potência e a ausência de uma antena direcional na
transmissão.
3.5 – Alimentação
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volume e peso, foi utilizada uma bateria de ións de Lítio de 3,7 V e 400 mAh, e um
conversor DC/DC DCH010505DN7. O conversor foi capaz de fornecer tensão de saída
de 4,1V, positiva e negativa, para os amplificadores operacionais e o Arduino.
Para alimentar o Amplificador de Instrumentação, foram utilizados diodos Zener
de threshould de 3,3 V. Essa alimentação regulada foi necessária para reduzir a parcela
de interferência que atingia o operacional e estava afetando a captação do biopotencial.
3.6 – LabVIEW
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será executada até que haja uma interrupção, no caso, algum erro. As funções tem
entrada e saída de código de erro, facilitando a identificação do bloco que o ocasionou,
assim como há blocos responsáveis por interpretar e explicar estes erros.
Alguns blocos utilizados:
Configure Serial Port – bloco aonde as configurações da conexão são
definidas, como a porta que será utilizada, baudrate, caracter de fim de
palavra e quantidade de bits de data. Como a maior parte desses atributos
são constantes, eles já foram definidos diretamente no código fonte. A
única variável é a VISA resource name, a porta em que será conectado o
dispositivo. Durante os testes com o notebook utilizado, houve conexões
com e sem fio, sendo, respectivamente, usadas as portas seriais COM7 e
COM5. Para a seleção da porta utilizada, foi inserido um controle no
painel frontal do aplicativo, e suas opções são atualizáveis sempre que há
uma nova conexão serial.
Set I/O Buffer Size – após configurar a porta serial, utilizamos esta
função para definir o tamanho buffer de leitura de dados.
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Read – função de leitura de dados, aonde é definido o tamanho, em
bytes, a ser lido em cada execução.
19
Figura 3.12 – Painel frontal do aplicativo
20
Capítulo 4
Resultados
21
4.2 – Comparações
Nesta seção apresentaremos uma comparação entre o sinal de ECG captado com o
transmissor ligado ou desligado. O intuito é mostrar que, aparentemente, há
interferência do transmissor e o circuito de captação.
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Figura 4.3 – Imagem do ECG na saída do circuito de captação durante a transmissão.
A Figura 4.5 nos mostra os níveis pico a pico do sinal do ECG e da interferência
presente. A razão entre estes foi da ordem de 3,3.
23
4.3 – Discussão
24
Conclusões
25
Bibliografia
[1] FINNI, T., et al. "Measurement of EMG activity with textile electrodes embedded
into clothing." Physiological measurement 28.11 (2007): 1405.
[2] LÖFHEDE, J., Fernando Seoane, and Magnus Thordstein. "Soft textile electrodes
for EEG monitoring." Information Technology and Applications in Biomedicine
(ITAB), 2010 10th IEEE International Conference on. IEEE, 2010.
[5] CINGOLANI, H., HOUSSAY, A., Fisiologia Humana de Houssay, capítulo Origem
e propagação do impulso cardíaco: atividade elétrica do coração, Porto Alegre,
Artmed, pp. 256-276, 2004.
[8] Texas Instruments., “PLF353-N Wide Bandwidth Dual JFET Input Operational
Amplifier”, http://www.ti.com/lit/ds/symlink/lf353-n.pdf 2013, (Acesso em 20
Janeiro 2014).
26
[10] SANCHES, JOÃO MIGUEL, “Eletrocardiograma”,
http://users.isr.ist.utl.pt/~jmrs/teaching/orientations/2005_6/ecg/web/Electrocardiog
rama.htm, (Acesso em 15 Março 2014).
[11] WEBSTER, JOHN G., Medical Instrumentation Application and Design. John
Wiley & Sons Inc., 2009.
27