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Anastácio Cosme

Aniceto Alfredo
Dionísio António Nhavene
Hiate Olimpio
Marissique Arnaldo Yassine
Remito Manuel Atime
Sarima Antumane

A Química dos Compostos de Coordenação – Complexos


Licenciatura em Ensino de Química com Habilidades em Gestão Laboratorial

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2021
Anastácio Cosme
Aniceto Alfredo
Dionísio António Nhavene
Hiate Olimpio
Marissique Arnaldo Yassine
Remito Manuel Atime
Sarima Antumane

A Química dos Compostos de Coordenação – Complexos


Trabalho de carácter avaliativo, realizado no
âmbito da cadeira de Química Inorgânica II,
leccionada no Curso de Química 2o ano, 2o
semestre pelo:
Docente: dr. Jorge Ernesto

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2021
Índice
Introdução................................................................................................................................................3
NOTAÇÃO E NOMENCLATURA DOS COMPLEXOS......................................................................4
Notação dos complexos...........................................................................................................................4
NOMENCLATURA DOS COMPLEXOS..............................................................................................4
MANIFESTAÇÃO DE ISOMERIA NOS COMPLEXOS......................................................................5
Isomeria de Ionização..............................................................................................................................5
Isomeria de hidratação.............................................................................................................................6
Isomeria de ligação..................................................................................................................................6
Isomeria de ligantes.................................................................................................................................6
Isomeria de coordenação.........................................................................................................................6
Isomeria de polimerização.......................................................................................................................6
Isomeria de conformação.........................................................................................................................6
Isomeria Cis-Trans..................................................................................................................................7
Isomeria óptica........................................................................................................................................7
Conclusão................................................................................................................................................8
Referências bibliográficas.......................................................................................................................9
Introdução
O presente trabalho aborda sobre a Química dos Compostos de Coordenação –
Complexos, trata essencialmente sobre conteúdos ligados a Notação, a Nomenclatura e a
Isomeria dos compostos de Coordenação (Complexos), dizer que a Notação refere-se a forma
que escrevermos as fórmulas dos compostos. Nos importa referir que a nomenclatura é o método
sistemático de denominação desses compostos, para proporcionar a informação fundamental
sobre a estrutura do composto de coordenação. Entretanto, a Isomeria é o facto de possuir uma
composição estequeometrica igual e tem uma ordenação diferenciada dos seus componentes.

Desta ocasião o presente trabalho tem vista atingir os seguintes objectivos abaixo
mencionados

Objectivo Geral:
 Conhecer a Notação, Nomenclatura e Isomeria dos compostos de Coordenação
(Complexos).

Objectivos Específicos:
 Descrever a Notação e a Nomenclatura dos compostos de Coordenação (Complexos);
 Identificar as Isomerias dos compostos de Coordenação (Complexos).

Para a realização do trabalho, a metodologia usada sucedeu a pesquisa bibliográfica.


Estruturalmente o trabalho suporta, de uma introdução, desenvolvimento, conclusão e finalmente
a referência bibliográfica.
NOTAÇÃO E NOMENCLATURA DOS COMPLEXOS

Notação dos complexos


Nos casos gerais a seguinte ordem é recomendada:
a) Coloca-se primeiro o símbolo do átomo central, seguido das fórmulas ou abreviações dos
ligantes iónicos e depois dos ligantes neutros. Quando os ligantes são formados por
grupos de átomos diferentes, são colocados entre parênteses curvos. A carga do ião
complexo é colocada externamente, em cima à direita da partícula complexa, em caso de
ião complexo.
b) Dentro de cada classe de ligante, as espécies são colocadas em ordem alfabética (sem
levar em conta os prefixos que indicam as quantidades dos ligantes) em relação ao
símbolo do átomo ligante.
Exemplos: [CoN3(NH3)5]2+; [PtCl3(C2H4)]+; [CoCl2(NH3)4]+; [CoH(N2){(C6H5)3P}3]; [OsCl5N]2-
c) Os sinais, parênteses, chave e colchetes, devem ser empregados nesta ordem, ou seja,
[ { ( ) }], para englobar um conjunto de grupos idênticos e para evitar confusões nas
fórmulas. Os ligantes com mais de um átomo são colocados sempre entre parênteses (ou
chaves) nas fórmulas dos compostos de coordenação.
Nas fórmulas o átomo central é colocado antes dos ligantes;
K4[Fe(CN)6]
A partícula complexa é colocada normalmente entre parênteses rectos;
[Co(NH3)5 H2O](NO3)3
Na esfera externa os catiões são colocados antes e os aniões depois da partícula complexa e
na esfera interna as entidades coordenadas são colocadas do seguinte modo: 1º os ligantes
aniónicos e depois os ligantes neutros.

NOMENCLATURA DOS COMPLEXOS


Para os compostos de coordenação, antes da nomenclatura deve-se estabelecer a
formulação correta de tais compostos. As fórmulas dos compostos de coordenação constituem o
meio mais simples de se designar a composição dos complexos.

Nos nomes, depois do anião externo se esse for o caso, 1º são designados todos os ligantes
por ordem alfabética, sem ter em conta se são aniónicos ou neutros e sem considerar a sua
quantidade.
A designação sistemática dos compostos de coordenação obedece às seguintes regras:
 O nome do anião surge antes do catião (tal como nos compostos iónicos.
Dentro do ião complexo, o nome dos ligandos surge em primeiro lugar, por ordem
alfabética, e no final o nome do metal.
 Os nomes dos ligandos têm terminação O se forem aniões ou não têm designação
especial se forem neutros ou catiões, excepto H2O (aquo), CO (carbonilo) e NH3
(amino).
 Quando os compostos contêm vários ligandos iguais utilizamos os prefixos di, tri, tetra,
penta e hexa…
 Se o ligando possui ele próprio um prefixo grego utilizamos os prefixos bis, tris e
tetraquis.
 Os complexos aniónicos têm terminação em ato.
[NiF6]2- Anião hexafluoroniquelato (IV)
 O número de oxidação é indicado em numeração romana a seguir ao nome do metal. Se o
complexo é anião a terminação do nome é o nome do metal seguido de ato.
Na[BH4] Tetrahidroborato de sódio
Na2[Ag(S2O3)2] Bis-ditiosulfatoargentato (I) de sódio
[Co(H2O)2(NH3)4]Cl3 Cloreto de diaquatetraminacobalto (III)
[CoCl(NO2)(NH3)4]NO3 Nitrato de cloronitrotetraminocobalto (III)
Os aniões derivados dos hidrocarbonetos recebem o nome do respectivo radical sem
terminação em “O”.
K[B(C6H5)4] Tetrafenilborato de potássio

MANIFESTAÇÃO DE ISOMERIA NOS COMPLEXOS


Complexos isómeros são aqueles que, apresentam uma composição estequiométrica igual
e têm uma ordenação diferenciada dos seus componentes.

Isomeria de Ionização:
[CoBr(NH3)5]SO4 + Ba2+ → [CoBr(NH3)5]2+ + BaSO4↓
[CoSO4(NH3)5]Br + Ag+ → [CoSO4(NH3)5]+ + AgBr↓
Isomeria de hidratação:
[Cr(H2O)6]Cl3 → [CrCl(H2O)5]Cl2H2O → [CrCl2(H2O)4]Cl.2H2O
Cinzento Violeta Verde escuro

Isomeria de ligação:
O ião nitrito pode apresentar-se na forma NO 2 ou na forma ONO. Isto quer dizer que o ião
nitrito funciona como um ligante ambidente.
[CoNO2(NH3)5]Cl2 ou [CoONO(NH3)5]Cl2
Castanho Vermelho escarlate

Isomeria de ligantes:
É provocado pela isomeria geométrica dos ligantes, quer dizer, os ligantes formam isómeros.

Isomeria de coordenação:
Ocorre em compostos com catião e anião complexos quando a distribuição dos ligantes
pelos dois átomos centrais é diferente.
[CuII(NH3)4(PtIICl4)] e [PtII(NH3)4(CuIICl4)]

Isomeria de polimerização:
Esta designação está limitada a complexos com a mesma composição percentual, mas
com massas moleculares diferentes. No verdadeiro sentido da palavra, não se trata de um
fenómeno típico de isomeria.
[PtCl2(NH3)2]; n=1; [Pt(NH3)4(PtCl4)]; n=2
[Co(NO2)3(NH3)3]; n=1; [Co(NH3)6Co(NO2)6]; n=2

Isomeria de conformação:
Os complexos apresentavam diferentes geométricas de coordenação (por exemplo a
geometria tetraédrica ou quadrado – plana) típica nos complexos do tipo MA 4 são as geometrias
tetraédrica e a quadrada – plana, enquanto em complexos do tipo MA 5, aparecem as geometrias
trigonal – bipiramidal ou piramidal – quadrada.
Isomeria Cis-Trans:
Normalmente, é originada pela ocorrência das formas Cis – e Trans. Ela ocorre com
maior predominância em complexos de estrutura plano quadrada e octaédrica.

Isomeria óptica:
Desviam num mesmo ângulo, mas em sentidos opostos, o plano da luz polarizada,
relacionando-se como objecto e imagem ao espelho = antípodas ópticos.
Conclusão
Chegando neste ponto, podemos concluir que a maior parte dos compostos de
coordenação possuem uma forma diferente de se escrever ou representar as suas fórmulas em
relação aos outros compostos. Um composto de coordenação contém pelo menos um complexo,
um complexo contém um catião metálico central ligado a uma ou mais moléculas ou iões, as
moléculas ou iões que rodeiam o metal num complexo são denominados ligandos, e um ligando
tem pelo menos um par de electrões de valência não compartilhado.
Na nomeação dos compostos de coordenação, existe a necessidade de estabelecer a
fórmula correcta de tais compostos, e essas fórmulas constituem o meio mais simples de se
designar a composição dos complexos.
A isomeria nos complexos apresenta uma composição estequiométrica igual e têm uma
ordenação diferenciada dos seus componentes. O número de ordenação e a geometria são
determinados pelo tamanho do ião metálico, tamanho do ligando e factores electrónicos
(configuração electrónica).
Referências bibliográficas

1. Barros, H.L.C.; "Química Inorgânica - Uma Introdução"; Editora UFMG (1992).


2. BIANCHI, J. C. de A.; ALBRECHT, C. H.; MAIA, D. J; Universo da Quimica. São
Paulo: FTD. 2005. Vol. Único
3. CHANG, Raymond; GOLDSBY, Kenneth A. Química, 11ª ed, editora mc Graw Hill
Education, Porto Alegre, 2013
4. HARTWIG, Dacio Rodney.; SOUZA, Edson de.; MOTA, Ronaldo Nascimento. Química
Geral e Inorgânica. 1. ed. São Paulo: Scipione, 1999. Vol. 1
5. PERUZZO, Francisco Miragaia; CANTO, Eduardo Leito do. Química Geral e
Inorgânica. 4a ed. São Paulo: Moderna, 2006. Vol. 1
6. UFMG, QUÍMICA INORGÂNICA I – Química de Coordenação, Brasil: Minas Gerais

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